Daniel, Guilherme e Débora cotados para secretariado de Raquel  

Encerrada a apuração e declarada a vitória de Raquel Lyra (PSDB) para o Governo de Pernambuco, as atenções agora se voltam para o futuro secretariado que a tucana só deverá anunciar em dezembro. Até lá, muitos nomes devem ser especulados, alguns com maior força e outros nem tanto, mas o desenho do organograma deverá ser montado por Raquel junto com a vice, Priscila Krause (Cidadania), nestes dois meses.

Um dos nomes mais cotados é o do deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), que não conseguiu se reeleger. Há quem pense nele como secretário da Casa Civil ou de Governo, embora não seja uma figura tão simpática ao meio político. Mas foi um dos pilares na campanha vitoriosa de Raquel, e precisará ficar em evidência para poder disputar a Prefeitura do Recife em 2024. 

Câmara Municial Recife - O Recife que amamos

Em João Alfredo, município que fica localizado no Agreste Setentrional, o prefeito Zé Martins saiu gigante das eleições do segundo turno por ter conquistado, novamente, expressivas votações para os seus candidatos.

Se dependesse apenas do município, o resultado da eleição para governadora de Pernambuco teria sido bem diferente. Foram 12.193 votos para Marília Arraes e Sebastião Oliveira, uma larga vantagem de quase 7 mil votos de diferença. Foi também uma das maiores votações proporcionais para a candidata em Pernambuco – correspondendo a 69,06% dos votos válidos. Um número bem expressivo, tendo em vista que Raquel Lyra venceu a eleição com quase 1 milhão de votos de diferença.

Toritama - Tem ritmo na saúde

No Recife, a governadora eleita Raquel Lyra deu uma surra eleitoral em Marília Arraes com mais de 300 mil votos de frente. Ela teve 632.450 mil votos (65,32%) contra 335.840 de Marília (34,68%). Em relação ao primeiro turno, Raquel obteve 410 mil votos a mais na capital do Estado. Em 2020, quando disputou a Prefeitura do Recife, Marília perdeu para João Campos por 99 mil votos.

Caruaru - Primeiro lugar no IDEPE

Em Caruaru, município administrado pela governadora eleita Raquel Lyra, a tucana chegou a quase 84% dos votos. Obteve 159.520 (83,35%) contra 31.859 (16,65%) de Marília. Um crescimento impressionante em relação ao primeiro turno, de 66 mil votos, quando teve 92.998 (51,42%) e Marília 19.602 (10,84%).

Cabo de Santo Agostinho - Vem aí

Em Trindade, município no Sertão do Araripe, destacado polo gesseiro, a prefeita Helbinha Rodrigues (União Brasil) mostrou que tem forte liderança. Enquanto os demais municípios da região casaram o voto Lula presidente com Marília governadora, em Trindade Raquel recebeu a maior votação da região.

A governadora eleita  obteve 62,49% contra 37,51% de Marília. No primeiro turno, Helbinha apoiou Miguel Coelho e o fez o mais votado no município. No segundo turno, foi a gestora do Sertão do Araripe a dar mais votos para Raquel.

Palmares - Natal Encantado 2025

No Sertão do São Francisco, região que deu grande votação no primeiro turno a Miguel Coelho, candidato a governador do União Brasil derrotado, a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) só ganhou em Petrolina e Dormentes, graças à força de Miguel, ex-prefeito de Petrolina, e da prefeita de Dormentes, Josimara Cavalcanti (PSB).

Mesmo assim, a diferença foi muito pequena em Petrolina: uma frente de pouco mais de cinco mil votos. Raquel teve 89.758 votos e Marília 84.554 votos – 51,49% contra 48,51%, respectivamente, em termos percentuais. Isso se deu pelo prestígio de Miguel, porque o voto casado de Lula com Marília funcionou nos demais municípios da região.

Raquel perdeu na maioria dos municípios do Sertão, como Lagoa Grande, Cabrobó, Orocó, Afrânio, Ouricuri, Salgueiro, Belém de São Francisco e Araripina.

O lulismo pesou fortemente no Sertão em favor de Marília. Em Serra Talhada, Raquel ganhou apertado –  (53%). O cenário para a governadora eleita só se reverteu a partir de Arcoverde.

Olinda - Refis últimos dias 2025

Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ontem. A derrota foi mais para si próprio do que por qualquer outro fato.

O Brasil enfrentou a pandemia de covid (por 2 anos) e os efeitos da guerra da Rússia contra a Ucrânia (ao longo de 2022). Ainda assim, Bolsonaro tinha resultados econômicos positivos para mostrar. Mas perdeu. As informações são do Poder360.

Manifestantes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro bloqueiam pelo menos oito pontos de rodovias federais contra a eleição de Lula como novo presidente. A pior situação é na BR-101, em Santa Catarina.

Na região, o motorista enfrenta problemas nos dois sentidos, tanto em direção a Porto Alegre, quanto no de Curitiba. Há bloqueios em Joinville, no km 24, em Palhoça, no km 216 e em Itajaí, no km 116. No sentido Porto Alegre, caminhoneiros também bloqueiam o km 5, em Garuva. Todos os municípios dentro do estado.

A Rodovia Presidente Dutra também tem paralisação por causa de caminhoneiros bolsonaristas. Na via, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro, há interdição na altura de Barra Mansa, no km 281, em ambos os sentidos.

No estado de Goiás, são três pontos de paralisações. Em dois trechos na BR-060, km 101, em Anápolis e na BR-153, km 703, em Itumbiara. Todos os locais estão com pistas totalmente interditadas. Outro local é na BR-040, na cidade de Cristalina, no entorno do Distrito Federal.

Por José Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – Assim falou o cientista político The Gaule ao periodista e escritor Adalbertovsky: A mundiça brasileira é muito séria. E disse mais:

Os principais partidos de oposição, a saber, a TV Globo, Foice de S. Paulo, Wool e institutos de profecias eleitorais, trabalharam (boicotaram) contra o governo de Bolsonaro desde o primeiro dia de 2019. Os artistas desmamados de lei Rouanet, os pelegos desmamados do imposto sindical e a mídia vermelha bateram pesado.

Raquel captou o sentimento de mudança

Raquel Lyra (PSDB) ganhou a eleição por três motivos: a morte do seu marido no primeiro turno, episódio que gerou comoção, a postura de neutralidade na corrida presidencial, que a deixou como opção entre os eleitores de Lula e Bolsonaro, e, o mais importante: conseguiu passar para o eleitor ser a verdadeira alternativa de mudança, o voto anti-PSB.

Na virada do primeiro para o segundo turno, Marília ganhou o apoio de segmentos do PSB, entre os quais do grupo liderado pelo prefeito do Recife, João Campos. Quem votou nela no primeiro turno apostou no fim da era PSB. O mesmo se deu com quem votou em Anderson Ferreira (PL), Miguel Coelho (UB) e na própria Raquel, ou seja, o eleitor mandou o recado da mudança.