Manifestantes começam a encher arquibancadas para desfile da Independência

Desde o começo da manhã desta quarta-feira os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro já começavam a chegar na Esplanada dos Ministérios para acompanhar as festividades do Bicentenário da Independência e mostrar apoio às pautas defendidas pelo candidato à reeleição.

Além dos manifestantes de fora que já estavam acampados no local, por volta das 5h50, já era possível perceber uma movimentação moderada de comerciantes e do público, que chegavam para procurar o melhor lugar pra acompanhar os eventos do dia. As informações são do Correio Braziliense.

Às 6h45, grupos de forças militares já estavam a postos, próximo ao Palácio do Planalto, a espera do início dos desfiles. Também era possível observar a presença do público nas arquibancadas.

Já por volta das 7h, as arquibancadas começaram a encher. Apesar da estrutura montada para o desfile, o volume de manifestantes é visivelmente menor em comparação ao ano passado.

No entanto, os apoiadores de Bolsonaro presentes também traziam camisas e bandeiras em protesto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao líder das pesquisas, o ex-presidente Lula, maior adversário de Bolsonaro e constantemente lembrando com palavras de ordem e cânticos que indicavam que ele deveria estar na prisão.

Há também pessoas que afirmavam defender a “liberdade de expressão”. O argumento é de que decisões do STF, sobretudo do ministro Alexandre de Moraes acabam ferindo este direito. Os apoiadores entendem que as ofensas que o mandatário fez a ministros do STF como liberdade de expressão, bem como declarações de aliados, como Daniel Silveira (PTB-RJ) e Roberto Jefferson, que publicaram mensagens em tom de ameaça contra integrantes da corte.

Ao longo do caminho militantes bolsonaristas também entregavam adesivos com a foto do presidente. Também puderam ser vistas bandeiras com fotografias da primeira-dama Michelle Bolsonaro e também da candidata ao Senado e ex-ministra Damares Alves. Apoio a outros aliados como Tarcísio Freitas, candidato ao governo de São Paulo e ao deputado federal Daniel Silveira também puderam ser vistos.

Chegada

Desde segunda-feira milhares de manifestantes começaram a chegar a Brasília de diversas parte do país. Há caravanas até mesmo de estados como Rio de Janeiro e São Paulo, que também contarão com atos expressivos. No entanto, as Unidades da Federação com maior número de caravanas registradas pela reportagem partiram de Minas Gerais, Goiás e Bahia, estados com cidades próximas ao Distrito Federal.

Com gritos de “mito” e “Supremo é o povo”, manifestantes pró-Bolsonaro deram início às ações previstas para esta quarta-feira, 7, em Brasília. O relógio marcava meia-noite e um minuto, quando fogos de artifício foram disparados ao redor do gramado da torre de TV, na área central de Brasília, que fica em frente à Esplanada dos Ministérios.

Ao som de Legião Urbana, os manifestantes cantaram versos como “nos perderemos entre monstros da nossa própria criação”. Com a mão no peito, acompanharam ainda o Hino Nacional. As informações são do Estadão.

Não houve registro de nenhum tipo de ocorrência grave e o clima foi pacífico. Camisetas estampadas com o rosto de Bolsonaro e bandeiras nacionais eram vendidas a R$ 35. Algumas famílias, apesar do horário, trouxeram os filhos pequenos para acompanhar o ato que, em vez de celebrar o Dia da Independência, deve ser transformado pela militância bolsonarista no grande evento de sua campanha antes das eleições, que acontecem em menos de um mês.

O cenário calmo da queima de fogos contrasta com a tensão na Esplanada, onde há o impasse sobre o bloqueio ou não de caminhões, que pretendem acessar a via paralela àquela onde ocorre o tradicional desfile das Forças Armadas. O presidente Jair Bolsonaro mandou o Exército liberar o acesso da via aos caminhões, mas o governo do Distrito Federal declarou que o local seguirá bloqueado.

A Esplanada é o local que dá acesso à Praça dos Três Poderes, onde fica o Supremo Tribunal Federal, um dos principais alvos de ataques nas manifestações.

Policiais monitoram estacionamentos de caminhões e ônibus

A aglomeração de caminhões e ônibus em Brasília tem sido acompanhada de perto por viaturas da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal. O Estadão percorreu os principais pontos de estacionamento utilizados pelos manifestantes, como o Parque da Cidade, na região central, e Recanto das Emas, cidade satélite de Brasília a 25 quilômetros das Esplanada.

Nos dois locais, que tinham muros e vigias nos portões, policiais estavam presentes na madrugada desta quarta-feira, 7. Os agentes informaram que não registraram nenhum tipo de ocorrência. Apesar de toda a mobilização nos últimos dias, os locais não estavam cheios e havia vagas disponíveis.

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Fundo eleitoral tem tratamento diferenciado

A disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados é a mais importante para as cúpulas partidárias nacionais. Primeiro, porque é a partir da bancada federal que são calculados os fundos partidário e eleitoral, além do tempo de propaganda eleitoral, matéria prima para a negociação das chamadas legendas de aluguel.

Por isso, os candidatos à reeleição tendem a receber mais verba das direções partidárias do que quem não tem mandato. No entanto, a julgar por Pernambuco, há tratamentos diferenciados mesmo entre aqueles filiados à mesma legenda, e em muitos casos, candidatos sem mandato têm recebido mais recursos do que postulantes à reeleição.

O PP é o melhor exemplo dessa situação em Pernambuco. A sigla possui dois deputados federais: Eduardo da Fonte e Fernando Monteiro. O primeiro recebeu R$ 2,72 milhões da executiva nacional do partido, enquanto o segundo recebeu R$ 2,5 milhões. No entanto, Lula da Fonte, que é filho de Eduardo (aquele a quem Eduardo Cunha não permitiu voto no processo de impeachment de Dilma), recebeu a mesma quantia que o pai.

E ambos ainda receberam um complemento do diretório estadual: Lula teve R$ 30 mil e Eduardo R$ 20 mil. Fernando nada recebeu. Já a deputada estadual Clarissa Tércio, que concorrerá a federal este ano, recebeu os mesmos R$ 2,5 milhões de Monteiro. Assim como ele, só recebeu da direção nacional.

O União Brasil, presidido por Luciano Bivar, também criou “castas” internas. O dirigente transferiu para ele mesmo, candidato à reeleição, R$ 1,375 milhão. Para Fernando Filho, que concorre ao quinto mandato em Brasília, a verba foi de R$ 725 mil, quase a metade. Por sua vez, Mendonça Filho, candidato sem mandato no momento, recebeu R$ 1,275 milhão.

No PL, também há algumas diferenciações. São três candidatos à reeleição, sendo que André Ferreira e Pastor Eurico já receberam R$ 1 milhão cada do diretório nacional, enquanto Fernando Rodolfo só recebeu R$ 500 mil. Ele, aliás, foi o federal que menos angariou recursos do diretório nacional de um partido até o momento em Pernambuco.

Já no Republicanos, os três federais receberam cotas milionárias, mas ainda assim com valores distintos. Sílvio Costa Filho registrou na prestação de contas o valor de R$ 1,625 milhão do diretório nacional, enquanto Augusto Coutinho recebeu R$ 1,518 milhão. Por sua vez, Osséssio Silva recebeu R$ 1,625 milhão, sendo R$ 1,275 do diretório nacional e mais R$ 350 mil do estadual.

Um exemplo de igualdade na distribuição de recursos partiu da nacional do PSB. Os quatro candidatos à reeleição receberam a mesma quantia: foram R$ 2,5 milhões cara para Felipe Carreras, Gonzaga Patriota, Milton Coelho e Tadeu Alencar. A sigla usou o mesmo critério para os três estaduais que disputam mandato em Brasília: Eriberto Medeiros, Guilherme Uchoa Júnior e Lucas Ramos receberam R$ 1 milhão cada da cúpula nacional socialista.

A saber, Pedro Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos, recebeu R$ 1 milhão do diretório estadual do PSB, mas nenhum valor oriundo da nacional. Ele não possui mandato, mas é cotado como o puxador de votos do partido, a exemplo de seu irmão, o prefeito João Campos, na eleição passada.

Além da dinheirama recebida do diretório estadual de seu partido, Pedro Campos abocanhou doações de sua mãe, Renata Campos (R$ 5 mil), e do irmão João (R$ 8 mil).

Dois deputados federais que presidem seus partidos a nível estadual tiraram proveito para alavancar suas candidaturas. Foram os casos de Daniel Coelho (Cidadania) e Ricardo Teobaldo (Podemos). Coelho abocanhou R$ 2 milhões do diretório estadual, enquanto Teobaldo se destinou R$ 1,01 milhão.

A candidata Maria Arraes recebeu da direção nacional do Solidariedade quase o valor máximo de gastos para a campanha de deputada federal. A transferência do partido foi de R$ 3,17 milhões, apenas R$ 6 mil abaixo do limite permitido para a campanha. Maria é irmã da candidata a governadora Marília Arraes, que lidera as pesquisas de intenções de voto, por isso o tratamento prioritário da cúpula nacional. Já a deputada estadual Fabíola Cabral, que tenta um mandato em Brasília, recebeu R$ 2,7 milhões.

Chegou o dia! – O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem se mantido em silêncio diante da ofensiva dos seus apoiadores contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), às vésperas das manifestações convocadas por ele para o feriado, hoje, do 7 de Setembro. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou uma megaoperação para evitar tentativas de invasões aos prédios públicos da Esplanada do Ministério e, em especial, ao STF. Enquanto isso, nas redes sociais, aliados de Bolsonaro insuflam a militância com críticas e ataques aos magistrados, sem um comando claro do presidente para evitar que o clima de confronto seja transportado para as ruas.

Quem está manipulando? – Em qual instituto acreditar: na segunda-feira, o Ipec, ex-Ibope, apontou Lula com uma dianteira de 15 pontos diante de Bolsonaro. Ontem, o Paraná Pesquisas saiu bem diferente: Lula com 40,2% e Bolsonaro com 36,4%, uma diferença de apenas quatro pontos percentuais, o que configura empate técnico. Chegou a hora do Congresso desarquivar a CPI das Pesquisas. Afinal de contas, um dos dois está mentindo, mesmo reconhecendo que as metodologias são diferentes em ambos os casos.

Agenda cheia – O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), tem pelo menos cinco compromissos previstos, hoje, 7 de Setembro, data em que se comemora o bicentenário da Independência do Brasil.  De manhã, o chefe do Executivo participará de desfile cívico-militar, na Esplanada dos Ministérios. Logo depois, deve se dirigir até o gramado em frente ao Congresso Nacional para ato político.

Acesso a armas – O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, ontem, a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender trechos de decretos do governo que ampliam o acesso a armas e disse que vai “resolver a questão” depois das eleições de outubro “em uma semana”. Ao tomar a medida ontem, o magistrado afirmou que o início da campanha eleitoral “exaspera” o risco de violência política.

Calote nos professores – A prefeita de Surubim, Ana Célia (PSB), deve enfrentar manifestações de ruas promovidas por professores por se negar a pagar os precatórios do Fundef. Ninguém sabe para onde foi o dinheiro que ela recebeu para quitar as contas dos precatórios, depositado há mais de um ano, segundo o Sindicato dos Professores. Além de ser prima de Danilo Cabral, Ana Célia está respondendo pela presidência da Amupe, o que não deixa de ser um péssimo exemplo.

CURTAS

ATAQUE A BARROSO – O ex-ministro Gilson Machado (PL-PE), candidato a senador na chapa de Anderson Ferreira, compartilhou um vídeo irônico relembrando que Barroso votou a favor do reajuste do próprio salário durante a discussão do Projeto de Lei (PL) que reajusta o orçamento do Supremo para 2023.

VOTO EVANGÉLICO – A pesquisa do Instituto Ipec (ex-Ibope), divulgada segunda-feira passada, revela que o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), continua na liderança entre o eleitorado evangélico, com 46% das intenções de voto. O principal adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem 27% desse público.

Perguntar não ofende: Bolsonaro e Lula vão aos próximos debates?