Simone Tebet e Soraya Thronicke reagem a falas machistas de Bolsonaro

As candidatas à presidência da República Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) reagiram às declarações machistas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL, em seu discurso de 7 de setembro.

Após o desfile cívico-militar em Brasília, o Bolsonaro conclamou os apoiadores a compararem as primeiras-damas, fazendo menção a Michelle Bolsonaro e à mulher de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a socióloga Rosângela da Silva, a Janja. Ele ainda usou o palanque para dizer que é “imbrochável”. E puxou um coro com esses dizeres no público presente. As informações são do O Globo.

― Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas. Não há o que discutir. Uma mulher de Deus, da família e ativa na minha vida. Não é ao meu lado, não, às vezes ela está na minha frente. Eu falo aos homens solteiros: procure uma mulher, uma princesa, se case com ela para serem mais felizes ainda — disse o presidente, que depois puxou para si o coro de “imbrochável”.

No Twitter, Tebet afimou que “o Presidente mostra todo seu desprezo pelas mulheres e sua masculinidade tóxica e infantil.” A candidata do MDB disse que “como brasileira e mulher” se sentia “envergonhada e desrespeitada”.

Já Soraya Thronicke afirmou que Bolsonaro “insiste em propagar que é imbrochável – informação que, sinceramente, não interessa ao povo brasileiro”.

Bolsonaro, que enfrenta rejeição do eleitorado feminino, conta com a participação de Michelle na campanha, já que a primeira-dama é popular entre o público evangélico.

Na data do bicentenário da Independência, o candidato a governador Miguel Coelho fez uma grande mobilização nas ruas de Olinda. Na cidade símbolo do carnaval pernambucano e patrimônio mundial, o ex-prefeito de Petrolina liderou, na manhã desta quarta, uma extensa motociata ao lado de vários aliados para se apresentar como principal opção de mudança para o futuro de Pernambuco.

Por volta das 9h30, Miguel deu a arrancada inicial na mobilização a partir da Praça do Fortim. A motociata teve um percurso de 12 km pelas principais ruas e avenidas de Olinda e arrastou cerca de 300 carros e motos. O primeiro ponto percorrido foi a orla marítima, onde muitas pessoas aproveitavam o dia de sol e entraram no clima de festa da caravana do União Brasil. 

“Alegria imensa em celebrar o Bicentenário da Independência do Brasil nessa cidade histórica, sentindo de perto o desejo de mudança que os pernambucanos tanto querem, defendendo a libertação de oito anos de atraso e tristeza. Pernambuco também vai dar seu grito de independência no dia 30 de outubro, quando vencermos as eleições e devolvermos a alegria de ser pernambucano. Vamos libertar Pernambuco”, declarou Miguel Coelho.

O grupo de ruralistas que articulou o desfile de tratores nas comemorações de 7 de Setembro também levou carros de som para a Esplanada dos Ministérios, onde o presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou neste feriado da Independência.

O Movimento Brasil Verde e Amarelo foi criado por empresários do agronegócio em 2017 com foco na defesa das pautas do setor, principalmente para resolver o problema da dívida bilionária com o Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural). As informações são da Folha de S.Paulo.

Após a eleição de Bolsonaro, o grupo começou a promover eventos em Brasília e outros estados em apoio a agendas do governo e ao próprio presidente.

Alguns integrantes decidiram entrar para a política e se lançaram candidatos na eleição de 2022.

As negociações para o desfile de tratores e organização dos carros de som foram lideradas por Júlio Nunes, pecuarista do Mato Grosso do Sul. Foi ele quem se reuniu com representantes do Exército e do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) para que os tratores pudessem participar da parada cívico-militar.

Nunes, no entanto, rejeita o título de principal representante do movimento ruralista. “A patente de general é do Galvan”, disse o pecuarista à Folha.

Ex-presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), Antonio Galvan se licenciou do cargo para se dedicar à campanha ao Senado pelo Mato Grosso.

Galvan foi alvo do inquérito instaurado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por suposta incitação à prática de atos violentos e ameaçadores contra a democracia.

O aluguel de dois carros de som custou em torno de R$ 5 mil cada um. O terceiro carro de som posicionado na Esplanada, segundo organizadores, foi emprestado gratuitamente pelo dono do veículo. 

*Por Claudemir Gomes

Hoje acordei no passado, embora consciente de que não posso vivenciar o tempo que passou. Acredito que tal sentimento tenha sido provocado, em parte, pela leitura do excelente artigo de José Nivaldo Júnior, publicado na edição de ontem, do jornal O PODER, sobre o Bicentenário da Independência do Brasil.

Mais que um artigo, uma aula de história e conscientização, coisa rara nos dias de hoje onde a alienação impera.

José Nivaldo começa sua narrativa lembrando o visionário, Marco Maciel, que não foi levado a sério quando, no início dos anos 90, no século passado, defendeu, no Senado, a ideia de ser formada uma Comissão para tratar do Bicentenário da Independência do Brasil. A proposta virou piada para os críticos, que alegaram ser muito cedo para se debruçar sobre o assunto. Pois bem! O tempo passou, o Bicentenário chegou e nenhuma comemoração foi programada.

“Somos uns boçais!” Como canta o poeta, Caetanos Veloso, na sua icônica, Podres Poderes.

Nos últimos dias, por onde ando, sempre encontro alguém para repetir uma frase que parece fabricada para o momento: “O futebol pernambucano está acabado!”.

Qual a causa, ou as causas, desta falência, deste apequenamento? Tenho me perguntado. Creio que encontrei a resposta na literatura, ao iniciar a leitura do novo título lançado pelo amigo e mestre, Raimundo Carrero, A Luta Verbal. Digo sem medo de errar: o grande mal do futebol pernambucano é o conservadorismo.

Tal como fizeram com o saudoso Marco Maciel, há 30 anos no Senado, quem falar em projeto no futebol pernambucano é execrado. Coisa do absolutismo que impera no futebol brasileiro. Absolutismo tão bem expresso no modus operandi da FPF, Ligas e Clubes filiados.

Dia desses o mestre, Sylvio Ferreira, psicólogo, professor universitário, elogiou meus artigos, e disse que eu ia na contramão por “colocar o dedo na ferida com muita clareza e muita coragem”.

Seguindo os ensinamentos do mestre, Carrero, diria que o momento é imperativo, exige que sejamos impiedosos e críticos com conservadorismo.

Perdi a conta dos gritos de alerta dados pelo mestre, José Joaquim Pinto de Azevedo, um dos maiores estudiosos do futebol brasileiro, e que nunca encontrou eco na FPF e nos Clubes. E viva a tirania! A resultante deste absolutismo é o Santa Cruz aparecendo como inquilino da Série D nacional; o Náutico a caminho da Série C e o Sport tendo seu sonho de acesso frustrado por conta de duas derrotas para o CRB de Alagoas.

Nenhuma mudança acontece num piscar de olhos. A história é rica em exemplos que nos mostram, e atestam, a necessidade e importância de se projetar para mudar. Mas, enquanto nada acontece neste sentido, sigamos ouvindo:

“O Senhor Rei mandou dizer que…”.

*Jornalista

Em um discurso de cerca de 17 minutos em um trio elétrico em Copacabana, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, acenou a seu eleitorado afirmando que seriam três anos e meio sem corrupção em seu governo, além de evocar pautas conservadoras, como a posição contrária à legalização das drogas e do aborto.

—Falo palavrão, mas não sou ladrão — disse ele, que em nenhum momento citou o nome de seu principal adversário na corrida eleitoral, o ex-presidente Lula, ao qual se referiu, no entanto, como “quadrilheiro de nove dedos”. As informações são do O Globo.

O discurso também abordou o tema da economia, com números, segundo ele, muito positivos. Ele reconheceu que há inflação no país. Mas ressaltou que a alta nos preços seria menor que a registrada na Europa e nos Estados Unidos.

Ida ao Maracanã

Durante seu discurso em cima do trio elétrico, em Copacabana, Bolsonaro finalizou seu discurso anunciando que iria ao jogo do Flamengo na noite desta quarta-feira, no Macaranã. O rubro-negro vai enfrentar o Vélez Sársield pela semifinal da Libertadores.

— Hoje estarei no Maracanã assistindo mais uma vitória do Flamengo. (…) Vamos ver nosso Flamengo vencer, ser campeão do mundo lá no Catar — gritou Bolsonaro.

Da CNN Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em discurso no ato que ocorre na orla de Copacabana, chamou vaias de seus apoiadores ao citar o Supremo Tribunal Federal (STF). “Hoje vocês conhecem a presidência, o Congresso e o Supremo”, disse o presidente, segundo relatos de pessoas que estão no local.

“Esperem uma reeleição para ver se todos não vão ‘jogar dentro das quatro linhas da Constituição’”, acrescentou.

Da Folha de S.Paulo

Após sequestrar o tradicional desfile do 7 de Setembro em Brasília e transformá-lo em um grande comício, o presidente Jair Bolsonaro (PL) logrou marcar dois outros gols para sua campanha eleitoral com a grande concentração de apoiadores na avenida Paulista e na orla de Copacabana.

São atos significativos e que deverão ser usados, daqui até 2 de outubro, pela propaganda bolsonarista para rebater a realidade de seu segundo lugar nas pesquisas eleitorais, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Do O Globo

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) reproduziram o discurso do presidente contra pesquisas eleitorais em ato pró-governo na Avenida Paulista nesta quarta-feira, feriado de 7 de Setembro. As manifestações contra os levantamentos de intenção de voto estiveram presentes tanto em cartazes, quanto nas falas dos organizadores do evento, que discursaram em cima dos carros de som.

Uma das apoiadoras bolsonaristas segurava uma placa com a frase “Segundo o DataFolha, eu não estou aqui”. Nas últimas pesquisas divulgadas nesta semana, o presidente aparece em 2º lugar, mais de 10 pontos percentuais atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A onda azul, verde e amarelo tomou conta da cidade de Petrolina, no Sertão do São Francisco, nas comemorações do Bicentenário da Independência. As manifestações em alusão ao 7 de Setembro reuniram uma multidão que saiu às ruas para uma grande festa em defesa da pátria, da família e da liberdade. O candidato ao Governo do Estado pelo Partido Liberal (PL), Anderson Ferreira, em publicação nas redes sociais, parabenizou a população de Petrolina pelo ato.

“A onda azul, verde e amarela abraçou todo o estado. A festa em Petrolina começou logo cedo, na beira do São Francisco, com muita alegria para comemorar os 200 anos da nossa independência. E de lá, a festa seguiu para Caruaru”, disse. “Simbora, Brasil. Simbora mudar Pernambuco!”, acrescentou Anderson.

As comemorações em Petrolina tiveram início com uma apresentação da Philarmônica 21 de Setembro em homenagem aos 200 anos da Independência do Brasil. Foram hasteadas as bandeiras do município, de Pernambuco e do Brasil e, em seguida, iniciado o desfile cívico-militar na Avenida Guararapes, na região central da cidade, acompanhado por milhares de pessoas.

A candidata ao Governo de Pernambuco pela coligação “Pernambuco na Veia”, Marília Arraes, participou, na manhã desta quarta-feira, da 28ª edição do Grito dos Excluídos. Já na concentração, no Parque 13 de Maio, Marília foi recebida com carinho e animação por centenas de pessoas no ato, que movimentou as ruas do Recife numa das mais tradicionais manifestações contra as desigualdades e injustiças sociais. Maria Arraes, candidata a deputada federal, e Aline Mariano, vereadora do Recife também estiveram na atividade.

Marília, que participa do Grito dos Excluídos há mais de 15 anos, reforçou o compromisso com a democracia e com o combate à miséria e à fome no Estado. “Pernambuco é um dos estados com o maior número de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza no País. Estamos falando de quase cinco milhões de pernambucanos que hoje não têm o que comer ou que se alimentam de forma precária. Isso não pode continuar”, destacou Marília, em uma das entrevistas concedidas durante o evento.

“Já em 2023, vamos reforçar o Fundo Estadual de Combate à Pobreza, dobrando os recursos de forma emergencial. Isso significa que no ano que vem teremos R$ 1 bilhão. Desse total, R$ 600 milhões serão destinados para matar a fome das pessoas em situação de miséria. Também vamos garantir a segurança alimentar dos estudantes das escolas da rede estadual, das gestantes e das crianças desde o nascimento”, sentenciou.