Acompanhe a movimentação da convenção que vai oficializar candidatura de Raquel

Começou, há pouco, a convenção que vai homologar a chapa da pré-candidata do PSDB, Raquel Lyra, ao Governo de Pernambuco. A previsão é que Raquel, assim como sua vice, Priscila Krause, e do pré-candidato ao Senado, Guilherme Coelho, cheguem ao Clube Português por volta das 12h.

Acompanhe aqui ao vivo.

O ex-prefeito do Cabo, Lula Cabral, deu, ontem, uma demonstração de que continua a maior liderança política do município. Foi em torno dele, candidato a deputado estadual e da filha Fabíola, candidata a deputada federal, que a pré-candidata do Solidariedade ao Governo de Pernambuco, Marília Arraes, participou do maior ato politico até o momento na Região Metropolitana do Recife.

Uma multidão atendeu ao convite de Lula e Fabíola para ouvir não apenas Marília, mas Sebastião Oliveira, seu vice, e André de Paula, candidato ao Senado.

Nos discursos e nas expressões no rosto de cada pessoa parecia haver a certeza da mudança em 2 de outubro, nas urnas.

Marília destacou a energia positiva transmitida pela multidão. “É dessa força que sentimos aqui no Cabo que a gente precisa para mudar e interromper esse ciclo de sofrimento. É o nosso tempo. Pernambuco precisa se reinventar. Lula e Fabíola terão um papel muito importante nesse novo tempo que Pernambuco vai viver a partir do ano que vem”, afirmou.

“O povo de Pernambuco está cansado desse desgoverno. É importante que a gente se conscientize da mudança que o nosso Estado precisa”, disse, por sua vez, Lula Cabral, salientando que o alinhamento com o presidente Lula é essencial.

Já André de Paula enfatizou que Marília poderá contar com ele no Senado para viabilizar projetos e obras em 2023. “Marília está ouvindo o povo de Pernambuco e eu vou atrás de recursos para financiar os sonhos das pessoas. Marília é a esperança.”

O deputado federal e pré-candidato a vice-governador Sebastião Oliveira convidou todos para a convenção da coligação Pernambuco na Veia, que ocorrerá neste domingo 31, a partir das 14h, no Classic Hall, em Olinda. “Essa mulher guerreira e competente vai tirar o povo de Pernambuco do sofrimento. Junto com Lula, porque quem sempre esteve com Lula está nesse palanque.”

Fabíola Cabral assegurou que, na Câmara Federal, Marília vai contar com seu apoio. Ela também reforçou que é preciso que as mulheres estejam mais presentes na política. “Marília, você é uma inspiração para mim. Precisamos aumentar a participação das mulheres nas instâncias de poder”, afirmou em meio aos aplausos.

Entre as lideranças que estiveram no ato, o ex-deputado estadual Everaldo Cabral, o pré-candidato a deputado federal, Gustavo Matos, a vereadora do Cabo Sueleide de Amaro do Sindicato, os presidentes das Câmaras de São Lourenço da Mata, Leonardo Barbosa, e de Tamandaré, Cinho do Quiosque, além dos ex-vereadores cabenses Jeferson Marcos, Nenias e Nia da VipCar.

O veto do STF ao repasse de verba do fundão entre partidos aliados impacta diretamente a estratégia do presidente do União Brasil, Luciano Bivar. Dono do maior orçamento eleitoral em 2022, ele pretendia auxiliar candidaturas de deputados federais e estaduais como forma de ampliar seu leque de alianças.

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou na 5ª feira (28.jul.2022) um pedido de repasse de recursos do Fundo Partidário e do FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha) entre candidaturas de diferentes partidos para os cargos de deputado estadual e federal. A ação foi movida pelo União Brasil, PL, PP e Republicanos. As informações são do Poder360.

As legendas que integram coligações majoritárias (para presidente, governador ou senador) queriam compartilhar recursos dos fundos também entre as candidaturas proporcionais (deputados federais e estaduais). Isso foi negado.

Dessa forma, Bivar perde parte dos seus argumentos na composição de alianças políticas país afora. O auxílio financeiro sensibiliza bases de partidos aliados, sobretudo daqueles com menos verba. Com o aumento geral e irrestrito do financiamento público, todas as campanhas ficaram mais caras.

Além disso, a cláusula de barreira neste ano penaliza partidos que não recebam ao menos 2% dos votos válidos ou eleja ao menos 11 deputados federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da federação ficam sem acesso aos fundos e tempo de TV.

FUNDÃO

Para as eleições de outubro, o valor total liberado no Fundo Eleitoral é de R$ 4,9 bilhões, dividido entre 32 siglas. O montante de 2022 é o maior desde a criação do fundo, em 2017. Em 2018, foram liberados R$ 1,7 bilhão, e R$ 2 bilhões em 2020.

O União Brasil receberá a maior fatia neste ano: mais de R$ 782 milhões. Na sequência vem o PT, com pouco mais de R$ 503 milhões, o MDB, com R$ 363 milhões, o PSD, com R$ 349 milhões e o Progressistas, com aproximadamente R$ 344 milhões. Juntas, essas 5 legendas respondem por 47,24% do recurso.

Com a possibilidade de auxiliar campanhas, o partido era visto como aliado preferencial por diversos candidatos em busca de mais recursos.

Os cálculos para a distribuição do dinheiro consideram os candidatos eleitos pelos partidos nas Eleições Gerais de 2018.

Leia aqui a lista completa do quanto cada legenda irá receber e os critérios de rateio estabelecidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Bivar foi procurado, mas não respondeu às ligações da reportagem.

*Por Marcelo Tognozzi

Ele sabia que estava marcado para morrer. Não tinha certeza do dia e nem da hora, apenas do ato prestes a ser consumado. O homem era um dos símbolos do poder naquele Brasil de 1915, o pior dos adversários, violento e implacável.

Aos 15 anos entrara para o Exército como voluntário da Pátria na Guerra do Paraguai. Aos 43, comandou os ximangos que derrotaram o maragato Gumercindo Saraiva na Batalha de Passo Fundo, em 1894. José Gomes Pinheiro Machado saiu desta batalha com a patente de general de brigada e um imenso prestígio político que durou até ser executado. Gumercindo perdeu a cabeça, entregue numa caixa ao governador gaúcho Júlio de Castilhos. Seu corpo decapitado foi enterrado em Santa Vitória do Palmar. Sua cabeça, jamais encontrada.

Pinheiro Machado, o caudilho, era candidato a troféu, o sobrevivente mais cobiçado do governo Hermes da Fonseca, 1º presidente da República Velha a romper o dueto do café com leite comandado pelas elites políticas de Minas e São Paulo. Pinheiro, vice-presidente do Senado, foi seu principal fiador. Em 1910, derrotaram Ruy Barbosa, talentoso não só no domínio das letras jurídicas, mas exímio na arte de fazer política disseminando a intriga e a discórdia. Ruy, civil, tratou de rotular de civilista seu grupo político e de militarista o do seu oponente marechal.

Tendo sido eleito Hermes da Fonseca, pela 1ª vez o Brasil assistiu ao espetáculo de um presidente ser massacrado pela mídia. Ruy, um dos donos do Jornal do Brasil, mandou instalar um painel na sede da Avenida Central (atual Rio Branco), no Rio, para registrar a contagem dos votos. Passou vergonha. Hermes ganhou com 65,35% dos votos, Ruy levou minguados 35,51% e logo acusou o adversário de fraude. Ele tinha razão, mas a fraude era intrínseca às eleições daquele tempo. Ruy não ganhou porque não tinha poder. Era Pinheiro Machado quem o detinha, sem dele compartilhar 1 milímetro sequer.

O militar e o caudilho não tiveram trégua durante os 4 anos de governo. No 1º ano, encararam a Revolta da Chibata liderada pelo marinheiro gaúcho João Candido. O marechal prometeu acabar com os castigos corporais e anistiar os rebeldes, mas não cumpriu. Nova rebelião foi reprimida violentamente, marinheiros mandados para a Ilha das Cobras, onde muitos morreram. João Candido sobreviveu e morreu em 1969, aos 89 anos, apoiando o regime militar que 5 anos antes depusera o presidente João Goulart.

O governo Hermes da Fonseca enfrentou uma epidemia de febre amarela e inúmeras outras revoltas, entre elas a guerra do Contestado e a Revolta de Juazeiro, na qual os comandados do Padre Cícero tomaram o poder no Ceará e expulsaram o governador eleito com o apoio de Pinheiro Machado.

Logo depois, estourou a 1ª Guerra Mundial e o marechal declarou a neutralidade de um Brasil com sérios problemas econômicos, a ponto de um protesto contra a inflação reunir 10.000 pessoas no Largo de São Francisco, no Rio. Era muita gente para um Rio que não passava de 1 milhão de habitantes.

Saiu do governo desmoralizado. Nem a classe operária, que prometera ajudar com casas populares e leis de redução da jornada de trabalho, ficou ao seu lado. Ruy Barbosa, aliado aos grandes atores econômicos, banqueiros, industriais e fazendeiros, carimbou a administração do marechal de incompetente, desastrada e corrupta. “São as ruínas de um governo”, destilava Ruy. Era o começo do fim de Pinheiro Machado.

Venceslau Brás, vice de Hermes, ganhou a eleição de 1914, derrotando Ruy Barbosa por larga margem. Foram 532 mil votos contra 47 mil dados a Ruy. Aquela pancadaria dos últimos 4 anos acabou com mais derrotados que vencedores. E uma das primeiras medidas de Venceslau foi declarar guerra à Alemanha e aliar-se aos americanos, franceses e ingleses.

Na biografia de Pinheiro Machado escrita por Costa Porto e publicada em 1951, “Pinheiro Machado e seu tempo”, há o registro de uma conversa com o cronista João do Rio poucos dias antes da sua morte. Nela, o senador fala da covardia dos inimigos, sem coragem de encará-lo de frente e aos quais só restaria a alternativa de matá-lo pelas costas. Num Rio de Janeiro tomado pela agitação política e a violência, tempos governados pelo ódio e a intolerância generalizada, Pinheiro Machado, 64 anos, do alto da sua soberba se mostrava disposto a enfrentar a tudo e a todos.

Durante uma manifestação de adversários políticos em frente ao jornal O Paiz, Pinheiro salta do carro. Impávido, abre espaço pelo meio da multidão. Entra no prédio ao lado, sede do seu partido, conversa com correligionários, volta à rua, entra no carro e ordena ao motorista, conforme relato de Costa Porto: “não tão devagar que pareça provocação, não tão rápido que pareça medo”.

Em 8 de setembro, se cumpriu a profecia de Pinheiro Machado a João do Rio. Ao entrar no luxuoso Hotel dos Estrangeiros, na praça José de Alencar, foi apunhalado pelas costas por Francisco Manso de Paiva Coimbra –o matador dizia não ser cavalo para ser manso.

O assassino jurou ter agido por conta própria. Condenado a 30 anos de cadeia, foi indultado pelo presidente Getúlio Vargas em 1935. Em 1965, numa entrevista ao Jornal do Brasil, alegou ter matado Pinheiro movido “pela paixão de uma época”. Mas não era paixão. Era o ódio a transformar em mero detalhe o estar marcado para morrer.

Hermes da Fonseca, sobrinho de Deodoro, o proclamador da República, saiu da Presidência e foi viver na Europa sua Nair de Teffé. Assistiu de camarote à 1ª Guerra Mundial. Voltou em 1920 e logo constatou que o tempo não aplacara a raiva dos seus inimigos. Guardaram o ódio na geladeira, como diria Tancredo Neves. Eleito presidente do Clube Militar, o marechal acabou encurralado pela acusação de conspirar contra o governo de Epitácio Pessoa, atuando como patrono do levante dos 18 do Forte, em 5 de julho de 1922.

O Brasil vivia um clima de campanha eleitoral e uma carta anônima recheada de fake news conta Hermes foi publicada. A carta fora mandada publicar por Arthur Bernardes, inimigo do Marechal e vencedor do pleito. Epitácio Pessoa o mandou para a cadeia usando a carta como desculpa. No caminho para a prisão no encouraçado Floriano, fundeado na baía da Guanabara, o marechal Hermes teve o 1º enfarte. Sobreviveu.

A política movida pela raiva e a intolerância fez Epitácio mantê-lo encarcerado por 6 meses. Sofreu todo tipo de humilhação. Saiu da cadeia abatido e poucos meses depois, em setembro de 1923, outro enfarte, desta vez fulminante, matou o marechal aos 68 anos. Era a maior patente do Exército e o 1º militar eleito presidente pelo voto. Mas isso também era apenas um detalhe.

*Jornalista

Bivar no divã

Bem-sucedido empresarialmente, na política o deputado Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil, passa por um dos momentos mais cruciais da sua carreira. Controla o maior partido brasileiro, com o maior fundo eleitoral, lançou uma candidatura ao Planalto que não decolou, mas não sabe ainda o que fará daqui para frente.

Não sabe, por exemplo, se disputará a reeleição, mesmo com um aceno de Lula, pré-candidato do PT à Presidência da República, para presidir a Câmara dos Deputados em 2023, caso desista de concorrer também ao Palácio do Planalto e leve o União Brasil para reforçar a coligação de esquerda formada em torno do petista.

Numa longa conversa que teve ontem, com o senador Fernando Bezerra e Miguel Coelho, pré-candidato do UB a governador, Bivar entrou confuso e saiu mais confuso ainda. Mas pelo sentimento que há entre seus principais interlocutores, deve anunciar hoje, ou no mais tardar amanhã, que não será candidato a presidente.

Bivar fechou, também no mesmo encontro, a indicação do advogado Carlos Andrade, que na eleição de 2020 disputou a Prefeitura do Recife, para senador na chapa de Miguel. O grande complicar pela frente, caso resolva ser candidato a federal, será o apoio formal do União Brasil a Lula, porque não apenas em Pernambuco, mas em mais 10 Estados, a legenda tem candidatos fortes a governador.

O UB, segundo levantamento do próprio partido, lidera a corrida para governador em 11 Estados, estando em Pernambuco com chances de chegar ao segundo turno, o que gera um complicador para Bivar impor uma candidatura presidencial como a de Lula. Até amanhã, entretanto, este cenário estará claro por causa das convenções, inclusive a de Miguel, marcada para este domingo, no Recife.

Aliança branca – Na verdade, o União Brasil não pode mais apoiar, formalmente, Lula, porque o PT já realizou a sua convenção homologando a chapa liderada por ele tendo como candidato a vice o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Se optar pela candidatura de Lula, Bivar será obrigado a fazer uma aliança branca, o que impede o PT de usar o tempo do UB no rádio e na TV, além do fundo eleitoral. Sem candidato ao Planalto, o fundo do UB será remanejado para os candidatos a governador, senador e deputado federal.

Faxina geral – Aos poucos, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro (PSDB), vai se livrando da velha equipe herdada pela tucana Raquel Lyra, a quem sucedeu em razão dela ter renunciado para disputar o Governo do Estado. Deu, ontem, mais uma canetada vermelha, dispensando Thallyta Figuerôa e Ytalo Farias, respectivamente secretários de Desenvolvimento Rural e de Serviços Públicos. Mainha não sonhava nunca com realidade tão cruel.

Haja debandada! – Inimigo cruel de Marília Arraes, até no campo pessoal, o senador Humberto Costa terá que escalar um assecla no PT apenas com a missão de ir relacionando as adesões que a pré-candidata do Solidariedade está arrastando na legenda petista, para mandar expulsar. Todos os dias, uma penca deserda do PT, para não apoiar o pré-candidato do PSB, Danilo Cabral. A mais recente é Manuella Mattos, que disputou a Prefeitura de Itambé, na Zona da Mata.

Mais um prefeito – Por falar em apoios, a pré-candidata do Solidariedade recebeu, ontem, a adesão de mais um prefeito: Xisto Freitas (PSD), de Aliança, na Zona da Mata Norte, que arrastou também o vice-prefeito Doutor Tiago. “Marília representa a verdadeira mudança que Pernambuco precisa. Estamos juntos com Marília”, disse Xisto, após posar para fotos ao lado da nova aliada.

Marqueteiro paga o pato – O mau desempenho de Luciano Bivar nas pesquisas ao Planalto caiu na conta do marqueteiro Augusto Fonseca, apontado como principal estrategista da campanha do presidenciável do União Brasil. A avaliação de dirigentes do partido é que, em pouco mais de dois meses à frente do marketing de Bivar, Fonseca não conseguiu torná-lo mais conhecido nacionalmente. Não que seja tarefa fácil. Bivar não é lá um exemplo de carisma. E, pelo menos até agora, mantém-se em cima do muro em uma série de assuntos. Até mesmo sobre a manutenção da candidatura à presidência, revelou o colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.

CURTAS

JOGOU A TOALHA –O deputado federal André Janones (Avante) admitiu retirar a candidatura a presidente da República para apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno na corrida pelo Palácio do Planalto. Ontem, o petista chamou o candidato para conversar e debater a democracia. Lula disse que ligaria para Janones.

DEBATE – Os canais de notícias CNN Brasil e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal de notícias Terra e a rádio Nova Brasil FM irão transmitir um debate presidencial em conjunto no dia 24 de setembro. O debate se dará nos estúdios do SBT. O formato que reúne diversas emissoras é conhecido no jargão jornalístico como “pool” e já foi usado no Brasil durante a campanha presidencial de 1989.

Perguntar não ofende: O PSB também vai expulsar o deputado Gonzaga Patriota?