A semana de trabalho em Brasília me impediu de ir ontem à festa do meu amigo Adilson Gomes, arraesista histórico, segundo-suplente de senador de Jarbas Vasconcelos, que comemorou em grande estilo o seu niver de 80 anos, em Aldeia. O ambiente ficou lotado de amigos e admiradores. Não poderia ser diferente.
Adilson é uma referência política no Estado. Ao lado de Arraes, num primeiro momento da sua vida, e de Eduardo Campos, numa outra etapa, viveu bastidores riquíssimos da cena estadual envolvendo o poder e a política. Era, sem medo de errar, um dos assessores mais ouvidos por Miguel Arraes e Eduardo.
Sereno e habilidoso, apagou muitos incêndios. Com ele ao lado de Arraes, vivi alguns desses instantes simbólicos. Certa vez, Arraes governador do Estado, me expulsou de um restaurante num hotel em Brasília. Adilson estava lá, agiu imediatamente como apaziguador, sob os olhares de vários jornalistas.
Leia maisNaquela época, na condição de diretor da sucursal do Diário de Pernambuco, fui ao hotel cobrir um encontro político no qual Arraes estava presente, no mesmo dia que o jornal havia publicado um furo meu, revelando bastidores de uma contenda de Arraes com Ulysses Guimarães.
Arraes ficou uma arara e, quando fui ao seu encontro, se recusou a falar comigo, chamou Adilson e o orientou a me expulsar do ambiente. Ainda reagi, mas Adilson foi tão gentil e diplomático que me rendi ao seu pedido.
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