Um novo protesto promovido por trabalhadores da área de irrigação de Itaparica bloqueou, mais uma vez, o Trevo do Ibó, nas proximidades de Belém do São Francisco, no Sertão de Itaparica, interrompendo o tráfego nas BRs 116, 316 e 428.
Os manifestantes exigem a restauração do fornecimento de energia para irrigação das plantações do Sistema Itaparica e de outros projetos agrícolas da região.
Atento ao problema, desde o primeiro momento, o deputado federal Fernando Monteiro anunciou pelas redes sociais articulações para tentar solucionar o problema.
“Temos 45 mil famílias de produtores rurais reassentados no Sistema Itaparica aguardando uma solução para os problemas de infraestrutura, que incluem a falta de água e de energia elétrica nos perímetros irrigados”, escreveu ele, em uma publicação no Instagram.
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta-feira para permitir a indicação de parentes para cargos de natureza política, desde que seja comprovada qualificação técnica. O julgamento continua na próxima semana e ainda podem ser feitas mudanças no entendimento.
Os cargos considerados políticos são, por exemplo, um ministro do governo federal ou secretários estaduais e municipais. Já o nepotismo cruzado ocorre quando autoridades trocam favores, nomeando parentes umas das outras para cargos públicos. As informações são do jornal O GLOBO.
A tese apresentada pelo relator, ministro Luiz Fux, é de que a proibição de nomear parentes “não se aplica a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral, por afinidade, até o terceiro grau, da autoridade nomeante para cargos de natureza política, desde que preenchidos os requisitos de qualificação técnica e idoneidade moral para o cargo, na forma da lei, vedado o nepotismo cruzado”.
A proposta é que essa regra também valha para cargos de outros Poderes, como do Judiciário e do Ministério Público.
— Não é uma carta de alforria, para se nomear quem quer que seja, se houver inaptidão técnica, fraude à lei ou nepotismo cruzado — explicou Fux.
Cinco ministros já acompanharam essa posição: Cristiano Zanin, Nunes Marques, André Mendonça, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.
Até agora, apenas Flávio Dino divergiu, defendendo que não haja exceções para a regra.
— Nós temos outras concentrações de poder. Por exemplo, poder social, poder cultural. Que está presente nessa prática do QI, quem indica — afirmou, acrescentando: — Hoje ninguém admite que o presidente da República nomeie seu filho ministro.
Os ministros estão analisando uma lei da cidade de Tupã (SP) que permitiu a nomeação de parentes das autoridades para o cargo de secretário municipal. O processo tem repercussão geral, ou seja, o que for decidido deverá ser aplicado a todos os casos semelhantes.
Faltam os votos da ministra Cármen Lúcia, do ministro Gilmar Mendes e do presidente do STF, Edson Fachin.
Deputados da oposição ao Governo do Estado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) reagiram às denúncias envolvendo a secretária estadual de Administração, Ana Maraíza de Sousa, publicadas ontem (22), com exclusividade, por este blog (veja aqui).
Diogo Moraes, líder do PSDB na Casa, classificou o episódio como “muito sério”. “Vamos ter que acompanhar essa apuração de perto e estamos diante de um caso muito grave”, declarou.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) investigam a assinatura de um contrato, sem licitação, no valor de R$ 30 milhões, com uma empresa de tecnologia que teria levado a secretária Ana Maraíza e outros servidores comissionados da gestão de Raquel Lyra (PSD) ao exterior, em duas oportunidades, bancando passagens e hospedagem.
As viagens foram para a Estônia, país localizado no norte da Europa, na região do Mar Báltico, com belezas naturais deslumbrantes e rica herança cultural. As idas à Estônia ocorreram em maio de 2024 e maio de 2025.
O contrato com a empresa, com dispensa de licitação, foi firmado em dezembro de 2024, sete meses após a primeira comitiva viajar. Nesse primeiro grupo, estava Ana Maraíza.
Waldemar Borges defende aprofundamento das investigações
O deputado Waldemar Borges (MDB) afirmou que as denúncias “são da maior seriedade”. “A gente está tratando de um financiamento de viagens por empresas que depois vieram a ganhar contratos no Governo do Estado, inclusive por processos licitatórios questionáveis. Isso é de uma gravidade tão grande que merece um aprofundamento muito detalhado, muito consistente, porque as consequências também são graves”, enfatizou.
O parlamentar ainda disse que a Assembleia tem notado com preocupação situações semelhantes. “São casos se repetindo em um governo no qual empresas têm ganhado licitações que estão sendo muito questionadas do ponto de vista da regularidade e da correção”, destacou.
Bancada governista
Nossa reportagem entrou em contato com deputados da base governista para ouvir o outro lado, mas não obteve, até o momento, retorno das ligações. O espaço está aberto para os parlamentares aliados da governadora e também para a SAD, caso queiram se pronunciar.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) postou em suas redes sociais que sentiu “inveja” ao ver barcos sendo abatidos pelo governo dos Estados Unidos no Caribe. A administração de Donald Trump diz que eram embarcações de narcotraficantes, carregadas de drogas.
Flávio, além de manifestar “inveja”, completou: “Ouvi dizer que tem desses no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara”.
O senador fez a declaração ao comentar uma postagem do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, anunciado mais um barco alvejado. As informações são do g1.
“Que inveja! Ouvi dizer que há barcos como esse aqui no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, inundando o Brasil com drogas. Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?”, escreveu o senador.
Depois, com a repercussão de sua postagem na mídia, Flávio escreveu um texto irônico em que “parabeniza” à imprensa.
Ele fez um vídeo com os recortes das manchetes sobre a declaração dele e escreveu em cima: “Parabéns pelo trabalho!”
O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira (23) que a instituição está “bastante incomodada” com o fato de a inflação e as expectativas dos economistas ainda estarem acima da meta, segundo informações da agência Reuters.
Mesmo assim, ele afirmou que os preços vêm caindo e que o Banco Central vai manter os juros altos por mais tempo para garantir que a inflação continue recuando. As informações são do g1.
Segundo Galípolo, “a inflação e expectativas seguem fora do que é a meta, isso é um ponto de bastante incômodo para o Banco Central, mas estamos falando de uma inflação que está num processo de redução e retorno para a meta em função de um Banco Central que vem se mostrando sempre bastante diligente e tempestivo no combate a qualquer tipo de processo inflacionário.”
Na prática, isso significa que, embora os preços ainda estejam subindo mais do que o ideal, o Banco Central acredita que suas ações — principalmente os juros altos — estão ajudando a controlar essa alta.
A meta de inflação no Brasil é de 3% ao ano, podendo variar até 4,5%. Mas, segundo a pesquisa Focus, o índice oficial de preços (IPCA) deve fechar 2025 em 4,7%, o que indica que o centro da meta ainda está distante. Em setembro, a inflação acumulada em 12 meses foi de 5,17%.
Galípolo também lembrou que o Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. Essa taxa influencia todos os outros juros da economia — como os cobrados em empréstimos e financiamentos — e é usada como ferramenta para frear a inflação.
Ele explicou que essa postura deve continuar por um tempo: “A economia brasileira vem passando por um ciclo de crescimento contínuo … e ainda assim com nível de inflação que, apesar de fora da meta, o que demanda o Banco Central permanecer com uma taxa de juros num patamar elevado e restritivo por um período prolongado para que a gente possa produzir essa convergência.”
Segundo ele, o objetivo é garantir que a inflação volte gradualmente ao centro da meta sem prejudicar o desempenho da economia. “Mas conseguindo combinar nível baixo de desemprego, crescimento positivo e inflação que está, olhando para níveis históricos, dentro de um patamar baixo.”
Lula volta a cobrar que o Banco Central baixe os juros Na última segunda-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o Banco Central e a cobrar redução dos juros no país. Lula disse que a instituição precisa começar a “abaixar os juros” para permitir a expansão da economia e do crédito.
“Eu quero que os empresários todos ganhem muito dinheiro, que as suas empresas possam crescer, produzir, gerar emprego. Quero que a indústria automobilística venda quantos carros necessitar, quero que banqueiros ganhem dinheiro — mas não precisa extorquir o povo”, afirmou o presidente.
“Ganhe dinheiro de forma tranquila, emprestando a juros razoáveis. O Banco Central vai precisar começar a abaixar os juros, porque todo mundo sabe o que nós herdamos e sabe que estamos preparando esse país para ter uma política monetária mais séria.”
Tensões com o Banco Central Desde o início do mandato, Lula tem feito críticas recorrentes à política monetária e à autonomia do Banco Central, inicialmente chefiado por Roberto Campos Neto — indicado durante o governo anterior.
Desde janeiro de 2025, o presidente do BC é Gabriel Galípolo, indicado por Lula.
O BC tem autonomia desde 2021. Isso significa, entre outras coisas, que o presidente da República não pode demitir o presidente da instituição.
O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Ricardo Paes Barreto, assumirá o Governo do Estado, nessa sexta-feira (24). A transmissão do cargo está prevista para as 14h, no Palácio do Campo das Princesas. Governadora em exercício desde o dia 14 deste mês, Priscila Krause viajará para a Argentina e o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), embarcará para Portugal. A governadora Raquel Lyra (PSD) está fora do País e só retornará da Dinamarca no dia 28. As informações são do Blog Dantas Barreto.
Paes Barreto, por presidir o Judiciário pernambucano, é o quarto na linha sucessória. Na próxima terça-feira, o desembargador repassará o cargo a Raquel Lyra. Os detalhes da transmissão do cargo, amanhã, ainda serão divulgados pelo Governo do Estado.
O presidente do TJPE ficará à frente do Executivo pela segunda vez, desde que assumiu a função. No ano passado, Ricardo Paes Barreto substituiu o prefeito do Recife, João Campos (PSB), no período em que ele esteve no exterior. Devido à legislação eleitoral, na ocasião o presidente da Câmara de Vereadores, Romerinho Jatobá (PSB), se ausentou do País para não assumir a Prefeitura.
O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta quinta-feira (23) que os legislativos estaduais e municipais adotem as mesmas regras de transparência e rastreabilidade aplicadas a emendas parlamentares federais.
De acordo com a decisão, a execução de emendas parlamentares já aprovadas por deputados estaduais e vereadores para 2026 deverão ser travadas até que as assembleias e câmaras demonstrem o cumprimento das regras de transparência e rastreabilidade. As informações são da CNN.
Para cumprir a determinação, serão notificados os tribunais de contas estaduais, do DF e municipais, além dos Ministérios Públicos de Contas, Procuradorias Gerais e Ministérios Públicos estaduais, para que adotem as medidas necessárias e garantam que os processos de execução das emendas estaduais e municipais sigam o modelo federal de transparência e rastreabilidade. Uma audiência também será realizada em março de 2026 para verificar o avanço das medidas.
“Não faz sentido que o dever de identificar a origem e os beneficiários finais dos recursos públicos (transparência e rastreabilidade ponta a ponta) se limite ao plano federal, permitindo que os mesmos vícios, opacidade, fragmentação, ausência de planejamento e controle social, persistam nos níveis estadual, distrital e municipal. Em outras palavras, teríamos um sistema constitucional que exige transparência seletiva, apenas no ente federal, mas que tolera práticas deletérias no nível subnacional”, afirmou o ministro na decisão.
Segundo Dino, a medida marca o início de uma nova fase no processo das emendas. Ele ressaltou que a jurisprudência do Supremo determina que o modelo federal deve ser seguido obrigatoriamente pelos entes subnacionais.
Convocada pelo ministro, a audiência desta quinta teve como objetivo avaliar os avanços na rastreabilidade das transferências especiais e esclarecer os efeitos das decisões já tomadas pela Corte, incluindo a que derrubou o chamado “orçamento secreto”.
Durante a sessão, Dino também defendeu que emendas parlamentares federais de anos anteriores sejam auditadas por órgãos de controle.
Segundo ele, há entre 35 mil e 40 mil prestações de contas de emendas que ainda não foram analisadas. “É preciso encontrar um encaminhamento institucional adequado, todos nós certamente concordamos com isso porque é impossível abrirmos um tapete gigante e colocar isso embaixo”, afirmou o ministro.
Na audiência, representantes do TCU e do Ministério de Gestão e Inovação apresentaram atualizações em plataformas públicas para monitoramento da execução das emendas parlamentares.
Uma das novidades é a publicidade dos nomes das empresas contratadas para execução de serviços e obras com recursos das emendas Pix. Os gestores também destacaram melhorias em aplicativos de gestão, fiscalização e transparência de gastos.
Helicópteros do batalhão de Operações Especiais da aviação dos Estados Unidos, conhecidos como “Night Stalkers”, foram vistos sobrevoando a região do Caribe, perto da costa da Venezuela.
A presença da tropa de elite é mais um elemento que dá o tom da tensão entre o presidente americano, Donald Trump, e o ditador venezuelano, Nicolás Maduro. As informações são da CNN.
O jornal americano The Washington Post foi o primeiro a noticiar que as aeronaves foram avistadas no mar caribenho, no começo do mês.
Uma autoridade americana disse ao jornal que os helicópteros faziam um treinamento na região. Eventualmente, podem se envolver em operações contra traficantes de drogas no mar ou dentro da Venezuela, caso o presidente Donald Trump autorize a missão.
Ainda segundo uma análise do Washington Post, imagens de redes sociais indicam que as aeronaves sobrevoaram a região costeira de Trinidad e Tobago, a 145 quilômetros da costa venezuelana.
Quem são os “Night Stalkers”? Os helicópteros avistados fariam parte do 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais do Exército dos Estados Unidos, conhecido por realizar operações de precisão em baixa visibilidade.
Os Night Stalkers são a principal unidade de aviação para operações especiais do Exército americano, cujo objetivo é exclusivamente apoiar missões em ambientes complexos, de difícil acesso e alta ameaça.
O regimento se tornou mundialmente conhecido pelo papel crucial no ataque no Paquistão, em 2011, que levou à morte de Osama Bin Laden. A unidade da aviação transportou os militares que localizaram e mataram o terrorista mais procurado do mundo.
Helicóptero pilotado por membros do 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais do Exército dos EUA
O Global Defense News, site especializado em informações militares, explica que os modelos de helicópteros MH-60 Black Hawks foram “especialmente modificados para operações de baixa visibilidade”.
No caso da missão de Bin Laden, as aeronaves entraram no espaço aéreo paquistanês sem serem detectadas, pousando em um complexo murado e sem apoio convencional.
“A missão demonstrou a capacidade incomparável do regimento de operar em áreas politicamente sensíveis e desfavorecidas — um precedente que agora traça fortes paralelos com sua presença perto da Venezuela”, diz o Global Defense News.
Ainda segundo o site, fontes da comunidade de defesa dos Estados Unidos sugerem que as operações no Caribe não se tratam apenas de treinamento, mas visam deixar militares de prontidão na região.
Força militar dos EUA perto da Venezuela Em agosto, Trump ordenou o envio de navios de guerra para o Mar do Caribe. Uma dessas embarcações pode atualmente ter servido de apoio para os Night Stalkers, disseram especialistas ouvidos pelo Washington Post.
Ao menos seis navios de guerra americanos foram confirmados em águas da América Latina e do Caribe. A frota representa uma contundente demonstração de força e especialmente de capacidades de desembarque.
Entre eles, estão três destróiers, que são embarcações armadas com mísseis guiados, incluindo projéteis do modelo Tomahawk, com capacidade para atacar alvos em terra. Os navios também possuem o sistema de defesa Aegis, de última tecnologia na Marinha dos Estados Unidos, segundo informações oficiais da Marinha.
Cada destróier leva uma tripulação padrão de 329 marinheiros, com um deslocamento entre 8.200 e 9.700 toneladas e uma velocidade máxima de 30 nós (cerca de 55 quilômetros por hora).
Esses navios têm como missão, de acordo com informações oficiais, carregar, transportar e desembarcar tropas junto com sua equipe, ao mesmo tempo fornecendo apoio.
Membro da Marinha dos EUA salta a partir de um helicóptero pilotado pelo 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais do Exército dos EUA
O embate entre Maduro e Trump Donald Trump declarou que os Estados Unidos estão em conflito armado contra os cartéis de droga designados pelo governo como organizações terroristas e informou que autorizou a CIA (Agência Central de Inteligência) a realizar operações secretas na Venezuela, com o objetivo de combatê-los.
Ainda não está claro o que poderão ser essas ações da agência de inteligência dos EUA na Venezuela.
O Departamento de Guerra americano tem expandido as operações contra embarcações que alegam ser usadas para o tráfico de droga, no ataque mais recente o Exército atingiu dois barcos pela primeira vez no Oceano Pacífico, deixando seis mortos.
As Forças Armadas dos EUA começaram a atacar no início de setembro. Ao todo, nove navios foram alvo, sete deles no Mar do Caribe, os ataques no mar já deixaram 38 mortos.
Atualmente, Washington oferece US$ 50 milhões (cerca de R$ 272 milhões) por informações que levem à prisão e condenação de Nicolás Maduro por tráfico de drogas.
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela apresentou uma queixa contra os EUA no Conselho de Segurança da ONU após a autorização de operações da CIA.
O regime Maduro declara que os ataques contra barcos no Caribe e o uso da CIA são uma operação de “mudança de regime”, que teria como objetivo apreender os recursos petrolíferos do país.
Na resposta mais recente após os ataques no Pacífico, Caracas afirmou que mobilizou mais de cinco mil mísseis de defesa aérea, de fabricação russa, em posições estratégicas em todo o país, enfatizando seu papel na salvaguarda da paz e da estabilidade venezuelana.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou nesta quinta-feira (23) que a Casa deve avançar nas medidas de corte de despesas na próxima semana, mas que o projeto do governo que revê isenções tributárias ficará para depois.
“Isenções ainda não, ficará mais para a frente um pouco. Mas queremos avançar”, disse Motta após deixar reunião com líderes partidários.
O presidente da Casa, porém, não confirmou quando colocará o texto em votação. As informações são do g1.
“É a pauta da Casa. O governo está decidindo o veículo que vai usar nesta questão para repor o que foi perdido na MP 1303 [medida provisória que compensava a alta do IOF]”.
A decisão de pautar o projeto, confirmada à TVGlobo por Motta nesta manhã, foi antecipada pelo blog do Valdo Cruz, no g1.
O governo tem buscado alternativas para recompor recursos do Orçamento de 2026, e vem sofrendo derrotas no Congresso.
No início deste mês, deputados deixaram uma medida provisória que previa maior arrecadação para equilibrar o orçamento perder a validade.
A medida já era uma tentativa de substituição ao decreto derrubado que previa uma alta no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Após mais uma negativa do Legislativo, o governodecidiu fatiar o pacote em três partes:
corte de despesas;
corte nas isenções tributárias; e
projeto que aumenta arrecadação, com aumento da tributação de casas de apostas (bets), fintechs e juros sobre o capital próprio.
A decisão de fatiar a medida provisória foi tomada após uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início desta semana.
Nesta terça (21), Haddad disse a jornalistas que havia mais apoio para aprovar as medidas de corte de gastos — que totalizavam R$ 15 bilhões — e que a parte do aumento de receita — num total de R$ 20 bilhões — tendia a sofrer mais resistência novamente.
O plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) decidiu, nesta quinta-feira (23), votar pela manutenção dos vetos da governadora Raquel Lyra (PSD) em relação ao texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. Foram 24 favoráveis e 4 contrários dos 32 presentes.
O texto da governadora havia passado por modificações pelas Comissões de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) e de Finanças, Orçamento e Tributação. Raquel, por sua vez, rechaçou seis trechos das mudanças propostas.
Na terça (21), os colegiados derrubaram os vetos, passando a decisão final para o plenário. A oposição, para rejeitar os vetos do governo, precisava de 25 votos “não”. A proposta foi diretamente submetida à votação, sem discussão do mérito.
O que foi vetado? A governadora vetou, entre outros trechos, um que determinava que as receitas orçamentárias decorrentes do Fundo Estadual de Equilíbrio Fiscal (FEEF) fossem compartilhadas com os municípios. A chefe do Executivo Estadual explicou que a medida não avaliava o impacto fiscal no orçamento.
Um outro ponto vetado pedia que as despesas com publicidade e propaganda dos atos e ações do governo estadual passassem por uma série de filtros de transparência. Raquel disse que as determinações já eram detalhadas por leis federais, sem a necessidade de novas medidas.
Isenção do SSA
Na mesma sessão, foi aprovada a manutenção do veto de Raquel em relação à isenção da taxa do Sistema Seriado de Avaliação (SSA), o vestibular prestado por estudantes que desejam ingressar na Universidade de Pernambuco (UPE). Foram 18 votos favoráveis e 10 contra.
O texto era de autoria do deputado estadual Jarbas Filho (MDB), parlamentar da base da governadora. Deputados da oposição criticaram o governo, afirmando que o impacto orçamentário era pequeno e pediram que o governo realize um estudo de impacto.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, convidou o ex-presidente Michel Temer a ingressar no partido e se lançar candidato à Presidência da República.
Temer é presidente de honra do MDB e está na legenda desde 1981 — sua única filiação partidária até hoje. A justificativa dos tucanos é que o MDB é um partido dividido e dificilmente daria legenda para ele disputar o cargo.
O MDB reagiu à investida. A coluna apurou que Temer já foi sondado por seu partido sobre uma eventual candidatura e respondeu que aceitaria concorrer caso houvesse uma união entre PL, União Brasil, PP, PSDB, MDB, PSDB e Republicanos em torno de seu nome.
Um movimento improvável. Os partidos de centro têm como prioridade o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para enfrentar Lula, que deve buscar o quarto mandato. Pesquisas indicam que o petista não consegue diminuar sua alta rejeição, reflexo de um certo cansaço do eleitorado, o que anima a centro-direita.
A iniciativa do PSDB para atrair Temer é tratada no MDB como uma “fofoquinha política bem sem vergonha”, vinda de uma ala tucana que tenta “prejudicar um projeto nacional”.
Com dois ministros no governo Lula — Simone Tebet (Planejamento) e Renan Filho (Transportes) —, o MDB segue dividido entre os que defendem apoiar o petista e os que querem lançar um candidato de oposição. Por isso, o partido deve empurrar essa discussão para o último momento.
O PSDB iniciou um movimento para se reerguer nacionalmente. O pontapé foi o retorno do ex-ministro Ciro Gomes na última semana. Ciro deixou o PDT para disputar o governo do Ceará. Cinco deputados federais negociam o embarque na sigla, que voltará a ser presidida por Aécio Neves (MG) a partir de novembro.
Perillo, atual presidente, será candidato ao governo de Goiás. Terá como oponente o vice-governador Daniel Vilela, do…MDB.
Na próxima semana, o jornalista Magno Martins vai lançar o livro Leões do Norte em cinco cidades do Agreste Meridional.
Em Garanhuns, o livro será lançado na próxima quinta-feira, dia 30, no auditório da AESGA, às 19h, com a presença do prefeito Sivaldo Albino, do secretário Ronaldo César, demais integrantes do Governo Municipal e vereadores.
Angelim recebe o jornalista também no dia 30, às 10h. O evento será na Escola Miguel Calado Borba, com a presença do prefeito Carlos Henrique, o popular Caíque.
E, ainda na quinta-feira (30), Leões do Norte será lançado em Caetés.
O prefeito Nivaldo Tirri e a secretária de Educação do município, Giselda Correia, optaram pelo Colégio Monsenhor Callou para sediar o evento, que acontecerá a partir das 15h.
O autor de Leões do Norte também estará apresentando sua obra em Capoeiras, na Câmara Municipal, no dia 29, às 19h, com a presença do prefeito Nêgo do Mercado, do secretário Clécio Farias, vereadores e outros integrantes do governo municipal.
Águas Belas sediará o lançamento do livro na terça-feira (28), no Colégio Nicolau Siqueira, também às 19h.
O LIVRO
Os Leões do Norte é um retrato instigante da política pernambucana ao longo de quase um século.
A obra, com 204 páginas, reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, cobrindo o período de 1930 a 2023.
Traz perfis de governadores de um passado mais distante, como Agamenon Magalhães e Etelvino Lins, e de outros que passaram pelo Palácio das Princesas num passado mais recente, como Miguel Arraes, Marco Maciel, Eduardo Campos e Paulo Câmara.
O autor reconstrói contextos, resgata episódios pouco lembrados e propõe reflexões sobre os avanços, impasses e contradições da cultura política pernambucana.
Uma leitura útil a pesquisadores, estudantes, jornalistas e cidadãos interessados em se informar e compreender melhor os caminhos da política e da história pernambucana.
O Jornal Hoje, da TV Globo, exibiu nesta quinta-feira (24) uma reportagem sobre a infestação de mosquitos nas enfermarias do Hospital Getúlio Vargas, no Recife. O caso, que dura mais de dez dias segundo acompanhantes de pacientes, mostra pessoas usando raquetes elétricas e máscaras para tentar se proteger das muriçocas dentro da unidade de saúde. O problema, relatam, se espalhou por várias alas do hospital e levou até comerciantes vizinhos a aumentarem as vendas de raquetes. A Secretaria Estadual de Saúde informou à emissora que realiza dedetizações semanais e que pretende instalar telas anti-mosquito em todas as janelas, além de ter iniciado ações de pulverização com o carro fumacê.
O apresentador César Tralli classificou as cenas como “um vexame”. Ao vivo, o jornalista questionou a falta de medidas preventivas e criticou a situação de insalubridade mostrada nas imagens. “Como é que pode um hospital público deixar chegar nessa situação? Por que não fizeram o trabalho preventivo antes?”, disse. Tralli destacou ainda o “grau de humilhação e decepção” enfrentado por pacientes e acompanhantes, cobrando providências para que casos assim não voltem a se repetir. Assista: