Janguiê Diniz, o empreendedor obstinado

Com mais de quatro décadas de atuação empreendedora, fundador do Ser Educacional precisou superar diversos obstáculos para construir sucesso e riqueza

Ele não imaginava, enquanto engraxava sapatos pelas ruas de Naviraí, pequena cidade do estado do Mato Grosso do Sul, que, décadas mais tarde, construiria um grande conglomerado empresarial bilionário. Mas, desde aquela época, já tinha uma certeza em mente: aquela realidade de limitações não era seu destino. Precisava mudar. E assim o fez. Hoje multiempreendedor, Janguiê Diniz usou da educação, do trabalho com propósito, do empreendedorismo e da obstinação para transformar seu destino e construir riqueza, sucesso e prosperidade por meio de suas empresas.

Janguiê nasceu em um contexto de extrema pobreza, na cidade de Santana dos Garrotes, interior da Paraíba. Fugindo da seca e da escassez, sua família rodou o Brasil em busca de melhores oportunidades. Foram, inicialmente, para Naviraí, no Mato Grosso do Sul. Depois, para Pimenta Bueno, em Rondônia. “Pimenta Bueno era uma cidade muito pequena na época. Até era comum ver vários indígenas andando sem roupa pelas ruas”, lembra Diniz.

Ele estudava – exigência dos pais, Lourdes e João. Mas algo o incomodava: alguns colegas da escola iam à matinê aos sábados, enquanto ele não podia. Foi aí que decidiu fazer algo a respeito. “Aí eu criei o meu primeiro empreendimento, que foi uma caixa de engraxate”, explica. “Eu saía engraxando sapatos pela cidade em troca de algum dinheiro, e dava pra ajudar um pouco em casa e ainda sobrava para poder ir à matinê com meus colegas”, recorda.

O espírito empreendedor começou a se desenvolver. E não parou mais. Janguiê passou a vender picolés de porta em porta, depois laranjas ponkans. “Com as ponkans, eu tive o meu primeiro aprendizado sobre negócios: você tem que conhecer a fundo aquilo que você quer empreender. Aconteceu que as laranjas eram sazonais, não davam o ano inteiro. Então, quando passou o período de safra, eu perdi o meu negócio. Isso me ensinou muito”, aponta. Ele ainda atuou como garçom em restaurante e locutor infantil em uma rádio local. Sabia se virar.

Mudança de vida

Um ponto de decisão surgiu na vida de Janguiê Diniz quando ele concluiu o Ensino Fundamental em Pimenta Bueno. Na época, não havia oferta do Ensino Médio na cidade. “Aí eu tive que escolher: ou ficava lá e ia ajudar meu pai na lavoura, ou saía para continuar estudando. Eu escolhi investir no meu futuro por meio da educação”, pontua o empresário, que deixou a família e veio para o Recife, onde foi acolhido por um tio, advogado. Sua vida começaria a mudar a partir de então. “Como eu tinha feito um curso de datilografia, eu era muito rápido com uma máquina de escrever. Meu tio me deu uma petição para redigir e logo acabei. Ele então me deu um emprego como office boy. Estar nesse ambiente da advocacia me despertou a curiosidade e, depois, o desejo de seguir o rumo do Direito”, lembra, destacando que, antes, seu grande sonho era ser médico. “Acontece que eu me encontrei realmente no Direito”, completa.

Janguiê passou no vestibular da Faculdade de Direito do Recife, da Universidade Federal de Pernambuco. Ainda durante o curso, abriu seu primeiro empreendimento formal: uma empresa de cobranças. Começou muito bem, mas, com o tempo, o negócio decaiu e faliu. Mais um aprendizado. “Foi aí que eu pensei em estudar para concursos públicos, para ser Juiz Federal. Me dediquei durante três anos, estudando sei horas por dia. No dia que não batia a meta, tinha que pagar o débito depois”, conta Diniz. A determinação trouxe êxito: foi aprovado no concurso de juiz federal do Trabalho. Depois, ainda foi, via concurso, professor titular da UFPE e procurador do Ministério Público da União.

Os anos de estudo como concurseiro despertaram no empreendedor outra ideia de negócio. “Eu notei que, na época, não havia um curso preparatório para concurso que fosse realmente bom. Foi aí que decidi fundar o meu próprio, o Bureau Jurídico. E foi um sucesso na década de 1990, com alunos do Brasil inteiro e altos índices de aprovação”, revela o empresário, que, cada vez mais, enveredava pelo ramo do empreendedorismo educacional.

O grupo Ser Educacional

Foi apenas em 2003 que ele decidiu colocar seu grande sonho em prática: montar uma faculdade. Iniciava ali o projeto da Faculdade Maurício de Nassau, hoje Uninassau. A marca foi a primeira do grupo Ser Educacional, hoje o maior grupo de educação superior do Norte e Nordeste e um dos maiores do Brasil. O grupo cresceu de forma orgânica e por aquisições, e hoje engloba também as marcas Unama, UNG, Uninorte e Unifael, com mais de 350 mil alunos atendidos em mais de 60 unidades acadêmicas e cerca de mil polos de educação a distância. Para assumir integralmente o comando da empresa, Janguiê pediria, mais tarde, exoneração do cargo público.

Em 2013, mais um passo grande. O Ser Educacional se tornou uma das empresas listadas na Bolsa de Valores, sendo, então, o maior IPO (abertura de capital) da época do setor de educação do Brasil. “Nós estávamos expandindo e notamos que era momento propício para abrir o capital. Nos preparamos e, com muita ousadia e coragem, realizamos o IPO, que foi uma ótima decisão”, conta Janguiê. A movimentação potencializou o crescimento do Ser Educacional e fez o empreendedor entrar, em 2014, na lista de bilionários brasileiros da Revista Forbes.

Investimentos

Com o grupo consolidado, Janguiê passou a investir também em outros empreendimentos. Hoje, é fundador da Epitychia, family office que investe em empresas de diversos setores, além de sócio de diversas empresas, como a Bossa Invest, maior fundo de investimento em startups da América Latina e Stanley Hair maior empresa de transplante capilar da américa latina.

Em 2019, a vontade de fomentar a cultura empreendedora no Brasil fez Janguiê Diniz se juntar a mais 33 grandes empreendedores para fundar o Instituto Êxito de Empreendedorismo. “O Instituto Êxito surgiu desse desejo de mostrar às pessoas que elas podem empreender e ter sucesso, independentemente de onde vieram ou de suas condições. Se eu consegui, qualquer um consegue”, define. O Êxito oferta uma plataforma on-line com mais de mil conteúdos gratuitos, entre cursos de capacitação, vídeos inspiracionais e palestras. Além disso, desenvolveu um projeto em parceria com a Unesco no Brasil, para levar educação empreendedora às escolas públicas do país, por meio de material e plano de aula exclusivos.

Janguiê Diniz é autor de 36 livros, entre eles, “O Código Secreto da Riqueza”, “Mentalidade de Riqueza”, “Desista de Desistir”, “O poder da modelagem”, “A arte de empreender”, “Mentalidade de Riqueza”, “Seja um Fodido Obstinado”, entre outros. O mais recente é “Neuroconexões: como a inteligência emocional e social geram prosperidade e riqueza”.

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Por Gabriel Sabóia
Do Jornal O Globo

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi aos Estados Unidos, onde representa a família na posse de Donald Trump, com a missão de fazer com que o mandatário americano cite o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu discurso inaugural ou mesmo em algum vídeo gravado durante o evento.

Os diálogos para que Trump mencione Bolsonaro em meio aos agradecimentos têm sido conduzidos por Eduardo Bolsonaro com Donald Trump Jr e o objetivo é fazer com que o presidente americano lamente a ausência do ex-presidente brasileiro, enquanto faz os agradecimentos aos chefes de estado presentes. Estarão presentes nomes como Javier Milei, presidente da Argentina, Nayib Bukele, presidente de El Salvador, e Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália.

Ao mencionar Bolsonaro, aliados o reforçariam como único nome viável deste campo político, respeitado por autoridades internacionais, e com isto refutariam outros nomes que se insurgem neste campo político, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), e o cantor Gusttavo Lima, que sonham em concorrer ao Palácio do Planalto nas próximas eleições.

Ausente à posse de Trump por não ter conseguido autorização para deixar o Brasil, Bolsonaro também é representado no exterior pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro que fez uma videochamada com o marido durante um jantar de gala em Washington neste domingo. O momento foi registrado por Eduardo em um vídeo publicado nas redes sociais.

No post feito por Eduardo, Bolsonaro aparece sorrindo ao falar com Michelle, sendo também mostrado o ambiente em que se realizava um evento à luz de velas para os convidados de Trump no National Building Museum, na capital dos Estados Unidos. “Essa maldade vai acabar, podem anotar”, escreveu o deputado na legenda do post.

Além de Eduardo e Michelle, pelo menos 30 deputados e senadores devem comparecer à posse, segundo um interlocutor. Estão na lista aliados próximos do ex-presidente, como Bia Kicis (PL-DF) e Gustavo Gayer (PL-GO), além do próximo líder da bancada do PL, Sóstenes Cavalcante (PL), e dos senadores Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Eduardo é elogiado por estrategista de Trump
Em um almoço organizado com aliados neste domingo, o estrategista político e ex-assessor de Donald Trump Steve Bannon afirmou que o ex-presidente brasileiro foi barrado de comparecer à posse porque “o Brasil comunista e marxista segurou o seu passaporte”. Durante o seu discurso, ele também fez uma homenagem à comitiva de parlamentares bolsonaristas presentes e se referiu a Eduardo Bolsonaro como o “o futuro presidente do Brasil”.

— Essa é uma das pessoas mais importantes no nosso movimento pela soberania ao redor do mundo. E acho que um dia, e num futuro não tão distante, (será) o presidente do Brasil — disse Bannon ao receber o deputado no palco.

Em resposta, Eduardo relatou que a inelegibilidade do pai foi determinada por ele ter se “encontrado com embaixadores no meio do processo eleitoral” e afirmou que espera que, assim como os Estados Unidos reconduziram Trump à Casa Branca, o Brasil reeleja Bolsonaro em 2026.

Jaboatão dos Guararapes - IPTU 2025

Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na abertura da reunião ministerial, hoje, que “2026 já começou” e que seus adversários políticos “já estão em campanha”. “2026 já começou, não por nós, que temos que capinar, mas pelos adversários a eleição do ano que vem já começou. Eles já estão em campanha. Nós não podemos antecipar campanha porque temos de trabalhar e entregar ao povo o que ele precisa”, afirmou o presidente diante de seus ministros na Granja do Torto.

Lula afirmou ainda que o governo precisa ter a compreensão de que a população trabalhadora atualmente não tem os mesmos desejos que a dos anos 1980, quando o PT foi fundado. “É importante que a gente compreenda que o povo com que estamos trabalhando hoje não é o povo dos anos 1980, que queria ter emprego em fábrica com carteira assinada. É um povo que está virando empreendedor e precisamos aprender a trabalhar com essa nova formação do povo brasileiro”, disse.

O presidente defendeu que o governo seja “exigido”. “Eu jamais reclamarei pelo fato de o povo nos cobrar. Reclamarei se não tivermos capacidade de entregar tudo aquilo que nos comprometemos”, completou. Num discurso cheio de cobranças ao primeiro escalão, Lula disse que o governo não tem direito de errar, que chamará diversos auxiliares para conversas individuais e mencionou correções a serem feitas neste ano.

A reunião é realizada enquanto o mundo político espera a primeira etapa da reforma ministerial aguardada para este ano. Nessa fase, Lula deve trocar ministros de seu grupo político mais próximo cujos desempenhos considera insatisfatórios. Depois, deverá haver mudanças no primeiro escalão visando ao fortalecimento da base do Executivo no Congresso.

“Vamos ver se neste ano de 2025 a gente pode corrigir aquilo que, porventura, a gente tenha feito de errado ou tenha deixado de fazer, e vamos tentar fazer com muito mais força aquilo que nós ainda não fizemos”, disse o presidente.

“Não temos o direito de errar. É importante que cada um de vocês reflita, porque depois eu vou chamar individualmente muita gente para conversar”, afirmou. Segundo Lula, 2025 vai definir o que o governo realizará até o fim de seu mandato, em 2026. E que a reunião é justamente para definições sobre esses planos. “Esse será um ano de definição na história e na biografia de cada um de vocês.”

Além de enquadrar seus ministros, o presidente reafirmou o poder do chefe da Casa Civil, Rui Costa, sobre atos normativos dos ministérios. A declaração ocorre dias depois de o governo sofrer um de seus maiores desgastes por causa de boatos espalhados pela oposição de que o Executivo taxaria o Pix – as falas eram baseadas em um ato da Receita Federal para aumentar a fiscalização sobre transações. Como mostrou o Estadão/Broadcast Político, o caso colocou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em um momento de fraqueza dentro do governo.

“Daqui para frente é dedicação. Mais do que vocês já tiveram. Daqui para frente nenhum ministro vai poder fazer portaria que crie confusão para nós sem que essa portaria passe pela Presidência da República através da Casa Civil. Muitas vezes, a gente pensa que não é nada, mas alguém faz uma portaria, faz um negócio qualquer, e daqui a pouco arrebenta e vem cair na Presidência da República”, disse.

Lula voltou a afirmar que o governo passou seus primeiros dois anos “arrumando a casa” e que agora não é mais momento de “inventar” novos programas, mas fazer os já anunciados funcionarem. Ele afirmou que é necessário ter certeza de colher tudo o que foi plantado – uma metáfora usada frequentemente pelo presidente – e que isso depende do esforço dos ministros.

“A entrega que nós fizemos para o povo ainda não foi a entrega que nós nos comprometemos a fazer em 2022, porque muitas das coisas que nós plantamos ainda não brotaram”, disse o petista, cobrando seus auxiliares.

O presidente Lula disse que sua meta é evitar que o País volte ao “neofascismo, neonazismo e autoritarismo”, uma referência às características que o presidente atribui à gestão de Jair Bolsonaro (PL). “Queremos eleger um governo em 2026 para continuar processo democrático no Brasil. Não queremos entregar o País de volta ao neofascismo, neonazismo e autoritarismo. Queremos entregar o País com mais educação.”

O presidente disse ainda que sua gestão privilegia “a educação e o humanismo, não o algoritmo para fazer a cabeça das pessoas”. Lula defendeu que seu governo pretende “fazer com que o Brasil volte a ter uma democracia plena”.

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No último dia nove, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) promoveu uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com os médicos da Rede Municipal de Saúde do Cabo de Santo Agostinho. A reunião contou com a presença dos diretores do Simepe Rodrigo Rosas, Malu David, Sylvio Vasconcelos, Jose Tenório, Adilson Morato, Robson Miranda, Jamilly Leite, Marcílio Oliveira, Eraldo Arraes, Lilian Parra e Fernando Jr. Também esteve presente o advogado da Defensoria Médica do sindicato, Vinícius Calado.

Durante o encontro, foram discutidas questões críticas que afetam diretamente as condições de trabalho e o atendimento à população, entre elas: falta de insumos básicos, infraestrutura inadequada, escalas de plantão incompletas, atrasos no pagamento dos salários, além da necessidade de reajuste salarial.

Diante do cenário alarmante, o sindicato tomou medidas imediatas, como envio de um ofício denunciando a situação ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Assim como envio de ofício ao novo secretário de saúde do município, solicitando reunião para discutir soluções para os problemas apontados. Como resposta, o MPPE confirmou que está investigando as denúncias, dando início a um processo apurativo; e o novo secretário se prontificou a dialogar com o sindicato. O objetivo é compreender as propostas da gestão para enfrentar as dificuldades existentes, estabelecer um cronograma de pagamento dos plantões extras e buscar soluções de curto, médio e longo prazo para a saúde municipal.

A diretora Malu David destacou as expectativas em relação à nova gestão municipal. “Vamos torcer para que a saúde do Cabo possa progredir com a nova gestão. Precisamos resgatar a energia e trabalhar para superar anos de problemas sem solução. No entanto, o momento exige agilidade, pois os médicos estão exaustos, desgastados e, caso não haja avanços, já sinalizam a possibilidade de greve”, afirmou.

Entre as principais deliberações da assembleia, ficou definido que a próxima AGE ocorrerá no dia 28 de janeiro, às 18h (primeira chamada) e às 18h30 (segunda chamada). O momento será fundamental para avaliar os desdobramentos das ações e das negociações com a gestão municipal. Para participar, basta enviar e-mail para presidencia@simepe.org.br.

Camaragibe Avança 2024

Uma das maiores reclamações da população sertaneja continua sendo a precariedade das estradas. Comprovei, mais uma vez, no Sertão do Pajeú, notadamente na estrada que liga Afogados da Ingazeira a Tabira, por onde passei, há pouco. São apenas 22 km com uma terrível buraqueira. A estrada acabou, literalmente. E a governadora Raquel Lyra (PSDB) tem sido bastante criticada. Dizem por aqui que a tucana abandonou as estradas do Pajeú.

Caruaru - IPTU 2025

Demonstrando compromisso com a Segurança Pública de Taquaritinga do Norte, o prefeito Gena Lins (PP) promoveu, nos primeiros 15 dias de gestão, ações com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos profissionais da Guarda Civil Municipal (GCM). Duas novas viaturas foram entregues à GCM, reforçando a frota para atender melhor a população. Três motos foram recuperadas, o que possibilitou o retorno das rondas noturnas, garantindo mais presença nas ruas.

“Durante este ano, seguiremos com grandes investimentos na Guarda Municipal de Taquaritinga do Norte. Iremos valorizar os profissionais, estruturar a frota e ampliar a cobertura no município, porque é compromisso do nosso Governo”, garantiu o prefeito. A Guarda Civil Municipal de Taquaritinga do Norte, tem trabalhado em parceria com o 24º BPM, sediado em Santa Cruz do Capibaribe, para promover a ordem pública, combater a criminalidade e garantir a sensação de segurança para a população local e visitantes da Capital do Café.

Belo Jardim - Construção do CAEE

Por Cláudio Soares*

A política pernambucana está, novamente, em ebulição com a expectativa da reunião entre o senador Humberto Costa (PT) e a governadora Raquel Lyra (PSDB). Há rumores de que a gestora poderia formalizar um convite ao PT, sinalizando uma possível aliança que, até o momento, se mantém apenas nas especulações.

O deputado João Paulo (PT) já manifestou publicamente a necessidade de o partido reavaliar sua posição de oposição à governadora que, na prática, vem se mostrando cada vez mais tênue.Raquel tem um histórico de estratégias ambíguas. Na última eleição, sua escolha de não declarar apoio a nenhum candidato à Presidência foi uma manobra que, embora controversa, lhe rendeu dividendos.

Ao se posicionar como uma candidata neutra, conseguiu conquistar o eleitorado bolsonarista, que acreditava que ela jamais votaria em Lula. Essa estratégia, somada à tragédia pessoal que a envolveu com a morte de seu marido no dia da eleição, criou um clima de empatia que a assegurou ao segundo turno, desbancando Miguel Coelho e Anderson Ferreira.

Naquela disputa, quem da chamada oposição chegasse ao segundo turno seria o governador de Pernambuco. O sentimento foi de mudança e renovação, derrotar Paulo Câmara e frear PSB/PT. No entanto, o cenário atual é bem diferente. A governadora, que prometeu uma nova abordagem e mudanças fundamentais, enfrenta uma gestão marcada por críticas severas.

Diversas áreas do Governo, incluindo saúde, educação e infraestrutura, têm sido alvo de descontentamento popular. As condições das estradas no Sertão, como os trechos entre Afogados da Ingazeira e Tabira, de Sertânia a São José do Egito, de Riacho do Meio a Santa Terezinha, estão em estado de abandono.

Na saúde, os hospitais Getúlio Vargas, Restauração e Agamenon Magalhães enfrentam um atendimento desumano e os repasses financeiros aos hospitais em convênios sofrem com a demora dos recursos, enquanto os educadores expressam revolta generalizada em relação à educação pública.

A segurança pública também não escapa à insatisfação. Delegacias operam em condições precárias, sem a estrutura mínima necessária para o trabalho.  

As pesquisas recentes, como as da Opinião e Quaest, revelam uma posição pessimamente para governadora com um forte indicativo de que, se as eleições fossem hoje, Raquel perderia para João Campos, atual prefeito do Recife.

Diante desse contexto, surge a pergunta: quem a governadora, com sua astúcia, conseguirá enganar desta vez? O ceticismo em relação à sua capacidade de liderar e promover mudanças é palpável entre a população que, cansada da ineficácia administrativa, já demonstrou não hesitar em mudar de rumo.

O futuro político da governadora parece cada vez mais incerto e o desafio de reconquistar a confiança do eleitorado será monumental. A junção com o PT poderá ser um passo relevante ou sua sepultura política, mas resta saber se ela se tornar petista será suficiente para reverter a maré de insatisfação que se instalou em Pernambuco.

*Advogado e jornalista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, hoje, que espera uma gestão “profícua”, ou seja, proveitosa, do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. “Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problemas na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos, e eu torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o povo americano melhore e continue sendo um parceiro histórico do Brasil”, afirmou o presidente durante fala na abertura da primeira reunião ministerial do ano.

Lula também disse que não tem interesse em conflitos com os Estados Unidos, nem com nenhuma outra nação, e que as relações sigam a diplomacia. “Da nossa parte, não queremos briga. Nem com a Venezuela, nem com os americanos, nem com a China, nem com a índia e nem com a Rússia. Queremos paz e harmonia. Queremos uma relação onde a diplomacia seja a coisa mais importante, e não a desavença e a encrenca”. As informações são do portal CNN.

As falas de Lula acontecem em meio aos preparativos para a posse do presidente eleito nos EUA, que acontece hoje, em Washington. O governo brasileiro deve ser representado no evento pela embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti. Apesar das falas do chefe do Executivo brasileiro, fontes diplomáticas demonstram preocupação com a relação entre os governos de Lula e Trump. Desde a eleição do republicano, praticamente não houve nenhum contato entre as partes, além de mensagens protocolares.

O ex-prefeito do município de Sertânia, Ângelo Ferreira, enviou, hoje, ao blog, uma nota e documentos oficiais que esclarecem, de forma criteriosa, que a sua gestão não deixou rombos administrativos para a nova prefeita da cidade, Pollyanna Abreu, o que foi amplamente divulgado por ela na imprensa local.

Segundo os documentos enviados por Ângelo, há saldos existentes e recursos que estão programados para cair nas contas da Prefeitura, a exemplo de emendas é convênios. Confira abaixo a íntegra da nota e os documentos em anexo.

Prezados Sertanienses,

Diante das recentes declarações da atual gestão, que tem procurado atribuir à administração anterior a existência de dívidas e irregularidades, é fundamental que a população tenha acesso à verdade dos fatos.

Em primeiro lugar, é necessário destacar que as acusações feitas não refletem a realidade financeira do município. Infelizmente, a atual gestão parece não entender o funcionamento da administração pública e, com base nisso, têm sido feitas afirmações imprecisas.

No encerramento do exercício de 2024, a Prefeitura de Sertânia e seus Fundos registraram um saldo bancário aproximado de R$ 2.670.900,00, com extratos definitivos aguardando a entrega pela atual gestão.

Além disso, deixamos para a gestão atual R$ 23.043.025,50 em recursos oriundos de convênios federais e estaduais, além de emendas parlamentares, os quais estão vinculados a projetos em andamento ou planejados. Esses valores visam investimentos estratégicos em áreas fundamentais para o desenvolvimento do município, tais como:

  • Investimentos em Educação e Infraestrutura: R$ 18.687.752,42, destinados à construção de escolas, creches, espaços esportivos e pavimentação de ruas;
  • A receber do Ministério da Saúde: R$ 863.983,47, para a construção de Unidades Básicas de Saúde e Academias da Saúde;
  • Projetos financiados por emendas parlamentares – Dep. Diogo Moraes: R$ 1.380.000,04, destinados à revitalização do Pátio da Feira, pavimentação de ruas e aquisição de equipamentos para o Centro de Reabilitação.

Ainda com relação aos recursos que serão recebidos pela atual gestão, tem-se os precatórios do Fundef, com valor atualizado estimado em R$ 30 milhões. Esse montante será liberado em etapas:

  • 40% (R$ 12 milhões) em 2025;
  • 30% (R$ 9 milhões) em 2026 e 30% (R$ 9 milhões) em 2027.

Atual gestão tenta construir uma narrativa de caos financeiro, porém os dados apresentados demonstram o contrário.

Sobre a questão do pagamento de salários, destacamos que, em dezembro de 2024, todas as folhas foram pagas em dia, incluindo os vencimentos dos aposentados e pensionistas, bem como o 13º salário de todos os servidores, incluindo os da saúde. Todos os compromissos financeiros com o funcionalismo foram rigorosamente cumpridos ao longo de toda a administração, sem qualquer atraso, sendo esta uma marca da gestão nos últimos 8 anos.

Em dezembro de 2024, por ocasião do fim do mandato, a gestão anterior efetuou o pagamento de parte da folha da saúde, restando apenas um valor remanescente a ser pago com recursos que são recebidos por volta do dia 10 de janeiro. Da análise das contas da prefeitura, verificamos que este valor pendente poderia já ter sido quitado com os recursos recebidos do Ministério da Saúde e com os valores vinculados ao orçamento da saúde, considerando que o município é obrigado a destinar 15% de sua arrecadação para esta pasta.

A tentativa de transferir responsabilidades por atrasos ou dificuldades administrativas não resiste a uma análise detalhada. Até 20 de janeiro de 2025, por exemplo, já foram recebidos R$ 1.462.574,86 em recursos destinados à Saúde, o que evidencia que a regularização dos pagamentos dos servidores depende de eficiência administrativa e não de falta de recursos.

Com relação à acusação de débitos na previdência, destaca-se que o Instituto de Previdência dos Servidores de Sertânia (IPSESE) foi fortalecido na nossa gestão, atingindo R$ 18 milhões em recursos depositados. Entretanto, com a reforma previdenciária implementada pelo governo Guga Lins, foi extinto o regime de capitalização, e a folha de aposentadoria passou a ser custeada prioritariamente pela previdência, com aportes complementares do município, os quais foram rigorosamente cumpridos durante os 8 anos de mandato, sempre assegurando o pagamento dos aposentados e pensionistas.

O município de Sertânia foi entregue com todas as obrigações cumpridas junto aos órgãos federais, conforme se verifica no extrato do CAUC.

Com relação ao tema, vale lembrar que, ao assumirmos a prefeitura de Sertânia, em 2017, encontramos o município com várias dívidas herdadas da gestão de Guga Lins. A desorganização financeira daquele período resultou em débitos acumulados em várias áreas, incluindo inadimplências junto a órgãos públicos, o que impossibilitava Sertânia de receber recursos importantes. Foi necessário um esforço intenso para regularizar essas pendências e restabelecer a capacidade financeira do município.

Destacamos, entre essas dívidas, os valores em aberto junto ao IPSESE e ao INSS, que precisaram ser renegociados e parcelados, sendo pagos ao longo de toda a nossa administração. Esses compromissos, originados por um governo anterior desorganizado, exigiram esforço e comprometimento para garantir o funcionamento da máquina pública e a manutenção dos serviços essenciais à população.

Nesse contexto, reafirmamos nosso compromisso com a verdade e com o desenvolvimento de Sertânia. Não nos furtaremos ao diálogo e à prestação de contas à população, que merece respeito e seriedade no trato da coisa pública. Seguiremos vigilantes e empenhados em assegurar que o debate político seja pautado pela ética e pela responsabilidade, e não por acusações infundadas ou distorcidas.

20 de janeiro de 2025

Ângelo Ferreira – ex-prefeito do município de Sertânia

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomará posse para um segundo mandato em Washington, hoje. A cerimônia marca o retorno político do republicano ao poder depois de quatro anos da administração de Joe Biden. O dia da Posse de Trump nos EUA conta com diversas tradições americanas como juramentos, discursos, desfiles e bailes. Além disso, Biden deixará a Casa Branca, enquanto a família Trump se mudará para a residência oficial do presidente.

As temperaturas em Washington devem atingir níveis recordes hoje. Ontem, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, declarou estado de emergência devido ao clima frio extremo na cidade. As condições climáticas levaram Trump a mover as cerimônias na fachada do edifício do Capitólio dos EUA para dentro da rotunda do Capitólio, e o desfile pela avenida Pennsylvania até a arena Capital One. As informações são do portal CNN.

Será a primeira vez desde a segunda posse de Ronald Reagan em janeiro de 1985 que o evento será transferido para um local fechado. Cerca de 220 mil pessoas com ingresso estavam estimadas para assistir à posse do terreno do Capitólio dos EUA. Agora, apenas uma fração deve ver as cerimônias dentro da arena Capital One de 20 mil lugares – local onde a posse será transmitida e os artistas e participantes do desfile devem se apresentar.

Trump fará o juramento de posse, administrado pelo Chefe de Justiça dos Estados Unidos John Roberts, e deverá ser empossado por volta das 14 horas do horário de Brasília. Após a posse, Trump deve fazer um discurso no qual ele afirmou que abordará ordens executivas e promessas de campanha que colocaria em vigor no novo governo.

Artistas convidados

Durante a cerimônia de posse, em 20 de janeiro, a previsão de apresentações é a seguinte:

  • Carrie Underwood, vencedora de oito prêmios Grammy e superstar da música country, cantará “America the Beautiful”
  • Christopher Macchio, tenor americano, cantará o Hino Nacional dos Estados Unidos
  • Lee Greenwood, cantor e compositor vencedor do prêmio Grammy, também deve se apresentar

No Baile da Liberdade, estarão presentes:

  • Jason Aldean, cantor e compositor premiado
  • Village People, banda histórica dos Estados Unidos, cujo tema “YMCA” foi amplamente utilizado na campanha de Trump
  • “Convidado musical surpresa”

Já no Baile do Comandante-em-Chefe, devem se apresentar

  • Rascal Flatts, banda de música country premiada
  • Parker McCollum, cantor e compositor de música country premiado

E no Baile “Luz das Estrelas”, quem deve se apresentar é Gavin DeGraw, cantor e compositor americano.

Decretos e ordens executivas

Donald Trump planeja emitir quase 100 decretos e ordens executivas após tomar posse como presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20). Durante um comício de vitória no domingo (19), o presidente eleito afirmou em discurso que “toda ordem executiva radical e tola do governo Biden será revogada poucas horas após eu tomar posse”.

As apostas de decretos do republicano na nova Presidência, que foram suas promessas de campanhas, são:

  • Executar deportações em massa de imigrantes sem documentação.
  • Adiar a Lei de Proibição do TikTok nos EUA.
  • Conceder perdões a pessoas condenadas ou acusadas em relação ao ataque ao Capitólio dos EUA.
  • Retirar os EUA do acordo climático de Paris.
  • Aumentar as tarifas sobre produtos importados dos maiores parceiros comerciais dos EUA.

EXCLUSIVO

O desastre administrativo na educação do Estado, após a tumultuada saída do secretário Alexandre Schneider, está ganhando maiores proporções. Agora, por falta de planejamento e organização da gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB), mesmo faltando poucos dias para a volta às aulas, foi adiada, sem prazo para retomada, uma licitação para os “Kits de material escolar para os (as) discentes da educação básica da rede pública estadual de ensino para o ano letivo de 2025”. Assim, os alunos da rede estadual poderão ficar sem o material escolar na volta às aulas. A licitação estava estimada em R$ 58.201.397,6138 (cinquenta e oito milhões, duzentos e um mil, trezentos e noventa e sete reais e sessenta e um centavos).

A abertura da licitação estava prevista para 17 de janeiro, mas o Governo não conseguiu cumprir o prazo, por suposta incapacidade administrativa. Segundo fontes no Governo, o pedido de adiamento partiu da Secretaria Estadual de Educação, após a saída do ex-secretário Alexandre Schneider, o que causou preocupação em professores que atuam na pasta. A desculpa oficial é que há “necessidade de avaliação dos requisitos técnicos em sede do processo em epígrafe”. O pedido de adiamento foi assinado em 16 de janeiro pelo secretário-executivo Gilson José Monteiro Filho, escolhido pessoalmente pela governadora para responder interinamente pela pasta, após a saída de Alexandre Schneider. Desde fevereiro de 2024, o Governo do Estado tenta realizar esta licitação, mas ela já teve que ser adiada outras vezes, por falta de planejamento e organização do Estado. O blog teve acesso a todos os documentos.

Nos bastidores políticos, tem chamado atenção a total falta de autonomia do ex-secretário Alexandre Schneider, que ficou apenas seis meses na pasta, sem poder para fazer sequer uma licitação. O ex-secretário chegou a escrever no perfil do Blog que “nunca cuidou de merenda escolar em Pernambuco”. Ficando a pergunta, se o secretário estadual de Educação não responde pela merenda nas escolas estaduais, quem responde? Pela primeira vez na história recente, Pernambuco poderá ter uma volta as aulas sem ter um secretário estadual de Educação. A falta de autonomia de Alexandre Schneider ainda desestimula alguns políticos a assumir a pasta. O ex-secretário chegou a enviar uma carta de despedida para a governadora, dizendo textualmente que “há valores que são inegociáveis”.

Por Ângelo Castelo Branco

A recente declaração do ministro Ricardo Lewandowski, revelando perplexidades perante a possibilidade de cada estado brasileiro possuir seu próprio código penal, evidencia a complexidade e os desafios da federação brasileira no âmbito legislativo. O comentário, feito no contexto de defesa da PEC da Segurança Pública, leva a uma reflexão profunda sobre o modelo federativo adotado no Brasil e seus impactos no sistema jurídico.

Nos Estados Unidos, um exemplo frequentemente citado, cada um dos 50 estados possui seu próprio código penal, adaptado às realidades locais. Além disso, existe um código penal federal que regula crimes de abrangência nacional, como terrorismo e tráfico interestadual. Essa pluralidade legislativa, longe de ser vista como um entrave, reflete o caráter descentralizado da federação norte-americana, onde os estados possuem ampla autonomia para legislar. Entretanto, tal modelo exige mecanismos robustos de coordenação e harmonização para evitar conflitos de competência e desigualdades excessivas.

No Brasil, por outro lado, a uniformidade das leis penais tem sido uma característica marcante, com o Código Penal de 1940 aplicando-se de forma indistinta em todo o território nacional. Embora essa homogeneidade seja vista como uma garantia de isonomia, ela ignora as particularidades regionais que podem influenciar a natureza e a gravidade dos crimes. Estados como São Paulo e Amazonas, por exemplo, enfrentam realidades criminais profundamente distintas, mas estão sujeitos às mesmas normas penais, o que pode limitar a eficácia das políticas de segurança pública.

A ideia de códigos penais estaduais no Brasil, apesar de improvável no curto prazo, provoca questionamentos importantes. Seria essa descentralização um caminho para aumentar a eficácia das legislações penais, adaptando-as às especificidades locais? Ou resultaria em uma fragmentação jurídica incompatível com o princípio da unidade nacional? A perplexidade expressa pelo ministro da Justiça ao imaginar tal cenário sugere que, no modelo federativo brasileiro, a centralização normativa é vista como essencial para manter a coesão do sistema jurídico.

Entretanto, essa centralização também gera problemas significativos. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, com profundas desigualdades econômicas, sociais e culturais entre as regiões, a aplicação uniforme das leis pode ser ineficaz e, em alguns casos, até injusta. Além disso, a falta de autonomia legislativa dos estados dificulta a implementação de políticas inovadoras, que poderiam ser mais adequadas às demandas regionais.

A comparação com os Estados Unidos revela tanto os desafios quanto as possibilidades de um sistema legislativo mais descentralizado. Apesar das diferenças estruturais entre os dois países, a experiência norte-americana mostra que é possível conciliar autonomia estadual com coesão nacional, desde que existam mecanismos eficazes de harmonização legislativa. No Brasil, no entanto, essa discussão ainda é incipiente e enfrenta resistências significativas, tanto por razões históricas quanto políticas.

Assim, o comentário de Lewandowski não apenas reflete uma perplexidade legítima diante da complexidade do modelo federativo, mas também nos convida a repensar os limites e as possibilidades da centralização legislativa no Brasil. É preciso avançar para um modelo que, sem abrir mão da unidade, reconheça e respeite a diversidade regional, garantindo que as leis penais sejam, acima de tudo, instrumentos de justiça e eficácia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, hoje, em reunião ministerial na Granja do Torto, em Brasília, que quer tentar “corrigir”, nos próximos dois anos, o que o governo fez de errado ou deixou de fazer até aqui.

Lula se reuniu com os ministros para traçar diretrizes para a segunda metade do governo (2025 e 2026) e passar “missões” para combater as causas de desgastes recentes – como a polêmica em torno da fiscalização do PIX e a alta na inflação dos alimentos.

“Nós vamos ver se nesse ano de 2025, a gente pode corrigir aquilo que porventura a gente tenha feito de errado ou deixado de fazer. E vamos tentar fazer com muito mais força aquilo que nós ainda não fizemos”, declarou.

“Essa não será uma reunião qualquer. Será uma reunião em que a gente vai definir concretamente o que a gente vai realizar até o final de 2026. Nós passamos dois anos arrumando a casa, trabalhando a terra, cultivando a terra, plantando as coisas. E agora já sabemos o que plantamos, e temos que ter certeza de que vamos colher tudo aquilo que plantamos”, seguiu.

“Posso dizer pra vocês que a entrega que nós fizemos para o povo ainda não foi a entrega que nos comprometemos a fazer em 2022. Porque muitas das coisas que nós plantamos ainda não brotaram, não nasceram. Esse ano será de definição”, afirmou Lula.

O presidente afirmou, ainda, que o governo “não pode mais inventar nada”, e que é preciso ter certeza de que os anúncios já feitos vão “aparecer agora”.

“Nem tudo que foi anunciado já deu frutos. Mas é preciso que a gente saiba que 2025 é o ano da grande colheita de tudo aquilo que a gente prometeu ao povo brasileiro. Nós não podemos falhar, não temos o direito de falhar. Não podemos errar, não temos o direito de errar”, seguiu.

Após a fala do presidente, os ministros devem discursar e apresentar um balanço específico de suas pastas e as principais ações previstas para os meses seguintes.