Israel voltará a concentrar suas tropas contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza após os 12 dias de guerra com o Irã, para a qual foi decretado um cessar-fogo, afirmou o chefe do Estado-Maior do Exército israelense nesta terça-feira. “Agora a atenção volta para Gaza, para trazer os reféns para casa e para desmantelar o regime do Hamas”, declarou o tenente-general Eyal Zamir em um comunicado. Após o anúncio, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, também decretou o “fim da guerra de 12 dias”, em uma mensagem transmitida pela agência estatal IRNA.
Em Israel, o chefe das Forças Armadas disse ainda que “houve a conclusão de um importante capítulo, mas que a campanha militar contra o Irã não acabou”. Pezeshkian, por sua vez, afirmou que foi Israel, quem chamou de “terrorista”, o responsável pelo início da guerra, e disse que o Irã a encerrou “com sucesso”. Segundo o presidente, a “guerra de 12 dias” foi imposta ao Irã pelo “aventureirismo” de Israel. As informações são do jornal O Globo.
Leia mais— Hoje, após a heroica resistência de nossa grande nação (…) assistimos ao estabelecimento de uma trégua e ao fim desta guerra de 12 dias imposta por Israel — declarou Pezeshkian.
Em Gaza, a Defesa Civil do enclave anunciou na terça-feira que 46 pessoas que esperavam receber ajuda humanitária foram abatidas e dezenas de outras ficaram feridas por disparos israelenses perto de centros de distribuição no território palestino. O ataque já é o quinto desde o início da guerra entre Israel e Hamas.
Israel impôs no início de março um bloqueio humanitário ao território, parcialmente aliviado no final de maio, que provocou gravíssimas carências de alimentos, medicamentos e outros bens essenciais.
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), um organismo com financiamento opaco respaldado pelos Estados Unidos e Israel, administra quatro centros de distribuição de comida em Gaza, sobretudo nos setores onde ocorreram os disparos na terça-feira.
No mesmo dia, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) anunciou que um de seus trabalhadores também foi morto nos ataques na Faixa de Gaza.
“Mahmoud Barakeh, que trabalhava apoiando a logística no Hospital de Campo da Cruz Vermelha em Rafah, foi assassinado no domingo”, disse o CICV em um comunicado.
A organização acrescentou: “Essa perda dilacerante é outro lembrete contundente dos imensos desafios que nossos colegas e o povo de Gaza enfrentam todos os dias”.
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