A renúncia do vice-prefeito de Arcoverde, delegado Israel Rubis, colocou o vereador Wevertton Siqueira, o Siqueirinha, automaticamente em duas posições simultâneas nos Poderes Municipais. Além de comandar o Legislativo, com a decisão de Rubis, Siqueirinha passa a ocupar o segundo posto na linha de sucessão do Poder Executivo. Ou seja: sem a figura do vice, o presidente da Câmara deve ocupar a gestão nos casos previstos em lei de ausência do prefeito.
“Estou sempre pronto e preparado para servir a Arcoverde, seja no Legislativo, onde me encontro atualmente, como presidente da Casa James Pacheco ou no Executivo, onde atuei como prefeito em Exercício quando Wellington da LW foi afastado pela Justiça”, afirma Siqueirinha, que comandou a gestão municipal por 100 dias, entre fevereiro e maio de 2021.
Leia maisO presidente da Câmara faz também algumas ponderações sobre a renúncia do vice-prefeito. “Embora já não viesse atuando como vice há bastante tempo, por conflitos políticos que levaram ao rompimento com o prefeito, numa disputa interna por protagonismo e espaços na gestão, Rubis acaba por fazer um movimento pendular esquisito – o delegado se tornou vice-prefeito e depois o vice-prefeito torna-se delegado novamente – gerando uma instabilidade desnecessária para o município”, disse.
“A cidade precisa de estabilidade para funcionar direito e os gestores eleitos precisam ter a maturidade e o equilíbrio necessários para não deixar que os interesses políticos individuais afetem o compromisso assumido com o povo”, diz Siqueirinha. Em suma e traduzindo o pensamento do presidente da Câmara: o delegado foi eleito para ser vice-prefeito e deveria lutar para que as diferenças políticas com o prefeito não superassem o voto de confiança da cidade que lhe concedeu o mandato.
“Não há dúvida de que o argumento para a renúncia do vice é justificado e até nobre: ele não quer ficar recebendo sem trabalhar. Mas o erro foi anterior, porque ele só ficou sem trabalhar justamente porque os interesses políticos foram maiores do que o compromisso com a sociedade que o elegeu. Ao meu ver, o vice deveria ter buscado se entender com o prefeito e manter-se na gestão, honrando o mandato em nome do compromisso social e, acima de tudo, trabalhando pelo bem da cidade. Embora a justificativa seja nobre, acho que faltou equilíbrio e maturidade a Rubis nos caminhos que levaram à sua decisão de renúncia”, concluiu o presidente da Câmara.
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