Peugeot 208 Style: hatch ganha, enfim, um motor potente
Numa avaliação feita do Peugeot 208 há três anos, esta coluna lembrava que o compositor Renato Russo pregava que ninguém deveria criar expectativas, e sobre qualquer coisa: elas causam lágrimas. No caso dos fãs do então 208, as ‘lágrimas’ foram de alegria. Nunca um 208 esteve tão bonito, tão tecnológico, tão gostoso de dirigir. Mas também houve lágrimas de tristezas por conta do motor, que destoava do conjunto. O tão diferente modelo vinha com um 1.6 aspirado que gerava 118cv – e com aceleração oficial de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos. E com apenas 15,5kgfm de torque. Convenhamos, é pouco para um carro destinado aos que gostam – e entendem – de carros. Principalmente jovens que podem desembolsar até R$ 111.940 (incluindo uma cor metálica como a azul, por exemplo).
Com a correção de estratégia, agora, sim, tem-se um pequeno ‘esportivo’, digamos assim. A beleza continua lá nos seus faróis simulando um dente de tigre, a boa sensação de pilotar num cockpit que parece uma navezinha continua apaixonante, o cuidado no acabamento idem e, enfim, um bom motor. Bem, o turbo 1.0 o deixou como o carro mais potente ao fazer até 130 cavalos, superando até mesmo outros turbinados do mercado, como Chevrolet Onix (116 cv) e Volkswagen Polo (116 cv). Aliás, é a versão ‘esportiva’ da família, que ficaria no mercado até o começo de 2024 – embora já há quem diga que não sairá. Enfim, resolvida as pendengas do marketing, comercial, financeiro etc, o carro tem vendido bem – apesar ainda do receio de alguns consumidores com as marcas franceses e do preço por volta dos R$ 110 mil desta versão – superando em outubro Citroën C3 e Toyota Yaris – e perdendo para os populares (abaixo de patamar) Volkswagen Polo e Chevrolet Onix.
O Peugeot 208 anda bem. É leve, com uma relação peso/potência de apenas 8,9 kg/cv, e bem ágil. Em vias planas, e circulando em horários fora do rush, o 208 é extremamente prazeroso na condução. Uma acelerada mais ousada, para uma ultrapassagem ou retomada, faz lembrar (novamente) do motor sadio e valente. Em suma, o 1.0 turbo deu ao 208 mais disposição em rotações mais baixas, essencialmente nas vias urbanas, onde o jovem vai usá-la na maior parte do seu tempo. Internamente, é bem isolado acusticamente, tornando a vida no trânsito bem agradável.
O cluster em três dimensões se une ao volante pequenino e de base achatada para garantir um prazer bem diferente, que deixa o motorista como aquele menino que se senta pela primeira vez na posição do motorista, como ressaltei na reportagem anterior. Some-se a isso o painel de instrumentos elevado e a série de teclas vintage que dão acesso às principais funções do carro. Por isso, vale reforçar: não há dúvidas que o 208 é o hatch mais bonito do país. Faz o pedestre virar a cabeça. Os faróis são em LED, com uma luz diurna (DRL) belíssima. E há detalhes visuais interessantes, como a soleira de alumínio escovado, friso lateral. Antes que me esqueça: os bancos dianteiros são realmente envolventes.
O acabamento poderia ser melhor? Na versão Style, teto e colunas são em preto, imitação em fibra de carbono e os bancos em couro e alcantara com costuras azuis – também nas portas. Com a posição baixa do volante, há uma ‘atração’ para se pôr o banco na linha da coluna A – embora muitas vezes, dependendo da altura do condutor, não seja recomendado por razões de segurança. O teto de vidro panorâmico (que não se abre) é um outro bom equipamento. Passa a impressão de carro mais luxuoso – ou mesmo esportivo. A tela multimídia é tátil de 10,3 de polegadas, compatível com Android e Apple. A conexão é sem fio. Há duas portas USB na dianteira e uma tomada de 12 volts. Assim, quem vai no banco traseiro se aperta (se for, vale lembrar: o 208 é um carro de ‘solteiros’ jovens). Como é um carro urbano, certamente o comprador não leva em conta o tamanho do porta-malas: são 285 litros de capacidade. Como falha, digamos assim, os comandos recuados dos vidros na porta do motorista E a leitura do conta-giros é invertida, no sentido anti-horário – e isso deixa a leitura confusa.
SW4 ganha nova versão, a SRX Platinum – O SUV, líder no segmento, passa a ter detalhes de exterior refinados, antes presentes apenas na topo de linha Diamond. Ela, seja a de 5 ou de 7 lugares, substitui a SRX e traz novos para-choques, grade e rodas redesenhadas . O modelo é produzido na planta industrial da Toyota em Zárate, na Argentina, desde 2005, e apresenta essas novidades para atender pedidos dos clientes Toyota. As primeiras unidades começam a chegar às concessionárias Toyota a partir do final deste mês. A novidade está disponível tanto para compra quanto para aluguel, por meio da Kinto e seus serviços de aluguel e compartilhamento por horas, dias, semanas ou até um mês, e pelo One Fleet, focado em gestão de frotas corporativas. O SW4 SRX Platinum traz tela sensível ao toque de 9″ com conectividade Android Auto e Apple CarPlay combinado com sistema de áudio JBL premium com alto-falantes, dois tweeters e um subwoofer; ar-condicionado digital dual-zone; sistema de visão 360°, alerta de ponto cego e alerta de tráfego cruzado traseiro etc. O motor é diesel 2.8L 16V, capaz de gerar 204 cv de potência e torque de 50,9 kgfm, acoplado a uma transmissão automática sequencial de seis velocidades com paddle shift e tração 4×4. O preço de venda sugerido é de R$ 379.990 para a versão de 5 lugares e de R$ 386.290 para a de 7 lugares.
Carro próprio: status ou despesa? – Ser dono de um carro vale a pena? Um veículo demanda gastos consideráveis, como documentação, emplacamento, depreciação, manutenção, seguros etc. A realidade é que o brasileiro desembolsa aproximadamente R$ 2 mil por mês para manter o carro próprio, considerando um veículo popular. A estimativa é da doutora em Ciências Contábeis e professora da Escola de Negócios da Universidade Positivo (UP) Carline Rakowski Savariz, que analisou os custos mensais do modelo Renault Kwid, considerado um dos mais acessíveis no mercado, atualmente. “Os valores utilizados estão considerando o cenário nacional e as informações coletadas referem-se aos carros modelo 2022. No entanto, a comparação com a desvalorização do carro foi feita com base nos carros do ano de 2023”, explica ela. O gasto semanal com gasolina (em litros) foi calculado a partir do uso médio por uma família em uma semana, utilizando o valor médio nacional fornecido pela Petrobras como referência. Por fim, a desvalorização anual foi calculada comparando os valores fornecidos pela tabela FIPE nos anos de 2022 e 2023. “Considerando, ainda, revisão anual, IPVA, financiamento, seguro e lavagem, o valor médio de custo mensal foi de R$ 2.266,50”, reforça ela.
Corroborando ainda mais o entendimento de que adquirir um carro é custoso, um estudo inédito sobre a relação do brasileiro com o automóvel, realizado pela Serasa em parceria com o instituto Opinion Box, em dezembro de 2022, revelou que os custos que envolvem a aquisição e manutenção de um carro estão entre os três maiores gastos anuais em 63% dos lares brasileiros. E 40% dos brasileiros consideram complexo realizar contas sobre os custos para manter o automóvel. Além disso, 1 em cada 10 proprietários considera se desfazer do veículo nos próximos 12 meses para amenizar os impactos no orçamento.
Mas os cálculos não bastam: o carro é, hoje, um bem de necessidade e uso para muitos brasileiros. Uma pesquisa promovida pelo Data OLX Autos destaca que o carro é o meio de transporte mais utilizado pelos brasileiros, enquanto aplicativos de transporte são usados esporadicamente. Para suprir a demanda, está em voga um novo modelo de locação mais prático, menos burocrático e que dispensa as despesas de manutenção e compra do carro.
Os veículos por assinatura são uma modalidade em expansão no Brasil. De acordo com dados recentes da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), o mercado de carros por assinatura cresceu 16,4% em 2022. Em comparação com o ano anterior, que contava com cerca de 91 mil veículos assinados, o número subiu para 106 mil automóveis.
“Como uma espécie de streaming, você assina o modelo por tempo determinado, sem se preocupar com revisões, seguro, documentação, tributos, manutenção, financiamento e possíveis desafios na hora de revender o automóvel”, explica a gerente comercial do V1 Assinatura, Caroline Milanez. Essa modalidade de serviço oferece conveniência e flexibilidade para aqueles que buscam por um zero-quilômetro, sem ter que lidar com os custos e preocupações associados à compra convencional.
Mais sangue, menos pontos – Um projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados quer eliminar pontos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de condutores que doam sangue. A iniciativa de Gilson Daniel (Podemos-ES) tem como objetivo incentivar a doação de sangue e, ao mesmo tempo, garantir que os bancos de sangue do país estejam sempre bem abastecidos. Será que funciona? O PL muda o Código de Trânsito Brasileiro e estabelece que os doadores de sangue terão o direito de eliminar 10 pontos computados em sua CNH, dentro do prazo de um ano, desde que não tenham cometido infrações gravíssimas. Segundo o texto da proposta, os estoques de sangue nos bancos de sangue em todo o país estão em níveis baixos, o que representa uma ameaça para a saúde da população, uma vez que qualquer pessoa, independentemente de qualquer distinção, pode necessitar de uma transfusão de sangue.
Como evitar golpes em serviços automotivos – Além de se preocupar com a manutenção do veículo, é crucial estar atento para evitar golpes e armadilhas – que podem custar caro e até comprometer a segurança do automóvel. A crescente complexidade dos modelos mais modernos torna ainda mais importante estar informado e tomar medidas preventivas. Também é de extrema relevância conhecer a empresa ou o profissional que está prestando o serviço para não ter surpresas desagradáveis ao retirar o veículo.
No cenário da manutenção automotiva, as promoções podem ser uma maneira de atrair o cliente, que se baseia em sua emoção, que procura economia em produtos e serviços. É essencial prestar muita atenção nessas ofertas para evitar possíveis golpes ou enganos. Para não ser enganado durante serviços de manutenção veicular, é importante estar atento a essas 10 dicas:
- Pesquise antes de escolher uma oficina ou um profissional – Procure recomendações de amigos ou familiares, e o mundo on-line está aberto para pesquisas sobre o ‘histórico’ das empresas e profissionais. Certifique-se de que a oficina ou centro automotivo tenha uma boa reputação e seja de confiança.
- Atente-se às letras pequenas – Antes de se empolgar com uma promoção, leia cuidadosamente os termos e condições. Esteja ciente de quaisquer restrições ou condições que possam limitar a aplicabilidade da promoção.
- Cuidado com “pacotes” excessivos – Algumas promoções podem incluir serviços ou produtos adicionais que muitas vezes você pode não precisar. Avalie se esses ‘extras’ são realmente benéficos para você antes de concordar com a oferta.
- Desconfie de preços muito baixos – Valores baixos demais podem ser indicativos de serviços de baixa qualidade ou a utilização de peças não originais. Compare os preços em outros lugares para ter uma ideia justa do custo.
- Não tome decisões sob pressão – Evite oficinas que pressionam você a tomar decisões rápidas. Tire um tempo para considerar suas opções e buscar segundas opiniões, se necessário.
- Peça um orçamento detalhado – Antes de concordar com qualquer serviço, solicite um orçamento detalhado por escrito. Certifique-se de que inclua todas as peças, mão de obra e quaisquer taxas adicionais.
- Conheça seus direitos – Esteja ciente dos seus direitos como consumidor em relação a garantias e serviços prestados. Familiarize-se com as políticas de devolução e reembolso da oficina.
- Evite trocas desnecessárias – Antes de concordar com a substituição de peças, confira as antigas. Desconfie de estabelecimentos e profissionais que insistem na troca de componentes sem uma explicação clara.
- Acompanhe a execução dos serviços – Estabelecimentos e profissionais que permitem o acompanhamento da execução dos serviços certamente inspiram mais confiança, pois é possível ver o que está sendo feito no veículo.
- Mantenha registros dos serviços já realizados – Mantenha um registro detalhado de todos os serviços realizados no veículo. Isso pode ser útil para futuras referências e garantias.
Segundo o Gerente Comercial da DPaschoal, Leandro Vanni, cresce a quantidade de denúncias de empresas e profissionais que acabam lesando os clientes que procuram por um serviço de manutenção automotiva. “Por isso é de extrema importância, antes de escolher onde levar o veículo, ‘fazer a lição de casa’. É preciso pedir recomendações e verificar avaliações online para garantir que a oficina tenha uma reputação sólida”, afirma Vanni.
Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico
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