Coluna do sabadão

João Campos candidatíssimo a governador

Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog

Se existia alguma dúvida de que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), seria ou não candidato a governador de Pernambuco, em 2026, os movimentos da última semana se encarregaram de elucidar. João é candidatíssimo.

Prevendo esse cenário, o mundo da política no Estado entrou em 2025 se perguntando qual seria o formato que o socialista encontraria para “entrar” no Interior, já que sua caneta é limitada apenas ao Recife. Os congressos do PSB começaram a responder.

Depois do animado congresso do PSB do Recife, na última terça-feira (25), no qual a militância saudou João Campos como “governador”, o prefeito participa, neste sábado (29), do congresso do PSB de São Lourenço da Mata (RMR), o primeiro fora da capital. Amanhã (30), estará no evento da sigla em Afogados da Ingazeira, no Sertão.

Os encontros são pretextos para João trabalhar sua imagem fora do Recife e movimentar a militância nas outras cidades. Outra ideia interessante, encontrada pelo grupo de aliados para abrir espaço para o prefeito em outros municípios, são os Títulos de Cidadão.

João Campos já teve o Título de Cidadão de Garanhuns, no Agreste, aprovado pela Câmara da cidade. A proposta foi apresentada pela vereadora Nelma Carvalho, do Solidariedade, e aprovada com o voto favorável de 15 vereadores, dentre os quais o presidente daquele Poder Legislativo, Johny Albino (PSB), e o líder do Governo na Casa, Matheus Martins (PSB). A entrega ainda não tem data, mas será uma excelente oportunidade para João pôr os pés em Garanhuns.

Em Olinda (RMR), os vereadores também articulam um Título de Cidadão para o prefeito do Recife. Certamente, Garanhuns e Olinda não serão as únicas cidades a concederem a honraria ao socialista. Até 2026, casas legislativas de outros municípios, nos quais há prefeitos ou vereadores aliados, devem repetir o gesto, parte da estratégia de pré-campanha de João.

Em meio aos congressos socialistas e Títulos de Cidadão, o chefe do Poder Executivo da capital também conta com as novas inserções do PSB na televisão, destacando as obras entregues na sua gestão e a expressiva reeleição em 2024, com 78% dos votos. Além disso, em junho, João assume a presidência nacional do PSB, mais uma ferramenta para justificar andanças pelo Estado.

A pré-campanha já começou – O ato de filiação da governadora Raquel Lyra ao PSD, no dia 10 se março deste ano, teve clima de convenção e foi considerado o pontapé inicial na pré-campanha da gestora à reeleição, da mesma forma que os congressos do PSB estão sendo considerados os movimentos iniciais da pré-campanha de João Campos. Tanto Raquel quanto João sabem que o pleito será duro, sem moleza para nenhum dos lados. Raquel vai enfrentar um adversário aprovado no Recife, com histórico familiar de peso e estrela de uma sigla forte e experiente em campanhas. Por outro lado, João enfrentará a pessoa que tem a máquina estadual nas mãos e diversos prefeitos aliados, além do também histórico familiar renomado. Não havia como os dois caírem na estrada apenas em 2026. Em uma campanha majoritária, esse movimento começa pelo menos um ano antes mesmo. Ainda mais neste pleito em específico, de páreo duro.

Congresso da Amupe – A Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) lançou, ontem (28), o 8º Congresso Pernambucano de Municípios, que acontecerá nos dias 28, 29 e 30 de abril, no Centro de Convenções, em Olinda. O tema do encontro será “Gestão de Sucesso: Planejamento e Ação”. O congresso é o maior evento municipalista do Estado e reúne prefeitos, assessores, técnicos e sociedade em geral. A solenidade de abertura contará com a presença de autoridades nacionais, estaduais e municipais. As inscrições são gratuitas e já estão abertas no site www.amupe.org e seguem até o dia do evento ou até que o espaço atinja a lotação máxima. Em 2024, foram mais de quatro mil inscritos.

Por falar em municípios – O senador Fernando Dueire (MDB) montou um gabinete itinerante do seu mandato na cidade de Salgueiro, no Sertão. Em dois dias de trabalho no local, recebeu 19 prefeitos das regiões dos Sertões Central e do Araripe. A iniciativa busca aproximar a população do Poder Legislativo e fortalecer o diálogo entre o senador e os gestores locais. Os prefeitos aproveitaram a oportunidade para discutir questões essenciais para o desenvolvimento dos municípios. Infraestrutura, saúde, educação e segurança pública foram alguns dos temas mais debatidos. Outras regiões vão receber o gabinete itinerante. A agenda está sendo definida.

Jarbinhas também esteve no Sertão – Quem também esteve pelo Sertão, na última semana, foi o deputado estadual Jarbas Filho (MDB). Defensor do agronegócio, Jarbinhas esteve, na quarta (26) e na quinta (27), no município de Bodocó para participar da Expo Março. O festival e feira são voltados para a agropecuária da região do Sertão do Araripe. Ao lado do prefeito Otávio Pedrosa (MDB) e do senador Fernando Dueire (MDB), o parlamentar participou de palestras, conversou com expositores, visitou as baias com os bovinos, caprinos e ovinos, além de prestigiar a apresentação de artistas locais realizadas no novo espaço da festividade, a Budega do Forró.

Débora Almeida em Brasília – Aliada de primeira hora da governadora Raquel Lyra (PSD), a deputada tucana Débora Almeida (PSDB), que atualmente ocupa a vice-presidência do partido em Pernambuco, participou de evento da sigla em Brasília, na última semana. O encontro serviu para debater os desafios da política nacional e reforçar o papel das mulheres na construção do futuro do PSDB. Também foi discutido o fortalecimento da participação feminina e a definição dos novos rumos da legenda em todo o país. Foi unânime o apelo por um posicionamento firme e contundente do partido contra a crescente violência de gênero, evidenciada pelos alarmantes índices de feminicídio. “Juntas, discutimos políticas públicas essenciais para fortalecer a participação das mulheres na política e transformar realidades”, destacou Débora.

CURTAS

ROSA AMORIM NA CHINA 1 – A deputada Rosa Amorim (PT) participou, na última semana, de um jantar na Embaixada do Brasil na China, junto da delegação de parlamentares ligados à reforma agrária que está em visita ao país. Além da Embaixada, a delegação se reuniu com o Centro de Cooperação da China e o Centro Internacional para Alívio da Pobreza, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e da Revitalização Rural do país. Foram discutidas as possibilidades de parcerias estratégicas nas áreas de reforma agrária, comercialização, mecanização agrícola e a produção de bioinsumos.

ROSA AMORIM NA CHINA 2 – Os parlamentares, entre eles o também pernambucano Edilson do MST (PT), vereador em Caruaru (Agreste), reforçaram o pedido para que a Embaixada contribua nas negociações para a implantação de fábricas de máquinas agrícolas e bioinsumos voltadas à agricultura camponesa no Brasil. Uma delas seria uma fábrica de bioinsumos em Caruaru, cidade natal de Rosa. “Vamos levar essa experiência junto com o MST para Pernambuco”, projetou Rosa.

QUEM MAIS COBRA É RAQUEL – A secretária de Saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti, disse, em audiência pública da Comissão de Saúde da Alepe, na última semana, que não acha ruim as cobranças do Poder Legislativo. “É uma forma de a gente trabalhar juntos”, garantiu. Disse que as maiores cobranças que recebe são da governadora Raquel Lyra (PSD), “que quer atender à população”. Zilda apresentou o relatório da Saúde do terceiro quadrimestre de 2024 ao colegiado, presidido pelo deputado Sileno Guedes (PSB). Na opinião do parlamentar, o documento precisa ser aperfeiçoado. “Não tivemos, por exemplo, dados de grandes hospitais que hoje passam por dificuldade, como Hospital da Restauração, Hospital Getúlio Vargas e Barão de Lucena”, destacou.

Perguntar não ofende: até as eleições de 2026, quantos títulos de cidadão de municípios do Interior João Campos vai receber?

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EXCLUSIVO

A governadora Raquel Lyra (PSD) vinha fazendo muitas reclamações pela demora nas licitações para obras de estradas, atrapalhando seus planos eleitorais para 2026. Agora, a governadora se uniu à sua prima, a procuradora-geral do Estado, Bianca Ferreira Teixeira, para tentar acelerar, sem maiores cuidados, as licitações. A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) não vai mais dar parecer nas licitações até R$ 30 milhões para obras em estradas, na modalidade “concorrência eletrônica, pelo critério de julgamento menor preço, para obras de infraestrutura rodoviária”.

A medida já preocupa órgãos de controle, pois a Procuradoria-Geral do Estado vinha sendo o único entrave interno para supostas irregularidades em licitações na gestão estadual. O receio é que haja um “liberou geral” no Estado, para obras visando à eleição de 2026, quando Raquel disputará a reeleição. O trabalho da PGE vinha sendo elogiado por órgãos de controle externo. Agora, o órgão ficará afastado das licitações das estradas. A autorização do “liberou geral” já foi assinada pela prima da governadora.

Por exemplo, um dos maiores problemas da gestão de Raquel, o atraso no embarque do Ganhe o Mundo, foi ocasionado pela posição republicana da PGE em barrar a licitação, mesmo sendo órgão do próprio Poder Executivo. Em abril, durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o secretário de Educação de Pernambuco, Gilson Monteiro Filho, afirmou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) deu parecer negativo à homologação do processo licitatório referente à iniciativa do Ganhe o Mundo, posição contrária à defendida pela pasta.

Com o impasse, a escolha da empresa responsável poderá extrapolar o semestre letivo, inviabilizando a viagem. Monteiro explicou, na audiência, que foi decisão da secretaria realizar um novo processo licitatório e disse que, desta vez, o impasse vem ocorrendo na PGE.

Câmara do Recife - Nova Sede

O CEO e fundador da MV, Paulo Magnus, lançou ontem (21), na Feira Hospitalar 2025, em São Paulo, o livro A Distância do Sonho, que narra sua trajetória até a consolidação da empresa como líder latino-americana em tecnologia para a saúde. O evento de lançamento contou com a presença de nomes como o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, a ex-secretária do Ministério da Saúde Ana Estela Haddad e Simone Monte e Silva Bessa.

Jaboatão dos Guararapes - Empreendedora

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) recusou o pedido de doações feito pelo ex-ministro Gilson Machado (PL) e disse que não precisa de ajuda para se manter nos Estados Unidos. Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar agradeceu a iniciativa, mas rejeitou a campanha. As informações são do portal JC Online.

“Não estou pedindo doações, não estou pedindo Pix. Agradeço a todo mundo, mas não é necessário, eu consigo me sustentar aqui nos Estados Unidos. Agradeço ao Gilson Machado, nosso eterno ministro do Turismo, por ter feito um vídeo falando isso daí, mas neste momento a gente não precisa desse tipo de iniciativa”, declarou Eduardo na gravação, compartilhada ontem.

Na semana passada, o pernambucano Gilson Machado pediu novas doações para Jair Bolsonaro e afirmou que um dos destinos dos recursos seria o custeio das despesas de Eduardo nos Estados Unidos.

“Eu vi ele [Jair Bolsonaro] preocupado com alguns números. Aumentou a despesa dele, principalmente porque ele está tendo Eduardo Bolsonaro lá nos Estados Unidos, que ele está ajudando também, não é barato morar no Estados Unidos”, disse Gilson na filmagem.

Eduardo disse que frequentemente recebe mensagens aconselhando a lançar uma campanha para angariar recursos para manter a família fora do Brasil, mas reforçou que não precisa de ajuda neste momento.

“Tenho outros projetos nos Estados Unidos que a gente está tentando colocar adiante, e a gente segue com todas as pautas que vocês conhecem”, declarou o filho de Jair Bolsonaro, acrescentando que não há vergonha em pedir ajuda quando se precisa.

Eduardo Bolsonaro está licenciado do mandato de deputado federal desde março, quando protocolou o pedido para permanecer no exterior, com prazo até julho. No entanto, o deputado não descarta permanecer nos Estados Unidos por mais tempo e pedir prorrogação da licença.

À época, Eduardo afirmou que deixaria o Brasil por temer uma eventual prisão, denunciando “excessos” cometidos pela Justiça do Brasil contra aliados do pai. O deputado também afirma que a Justiça brasileira viola direitos humanos pelas condenações dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.

Bolsonaro já recebeu R$ 17 milhões

Ao lançar a nova campanha de doação para Bolsonaro, Gilson Machado lembrou que o ex-presidente já recebeu R$ 17 milhões via Pix dos apoiadores em uma ação anterior. O ex-ministro apontou que Jair teria gasto quase a metade dos valores e que, por causa disso, precisaria de mais dinheiro.

“Foi depositado em torno de R$ 17 milhões na conta dele e já foi embora metade disso. Em praticamente um ano, já se foi gasto com advogado, despesa, tudo, quase R$ 8 milhões, e agora aumentou a despesa dele”, complementou.

Ainda no vídeo, Gilson afirmou que as doações seriam “pelo Brasil”. “Não é por mim, não é por você, não é pelo presidente Bolsonaro. É pelo nosso país, porque o Brasil tem jeito sim”, enfatizou.

Dulino Sistema de ensino

O presidente da Câmara Municipal de Igarassu, vereador Maguila, esteve, ontem, no gabinete do segundo secretário da Câmara dos Deputados, o deputado federal Lula da Fonte (PP), em Brasília. A visita teve como objetivo fortalecer o diálogo institucional e apresentar as principais reivindicações da população de Igarassu, especialmente nas áreas de saúde, educação e infraestrutura. Maguila destacou a importância da parceria com o deputado, que tem sido um aliado da gestão da prefeita, professora Elcione, e viabilizado recursos para Igarassu através de emendas.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

As frentes ‘Brasil Popular’, ‘Povo Sem Medo’ e as Centrais Sindicais lançam, hoje, às 18h, um plebiscito popular com o objetivo de debater a defesa da redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6×1, a taxação dos super ricos e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil.

Segundo o deputado federal Carlos Veras (PT), um dos idealizadores do projeto, o plebiscito é um processo de escuta, formação e construção coletiva. “Quando o povo participa e se organiza, a democracia se fortalece e as transformações se tornam possíveis”, disse o parlamentar.

Ipojuca - No Grau 2025

A movimentação no transporte aéreo em abril superou novamente os recordes de fluxo para o mês, com 7,9 milhões de passageiros processados no mercado doméstico e 2,1 milhões no mercado internacional, totalizando cerca de 10 milhões de passageiros. É também a primeira vez que o setor internacional supera 2 milhões de passageiros no período de abril desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 2000. Os números podem ser consultados na nova atualização do relatório de demanda e oferta disponibilizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A movimentação de passageiros domésticos representa um crescimento de 9,6% em relação a abril de 2024, enquanto a internacional marca um aumento de 17,2%. A movimentação total, por sua vez, teve uma variação positiva de 11,1% em relação a abril do ano anterior.

A demanda doméstica, medida em passageiros por quilômetros transportados, cresceu 13,4% em relação a abril de 2024, enquanto a oferta, medida em assentos por quilômetros oferecidos, aumentou 7,6%. O aumento da demanda internacional ficou em 14,4%, enquanto a oferta internacional teve crescimento de 12,2%

A movimentação de carga internacional foi de 74,8 mil toneladas, um crescimento de 4,4% em relação a abril de 2024. A movimentação de carga doméstica foi de 35,9 mil toneladas, 12,5% abaixo do total movimentado em abril do ano anterior.

“Os números recordes da movimentação de passageiros aéreo em abril confirmam que o setor aéreo segue em rota de crescimento, com mais brasileiros voando dentro e fora do país. É um reflexo direto dos investimentos em infraestrutura, da ampliação da malha aérea e do compromisso do governo do presidente Lula em promover a conectividade e a eficiência do transporte aéreo nacional. Seguiremos trabalhando para garantir um setor cada vez mais acessível, seguro e competitivo para todos. Será o melhor ano da história”, comemora o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Caruaru - São João na Roça

O Sextou de desta semana traz um ícone da MPB e do Forró, a cantora e compositora Anastácia, ex-esposa de Dominguinhos. Anastácia e Dominguinhos gravaram mais de 260 músicas em 12 anos, tempo que durou a relação amorosa e parceria na vida artística. Entre tantos sucessos, “Eu só quero um xodó”, “Tenho sede”, “Amor entre quatro paredes” e “Você é meu xamego” – com x mesmo.

A cantora, aos 84 anos, continua nos palcos da vida com a mesma voz aveludada. O Sextou vai ao ar na próxima sexta-feira, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir o Sextou pela internet, clique no link do Frente a Frente no alto da página deste blog ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

A demissão de Fábio Wajngarten – advogado e marqueteiro de Jair Bolsonaro (PL) – do Partido Liberal (PL) foi um pedido expresso da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e é um efeito colateral das divisões na direita sobre a disputa de 2026. As informações são do blog da Andréia Sadi.

O pedido foi feito após a divulgação de conversa de WhatsApp em que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, ironiza a possibilidade de Michelle ser candidata em 2026. Wajngarten respondeu a Cid dizendo que não apoiava Michelle e que achava que os filhos do ex-presidente também não aprovavam o nome dela para uma disputa presidencial.

O episódio mostra que o racha na direita sobre quem herdará os votos de Jair Bolsonaro (PL) em 2026 e a tentativa de construção de Michelle como um nome viável como candidata a qualquer cargo eletivo vêm desde antes do ex-presidente ser tornado inelegível.

As conversas em questão ocorreram em janeiro de 2023. Bolsonaro foi tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho daquele ano. Esse racha opõe:

  • de um lado, a família Bolsonaro, que quer alguém do grupo na cabeça da chapa que disputará a Presidência em 2026, o que é visto como garantia de que o ex-presidente será indultado caso condenado por golpe de Estado. E, neste cenário, Michelle é vista como um nome potencial, ainda que com ressalvas (leia mais abaixo);
  • e de outro, uma ala da direita que entende que esse cenário tem se tornado cada vez mais inviável politicamente diante do avanço da investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado. Wajngarten e Cid estão nesse grupo, que vê Michelle como um bom nome para disputar o Senado.

Há, ainda, a divisão na própria família do ex-presidente. No começo de 2025, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o mais pragmático dos filhos, indicou nos bastidores que prefere Michelle a alguém de fora na disputa pela presidência, caso ela se mostre viável. Mas essa hipótese não é cogitada por outros filhos do ex-presidente.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, hoje, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República. Aprovado de forma simbólica, o texto propõe aumentar o tempo de mandato para todos os cargos eletivos (10 anos para senadores e 5 anos para os demais). Além disso, a PEC também unifica a data das eleições municipais e gerais a partir de 2034. As informações são do portal G1.

Antes de a proposta seguir para votação no plenário principal da Casa, os membros do colegiado votarão trechos em separado – os chamados destaques. Há divergência e tentativa de derrubar os trechos que ampliam os mandatos de políticos. No plenário do Senado, o texto terá de reunir ao menos 49 votos favoráveis, em dois turnos, para ser aprovado. Depois disso, para começar a valer, ainda precisará ser aprovado pela Câmara dos Deputados.

A discussão sobre o fim da reeleição ganhou corpo nos corredores do Senado ao longo da gestão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à frente da Casa. Ao longo dos últimos meses, líderes partidários de diferentes espectros passaram a defender a análise de uma proposta para pôr fim ao instrumento. Da direita à esquerda, senadores têm afirmado que consideram a reeleição um “equívoco”.

A PEC aprovada pela CCJ estabelece marcos diferentes para enterrar a recondução no Executivo:

  • Prefeitos: poderão se candidatar à recondução pela última vez em 2028, desde que tenham sido eleitos para um primeiro mandato em 2024. De 2028 para frente, novos eleitos para prefeituras não poderão mais se candidatar à reeleição.
  • Governadores: poderão se candidatar à reeleição pela última vez em 2030, desde que sejam eleitos para um primeiro mandato em 2026. De 2030 para frente, novos eleitos não poderão mais ser reconduzidos.
  • Presidente da República: também poderá se candidatar à reeleição pela última vez em 2030, desde que seja eleito para um primeiro mandato em 2026. De 2030 para frente, novos eleitos não poderão mais ser reconduzidos.
  • Vereadores, deputados e senadores seguirão sem impedimentos para se candidatar à recondução.

A possibilidade de um chefe do Executivo se reeleger foi introduzida por uma emenda constitucional de 1997. À época, a mudança possibilitou que o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pudesse se candidatar a um segundo mandato e ser reeleito no ano seguinte.

Vinte e três anos depois, o próprio FHC classificou a mudança como um “erro” e passou a defender publicamente que “acabar com o instituto da reeleição” era uma mudança a “ser feita”.

As reconduções registraram recordes nos últimos anos. As eleições de 2024 registraram o maior número de prefeitos reeleitos: 2.461. Dois anos antes, houve recorde também no total de governadores reeleitos: 18.

Entre os presidentes da República, desde 1998, todos os presidentes em primeiro mandato conseguiram se reeleger nas eleições seguintes. A única exceção foi Jair Bolsonaro (PL), derrotado em 2022.

O relator da proposta, senador Marcelo Castro (MDB-PI), avalia que o fim da reeleição pode impulsionar uma renovação política e abrir caminho para que governantes discutam “projetos estruturantes”.

“A experiência acumulada em quase trinta anos de vigência da regra da reeleição não correspondeu às expectativas. O saldo da experiência pode, a nosso ver, ser assim resumido: ao prejuízo, previsível, do retardo no processo de renovação dos quadros políticos, deve-se somar o prejuízo, inesperado, decorrente do viés eleitoreiro que a perspectiva da reeleição induziu no desempenho dos mandatários”, diz Castro.

Olinda - A cada dia, uma nova conquista

Pela primeira vez na história, a prefeitura de Camaragibe montou um plano de contingência, antecipado, para dar respostas rápidas a possíveis ocorrências em função da temporada de chuvas. Desde o início da gestão, a Secretaria de Defesa Social está coordenando um grupo que reúne todas as secretarias municipais na prevenção, monitoramento e ações práticas.

A Secretaria montou um abrigo que está pronto para atender, num primeiro momento, 50 pessoas. Os equipamentos estão equipados com camas e colchões. Já a pasta da Assistência Social fechou um planejamento de alimentação diário com três refeições e três lanches para famílias que necessitem de atendimento, auxiliada pelos servidores da Cozinha Comunitária. Os locais foram pensados também no sentido da acessibilidade.

“Todos os profissionais da Assistência Social estão de prontidão. Do secretário ao auxiliar de serviços gerais, passando pelos assistentes, psicólogos, pedagogos. A secretaria de Saúde também está envolvida no acolhimento das vítimas”, afirma o prefeito Diego Cabral. Os abrigos também terão a assistência de agentes de saúde. Outros locais estão sendo vistoriados para, se necessário, servirem de acolhimento para outras possíveis vítimas. Em caso de urgência, a população pode acionar a Defesa Civil através dos números (81) 2129-9564, 9.9945-3015 (WhatsApp) e 153 (Central da Guarda Civil Municipal).

Toritama - FJT 2025

Quase 40 anos depois de ser homenageada por José Sarney no Palácio do Planalto, em Brasília, a atriz Fernanda Torres voltou a receber o reconhecimento de um presidente. Ela recebeu a Ordem do Mérito Cultural, entregue pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ontem, no Rio de Janeiro. As informações são do portal Poder360.

Em 1986, Torres recebeu, do então presidente Sarney, a Palma de Ouro de Melhor Atriz conquistada no Festival de Cannes, por sua atuação no filme “Eu Sei que Vou te Amar”, de Arnaldo Jabor. Na época, com apenas 21 anos, Fernanda não pôde ficar até o fim do festival na França e acabou recebendo o prêmio no Brasil.

A cerimônia no Planalto foi criticada pela imprensa, num momento de transição democrática ainda recente. A mídia considerou a entrega do prêmio no Planalto como algo despropositado. Em 1987, ela voltou a ser homenageada pelo governo com o Prêmio Lei Sarney, criado naquele período como forma de valorização das artes nacionais. Vale lembrar, foi no governo Sarney que nasceu o Ministério da Cultura – que em 2025 completa 40 anos.

Ontem, uma nova homenagem: Fernanda recebeu das mãos de Lula e da ministra da Cultura, Margareth Menezes, a medalha por seu trabalho em “Ainda Estou Aqui”. O filme foi o 1º do Brasil a receber um Oscar. “Por um momento, o país do futebol se tornou o país do cinema”, disse o presidente na cerimônia. Em seu discurso, Lula destacou, além de Fernanda Torres, 2 nomes centrais da obra: o diretor Walter Salles e o escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou o filme homônimo.

Segundo Lula, os 3 artistas foram responsáveis por “lançar luz sobre esse passado que não temos o direito de esquecer”. O evento, que homenageou 112 personalidades e 14 instituições, também marcou a reinauguração do icônico Palácio Capanema, fechado há 10 anos e restaurado com dinheiro do Novo PAC. Além de Fernanda, outros nomes homenageados foram Ary Fontoura, Xuxa Meneghel, Gilberto Gil, e artistas já falecidos como Marília Mendonça e Paulo Gustavo, que receberam a medalha in memoriam.

Palmares - IPTU 2025

O projeto que anistia os condenados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro voltou à discussão na reunião de líderes partidários, ontem, após uma semana de recesso informal na Câmara. No encontro, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse aos parlamentares que não adianta aprovar uma proposta que será considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do portal G1.

Segundo relatos de líderes presentes, parlamentares da oposição estavam na reunião e levaram o assunto à discussão no fim do encontro. Na reunião, de acordo com quatro líderes ouvidos pela Globonews, Motta disse que não adianta o Congresso aprovar um texto, o presidente Lula sancionar e o STF declarar inconstitucional. A sinalização foi lida pela própria oposição como um recado de que o Supremo precisa estar de acordo com o texto.

O líder do PP, Dr. Luizinho (RJ), sugeriu que alguém apresentasse um esboço de relatório alternativo ao texto que vem sendo defendido pela oposição. A versão mais recente do relatório é ampla e perdoa atos do passado ou do futuro que tenham alguma conexão com o dia 8 de janeiro, inclusive crimes eleitorais, e garante os direitos políticos dos condenados (ou seja, a possibilidade de concorrer às eleições). A leitura é que o projeto é direcionado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que se recusa a construir um texto que precise do aval do STF. E lembrou aos parlamentares que já elaborou uma proposta alternativa e mais enxuta, que dá anistia parcial aos envolvidos no dia 8 de janeiro, mantendo apenas as condenações para quem foi filmado destruindo o patrimônio público.

Mais de um líder presente interpretou a fala de Motta como uma tentativa de tirar o assunto do caminho, que tem contaminado qualquer outro assunto da pauta. Avaliam que ele se sensibiliza com penas que considera excessivas, mas que não vai se indispor com o Supremo por conta disso.

Além disso, a avaliação de um líder da base governista é que a sugestão para se criar um novo texto funciona como uma forma de encurralar os deputados do PL para que eles deixem claro que o projeto da anistia não deve valer para Bolsonaro.