Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco
O PDT vive uma crise sem precedentes, mas conscrita ao Estado do Ceará, uma briga familiar, que envolve o ex-ministro Ciro Gomes e seu irmão, o senador Cid Gomes. Tudo começou quando o diretório nacional fez uma intervenção no diretório do partido no Estado, tirando poderes de Cid, para atender a Ciro, que não se bica mais com o irmão.
A direção nacional cancelou os pedidos de anuência concedidos pelo congressista a políticos, para que pudessem deixar o partido caso quisessem. Os irmãos disputam poder no Estado e a principal causa do desentendimento são as possíveis alianças com o PT nas eleições municipais de 2024. A ala Ciro Gomes defende que o partido não se alie aos petistas em Fortaleza e que tenha chapa pura para a disputa pela reeleição do prefeito José Sarto.
Leia maisUma semana depois, a justiça devolveu o comando a Cid, que é a favor de um vice-prefeito petista. A discordância entre os dois faz Cid acusar o diretório nacional de “perseguição”, já que o partido é comandado pelo deputado federal André Figueiredo, aliado de Ciro.
A briga ganhou um novo capítulo com o anúncio, ontem, da saída de 43 prefeitos do PDT, partido dos dois irmãos. A decisão foi tomada durante reunião de prefeitos com Cid. Na lista dos prefeitos que decidiram deixar o partido está o irmão mais novo de Cid e Ciro e prefeito de Sobral, Ivo Gomes. A cidade é considerada um reduto da família Gomes no Estado.
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