O chefe de gabinete e assessores do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-Yeol, renunciaram em massa, hoje, segundo informações da agência Yonhap. O anúncio foi feito depois de a Assembleia Nacional impedir o presidente de amordaçar a oposição com o decreto de uma lei marcial.
Entre os nomes que ofertaram a renúncia em massa estão o chefe de gabinete presidencial, Chung Jin-suk, o conselheiro de Segurança Nacional, Shin Won-sik, e o chefe de gabinete para políticas, Sung Tae-yoon. Outros assessores presidenciais também entraram na oferta.
Leia maisA renúncia ocorreu horas depois de legisladores exigirem a suspensão da lei marcial. Por volta da madrugada no horário local e durante à tarde no horário de Brasília, a votação para derrubar a lei marcial foi encerrada e os 190 parlamentares presentes na Casa no momento foram contrários à ação de Yoon.
Com a votação na Assembleia, Yoon Suk-yeol revogou o decreto. Segundo ele, a lei havia sido acionada para conter movimentos “pró-Coreia do Norte” do país. A medida anunciada pelo líder sul-coreano suspendia os direitos civis, limitava a atuação da imprensa e das Forças Armadas ao governo e substituía as leis por normas militares.
A oposição ainda pede o impeachment do presidente coreano. O Partido Democrata (centro-direita), de oposição, disse que iniciará um processo de impeachment contra o presidente caso ele não renuncie ao cargo. A Confederação dos Sindicatos da Coreia também convocou uma greve geral hoje para pedir a renúncia do presidente.
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