As autoproclamadas combatentes da corrupção em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra e sua vice, Priscila Krause, parecem ter adotado como prática um silêncio constrangedor diante de questões sensíveis que exigem esclarecimento.
Estar sob os holofotes não é tarefa simples. Entretanto, toda figura pública tem o dever de enfrentar temas espinhosos, por mais incômodos que sejam. O eleitor não perdoa a fuga deliberada do debate.
Leia maisAté agora, nenhuma das duas ofereceu explicações – sequer uma nota oficial ou declaração pública – sobre as diversas denúncias relacionadas a episódios de corrupção no âmbito do próprio governo.
Acusações sobre o suposto direcionamento de uma licitação bilionária para favorecer um primo, os repasses que ultrapassam 100 milhões ao marido da vice-governadora, ou ainda o caso envolvendo o posto e o gás de Fernando de Noronha, ligados ao irmão de um secretário, seguem sem qualquer resposta. Apenas silêncio.
Nesta semana, mais um episódio veio à tona. Um respeitado jornal eletrônico de jornalismo investigativo publicou uma reportagem robusta revelando um possível escândalo envolvendo tentativa de uso eleitoral da Polícia Civil de Pernambuco. Faço aqui um necessário elogio à nossa Polícia Civil, que historicamente tem resistido a qualquer tentativa de instrumentalização política e sempre repudiou movimentos isolados que buscavam esse fim. Desta vez, porém, a gravidade é maior: as ordens, segundo a reportagem, estariam partindo dos escalões superiores do Poder. E isso é extremamente sério.
A resposta da governadora e de sua vice, mais uma vez, segue o padrão já estabelecido: um silêncio envergonhado.
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Hoje, a partir das 19 horas, dou prosseguimento a maratona de lançamentos do meu mais recente livro, ‘Os Leões do Norte’, em Itaíba, no Agreste. A palestra seguida de uma sessão de autógrafos, está marcada para o plenário da Câmara de Vereadores, com apoio e a presença do prefeito Pedro Pilota (Republicanos) e da ex-prefeita Regina da Saúde.
‘Os Leões do Norte’ é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
Por Osório Borba Neto
Há momentos em que a realidade insiste em desmentir as narrativas oficiais – e o faz com a frieza dos fatos e a indiferença das locomotivas.
Podem-se organizar cerimônias, projetar gráficos animados, decorar discursos com anúncios vistosos.
Leia maisMas há verdades que não cabem em release, tampouco se deixam ludibriar pelo brilho de um telão.
A disputa que definiria o destino do ramal da Transnordestina para Suape não está em aberto.
Ela foi decidida há anos, talvez décadas, quando o relógio da infraestrutura corria em compasso com o mundo real — e não com o tempo subjetivo das gestões estaduais.
A surpresa, agora, é notar que o governo parece despertar para isso tarde demais, como quem só entende o risco depois do impacto.
O tempo econômico é implacável com quem perde a largada
A consolidação do Tegram – Terminal de Grãos em Itaqui, não foi acidental.
Foi resultado de um encadeamento de decisões, acordos e investimentos firmados com antecedência — o único caminho possível quando a competição é logística.
Enquanto Pernambuco ainda discutia prioridades, o Maranhão entregava obras. Enquanto aqui se elaboravam intenções, lá se edificava infraestrutura.
Suape não perdeu por erro pontual.
Perdeu por não compreender o valor da antecedência — aquela diferença silenciosa entre anunciar e realizar.
Certas derrotas não são súbitas: apenas se tornam visíveis de uma vez. Pecém e o mérito raro da continuidade
Há ainda o exemplo de Pecém, que talvez seja o ponto mais incômodo da análise.
Enquanto Suape alternava ciclos de ímpetos e interrupções, o Ceará praticava algo raro: visão de longo prazo.
Planejamento consistente. Governança profissionalizada.
Parcerias estratégicas com players globais. Continuidade institucional que não se dobrava ao calendário eleitoral.
Pecém não se tornou referência internacional por acaso. Foi resultado de método — aquela palavra simples, mas que organiza o futuro. Repetir 2025 como se ainda fosse 2010
O equívoco maior não está em desejar a Transnordestina. Está em tratá-la como se o tabuleiro permanecesse o mesmo.
Um ramal ferroviário só se sustenta quando há carga recorrente.
E a carga agrícola do Matopiba já possui destino, contratos e porto: Itaqui.
O mundo não fica à espera de quem demora a decidir.
Imaginar que Suape pode disputar agora essa rota requer algo próximo do delírio aritmético: mudar geografia, refazer contratos, reverter decisões passadas e desafiar a lógica econômica vigente.
A era em que Pernambuco ainda tinha vantagem.
Voltar a 2013 é revisitar um momento em que havia estratégia, articulação nacional e clareza de prioridades.
Os grandes projetos estruturantes — da refinaria à Jeep — eram parte de um desenho onde a Transnordestina fazia sentido.
Pernambuco, então, dispunha de chance real de se firmar como corredor de exportação.
O tempo, porém, é um escultor implacável.
A dinâmica econômica mudou, a infraestrutura regional se reposicionou e aquilo que um dia foi oportunidade converteu-se em oportunidade perdida.
A vocação atual de Suape — e o risco do autoengano
Suape hoje tem outra natureza:
cabotagem, contêiner, petroquímica, energia, indústria, logística de valor agregado e precisa cuidar disso para não ser superado pelos seus concorrentes.
Nada disso dialoga com granéis agrícolas em escala.
E insistir em narrativas contrárias é confundir plano com fantasia — ou desejo com realidade.
A mentira mais sedutora é sempre aquela que contamos a nós mesmos quando não suportamos a verdade.
Podem-se organizar eventos, repetir mantras de virada histórica, apresentar promessas embaladas para comoção.
Mas o fato permanece:
Itaqui venceu a disputa dos grãos.
Pecém venceu a disputa do planejamento.
E Pernambuco precisa, no mínimo, vencer a disputa contra seu próprio atraso de percepção.
Entrar em campo quando as traves já foram recolhidas não é estratégia.
É autoengano — e o autoengano cobra juros.
Sempre.
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Coronel Meira chama Lula de “bandido” e dispara contra Dino, Lewandowski, Raquel e João
Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog
O deputado federal Coronel Meira (PL) acusou o governo do presidente Lula (PT) de ser aliado do crime organizado no Brasil. Entrevistado de ontem (18) do podcast ‘Direto de Brasília’, comandado pelo titular deste blog, Meira chamou Lula de “bandido” e disse que o chefe do Poder Executivo recebe criminosos.
Citou o episódio da “dama do tráfico amazonense”, Luciane Barbosa Farias, que participou de reuniões no Ministério da Justiça e Segurança Pública, em novembro de 2023, e teve a viagem para Brasília custeada pela Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos.
Leia maisO parlamentar também atacou o ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, e o atual titular da pasta, Ricardo Lewandowski. Também sobrou para a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), e para o prefeito do Recife, João Campos (PSB).
“O ministro Flávio Dindo, na época em que era o ministro da Segurança Pública, foi para dentro de uma favela, leve, livre, solto. Um local que ninguém poderia entrar e ele lá, tranquilo. Então existe um relacionamento (da esquerda com o crime), eles não podem negar isso”, disparou.
Contra Ricardo Lewandowski, Meira criticou o projeto de segurança pública enviado ao Congresso pelo governo e enfatizou que o ministro é leigo no assunto. “O Lewandowski não entende nada de segurança pública, está bem assessorado em algumas áreas, mas não adianta ser assessorado. Ele não ouve”, declarou.
Já a governadora Raquel Lyra foi acusada por Meira de ter afirmado que em Pernambuco não há crime organizado. “Não sei em qual Estado ela está. Como é que não tem, Raquel? Sabe quem manda lá? É o ‘trem-bala’, é o ‘comando do Litoral Sul’, Raquel. Governadora, a senhora sabe quantos fuzis irregulares têm em Pernambuco, do crime organizado? Pergunte a seu secretário (de Defesa Social)”, afirmou o deputado.
O prefeito do Recife foi questionado pelo Coronel Meira sobre a Guarda Municipal. “A única guarda metropolitana das capitais do Brasil, dos 27 Estados, que não é armada é a do Recife. Por que, prefeito? O que é que está faltando?”, questionou.
Estratégia – Faltando menos de um ano para as eleições de 2026, quando Coronel Meira vai disputar novamente uma vaga na Câmara dos Deputados, o parlamentar tenta se consolidar como “bolsonarista raiz” e defensor da segurança pública, com frases de efeito contra autoridades que visam atrair atenção da mídia. Recentemente, Meira criou polêmica ao estampar um outdoor no qual sugere que “bandido bom é bandido morto”. Ontem, repetiu a mesma frase no podcast e defendeu que os governadores tenham coragem de dizer essa frase em seus Estados.

“Enrolação” – O deputado Coronel Meira ainda criticou a PEC da Segurança. Disse que o texto é uma “enrolação”. “Não coloca o dedo na ferida da segurança pública. Não trata a segurança no sentido de haver uma união maior em nível de base. Pelo contrário, ela tira a autonomia dos Estados. E a gente entende que, como na saúde e na educação, tem que ser recriado o Ministério da Segurança Pública, para poder ter as políticas voltadas totalmente e um alinhamento”, defendeu.
Reunião com Adeppe e Sinpol – Os deputados federais Eduardo da Fonte (PP) e Lula da Fonte (PP) se reuniram com representantes da Adeppe (Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco) e do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) para discutir o encaminhamento da Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis, aprovada em 2023 por meio da Lei nº 14.735/2023 de relatoria do PP, e que ainda precisa ser regulamentada em Pernambuco. No encontro, os parlamentares trataram dos passos para que o Governo de Pernambuco promova a regulamentação da lei no Estado.
Vale do Catimbau em pauta – O deputado federal Pedro Campos (PE), promoveu, ontem (18), na Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, audiência pública sobre o desenvolvimento sustentável do Vale do Catimbau, em Pernambuco. A região abriga o Parque Nacional do Catimbau, considerado o segundo maior sítio arqueológico do país, com mais de 40 áreas de pinturas rupestres registradas. Durante a audiência, o parlamentar defendeu a importância de pensar o desenvolvimento da região de forma integrada e inclusiva.

Pé na estrada – O senador Humberto Costa (PT) inicia, hoje, uma agenda intensa e estratégica pelo interior de Pernambuco. Em apenas três dias, Humberto vai percorrer seis municípios nas regiões do Agreste e Sertão. Na agenda, conversas com 12 prefeitos das regiões e várias lideranças políticas locais. A maratona de viagens não apenas vai reforçar o contato com gestores municipais, como também servirá para destacar o ritmo acelerado das entregas de seu mandato e os investimentos do Governo Lula (PT) pelos municípios das regiões.
CURTAS
RAQUEL X ALEPE – O terceiro ano do governo de Raquel Lyra (PSD) terminará exatamente igual ao início da gestão: em pé de guerra com a Assembleia Legislativa (Alepe). O presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), disse, ontem (18), que Raquel manda no Palácio, mas na Alepe quem manda é ele.
RAQUEL X ALEPE 2 – Acabou que o último pedido de empréstimo do Governo do Estado realizado este ano (R$ 1,7 bilhão) só será colocado em pauta em 2026, de acordo com Porto. A medida é uma reação de Porto à recomendação da governadora para sua base. Ela orientou que os deputados votassem contra a PEC que aumenta para 2% sobre a receita corrente líquida as emendas parlamentares, a partir de 2027.
BASE NÃO COMPARECE – Os deputados da base governista não compareceram à reunião plenária, ontem, segundo a líder, Socorro Pimentel (UB), por entender que as matérias apresentadas pela Mesa Diretora “são de grande impacto e exigem estudo aprofundado”. Mas acabaram peitando o Tribunal de Contas (TCE), porque também havia na ordem do dia, retirada de pauta por falta de quórum regimental matérias de interesse do Tribunal.
Perguntar não ofende: Três anos de governo não foram suficientes para melhorar a articulação política da gestão de Raquel Lyra?
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A sessão plenária da Alepe, da tarde de hoje, teve a ordem do dia retirada de pauta por falta de quórum regimental, graças à articulação do Governo do Estado. O Palácio orientou sua bancada a não comparecer à votação.
A pauta do dia incluía, entre outras matérias, a Proposta de Emenda à Constituição 30/2025, aprovada pela manhã na Comissão de Justiça da Casa, que prevê algumas modificações, dentre elas a que trata do limite da despesa de pessoal da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas do Estado a ser definido em Resolução conjunta entre os dois órgãos.
Leia maisEm recente negociação envolvendo Alepe e TCE, as instituições acordaram destinar 1,60% da Receita Corrente Líquida para o Legislativo e 1,40% para o Tribunal. Segundo o procurador da Assembleia, Paulo Pinto, a PEC 30/2025, em seu artigo 131, busca exatamente resolver essa questão.
“Uma das novidades dessa PEC é o dispositivo que trata da distribuição do limite de gastos com pessoal entre TCE e Alepe. Houve uma PEC do ano passado que ajustou esse limite, mas uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), proposta pela Associação dos Tribunais de Contas, questionou a constitucionalidade dessa alteração. A Alepe e TCE, então, entraram em acordo e decidiram que a fixação do percentual de despesa com pessoal será definida em um Projeto de Resolução, de iniciativa conjunta dos órgãos”, explicou.
“Só após a aprovação da PEC 30, é que o Projeto de Resolução, assinado pelos presidentes da Alepe e do TCE, seria votado, fixando os limites com gastos de pessoal”, acrescentou o procurador.
Constitucionalidade
A PEC 30/2025, que seria votada no plenário nesta terça (18) e foi retirada de pauta por falta de quórum, também busca fazer adaptações às várias mudanças pelas quais passaram a Constituição Federal e que rebatem na Constituição do Estado.
Tratam-se de dispositivos que ficaram desatualizados e alguns considerados até inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Cerca de 90% do que traz a PEC 30 são apenas adaptações às várias mudanças feitas à Constituição Federal.
Outra matéria importante prevista na pauta era a PEC 31/2025, que aumenta para 1,55% o percentual do orçamento estadual destinado às emendas parlamentares obrigatórias a partir de 2027. Em 2026 continua valendo o percentual de 0,9% da Receita Corrente Líquida (RCL) dos recursos destinados pelos parlamentares a várias regiões do Estado.
A matéria também foi aprovada na CCJ, nesta terça, respaldada pelo parecer técnico e jurídico do procurador da Alepe. “Estamos trabalhando para adequar as exigências do Supremo. Há artigos e dispositivos na Constituição do Estado que são inconstitucionais. Temos que alterar a nossa legislação para estar em sintonia com a legislação federal”, ponderou o procurador da Casa.
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A Câmara dos Deputados deve votar, ainda hoje, a sexta versão do Projeto Antifacção, que cria um novo marco legal para o enfrentamento de facções criminosas armadas. Mesmo após mudanças negociadas ao longo do fim de semana, o governo ainda vê pontos sensíveis e trabalha nos bastidores para promover ajustes no plenário.
O texto, relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), endurece penas, cria novos crimes, amplia poderes de investigação e determina regras especiais para líderes de organizações criminosas. O projeto é considerado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PP), uma das respostas mais robustas do Legislativo ao avanço do crime organizado. As informações são do portal G1.
Leia maisAo sair da reunião do colégio de líderes, Motta afirmou que o projeto será votado. “Estamos indo para o plenário analisar o novo marco legal do crime organizado. Queria agradecer ao relator por estar dialogando para combater o avanço das organizações criminosas. Essa será a resposta mais dura da história da Câmara dos Deputados contra o crime”, disse.
“Estamos aumentando penas, tipificando crimes como o novo cangaço, domínio de territórios, levando chefes de facções direto aos presídios federais e monitorando contato com advogados”, disse o presidente. “Como presidente, estamos aqui para anunciar essa pauta. Faremos amplo debate, daremos voz a todos. Mas quem vai falar no final é o painel”, completou.
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Ex-comandante do Batalhão de Choque de Pernambuco e conhecido pela linha dura nas operações policiais, o hoje deputado federal Coronel Meira (PL) integra a chamada “bancada da bala” na Câmara. O parlamentar recentemente lançou outdoors em Pernambuco inflando a população a completar a frase de que “bandido bom é bandido”. Em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’, ele ressalta que a segurança é uma bandeira histórica, anterior ao mandato que assumiu em janeiro de 2023.
“Eu hoje faço parte com muita honra da bancada da bala. Sempre defendi e defendo esse lema (bandido bom é bandido morto), mas estou dando uma oportunidade ao povo pernambucano. Pode botar bandido “solto”, “preso” ou “morto”. Esse é um lema que a gente defende. Bandido para mim é um custo enorme. Enquanto o cidadão brasileiro, mulher ou homem que acorda de madrugada, ganha um salário-mínimo de R$ 1.500, sacrificado, e que com esse salário tem que comprar gás, tem que comprar tudo. E você vê os bandidos que mataram, que estupraram, que fizeram de tudo de terror da população recebendo um recurso bem maior, com as cinco ou seis refeições garantidas na prisão. Tem presídio aí que dá lanchinho da tarde, com banho de sol, com encontros íntimos. Não pode”, disparou.
Leia mais“Sou favorável à educação, à polícia preventiva, sou favorável de que as crianças sejam recuperadas, e sou favorável para que aquele cidadão que fez um furto pequeno tenha uma oportunidade de ganhar seu dinheiro certo. Agora, eu defendo as vidas do povo, do cidadão, da mulher, do homem, da criança, do jovem. São vidas ceifadas, e aí vem esse presidente dizer que quem rouba um celular é um crime de menor potencial, que muitas vezes é para comprar uma cervejinha. Isso é uma coisa terrível. Queria que fosse um parente dele”, completou Meira.
Sobre a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que culminou em mais de uma centena de mortos, o deputado criticou o governo federal por não ter acionado a Garantia da Lei e Ordem (GLO) para que o Exército pudesse agir na capital carioca. “Era para o governo federal ter instalado a GLO no Rio de Janeiro, porque é uma guerra civil. Agora, instalou no Pará, para proteger, onde está acontecendo a COP-30. Lá é necessária a GLO. Tem que ter a Marinha, o Exército e a Aeronáutica protegendo quem esteve lá”, condenou.
“Minha posição é bem clara. Lula é um bandido. E bandido não gosta de polícia. Eu sou polícia. A minha vontade muitas vezes se por acaso encontrar Lula é passar algema. Porque o cara é bandido, você acha que bandido pode achar boa uma operação legítima e correta, dentro das técnicas todas que foram feitas? Quantas crianças morreram nessa operação? Quantos pais de família, quantas mulheres? Zero. Só morreu bandido, foram 120 abatidos e 80 presos. Teve presos que ninguém fala. E mataram quatro pais de família, os policiais. O que eu estou falando aqui é defesa da vida do cidadão que trabalha, do homem e da mulher”, concluiu.
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O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) foi convidado pelo Movimento de Advogados da Direita do Brasil a participar da entrega da moção de louvor ao ministro Carlos Augusto de Oliveira, do Superior Tribunal Militar (STM), em Brasília, ontem.
A homenagem foi aprovada pelo Colegiado Nacional do Movimento, que representa 8,6 mil advogados em todo país. A presidente do Movimento, Géssica Almeida, fez a entrega da Moção.
Feitosa reiterou a importância da homenagem. “O ministro Carlos Augusto de Oliveira é um representante do legítimo Estado Democrático de Direito e merece esse reconhecimento. Para mim, é uma honra fazer parte desse momento e agradeço ao Movimento de Advogados da Direita do Brasil pelo convite”, disse Feitosa.
Membro titular da Comissão Especial que analisa a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) da Segurança Pública, o deputado federal Coronel Meira (PL) não acredita que a matéria seja votada este ano. Apesar da pressão gerada em função da megaoperação policial no Rio de Janeiro, o parlamentar entende que o texto enviado pelo governo federal não agrada o Congresso Nacional, o que dificulta a tramitação da matéria. Ele atribuiu à figura do ministro Ricardo Lewandowski, que não ajuda a gestão Lula nesse assunto.
“É difícil a gente trabalhar na Câmara quando vem um pacote fechado do governo de um ministro que não entende nada, que é o Ricardo Lewandowski. Ele não entende nada de segurança pública. Está até bem assessorado em algumas áreas, mas não adianta ser assessorado se ele não ouve. Prova tal é que recentemente o diretor da Polícia Federal foi dar um depoimento, depois dessa ação do Rio de Janeiro, e o ministro mal educadamente empurrou o diretor. Se eu fosse esse diretor, pediria para sair na hora. Ele é um técnico, um delegado da polícia federal. E o ministro simplesmente atropelou, porque ele está ali simplesmente fazendo política partidária de um governo que na verdade é aliado do crime organizado. Quero que diga que o Coronel Meira está mentindo”, disparou, em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’.
Leia maisO deputado ainda criticou o texto, ao qual chamou de “enrolação”. “Não coloca o dedo na ferida da segurança pública. Não trata a segurança no sentido de haver uma união maior a nível de base. Pelo contrário, ela tira a autonomia dos estados. E a gente entende que, como na saúde e na educação, tem que ser recriado o Ministério da Segurança Pública, para poder ter as políticas voltadas totalmente e um alinhamento”, ponderou Meira.
Uma das dificuldades, na visão do parlamentar, é que a área de segurança pública está “fatiada” entre ministérios, o que impediria o governo de agir com eficiência. “Uma parte está no Ministério da Defesa, com Marinha, Exército e Aeronáutica, e outra parte está no Ministério da Justiça, que são as polícias federais. Os governadores têm a Polícia Militar, a Polícia Civil, Bombeiro Militar e Polícia Penal. E os prefeitos têm suas guardas municipais. A PEC não fala nada da primeira malha de segurança, que são as guardas municipais, a nível de atuação. Inclusive nós defendemos que seja transformada em Polícia Municipal, dentro de um padrão, de uma regulamentação, mas a PEC não traz. Em momento algum fala das polícias estaduais, e centraliza toda a segurança pública na Polícia Rodoviária Federal, o que é um absurdo. Então a situação é muito difícil”, disparou.
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O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) julgou irregulares as contas da Prefeitura de Belém de Maria referentes aos exercícios de 2023 e 2024, conforme o Processo nº 24100790-2. A auditoria identificou inconsistências administrativas, falhas no controle de gastos e irregularidades contratuais que totalizam R$ 1.666.649,88 em prejuízos ao erário.
De acordo com o relatório técnico, foram mantidas parcerias consideradas irregulares com o Instituto de Desenvolvimento Humano (IDH), além da terceirização indevida de profissionais da saúde, ausência de controle da carga horária médica e falhas no recolhimento de tributos obrigatórios. Também não foi apresentada comprovação do uso de R$ 1.334.439,88 repassados ao instituto. A análise ainda apontou um superfaturamento de R$ 332.210,00 na aquisição de medicamentos.
Leia maisNo processo, o TCE atribuiu à secretária de Saúde, Maria Cristina Casale, débitos que somam R$ 1.666.649,88, sendo R$ 1.334.439,88 pela ausência de comprovação de despesas e R$ 332.210,00 por superfaturamento na aquisição de medicamentos, além de aplicar multa no valor de R$ 22.027,71. Ao prefeito Rolph Eber Casale Júnior foi aplicada multa de R$ 11.013,85. No total, as multas determinadas pelo Tribunal alcançam R$ 33.041,56.
Entre as determinações, o TCE orientou a implantação de um sistema informatizado de controle de combustível, a realização de concurso público e encaminhou o caso ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para análise e eventuais providências.
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A Escola de Sargentos, anunciada para Pernambuco ainda em 2021, sairá de fato do papel. Quem garante é o deputado federal Coronel Meira (PL), que tem acompanhado o tema diuturnamente, junto com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Segundo o parlamentar, uma reunião foi realizada nos últimos dias, com grupos de ambientalistas, e os impasses teriam sido finalmente acordados.
“Em primeira mão, sim, a Escola de Sargentos em Pernambuco vai acontecer. Tivemos uma reunião com o ministro José Mucio Monteiro e com todos os generais. A proposta está fechada. No dia 9 de dezembro vai ser oficializada em Pernambuco”, revelou Meira, em entrevista ao podcast ‘Direto de Brasília’.
“Quero agradecer também ao Fórum Ambiental de Aldeia. No início, quando foi colocada a escola para Pernambuco, eram 400 hectares de desmatamento. Caiu para 220, depois caiu para 180, e nós fechamos essa proposta com 94 hectares, dos quais só 47 vão ser usados em construção. Em compensação, o meio ambiente de Pernambuco vai ganhar 1.598 hectares, para 94 de supressão”, celebrou o parlamentar.
Representantes da Secretaria de Educação do Brejo da Madre de Deus, receberam, ontem (17), o prêmio do Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco (IDEPE), que avalia e monitora a qualidade da educação no estado.
A cerimônia de premiação aconteceu no Recife Expo Center, no Cais de Santa Rita, reunindo gestores, educadores e autoridades de todo Pernambuco. O prêmio reconhece escolas, municípios e Gerências Regionais de Educação (GREs) que obtiveram destaque nos indicadores educacionais do ano anterior, reforçando o compromisso com a melhoria da aprendizagem e da qualidade do ensino.
Brejo da Madre de Deus esteve representado pelo secretário de Educação, Antonio Carlos, e por servidores da rede municipal, e retornou ao município trazendo um importante reconhecimento: Brejo foi premiado pelo avanço nos indicadores educacionais, resultado direto do trabalho integrado entre escolas, equipes pedagógicas e gestão municipal. A conquista reforça o compromisso da educação brejense com a formação de qualidade e valoriza o empenho de todos que fazem parte da rede de ensino.
