A estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na embaixada da Hungria, em fevereiro, após a determinação da apreensão de seu passaporte, deve ser tratada como uma questão de Justiça. Essa é a avaliação de fontes de dentro do Itamaraty ouvidas pelo blog, que apontam que a chancelaria brasileira “não vai dar corda” para não transformar o episódio em uma crise diplomática.
A revelação de que o ex-presidente ficou “refugiado” durante dois dias na embaixada húngara, depois de ter seu passaporte apreendido, foi do jornal “The New York Times”. Segundo investigadores, as circunstâncias serão apuradas pela Polícia Federal. As informações são do blog da Andréia Sadi.
Leia maisApesar da estratégia adotada de não tornar um assunto de Estado, representantes do Ministério de Relações Exteriores e do Palácio do Planalto afirmam que as explicações do embaixador húngaro no Brasil, Miklós Halmai, sobre a permanência do ex-presidente na Embaixada durante duas noites seguidas em fevereiro foram insuficientes.
O governo brasileiro avalia que o embaixador agiu com o aval de Budapeste, uma vez que o presidente húngaro, Victor Orban, trata Bolsonaro como aliado. “Ninguém faz isso à revelia do governo central”, disse um diplomata graduado. A estadia ocorreu entre os dias 12 e 14 de fevereiro – no dia 8 daquele mês, Bolsonaro havia sido alvo de uma operação da Polícia Federal sobre a suposta tentativa de golpe de estado.
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