Coluna da terça-feira

Série governadores: João Lyra Neto

Capítulo 13

Dentre os governadores que cumpriram mandatos-tampões em Pernambuco, João Lyra Neto, que militava no PSB e hoje ganhou plumagem tucana, foi, ao lado de Mendonça Filho (sucessor de Jarbas Vasconcelos), os únicos que cumpriram apenas nove e não onze meses de mandato, como rezava na Constituinte, cuja data de posse dos eleitos foi antecipada de 15 de março para 1 de janeiro. Assumiu no dia 4 de abril de 2014 e governou até 1 de janeiro de 2015, substituindo Eduardo Campos (PSB), que havia renunciado já de olho na corrida ao Palácio do Planalto, sonho interrompido devido ao acidente aéreo que tirou a sua vida, em agosto de 2014.

Um dos gestores mais populares do Estado, Eduardo se despediu do povo pernambucano na tarde de uma sexta-feira ensolarada, passando a faixa de governador para seu vice João Lyra Neto, eleito com ele em 2006 e reeleito em 2010. A cerimônia de transmissão de cargo, aberta ao público, aconteceu na Sede do Governo de Pernambuco, no Palácio do Campo das Princesas. A emoção e a gratidão marcaram a solenidade de posse.

Lyra Neto prestou homenagem a seu pai, João Lyra Filho, eleito por duas vezes prefeito de Caruaru; a seu irmão, o ex-ministro Fernando Lyra; aos militantes do Movimento Democrático Brasileiro (MDB); e para sua filha, a deputada estadual Raquel Lyra, hoje governadora do Estado. Em suas primeiras palavras, fez a promessa de retidão, lealdade e continuador da obra de Eduardo. 

“Vou continuar trabalhando com muito afinco, dedicação e compromisso para que possamos honrar o que foi prometido em 2006, renovado em 2010, e está sendo concretizado com a gestão mais exitosa da história de Pernambuco. Eduardo Campos merece todo o nosso respeito, e vou concluir o mandato com o mesmo entusiasmo, coragem e, acima de tudo, com os mesmos compromissos com o povo pernambucano”, disse Lyra.

Lembrou em seguida que sua história com o ex-governador começou em 1959, com a formalização da Frente Popular do Recife, do ex-governador Miguel Arraes, e da Frente Popular de Caruaru, que tinha à frente João Lyra Filho, seu pai. Para ele, aquele foi o momento que definiu a orientação da nova política pernambucana. “Eduardo foi mais do que um companheiro de trabalho. Nos últimos anos, construímos uma relação de amizade”, afirmou.

Em seu último discurso oficial, bastante emocionado, Eduardo Campos pontuou os avanços sociais e econômicos na sua gestão. Também reafirmou a confiança no seu sucessor. Classificou João como “um amigo”. “Após muita dedicação, realizamos o que parecia impossível. Hoje, deixo o Governo de Pernambuco com a sensação de dever cumprido”, declarou Eduardo, para uma plateia de cerca de quatro mil pessoas.

Ainda durante a solenidade, Eduardo disse que “Pernambuco está em um novo patamar e pronto para o futuro”. “Construímos um Pernambuco com menos desigualdade social e com uma elevada autoestima. Hoje, temos um Estado competitivo e renovado, no ciclo social e econômico”, afirmou, enfatizando que Pernambuco “avançou e vai continuar crescendo” com João Lyra.

A trajetória política de João Lyra Neto teve início em 1988, quando, seguindo os passos do pai, João Lyra Filho, foi eleito prefeito de Caruaru, cargo que voltou a assumir em 1997, para um segundo mandato. Foi vice-líder do governo Miguel Arraes na Assembleia Legislativa durante seu mandato de deputado estadual. Ao lado de Eduardo Campos, foi eleito vice-governador em 2006.

Em 2008, assumiu a Secretaria de Saúde. Comandou o processo de mudança de gestão da pasta, cuidando particularmente da regionalização da Saúde. Também coordenou duas outras áreas, Segurança e Educação.

Área Digital e compromisso com microempresários – Como Carlos Wilson Campos, também personagem desta série, ao chegar ao poder, João Lyra Neto imprimiu um ritmo, adotou um estilo e marcou sua gestão inaugurando obras deixadas por Eduardo e tirando do papel projetos novos, como o desembarque do Porto Digital do Cais para a Mata, Agreste e Sertão. Com tecnologia e criatividade, soube gerar novos empregos e dar oportunidade aos jovens. Criou a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, para assegurar uma política pública para o setor. Sua gestão, apesar de curta, priorizou empreendedores, oportunidade de formação, tecnologia, financiamento e amparo aos que representam 90% das empresas brasileiras e 60% do emprego em todo o Brasil. Foi um visionário. Hoje, o Governo Lula criou um Ministério voltado para o setor.

Mágoa por Eduardo só ter comunicado a escolha de Paulo Câmara no dia do anúncio – Fiel aos princípios e ao modelo de gestão de Eduardo, João Lyra Neto nunca confessou, mas alimentava esperanças de ter sido ungido pelo ex-governador como o seu candidato em 2014, já que estava no exercício do mandato de governador e julgava natural. Mas Eduardo escolheu Paulo Câmara. Numa longa entrevista ao Diário de Pernambuco, ele desabafou: “Nunca me coloquei como pré-candidato. Evidentemente que o vice-governador tem a oportunidade de ser o candidato, e eu estava no cargo de governador. O que achei estranho e não concordei foi a forma como foi feito. Vim saber, pelo próprio Eduardo Campos, no dia do anúncio da candidatura de Paulo Câmara. Como tenho um senso muito forte em relação a fofocas, sempre agi com muita filtragem, nunca disse nada. Mas a forma foi equivocada, de eu vir a saber apenas no dia do anúncio. Se ele fez isso com os outros, eu não sei. Comigo foi o que aconteceu. E eu disse a ele no mesmo dia, aqui no Palácio. Mesmo assim, disse que estaria solidário com a proposta, que a liderança era dele. E nós fomos para a campanha. Ele não disse nada. Tivemos uma convivência de muita cumplicidade, mas da minha parte e da dele de muita independência, porque eu tenho a prevenção e tenho muito cuidado com duas coisas: com o bajulador, que só faz atrapalhar, e com o chantagista, que só faz se beneficiar. Então, tive muito cuidado nessa convivência. Tive algumas divergências dele, claro, mas sempre respeitei, porque ele era o governador. Às vezes, ele decidia por ser o governador, e outras vezes, ele ajustou-se a propostas minhas”.

“Não pedimos para sair, fomos expulsos do PSB” – João Lyra teve muitos desencontros no PSB, partido que esteve filiado depois de militar no PDT por muito tempo. Foi uma relação entre tapas e beijos. O ápice da crise de relacionamento se deu quando Raquel Lyra, sua filha e atual governadora do Estado, não teve o direito de disputar a Prefeitura de Caruaru em 2016. Numa entrevista ao jornalista João Alberto, disse que não pediu para sair do PSB. “Nós não optamos pela saída. Fomos expulsos do PSB. Essa é a realidade. Não recebi um telefonema de ninguém. Eles decidiram, em novembro, nomear Raquel presidente da Comissão Provisória do PSB. Eu imaginava que aquilo estava decidido e faltando três dias para o final do prazo legal, comunicaram a Raquel que ela não seria mais a candidata a prefeita. E ela havia recebido a Comissão Provisória de Caruaru dizendo que seria pré-candidata à Prefeitura. Eu acho que foi um grande equívoco e, acima de tudo, uma falta de respeito conosco, a decisão do PSB. Mas a gente tem que fazer política e nossa vida tem que ser feita com gestos de grandeza. Acho que a grande perplexidade deles foi que imaginavam que nós não teríamos alternativas, mas nós tivemos. Apesar do tumulto em Brasília, eu quero ressaltar a cordialidade e a solidariedade do presidente Aécio Neves do PSDB e de toda a comissão executiva de Pernambuco, liderada pelo deputado Antônio Moraes e todos os seus membros, na imensa solidariedade que nós recebemos. Nós temos uma história. Essa história não começou comigo nem com Raquel, essa história tem mais de 50 anos. E a história tem que ser respeitada. E de uma hora você ser afastado sem nem saber o porquê”.

Balanço de oito anos e não nove meses – Por ter governado o Estado por um período muito curto, João, embora tenha criado um estilo, diz que não pode fazer uma avaliação de apenas nove meses, mas de oito anos. “Fiz um governo de complementação, nascido de um planejamento feito em 2006 e em 2010. Quando assumi, entretanto, enfrentei muitas dificuldades: cumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal diante de uma redução absurda de receita”, disse Lyra, numa entrevista ao JC, acrescentando: “Não posso analisar nove meses. É preciso avaliar oito anos. Eu não só afirmei como pratiquei que não tinha governo João Lyra, mas uma continuidade de Eduardo Campos. Encerramos um ciclo de oito anos. Cumprimos todas as metas a que nos comprometemos. Houve uma decisão política do governador Eduardo Campos em fazer um planejamento estratégico em todas as áreas, inclusive na área de desenvolvimento econômico. Teve uma participação muito forte da União com o presidente Lula nos investimentos, especialmente em Suape. E com o crescimento do Nordeste, do mercado consumidor do Nordeste, e Pernambuco tendo uma posição estratégica, faltavam investimentos e estabelecermos uma política de logística para que Pernambuco voltasse a ser o centro abastecedor do Nordeste. E Suape foi instrumento para isso, trouxe grandes empresas que fizeram o Estado ter um crescimento do PIB acima da média”.

Mudança na gestão da saúde e criação da UPAS – Entre 2008 e 2010, João Lyra Neto acumulou a função de vice-governador com a de secretário de Saúde no primeiro mandato de Eduardo Campos, substituindo Jorge Gomes, conterrâneo de Caruaru, que havia sido vice-governador de Miguel Arraes. Em 17 meses de gestão, Gomes se dedicou à reestruturação das emergências e ao fortalecimento da atenção básica, com incentivos para os municípios investirem nos PSFs. No período, reabriu o Hospital Regional de Nazaré da Mata (fechado há 5 anos), credenciou o Procape ao SUS, reergueu o Hospital do Câncer (imerso em uma grande crise em 2007) e obteve junto ao Ministério da Saúde expressivo aumento no custeio da saúde pública em Pernambuco. O Programa Mãe Coruja, maior projeto do Governo para reduzir a mortalidade materna e infantil no Estado, foi implantado por ele em duas grandes regiões – o Araripe e o Moxotó. Na sua passagem pela pasta, João Lya fez a mudança no modelo de gestão dos hospitais, com a chegada das primeiras Unidades de Pronto Atendimento – as Upas – no Recife e Região Metropolitana. Depois, foram criadas as UPAEs pelo Estado inteiro, modelo bem-sucedido em outros Estados e que virou o maior investimento da história de Pernambuco em assistência de média complexidade.

CURTAS

CORAÇÃO DOS LYRA PULSA EM CARUARU – A família Lyra protagoniza a política de Caruaru há décadas, tendo acumulado seis mandatos na Prefeitura. Como a filha Raquel, João Lyra Neto foi prefeito da Capital do Agreste, tendo conquistado seu primeiro mandato em 1988, ainda pelo PMDB, e voltando a ser eleito em 1996, desta vez pelo PSB. Antes dele, seu pai, João Lyra Filho, também governou a cidade em duas ocasiões (1959-63 e de 1973-76), primeiro pelo partido da ditadura (UDN) e depois pela oposição autorizada (MDB). Com uma população de 378 mil habitantes, Caruaru é o 6º maior PIB e o 8º IDH do Estado. Apenas 6% da população economicamente ativa vive da agricultura e pecuária. A cidade se destaca por ser um polo industrial e comercial do ramo têxtil.

MUNDO EMPRESARIAL E A FAMÍLIA – Formado em Direito, João Lyra Neto ingressou na militância na década de 60 com o movimento estudantil, quando estudava na Faculdade de Direito do Recife. Voltou a Caruaru logo depois de formado para ajudar a administrar os negócios da família, no setor de transportes. Na década de 1970, em plena ditadura militar, lutou junto com os mais importantes líderes políticos pela resistência democrática durante todo o período do regime militar. Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), chegou a ser presidente do partido em Caruaru. No início dos anos 80, começou a participar ativamente de campanhas políticas e fez parte da Coordenação Estadual pela retomada das “Diretas Já” no País. Com Mércia Lyra, sua primeira esposa, teve três filhas: Raquel, governadora do Estado, Nara, empresária, e Paula, médica. É casado há 26 anos com a dentista Leila Queiroz, de Arcoverde, mãe de dois homens, do primeiro casamento.

AMANHÃ TEM CID SAMPAIO – A série prossegue amanhã trazendo o perfil do governador Cid Sampaio, eleito em 1958. Também foi deputado federal, usineiro e industrial.

Perguntar não ofende: Por que, com apenas um ano e três, na gestão de Lula já houve mais invasões de terra pelo MST do que em todo o Governo Bolsonaro?

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Congresso já fez a sua parte 

Em tempo recorde, o Congresso fez a sua parte, aprovando e sancionando o Projeto de Decreto Legislativo que reconhece o estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro. O texto autoriza o Governo a excluir da meta fiscal as despesas realizadas via meio de crédito extraordinário para atender o povo gaúcho.

A bola agora é com o Executivo, com o presidente Lula, que ainda não decidiu o valor da ajuda federal que chegará ao Rio Grande do Sul. Tanto Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, quanto Arthur Lira, presidente da Câmara, pautaram a urgência da matéria pouco antes de votar o mérito, que foi aprovado de forma simbólica (sem contagem nominal dos votos) nas duas Casas.

Na prática, só os recursos destinados exclusivamente ao Rio Grande do Sul não serão computados no cumprimento da meta fiscal estabelecida pelo Ministério da Fazenda. Assim, o Executivo e o Legislativo não ficam à mercê da regra de controle de gastos para ajudar a população. Entretanto, o valor do auxílio não foi especificado pelo governo.

A expectativa é de que agora, depois de o Congresso fazer a sua parte, o Executivo apresente uma MP (medida provisória) com detalhes sobre as despesas. O presidente Lula (PT) anunciou o projeto em reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, com os presidentes da Câmara e do Senado.

O petista afirmou que o texto será o primeiro de um grande número de atos que serão feitos para auxiliar o Rio Grande do Sul por conta das fortes chuvas que acometeram a região e deixaram 95 mortes, até o momento. A velocidade que o Congresso andou é muito louvável. O que se espera do Governo, a partir de agora, é que aja na mesma velocidade, porque o Rio Grande do Sul tem que passar por uma operação de guerra para ser restaurado. As imagens mostram uma tragédia que deixou o Estado completamente destruído.

Prejuízos acima de R$ 4 bi – Os municípios do Rio Grande do Sul já somam mais de R$ 4,6 bilhões em prejuízos por conta das fortes chuvas que atingem a região desde o dia 28 de abril. Os dados são do balanço divulgado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios). O levantamento foi feito com 388 cidades afetadas. Segundo o presidente da instituição, Paulo Ziulkoski, os gastos foram informados pelos próprios gestores municipais e representam uma parcial dos prejuízos e estão em atualização a todo momento. Do total, R$ 465,8 milhões são danos no setor público e R$ 756,5 milhões, no privado.

Foco nos abrigos – O ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, entende que os abrigos onde está a população atingida pelas chuvas serão o foco do governo federal no Rio Grande do Sul nos próximos dias. Segundo ele, a situação nos locais “tende a se estender”, porque o volume do rio Guaíba deve demorar cerca de 10 dias para baixar. “O que fazer com 50.000 pessoas em abrigos na Região Metropolitana [de Porto Alegre]? Três refeições por dia, são 150 mil refeições por dia, água, lixo, material de higiene, descarte de toda essa estrutura”, declarou o ministro.

Situação dramática – De acordo com Pimenta, parte dos abrigos não tem banheiro e nem água potável. O ministro da Secom disse que os helicópteros e a estrutura que estão sendo usados no resgate de pessoas desaparecidas terão “outra utilidade”, que será a de chegar nas cidades com suprimentos. No entanto, o ministro afirmou que ainda há cidadãos a serem resgatados. As pessoas afetadas pelas chuvas não têm como sair da região. A chuva destruiu estradas e, além disso, o aeroporto de Porto Alegre suspendeu os voos por tempo indeterminado.

Remanejamento de emendas – O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) revela que o governo federal vai abrir uma janela para que deputados e senadores possam remanejar parte de suas emendas individuais para ações emergenciais em municípios do Rio Grande do Sul atingidos por enchentes nos últimos dias. De acordo com o ministro, a bancada gaúcha sozinha tem como remanejar R$ 448 milhões que foram alocados em ações como compra de equipamentos ou estruturas de obras que levam tempo para serem executadas. Os recursos poderão agora ser destinados para ações de defesa civil, saúde e assistência social.

Dívida gaúcha rolada – O ministro Alexandre Padilha garante ainda que o governo trabalha com uma proposta para renegociar a dívida do Rio Grande do Sul com a União. A dívida do Estado é de R$ 92,8 bilhões até 2023, segundo dados da Secretaria da Fazenda gaúcha. O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB-RS), já havia solicitado a suspensão do pagamento da parcela mensal da dívida do Estado com a União pelo período que durar a reconstrução dos danos causados pelas chuvas no Estado. A medida liberaria R$ 3,5 bilhões do caixa gaúcho, segundo estimativa estadual.

CURTAS

ROUBOS – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), informou, ontem, que irá adotar medidas para garantir a segurança da população e conter saques em alojamentos e roubos. Leite pediu ao Ministério da Justiça mais homens da Força Nacional e acionou governadores dos demais Estados do Sul para envio de efetivos policiais.

ATÉ OS CLUBES – Ao menos 8 dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro disponibilizaram suas instalações – estádios, centros de treinos e lojas oficiais – para arrecadar doações para a população do Rio Grande do Sul. Outros disponibilizaram chaves Pix do governo gaúcho ou criaram contas próprias, a exemplo do Atlético Mineiro. De acordo com o Galo, o 1º depósito foi feito pelo próprio time.

APPLE AJUDA – O CEO da Apple, Tim Cook, disse que a empresa vai ajudar o Rio Grande do Sul. Em publicação no X (antigo Twitter), Cook declarou que a big tech “fará doações para esforços de socorro locais”, mas não especificou em que constituem essas doações.  “Nossos corações estão com as pessoas afetadas pelas enchentes devastadoras e trágicas no Brasil”, escreveu.

Perguntar não ofende: Quanto o Governo Lula vai mandar para ajudar o Rio Grande do Sul?

Paulista - No ZAP

Jaboatão dos Guararapes teve projetos importantes selecionados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, que totalizam R$ 214,7 milhões em investimentos no município. Os setores a serem beneficiados são os de renovação de frota do Sistema Complementar de Transporte, obras de contenção em encostas, urbanização e regularização fundiária.

O anúncio foi feito no Palácio do Planalto, em Brasília, hoje, pelo presidente Lula e os ministros das Cidades, Jader Filho, e da Casa Civil, Rui Costa. O prefeito Mano Medeiros participou da solenidade.

Um dos projetos é a renovação de toda a frota de 286 micro-ônibus do Sistema de Transporte Complementar, medida essencial para o processo de implantação da bilhetagem eletrônica, que está em andamento. Estão previstos R$ 140 milhões em financiamento, via Caixa Econômica Federal (CEF), para os permissionários adquirirem novos veículos, dentro dos padrões previstos para uso da bilhetagem.

“Submetemos R$ 448,7 milhões em projetos ao novo PAC e fico muito feliz que diversas das nossas propostas tenham sido selecionadas. São questões sociais de extrema importância para o município do Jaboatão, que vão proporcionar maior segurança, qualidade de vida e dignidade aos jaboatonenses”, comemorou Mano Medeiros.

Petrolina - Melhor cidade para viver 2024

Diante do caos instaurado no Rio Grande do Sul, por conta da grande enchente que atinge o Estado, o deputado federal Coronel Meira (PL/PE), buscando facilitar a ajuda e o socorro aos cidadãos atingidos, apresentou um Projeto de Lei que considera crime, a criação de obstáculo ou embaraço fiscal, sanitário, ambiental ou administrativo; o impedimento ou dificuldade ao serviço de combate ao perigo, de socorro ou salvamento e a entrega de donativos; ou ainda, o resgate às vítimas, durante a vigência de estado de calamidade pública.

A tragédia climática que afeta o Estado Gaúcho já conta com grande número de mortos e desaparecidos, além de milhares de desabrigados e desalojados, somando prejuízos ambientais e destruição ao patrimônio e despertando na população, um momento de solidariedade e mobilização, para levar ajuda às vítimas.

“O que estamos vendo, no entanto, é uma série de casos em que voluntários, proprietários de barcos ou jet skis, na tentativa de entregar suprimentos ou oferecer o resgate às vítimas das enchentes, acabam sendo impedidos ou cobrados de autorização, documentação ou habilitação para transitar com os veículos. Caminhões com donativos sendo barrados nas entradas sob a exigência de nota fiscal ou por ultrapassarem o peso na balança rodoviária, até o fornecimento de medicamentos estão sofrendo dificuldades e embaraços para chegar a quem precisa”, completou o parlamentar.

O Projeto visa alterar o de Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal impondo uma pena de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa. “A decretação de calamidade pública acarreta diversos efeitos fiscais, tributários, financeiros e administrativos, tais como dispensa de licitação, antecipação de benefícios da previdência social, renegociação de dívidas rurais, entre outros. Nesse sentido, considerando a situação extraordinária, não é justo que sejam criados embaraços burocráticos que impeçam ou dificultem o atendimento às vítimas durante esse período”, concluiu Meira.

Ipojuca - Minha rua top

Reunindo uma série de temáticas envolvendo as nuances da legislação eleitoral, o Instituto dos Advogados de Pernambuco (IAP) lançou a segunda edição do Livro Estudos de Direito Eleitoral e Político. A obra, que foi coordenada pelos advogados Renato Hayashi, Pietro Duarte e Orlando Morais Neto, é uma coletânea de artigos de diversos especialistas da área. O lançamento foi realizado na sede do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

O volume tem prefácio do desembargador Adalberto de Oliveira Melo, presidente do TRE-PE.  Dentre os autores da obra estão os especialistas em Direito Eleitoral Diana Câmara, Walber Agra, Emanoel Messias, Felipe Moraes e Rosa Maria Freitas. O lançamento contou com a presença da presidente da OAB/PE em exercício, Ingrid Zanella, e o presidente do IAP, Gustavo Ventura.

Caruaru - Geracao de emprego

Por Edward Pena – repórter do Blog

Um grupo de professores e alunos da rede pública estadual protestou, hoje, no Recife, em repúdio a um suposto abandono das unidades de ensino. Em ato que ocorreu em frente da Escola Arthur da Costa e Silva, na Mustardinha, docentes e discentes elencaram como os principais problemas naquele local a ausência de climatização nas salas, infiltrações, presença de mofo, deficiências no abastecimento de água e acúmulo de lixo em frente ao colégio.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintepe), a unidade da Mustardinha é apenas um exemplo da situação que engloba toda rede. As condições das escolas e a valorização dos professores serão pautas de um novo ato, que ocorrerá amanhã, às 9h, em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Camaragibe Agora é Led
Belo Jardim - Vivenciando Histórias
Vitória Reconstrução da Praça

Por Edward Pena – repórter do Blog

A produção de cerveja na cidade de Viamão, Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, será suspensa e dará vez a uma operação emergencial de envasamento de água potável para ser doada às vítimas das chuvas no estado. De acordo com a Ambev, cerca de 850 mil latas, cada uma com 473 ml, serão produzidas diariamente na cervejaria.

“A companhia precisou levar de São Paulo alguns maquinários para viabilizar a adaptação de sua fábrica”, disse a empresa, em nota. Mais de 560 mil de litros de água, sendo 185 mil litros para a população de 11 municípios afetados e 375 mil em caminhões-pipa para suprir a necessidade de água de hospitais da grande Porto Alegre, já foram doados pela companhia.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou, hoje, o resultado de cinco modalidades do Novo PAC Seleções, dos eixos ‘Água para Todos’ e ‘Cidades Sustentáveis e Resilientes’. Palmares, na Zona da Mata Sul, foi um dos municípios pernambucanos contemplados.

As cinco modalidades são executadas pelos Ministério das Cidades e somam R$ 18,3 bilhões em investimentos. Estados e municípios tiveram participação ativa no Novo PAC Seleções, inscrevendo propostas em todas as modalidades. No total, 532 municípios foram contemplados, dos 26 estados e Distrito Federal, beneficiando a população com estruturas e equipamentos que ampliam os direitos.

Em visita a Expoagro Agreste, em Garanhuns, hoje, o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou os instrumentos da Autarquia para a agropecuária e o agronegócio. Tanto os fundos regionais como os incentivos fiscais podem ser acessados por esses setores produtivos.

O FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) e o FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste) têm taxas de juros diferenciadas nas linhas de crédito para e oferecem vantagens para empreendedores instalados nas áreas prioritárias, como o semiárido. O primeiro atende agricultores familiares, cooperativas e associações rurais, agroindústrias e indústrias, todos dos mais variados portes. E os recursos podem ser usados para aquisição de equipamentos, capital de giro, projetos de irrigação, construção, ampliação de benfeitorias, por exemplo.

Já o FDNE é indicado para agroindústrias e empreendimentos rurais de médio e grande porte. “O agro é uma grande oportunidade para o fortalecimento da economia da nossa área de atuação e é importante que a gente se aproxime do setor para divulgar nossos mecanismos de financiamento e de incentivos”, afirmou Danilo Cabral na abertura do evento.

Os benefícios fiscais da Sudene permitem a atração de investimentos para a região. Eles são calculados com base no Imposto de Renda Pessoa Jurídica, em duas modalidades: redução de 75% do IRPJ e reinvestimento de 30% do IRPJ. Os recursos devem ser utilizados para lançar um novo empreendimento, modernizar sua empresa, permitir uma ampliação ou diversificar uma nova linha de produtos.

A Expoagro Agreste teve início hoje (8) e segue até o próximo domingo. Reúne representantes do setor agropecuário de Pernambuco, com expositores de várias regiões do estado e também de Alagoas. A região de Garanhuns tem cerca de 3,5 milhões de habitantes, 101 mil produtores rurais distribuídos em 50 municípios, e um PIB agrícola de R$ 3,2 bilhões, com destaque para a produção leiteira e a avicultura.

EXCLUSIVO

Um passarinho me contou que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), almoçou em Brasília com o deputado Mendonça Filho (UB) e o presidente nacional da legenda, Antônio Rueda, para traçar um filé à parmegiana e acertar os ponteiros sobre as eleições municipais.

João Campos fez questão de pagar a conta. Ao final da degustação, os três disseram a uma só voz. “Tamos juntos”. Mas ainda não têm data para anunciar o pacto municipal.

O prefeito do Paulista, Yves Ribeiro (PT), foi recebido, hoje, em Brasília, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  O encontro ocorreu durante o evento de lançamento do Novo PAC – Seleções, do Ministério das Cidades.

A reunião do gestor municipal com Lula foi viabilizada com o apoio dos senadores petistas Humberto Costa e Teresa Leitão. A cidade do Paulista foi contemplada pelo PAC na área de proteção de encostas.