Senador afirma que PEC que limita decisões individuais do STF reequilibra os Poderes

Do Congresso em Foco

Com votação marcada para a próxima terça-feira (21), a PEC que limita os poderes do Supremo Tribunal Federal conta com um clima favorável no Senado. O autor da proposta, senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), afirmou ao Congresso em Foco que a expectativa é de aprovação do texto.

Como é uma proposta de Emenda à Constituição, são necessários 49 votos para a aprovação do texto. Depois da votação em primeiro turno, será necessário mais uma apreciação após outras três sessões de discussão. Oriovisto já sinalizou que vai pedir aos senadores que suspendam a exigência do prazo regimental para que a PEC seja votada em segundo turno ainda na terça.

A PEC proíbe qualquer ministro do STF de tomar decisões monocráticas (ou seja, sozinho) para suspender leis com efeitos gerais. As decisões monocráticas também não poderão ser emitidas para suspender atos de chefes de Poderes, ou seja, dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da República, Lula (PT)

Oriovisto apresentou a proposta ainda em abril de 2021. No entanto, o texto só começou a andar no Senado em agosto deste ano, em um contexto de tensão entre o Congresso e a Suprema Corte, com congressistas indicando que os ministros estariam invadindo prerrogativas legislativas.

O senador, que também é líder do Podemos, nega que a PEC seja parte de qualquer “guerrinha” com o STF. Para ele, a questão é o equilíbrio entre os Três Poderes: o Legislativo, o Judiciário e o Executivo.

“A PEC restaura o equilíbrio entre os Poderes e aumenta a nossa segurança jurídica”, afirma Oriovisto. “Nós não estamos subtraindo o poder do Supremo Tribunal Federal. O que nós estamos fazendo é regulamentando o uso desse poder, que não pode ser de um indivíduo, mas tem que ser do colegiado”.

O senador afirma que a proposta de limitar situações em que decisões monocráticas podem ser feitas por ministros é uma forma de aprimorar a democracia. “Eu sou democrata. A democracia é feita de três Poderes que têm freios e contrapesos. Quando um Poder pode mais do que os outros, aí não é mais democracia, aí o nome é outro, aí vira ditadura”, disse.

Oriovisto cita um exemplo no qual a vontade de um ministro se sobrepôs ao Legislativo, em sua avaliação. Em março de 2023, o então ministro Ricardo Lewandowski suspendeu trechos da Lei das Estatais para permitir nomeações de políticos em cargos de direção de estatais.

A decisão monocrática que alterou uma lei aprovada no Congresso e sancionada pelo Executivo não foi avaliada pelo colegiado da Suprema Corte até o momento. O texto ficou parado por pedidos de vista (mais tempo de análise) desde abril e só foi liberado para julgamento em agosto, mas ainda não foi pautado.

A PEC de Oriovisto também coloca prazos para pedidos de vista no Poder Judiciário. Pelo texto, os pedidos precisariam ser coletivos e com um limite de 6 meses. Esse prazo poderia ser prorrogado por mais 3 meses em casos em que houver divergências entre os ministros.

Para o senador, um ministro sozinho não pode indicar que uma lei ou trecho de uma legislação é inconstitucional. Oriovisto afirma que a análise de constitucionalidade é direito da Suprema Corte, pela Constituição brasileira, mas que essa decisão deve ser tomada em colegiado, com os 11 ministros, e não por somente uma pessoa.

Tensão entre Senado e STF

A PEC de Oriovisto avançou durante um momento em que a relação de Pacheco com o STF estremeceu depois de o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, ter feito uma fala sobre o bolsonarismo.

Em julho deste ano, durante encontro da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Brasília, Barroso disse: “Derrotamos o bolsonarismo“. Após a repercussão do episódio, o ministro se desculpou. Pacheco divulgou nota na época, condenando a fala do magistrado e cobrando retratação, o que ocorreu.

No entanto, o dano já estava feito. Pacheco demonstrou a aliados um incômodo pelo que foi visto como uma falta de cuidado da Corte para diminuir a tensão com o Congresso.

Depois disso, julgamentos do STF também colaboraram para tensionar a relação do Senado com os ministros. O caso da descriminalização do porte de drogas teve ação direta de Pacheco, que apresentou uma PEC no sentido contrário no qual a Corte estava caminhando.

“Não é bom que o Congresso invada competência do Judiciário ou do Executivo e nem é bom que o Executivo ou que o Judiciário invadam a competência do Congresso. É preciso ter limites para todos”, disse Oriovisto.

Para o líder partidário no Senado, a tensão vai ser resolvida “fundamentalmente” com diálogo. Segundo ele, Pacheco já está realizando conversas nesse sentido e não haveria a necessidade de novas leis ou projetos nesse sentido.

Momento inoportuno

Embora o governo não tenha adotado uma posição oficial sobre o assunto, algumas lideranças governistas já se manifestaram contrariamente à votação da PEC. Líder do governo no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues disse ao Congresso em Foco que é contrário a qualquer iniciativa que tenha como objetivo retirar poderes do Supremo Tribunal Federal.

Segundo ele, algumas das discussões em andamento no Senado sobre o assunto são meritórias, mas não deveriam ser tratadas neste momento, enquanto o Judiciário ainda está sob ataque da extrema-direita por ter sido fiador da democracia nos últimos anos.

Para Randolfe, as ameaças à democracia ainda não foram estancadas, em que pese Jair Bolsonaro ter sido derrotado nas urnas e ter se tornado inelegível. “O processo de confronto com o fascismo é um processo social-histórico. Não se encerra em uma eleição, não se encerra num momento, se encerra ao fim de um ciclo histórico. Nós ainda temos um ciclo histórico para concluir”, diz o senador.

Veja outras postagens

No texto “Ingratidão, a marca de Raquel”, postado na última segunda-feira, cometi um equívoco em relação ao processo de escolha do advogado Armando Monteiro Bisneto para Suape. Em nenhum momento, seu pai, o ex-senador Armando Monteiro Neto, se envolveu no processo.

Também não indicou. Foi uma escolha pessoal da governadora, que, aliás, acertou em cheio. Conheço Bisneto há muito tempo. É um jovem advogado preparado, capacitado, experiente e articulado no plano nacional. Tem tudo para dar certo.

Quanto à postura do pai, não me surpreende. Acompanho sua trajetória desde quando chegou em Brasília. Aqui, foi deputado federal, senador, ministro e presidente da Confederação Nacional da Indústria, a poderosa CNI. É um político de elevado espírito público, teve papel extremamente importante na eleição de Raquel, mas nunca pleiteou cargos, mantendo-se fora da área pública por opção.

Dulino Sistema de ensino

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou, hoje, para análise da Procuradoria-Geral da República, um pedido de concessão de prisão domiciliar apresentado pela defesa do ex-presidente Fernando Collor.

Collor está preso desde a última sexta-feira (25) por decisão de Moraes, que foi confirmada pela maioria do STF na segunda-feira (28). O ex-presidente foi condenado, em 2023, a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em um processo sobre desvios na BR Distribuidora derivado da operação Lava Jato.

A defesa de Collor pediu ao STF que a pena seja cumprida em casa. Os advogados alegam que Collor tem comorbidades graves e idade avançada: 75 anos. Como é de praxe, pedidos como esse são encaminhados à PGR para que o órgão opine sobre a possibilidade de concessão de prisão domiciliar humanitária. O prazo para a manifestação é de 5 dias.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

O Globo

A federação entre União Brasil e PP foi lançada, ontem, com acenos a um projeto de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sinalizações em direção ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Juntos, os dois partidos têm quatro ministérios. O evento contou com a participação do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e do líder do partido de Bolsonaro na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Ao chegar na cerimônia que marcou o anúncio da federação, ACM Neto, vice-presidente do União Brasil, elogiou o ex-presidente. “Bolsonaro é um personagem político com um tamanho e densidade eleitoral inegável no campo da direita. Ninguém pode querer construir um projeto de enfrentamento ao PT sério, competitivo e vitorioso sem considerar isso. Tem que considerar o peso e o tamanho de Bolsonaro, é preciso dialogar”, disse.

Além disso, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que tenta se viabilizar como candidato a presidente de oposição ao PT, fez um discurso no palco do evento em que citou diretamente a disputa eleitoral. “É isso que precisamos nesse momento, da classe política entender o recado que deve ser dado. Hoje nessa federação dos dois grandes partidos, que transferem a todos nós a responsabilidade sobre nossos ombros de sabermos ganhar o processo eleitoral de 2026. Esse é o desafio, estamos aqui construindo um novo rumo para o país”, afirmou.

A federação será inicialmente presidida de forma conjunta pelos presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antônio Rueda. Os dois são próximos do bolsonarismo e tentam construir com o ex-presidente um acordo para 2026. Um dos nomes que poderia representar o campo da direita na disputa é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O evento também contou a participação de representantes das alas governistas dos dois partidos, como os ministros André Fufuca (Esporte), do PP, e Celso Sabino (Turismo), do União Brasil, que não discursaram.

Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também estiveram no evento. Após o Republicanos recusar fazer parte da federação, Hugo Motta fez um aceno aos dois partidos.

“Enquanto presidente da Câmara fico feliz não só de estar aqui presente, mas no que eu puder colaborar para que a federação possa se fortalecer, nós estamos prontos para isso. Nosso partido, o Republicanos, é parceiro, também se coloca, como o Progressistas e o União Brasil, como um partido de centro-direita. Temos toda uma afinidade, temos toda a condição de seguir trabalhando juntos em favor do país”, disse.

Já Alcolumbre mencionou as dificuldades internas nos dois partidos, mas minimizou os atritos. “Muitas vezes somos chamados a decidir por um lado ou por outro lado, mas o caminho do equilíbrio, da ponderação, do diálogo, do entendimento é o que faz um país do tamanho do Brasil seguir em frente. Com tantas dificuldades, peculiaridades, problemas e visando o bem comum sai hoje a federação Progressistas e União Brasil”, concluiu.

Ipojuca - IPTU 2025 - Vencimento 30 Abril

O presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Ricardo Paes Barreto, foi homenageado com o 2º Prêmio Qualidade Nordeste Orgulho de Pernambuco, na categoria Destaque do Poder Judiciário.

A homenagem foi feita, na última segunda-feira, pela Academia Brasileira de Ciências Criminais (ABCCRIM). O presidente nacional da entidade, professor Cristiano Carrilho, esteve no Gabinete da Presidência do TJPE para entregar a placa ao desembargador.

Carrilho veio acompanhado da presidente do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura do Estado, Ana de Fátima Braga Barbosa. As homenagens foram conferidas a pessoas e instituições que apoiam as metas da Agenda 2030 da ONU.

Caruaru - São João na Roça

Jornal do Commercio

Na Ilha de Itamaracá, município do Litoral Norte de Pernambuco, a esperança da população é de que o lugar que já foi um cartão-postal no estado volte a receber atenção do poder público e de empresários locais. Após 51 anos de funcionamento, a Penitenciária Professor Barreto Campelo, que impactou o turismo na região e a vida da população, foi desativada. Apesar da saída do equipamento, o município ainda tem a Penitenciária Agroindustrial São João, que funciona com o regime semiaberto.

Além das belezas naturais, o município também guarda a história do estado, com equipamentos como o Engenho São João. Lá, em 12 de dezembro de 1835, nasceu o Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira, que foi ministro do Império e um dos redatores da Lei Áurea.

Apesar de ser tombado como patrimônio histórico de Pernambuco desde 1983, o casarão onde o abolicionista viveu seus primeiros dias está em ruínas. Sem uso ou conservação, o equipamento apresenta as marcas do tempo e, mais ainda, do abandono.

O imóvel, que deveria ser preservado pelo Governo de Pernambuco, não pode ser destruído ou descaracterizado por causa do tombamento. Porém, o casarão que um dia teve elementos arquitetônicos marcantes está destelhado, com rachaduras nas paredes, sem janelas e tomado pelo mato.

A placa que daria as boas-vindas aos visitantes está apagada, quebrada e enferrujada. A fachada da casa grande é quase inexistente e o piso original é revelado em alguns pedaços quebrados.

As últimas intervenções realizadas pela gestão estadual foram medidas emergenciais de contenção da degradação do bem: em 2007, a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) realizou a obra de restauro da coberta da moita e, no ano seguinte, a estabilização das paredes da Casa Grande.

Em 2012, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) colaborou com a elaboração do projeto para a implantação do Centro de Referência Cultural e Ecológico do Engenho São João, contratado pelo extinto Prodetur, programa do Ministério do Turismo. O projeto ainda não saiu do papel.

Para Ricardo Cabral, 70 anos, advogado e morador de Itamaracá, o engenho representa “a história do Brasil e de Itamaracá, que estava destruída e esquecida”. Por meio de ação civil pública, pediu ao Governo do Estado a reconstrução da casa grande para que o equipamento passasse a ter uso voltado para o turismo.

“Nós estamos resgatando a história do Brasil feita em nosso município e estamos com abertura voluntária do Governo do Estado”, contou o advogado.

Em um dos documentos, Cabral, representando o município da Ilha de Itamaracá, solicita a desativação das três unidades prisionais – a Penitenciária Agro-Industrial São João, a Penitenciária Professor Barreto Campelo e o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico –, alegando “imensuráveis prejuízos que causavam ao meio ambiente, ao turismo, ao patrimônio histórico e paisagístico e à segurança dos ilhéus e pessoas que frequentam as bucólicas praias da Ilha de Itamaracá”. Além da Penitenciária Barreto Campelo, o Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico também já foi desativado.

Guia turístico e nativo de Itamaracá, Júlio Fernando, de 38 anos, destacou que a desativação da penitenciária e as obras de infraestrutura no entorno, como a reconstrução da ponte de acesso à Vila Velha, da PE-001 e da PE-035, já deram bons sinais para o setor. “Estamos todos esperançosos. A especulação já é muito positiva, a gente vê empresários querendo vir pra Itamaracá”, contou.

Para ele, o próximo passo é revitalizar o Engenho São João. “Há um tempo, eu conseguia trazer gente para cá, mas não consigo mais. Muita gente fica receosa de vir por causa da penitenciária e do regime semiaberto”, relatou. Junto a Ricardo Cabral, o guia turístico também pesquisa a história do abolicionista João Alfredo e luta pela revitalização do equipamento estadual.

O que diz o Governo de Pernambuco

Em nota, o Governo do Estado de Pernambuco esclareceu que tem promovido discussões para viabilizar o uso do prédio e iniciar a restauração com adequações direcionadas para o uso definitivo. A gestão não apresentou nenhuma proposta para o espaço.

Camaragibe - Cidade trabalho 100 dias

A deputada federal Marussa Boldrin (MDB-GO) disse, em entrevista à TV Anhanguera, que chegou a ser enforcada e jogada no chão pelo ex-marido, o advogado Sinomar Vaz de Oliveira Júnior. Segundo ela, as agressões ocorreram várias vezes. “Ele me bateu muito. Ele me bateu com tapa, com soco na cara, enforcando meu pescoço. Me jogou no chão por várias vezes”, afirmou Marussa.

Em nota, a defesa de Sinomar Vaz declarou que as questões do divórcio estão sendo tratadas pela Justiça e que ele acredita que as redes sociais não são o “meio adequado para tratar de questões familiares tão sensíveis”. A OAB afirmou que o caso não teve vínculo com o exercício da advocacia, mas que permanece à disposição para analisar os fatos.

A deputada tornou a denúncia pública ao postar uma carta aberta sobre o caso nas redes sociais, na segunda-feira (28). Na publicação, ela escreveu que decidiu denunciar o marido após ser agredida novamente, com ainda mais intensidade, quando resolveu dar fim ao relacionamento. “Tive coragem de procurar a delegacia, de fazer o boletim de ocorrência e o corpo de delito e pedir uma medida protetiva. Porque não cabe amor onde existe violência”, escreveu na carta.

Marussa também disse que tinha medo até de dormir de costas para o ex-companheiro. Segundo ela, Sinomar chegou a ameaçá-la dizendo que pegaria uma arma que guardava no carro. Sobre a motivação das agressões, Marussa contou que acredita se tratar de um “ciúme profissional”.

“Não era só o fato assim: ‘Minha mulher está com outra pessoa’, [mas ele] tinha ciúme de uma reunião, de eu estar com pessoas fortes politicamente e não era ele que estava lá”, destacou.

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025 prorrogado

O Sextou desta semana abre a sua cortina para a música regional de qualidade: a Banda de Pau Corda. Sérgio Andrade, vocalista e um dos criadores do grupo, vai fundo na sensacional história da banda, da qual é um dos seus principais precursores. O grupo teve seu start no Recife em 1973, com o clássico ‘Vivência’. Marcou uma certa temporalidade pernambucana na historiografia da música brasileira junto com nomes como Quinteto Violado, Alceu Valença e Geraldo Azevedo.

Atualmente, toda a discografia do grupo está disponível nas plataformas digitais pela Sony, que tem os direitos do acervo da RCA Victor, antiga gravadora da banda.

O Sextou vai ao ar na próxima sexta-feira, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por 48 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir o Sextou pela internet, clique no link do Frente a Frente no alto da página deste blog ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Toritama - FJT 2025

Os deputados federais Gilvan da Federal (PL-ES) e Lindbergh Faria (PT-RJ) causaram tumulto durante audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, que ouviu, ontem, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

A confusão começou depois que o deputado Lindbergh chamou o parlamentar bolsonarista de “desqualificado”. Gilvan da Federal se exaltou após a fala de Lindbergh e partiu para cima do petista, que também se levantou e partiu em direção a parlamentar do PL.

Foi necessária a intervenção de outros colegas para conter os dois deputados, que com dedo em riste trocaram acusações: “bandido”, “ladrão” e “baixe sua bola” foram algumas das palavras ditas pelos dois. A reunião na comissão foi convocada para discutir o planejamento do Ministério da Justiça para 2025 e para esclarecer declarações recentes do ministro. O encontro atende a um requerimento assinado por dez parlamentares da oposição, incluindo o presidente do colegiado, Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP).

Palmares - Pavimentação Zona Rural

O Grupo Mulheres do Brasil-Recife, juntamente com a Associação de Empresários do Brasil (AEBR), representada pelo seu presidente, Fernando Mendonça, apoia a reunião solene em homenagem ao senhor Hiroaki Sano, cônsul geral do Japão no Recife. A solenidade, solicitada pela vereadora Flávia de Nadegi, acontece hoje, no Plenário da Câmara Municipal do Recife, às 18h. Ao término do evento, o cônsul recebera os cumprimentos no local.

Na política, cavalo de batalha é um termo frequentemente usado para descrever um argumento essencial para atingir com disfarces alguma meta. É isso o que estaria fazendo o ministro Silvio Filho, deputado federal licenciado, ao encontrar o pretexto da perda de um prefeito para o deputado Felipe Carreras (PSB), e passar a fazer aceno à reeleição da governadora Raquel Lyra (PSD), mesmo com seu partido alinhado à gestão João Campos (PSB), no Recife.

Quem acompanha de perto tudo isso lembra que Sílvio fez, recentemente, alguns collabs com a governadora Raquel Lyra. Collab é um termo usado nas redes sociais que vai além de marcar um seguidor numa postagem. Geralmente, só é praticado com alguém com quem se tem muita ligação, profunda admiração ou extrema confiança.

Dentre os collabs, um deles viralizou: a governadora tratando o ministro na intimidade por Silvinho, ao receber dele, em primeira mão, a notícia de mais um voo da Latam para Petrolina. Além das trocas de mensagens e postagens pela internet, o ministro não teria esboçado nenhuma reação à adesão do prefeito de Camaragibe, Diego Cabral, do seu partido, para o palanque de Raquel.

Diego foi apoiado pelo prefeito João Campos, a pedido do ministro, na corrida eleitoral passada. Foram vistos juntos em vários atos de campanha. Com menos de três meses no poder, no entanto, Diego aderiu ao Governo Raquel sem o ministro esboçar reações.

Outro fato que corre nos bastidores, reforçando a desconfiança de que Sílvio estaria propenso a se compor com Raquel: o anúncio da transferência do Batalhão da PM de São Lourenço para Camaragibe.

Embora majoritário no município, onde é aliado do prefeito Vinícius Labanca (PSB), aliados da candidatura de João Campos a governador registram que, embora São Lourenço tenha sofrido um golpe desleal da governadora, não há registros na mídia de nenhuma reação imediata de Sílvio pela mídia em favor do município.

“Nem o Lula tem unanimidade no PT”, diz Rui Falcão sobre eleição interna

Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog

Em meio à campanha para a presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), um dos candidatos à vaga, o deputado federal Rui Falcão, de São Paulo, afirmou que nem o presidente Lula (PT) tem unanimidade dentro da legenda. O parlamentar foi o entrevistado de ontem (29) do podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog, e justificou o processo acirrado.

Para Rui Falcão, a pluralidade interna da sigla faz com que seja natural que haja diversas correntes de ideias concorrendo à liderança nacional, por isso, as várias candidaturas à presidência estão em consonância com a própria história da legenda. Há cinco nomes na disputa pela presidência nacional do partido.

Além de Rui Falcão, pleiteiam o cargo Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara; Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ); Romênio Pereira, dirigente do PT e atual secretário de Relações Internacionais do partido; e Valter Pomar, militante do PT com presença constante na direção do partido.

“O PT é fruto de várias experiências diferentes. O PT surgiu da experiência dos sindicalistas combativos, das comunidades eclesiais de base da igreja, de intelectuais comprometidos com a democracia, de estudantes e daqueles que ou voltavam do exílio após a anistia ou saíam dos presídios, como foi o meu caso. Era natural que o PT logo na origem respeitasse o direito de tendência”, afirmou Rui Falcão.

Essas tendências são regulamentadas internamente. O que não pode ocorrer, segundo Falcão, são “partidos dentro do partido”. “Uma tendência em particular está se comportando como um partido dentro do partido”, destacou, se referindo à CNB (Construindo um Novo Brasil), da qual fazem parte Lula e Edinho Silva, este último apoiado pelo chefe do Poder Executivo para a presidência da sigla. Mas, “nem o Lula tem unanimidade no PT, mesmo sendo nossa maior liderança”, lembrou Rui Falcão.

O parlamentar fez questão de frisar que “não peitou” Lula lançando sua candidatura, mas que sua atitude é diplomática. Segundo ele, não há racha. “As disputas no interior do PT são legítimas”, salientou. Rui Falcão pretende visitar os estados em busca de votos, assim como Edinho Silva, que no último final de semana esteve no Recife.

O 1º turno do PED (Processo de Eleição Direta), com votação dos 2,6 milhões de filiados, está marcado para 6 de julho. O 2º turno, caso ocorra, será em 20 de julho. Durante a campanha, o PT programou a realização de ao menos 10 debates entre os candidatos em diversas regiões do Brasil.

DESCONTO NO INSS É COISA ANTIGA – O deputado federal Rui Falcão também comentou as denúncias de irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O parlamentar enfatizou que os descontos acontecem desde o Governo Temer e que permaneceram no governo do “inominável”, referindo-se ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De acordo com ele, as responsabilidades estão sendo apuradas e o Governo Lula está empenhando em identificar todos os envolvidos e devolver o dinheiro dos aposentados.

Vai ter punição – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse, ontem (29), que a pasta, sob ordens do presidente Lula (PT), não vai medir esforços para punir todos os responsáveis pelo esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que desviou mais de R$ 6 bilhões em dinheiro dos segurados.

O que disse o ministro – “Nós, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, estamos capitaneando a luta contra os ladrões do parco dinheiro dos aposentados. Nós não abrimos mão, estamos mobilizando toda a Polícia Federal, todos os recursos que nós temos. Vamos às últimas consequências para colocar na prisão todos aqueles responsáveis por estes crimes hediondos”, disse Lewandowski, durante sessão da Comissão de Segurança Pública na Câmara.

E Lupi? – Já o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), prestou depoimento, ontem, na Comissão de Previdência da Câmara e, ao falar das acusações à pasta que comanda, apelou para metáforas bíblicas, eximindo-se da responsabilidade de ter sido avisado das irregularidades e não ter investigado. O pedetista afirmou que o Brasil é “uma sociedade que tem a vocação da esperteza”. “Todo mundo quer levar vantagem em tudo. Coibir isso a gente tenta, a gente luta, mas é mentira dizer que isso se resolve num estalar de dedos. Nem Cristo, que era filho de Deus, que escolheu doze apóstolos — tinha um traidor lá –, ele não tinha como controlar. Era o Cristo, o Deus e não tinha esse poder. Quem sou eu? Ser humano, falível”, declarou Lupi.

União Brasil e PP juntos – O União Brasil e o PP anunciaram, ontem, o lançamento da federação entre os dois partidos. O grupo já nasce como o maior do Congresso Nacional e com o maior número de governadores e prefeitos, mas ainda enfrenta divergências internas entre as duas legendas. Nove estados ainda precisarão ter as presidências definidas. Entre os estados indefinidos estão São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que, por serem os principais colégios eleitorais, farão parte de uma negociação envolvendo diretamente as cúpulas nacionais das duas legendas.

CURTAS

Silvinho de volta à presidência – O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reassumiu a presidência do Republicanos em Pernambuco, cargo do qual estava licenciado. Com isso, Silvinho passará a acumular a função de dirigente partidário à atividade como ministro de Estado. O atual presidente do partido, Samuel Andrade, assumirá a primeira-secretaria da sigla.

Empréstimo aprovado – A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, ontem, o pedido de contratação de empréstimo no valor de R$1,5 bilhão, enviado pela governadora Raquel Lyra (PSD) há mais de um mês para a Casa. A votação do texto estava travada, mas o presidente do colegiado, Alberto Feitosa (PL), destacou, na última segunda-feira (28), que a matéria atendia a constitucionalidade exigida pelo colegiado.

João circulando – O prefeito do Recife, João Campos (PSB), participou do congresso estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB), realizado na última segunda-feira (28), em João Pessoa (PB). O evento reuniu prefeitos, vereadores, deputados estaduais, deputados federais e militantes de toda a Paraíba, com destaque para o governador João Azevêdo e para o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos).

Perguntar não ofende: Lula vai conseguir eleger seu candidato na presidência do PT?

O deputado federal Rui Falcão, candidato à presidência nacional do PT, afirmou, em entrevista exclusiva ao meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília, que mantém uma relação antiga com Edinho Silva, nome apoiado por Lula na disputa interna do partido, mas que tem divergências políticas com ele.

Segundo Falcão, as incompatibilidades se intensificaram após a campanha de 2022, quando Edinho defendeu que Lula aparecesse ao lado de Jair Bolsonaro para simbolizar uma transição pacífica. “Aquilo foi um erro de avaliação de conjuntura. Os caminhões já estavam fechando estrada e o punhal verde e amarelo já estava sendo empunhado”, disse o parlamentar, ao relembrar o clima de tensão pós-eleitoral. Para ele, a proposta desconsiderava o ambiente de radicalização da extrema-direita no país.

Falcão também criticou a tese de que é preciso pôr fim à polarização política. “A polarização não é uma escolha. Ela está dada entre a extrema-direita no mundo e no Brasil”, afirmou. O deputado rejeitou a ideia de que o combate ao fascismo e ao autoritarismo possa ser feito por meio de gestos conciliatórios. “Não foi com flores que os fascistas se encolheram”, concluiu. Assista: