O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse em entrevista a jornalistas neste domingo (12) que o esforço para resgate dos brasileiros em Gaza foi “todo do governo”, ao ser questionado sobre suposta atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Além disso, acho que é desinformação”, completou.
“Eu posso dizer que todo o esforço para a libertação dos brasileiros, desde o início, desde o dia sete, foi feito pelo governo do presidente Lula, por instrução dele e acompanhamento diário”, disse. As informações são da CNN.
Leia mais“Eu fui o interlocutor de todos os contatos com todos os governos envolvidos. E foi isso que resultou na conclusão exitosa deste acordo. Isso que eu posso dizer e isso é o que existe. Além disso, acho que é desinformação”, completou.
Bolsonaro teria se encontrado com o embaixador de Israel, Daniel Zonshine, na quarta-feira (8), no Congresso Nacional. O chanceler foi questionado sobre possível “mal-estar” entre o governo Lula e o embaixador. “Não conheço”, se limitou a dizer.
A assessoria do ex-presidente disse que Bolsonaro e o embaixador não se encontraram a sós e que não trataram de questões políticas envolvendo posições do governo brasileiro sobre o conflito.
O ex-presidente diz também que conversou com Yossi Shelley, um dos assessores do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e que pediu apoio ao governo de Israel para a liberação de brasileiros.
Saída “exitosa” dos brasileiros em Gaza
Ainda em entrevista coletiva hoje, o ministro de Relações Exteriores disse que a operação de retirada dos brasileiros da Faixa de Gaza hoje teve “conclusão exitosa”. Os brasileiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza conseguiram cruzar a fronteira com o Egito e deixar o território palestino na manhã deste domingo.
“Todo mundo quer ser pai da vitória”, disse Frederico Meyer, embaixador do Brasil em Israel, em entrevista à CNN neste domingo, ao ser questionado sobre eventual participação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Conhece aquela frase: ‘A vitória tem vários pais, mas a derrota é órfã’? O que posso dizer é que nosso trabalho para liberar essas pessoas não aconteceu em uma tarde. Estávamos há quatro semanas trabalhando”, disse o embaixador.
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