O Hamas emitiu uma nota neste sábado (7) declarando que os ataques realizados contra Israel nesta madrugada foram uma resposta à proposta de anexação de partes da Cisjordânia e dos ataques contra a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. O local é considerado sagrado pelos muçulmanos e tem sido alvo de ações violentas da polícia israelense e de fundamentalistas religiosos judeus.
A ideia de anexação é proposta pelo governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu, e contou com o apoio do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Ele prevê a apropriação por parte de Israel de 30% das colônias e territórios palestinos no Vale do Jordão, localizado a 50 km de Gaza, assim como a criação de um Estado Palestino restrito às áreas restantes. A proposta tem sido rechaçada pela comunidade internacional. As informações são do Brasil de Fato.
Leia maisO Hamas declara que a ação militar deste sábado, batizada de operação “Tempestade de Al-Aqsa”, “é uma vitória para a justiça da causa palestina e para o direito do povo palestino à liberdade, à dignidade, à libertação e ao regresso às suas terras de onde foram deslocados à força, e adotando a narrativa palestina, em defesa do povo palestino e seus lugares sagrados”.
Na nota, o grupo destaca seis pontos principais para a empreitada, indicando que as ações de ocupação israelense têm “total responsabilidade pelas consequências dos seus crimes contra a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, e contra o nosso povo na Cisjordânia e em toda a Palestina ocupada”.
O Hamas declara ainda que a prioridade da operação é proteger Jerusalém e Al-Aqsa e “impedir os planos da ocupação que visam judaizá-los e construir o seu alegado templo sobre as ruínas da primeira qibla (direcionamento das orações) dos muçulmanos”. O grupo também reivindica a libertação dos prisioneiros palestinos de Israel e convoca outras nações árabes a apoiar o levante.
“Enfatizando que esta batalha é a batalha da nação árabe e islâmica, pois o povo palestino defende o arabismo de Jerusalém e o islamismo da mesquita de Al-Aqsa, e isso requer a vitória por todos os meios disponíveis, através de manifestações nas capitais árabes e islâmicas e fornecendo todas as ferramentas de apoio à firmeza do nosso povo palestino e à sua valente posição”, diz.
“Os países árabes e islâmicos têm a responsabilidade direta de se oporem à ocupação e exigirem o seu fim, e de trabalharem para apoiar o povo palestino política, diplomática e financeiramente, de todas as formas, e em todos os fóruns e organizações internacionais”, complementa.
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