De bigu com a modernidade

Carro ‘popular’: quem ganha com ele?

Não estranhem ver aqui um apaixonado por carros ‘falando mal’ deles. É que esse arranjo do governo federal para incentivar a volta do “carro popular” tem vários poréns e porquês. Como se sabe, as medidas anunciadas na quinta-feira preveem desconto de até 11% sobre os preços modelos de até R$ 120 mil: quanto menor o valor do modelo, maior o desconto.

Para tanto, o governo abre mão de impostos. Bem, entra governo, sai governo e o setor automotivo sempre é incentivado, beneficiado, bajulado. O ex-presidente Itamar Franco, por exemplo, entrou no lobby da Volkswagen e em 1994 relançou o Fusca por US$ 6,8 mil (exatos R$ 6,8 mil). Já era um modelo relativamente caro – e ruim – para os padrões da época: o motor 1600 a álcool gerava ‘incríveis’ 58,7 cavalos, não tinha airbag, ABS etc. Hoje, custaria um pouco mais de R$ 80 mil.

Ônibus e trens – Pois bem, e se o governo reduzisse impostos e investisse em ônibus e trens urbanos? É o que pedem várias organizações e instituições que estudam o tema mobilidade no Brasil. A coalizão Mobilidade Triplo Zero, nova rede de movimentos sociais que luta para que esse tema seja uma forma de garantir mais democracia e dar voz à sociedade civil, divulgou uma dura nota sobre a intenção de o governo federal lançar um plano de incentivo à retomada do setor automotivo.

Elas são claras: a ideia do ‘carro popular’ é um retrocesso para o cenário atual ainda mais grave do que foi a ação semelhante realizada após a crise de 2008.  Afinal, hoje, reforçam, a sociedade se vê obrigada a defender as causas climáticas com ações eficientes de curto, médio e longo prazo. E lançar um pacote de ações para socorrer a indústria automobilística será um retrocesso sob a ótica da mobilidade urbana sustentável, quando o país perderá a chance de, finalmente, ser protagonista com a narrativa da proteção climática.

Discurso verde – Os autores dizem ainda que é fundamental considerar a contradição de ter um discurso amplo internacionalmente sobre o clima, enquanto as políticas internas caminham numa direção completamente díspar, com um pacote estimulante ao transporte individual, que prevê a ampliação das linhas de crédito e reduções tributárias para os fabricantes.

Todos sabemos: o automóvel é o maior poluidor das nossas cidades. Então, que o foco do governo, se realmente busca um futuro equitativo e verde, deve ser no transporte público, na mobilidade a pé e por meio da bicicleta. Precisamos, dizem os autores, de um sistema de transporte com triplo zero: zero emissões, zero mortes e zero tarifa.

A Coalizão Mobilidade Triplo Zero é formada por instituições como a Fundação Rosa Luxemburgo, Idec, Observatório da Mobilidade de Salvador, Observatório dos Trens do Rio de Janeiro, Movimento Passe Livre etc.

E o vendedor de usados? – Se abriu para um, abre para outro? Depois de o governo federal favorecer com subsídios e desonerações a indústria de carros, os revendedores de veículos seminovos e usados no país também querem “um olhar” do governo federal para eles. A Fenauto, a federação desses revendedores, divulgou comunicado em que diz serem bem-vindas todas as medidas e decisões que venham a movimentar o mercado de veículos no país, favorecendo, direta ou indiretamente, o ambiente.

Mas pede que “alguns movimentos” do governo federal favoreçam, também, o mercado de seminovos e usados, já que se deve vislumbrar a cadeia automotiva como um todo. “A questão não é apenas auxiliar a indústria (que hoje apresenta uma capacidade ociosa de produção)”, reforçam. “Mas as concessionárias e o consumidor final”, dizem os associados.

A Fenauto diz “saber” que é natural que os veículos zero 0Km dessas categorias (de R$ 120 mil), em um primeiro instante, venham a concorrer de forma mais acirrada com os seminovos e usados. Mas a entidade entende que as montadoras e a indústria nacional (que, reforçam, ainda se encontra bem defasada em relação a de outros países), necessitam sim de incentivos, mas que não devem ser as únicas beneficiadas.

Por isso, os revendedores querem que a cadeia que compõe o setor automotivo brasileiro (autopeças, seminovos e usados, mecânicas, implementos, acessórios etc.) também precisa e merece ser desonerada.

Mobilidade elétrica – E por falar no assunto, vale lembrar que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um projeto de lei, de autoria da senadora Leila Barros (PDT/DF), que cria uma política de incentivo tributário à pesquisa de desenvolvimento da mobilidade elétrica no Brasil. E ele exige o seguinte: as empresas automobilísticas beneficiadas por renúncias fiscais deverão aplicar 1,5% da redução de impostos em pesquisas sobre o desenvolvimento de pesquisas sobre o tema.

Ônibus elétricos – Estamos, finalmente, voltando à era dos trólebus? Esta semana, a VW Caminhões e Ônibus anunciou que começou a testar no Brasil seu primeiro protótipo de ônibus elétrico. Ele circula, por enquanto, no campo de provas de Resende, no interior do Rio, e também por vias de cidades da região. Com piso alto ou baixo, ele possui 350 km de autonomia. Vários municípios já usam esse tipo de veículo nas ruas, de várias marcas e capacidades distintas. Mas estamos bem longe do que fazem o Chile e a Colômbia.

Seminovos – preços variam até 34% – A startup do setor automotivo Mobiauto acaba de realizar uma pesquisa em sua base de dados que apura as cotações regionais de alguns dos principais campeões de vendas do mercado nacional. O levantamento verificou os preços de Fiat Strada, Renault Kwid e VW Gol, sempre ano-modelo 2022, em diversos estados do país no primeiro quadrimestre de 2022 e repetiu a pesquisa neste ano. Veja como ficou a variação no Brasil.

MarcaModelo
Ano
Jan/Abr 2022Jan/Abr 2023Variação
RenaultKwid2022R$ 60.368,67R$ 58.072,78-3,80%
FiatStrada2022R$ 107.869,01R$ 100.303,52-7,01%
VWGol2022R$ 73.248,13R$ 63.296,79-13,59%

Inúmeras conclusões podem ser tiradas desse levantamento. “Além de você apurar qual foi a desvalorização desses três veículos neste último ano, mostrando regionalmente quais foram os melhores negócios, a pesquisa feita por nossa equipe fornece um mapa precioso para lojistas e revendedores”, explica Sant Clair Castro Jr., consultor automotivo e CEO da Mobiauto.

Ele exemplifica. “A diferença de preços da mesma Fiat Strada 2022 no Distrito Federal e em Santa Catarina é de 34%. Isso é um terço do valor do carro! Ora, o que eu faço se sou um revendedor catarinense? Vou rechear meu estoque com unidades compradas em Brasília. O lucro será enorme”, sugere.

Renault Kwid

EstadoJan/Abr 2022Jan/Abr 2023Variação
AMR$ 58.516,67R$ 52.700,00-9,94%
BAR$ 58.611,67R$ 54.540,00-6,95%
CER$ 60.518,00R$ 54.948,00-9,20%
RJR$ 58.939,28R$ 55.340,37-6,11%
ROR$ 62.704,29R$ 55.474,62-11,53%
MTR$ 56.978,18R$ 55.720,22-2,21%
PER$ 59.852,95R$ 56.201,51-6,10%
PAR$ 60.443,85R$ 56.265,25-6,91%
PBR$ 60.112,50R$ 56.422,50-6,14%
MGR$ 59.154,50R$ 56.520,06-4,45%
MSR$ 59.596,67R$ 56.745,65-4,78%
GOR$ 59.538,56R$ 57.164,77-3,99%
DFR$ 59.744,08R$ 57.540,29-3,69%
PRR$ 62.355,66R$ 57.823,68-7,27%
SPR$ 60.325,93R$ 58.740,86-2,63%
SCR$ 61.162,34R$ 59.347,33-2,97%
RSR$ 58.100,00R$ 61.388,895,66%

Em outra proporção, o consumidor final pode se beneficiar dessa variação estadual nos preços. Ao revender seu Renault Kwid, por exemplo, um carioca poderia obter por seu modelo uma cotação cerca de 10% mais alta no Rio Grande do Sul.

Fiat Strada

EstadoJan/Abr 2022Jan/Abr 2023Variação
DFR$ 89.960,00R$ 84.791,88-5,75%
CER$ 98.900,00R$ 86.550,00-12,49%
PRR$ 93.082,50R$ 88.280,41-5,16%
PER$ 101.718,00R$ 93.932,22-7,65%
MGR$ 102.830,16R$ 98.016,09-4,68%
SPR$ 106.409,34R$ 100.228,16-5,81%
MTR$ 112.412,08R$ 100.358,60-10,72%
SCR$ 118.397,50R$ 113.622,50-4,03%

“Os mais de 10 mil revendedores espalhados por todo o Brasil que anunciam na nossa plataforma estão atentos a essas variações. Não é raro assistirmos ao trânsito interestadual na revenda dos carros anunciados na Mobiauto”, destaca o executivo.

Volkswagen Gol

EstadoJan/Abr 2022Jan/Abr 2023Variação
RSR$ 67.110,45R$ 58.837,27-12,33%
MSR$ 64.740,00R$ 59.087,50-8,73%
PER$ 66.960,00R$ 59.578,11-11,02%
GOR$ 69.101,61R$ 60.245,66-12,82%
MGR$ 66.625,62R$ 60.262,54-9,55%
RNR$ 64.918,57R$ 60.475,16-6,85%
BAR$ 65.365,00R$ 60.488,90-7,46%
PBR$ 65.740,00R$ 60.706,00-7,66%
PRR$ 65.607,14R$ 61.606,43-6,10%
AMR$ 64.672,50R$ 61.700,31-4,60%
SCR$ 65.976,25R$ 62.387,50-5,44%
SPR$ 73.173,67R$ 63.138,32-13,71%
ROR$ 72.695,00R$ 63.392,86-12,80%
MTR$ 71.483,84R$ 63.700,42-10,89%
DFR$ 69.623,54R$ 63.785,00-8,39%
MAR$ 63.980,91R$ 63.968,33-0,02%

Por ser um país muito grande, com diferenças significativas de poder aquisitivo e hábitos de consumo, além do resultado direto da ação comercial das concessionárias regionais de cada marca, o Brasil é um celeiro de oportunidades para realização de bons negócios no meio do varejo, ainda mais quando uma empresa como o Mobiauto se presta a realizar esse tipo de pesquisa. Dentre as centenas de milhares de anúncios que recebe em sua plataforma mensalmente, vindas de todos os estados, bastou aos pesquisadores apurarem a variação de preços de janeiro a abril de 2022 versus o mesmo período deste ano, com o intuito de verificar a depreciação de cada carro e em cada estado.

Maverick, a primeira picape híbrida – A Ford acaba de apresentar uma caminhonete pioneira, com autonomia de mais de 800 km e consumo combinado de 14,6 km/l. Ela ainda tem desempenho: aceleração de 0 a 100 km/h, por exemplo, é feita em 8,7 segundos. A Maverick chega em apenas uma versão: a de luxo Lariat. E pelo mesmo valor da versão FX4 equipada somente com motor a combustão: R$ 244.890. O sistema de propulsão híbrida é composto por um Atkinson 2.5 a gasolina e um elétrico e gera uma potência combinada de 194cv e permite ao veículo rodar 15,7 km/l na cidade e 13,6 km/l na estrada, com uma autonomia invejável de mais de 800 km. É bem mais econômica até que as picapes e SUVs a diesel, A Ford trará este ano ainda o Mustang Mach-E e van E-Transit.

Jeep Avenger será mineiro – O site Autos Segredos relevou que  Stellantis já está tocando o processo de nacionalização do Jeep Avenger, ao começa a fazer cotações com fornecedores. Segundo o jornalista Marlos Ney Vidal, o SUV será o primeiro Jeep fabricado em Betim (MG).  O modelo, uma espécie de miniRenegade, foi apresentado na Europa em setembro do ano passado. A base é francesa, mas as linhas mantêm a origem americana.

Sete erros que ferram o motor do carro – Preencher o sistema de arrefecimento apenas com água, utilizar o óleo errado e não trocar o filtro de ar estão entre os principais equívocos. Por isso não esqueça: o motor do carro, responsável por transformar a energia da queima do combustível em movimento, precisa ser bem cuidado. A Motul, multinacional especializada em lubrificantes, preparou uma lista com os 7 erros que não devem ser cometidos no carro para manter o seu bom funcionamento. Confira abaixo:

1. Abastecer o sistema de arrefecimento apenas com água

O sistema de arrefecimento regula a temperatura para que esteja sempre no valor ideal. Um dos erros mais comuns é utilizar água para fazer a manutenção do sistema. “Usar apenas água pode causar aumento da tendência à corrosão e formação de depósitos no sistema de circulação. Esses depósitos vão obstruir a passagem do fluído de arrefecimento, aumentando a temperatura de trabalho do motor. Com o tempo, isso levará a um desgaste nas peças e causará vazamentos que podem danificar totalmente o motor”, explica Danilo Silva, engenheiro de Aplicação da Motul Brasil.

2. Usar o óleo errado no motor do carro

Na hora de escolher o óleo para o motor do carro, é preciso levar em consideração a viscosidade, a norma da montadora e sua base (mineral, semissintético ou sintética). Um lubrificante fora da especificação recomendada pode não proporcionar a espessura de filme de óleo projetada para aquele motor e não atender os requisitos de desempenho impostos pela montadora. A espessura e especificações incorretas podem comprometer a eficiência do motor, aumentar o consumo de combustível e danificar os componentes internos.

3. Não trocar o filtro de ar do motor do carro

“O filtro garante que o ar que chega ao motor esteja livre de impurezas para a queima do combustível. Quando não fazemos a manutenção correta, o ar levado até o motor pode conter partículas que poderão potencializar o desgaste, danificar outras peças e interferir na combustão, gerando maior gasto de combustível”, diz Silva. Consumo de combustível mais alto e falta de força do motor podem indicar que está na hora de substituir o filtro de ar do motor. A vida útil de um filtro, considerando uma condição de uso normal urbano, é de 10 mil quilômetros ou um ano de uso.

4. Ignorar as velas de ignição

Nos motores de ciclo Otto, as velas de ignição são responsáveis por gerar a centelha que inicia a combustão da mistura de ar e combustível, cuja energia da expansão é transformada para movimentar o veículo. Com o tempo, o desgaste das velas causa dificuldade na hora de dar partida no veículo, perda da performance, e possivelmente, aumento do consumo de combustível – pode também ser responsável por danificar a bobina de ignição, gerando um prejuízo ainda maior. O ideal é verificar as velas e o cabo de ignição de acordo com o plano de manutenção do manual do proprietário do veículo.

5. Misturar marcas e especificações de fluidos

Misturar lubrificantes e fluidos de diferentes marcas e especificações pode causar perda de desempenho, desgaste e danos para as peças, até quebrar o motor do carro. “Para evitar o uso indevido de um produto, o manual do fabricante precisa ser o seu livro de cabeceira. Assim, você não cairá no erro de optar pelo produto mais barato da prateleira acreditando que ele atenderá as especificações da montadora”, aconselha Silva.

6. Maus hábitos de direção

Além de problemas relacionados à manutenção do automóvel, alguns erros de direção praticados pelo motorista podem estragar o motor, como trocar a marcha na hora errada, manter o pé apoiado sobre o pedal de embreagem, assim como a mão apoiada sobre a alavanca do câmbio, e acelerar agressivamente logo depois de dar a partida ou com o motor ainda frio.

7. Não seguir o plano de manutenção

Cada componente do veículo tem uma vida útil que varia conforme as condições de uso. Quando esse tempo se esgota, está na hora de realizar a manutenção. “Fique atento às recomendações sobre os intervalos de troca e manutenção. Assim, você evitará que o veículo se sobrecarregue, causando danos nas peças, o que acarretará um gasto ainda maior”, indica o engenheiro da Motul.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

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A Polícia Federal (PF) concluiu nesta quinta-feira (21) o inquérito que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

Em nota divulgada há pouco, a PF confirmou que já encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório final da investigação. Entre os indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa estão Bolsonaro; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Outras 29 pessoas foram indiciadas. São elas: Ailton Gonçalves Moraes Barros; Alexandre Castilho Bitencourt da Silva; Amauri Feres Saad; Anderson Lima de Moura; Angelo Martins Denicoli; Bernardo Romão Correa Netto; Carlos Cesar Moretzsohn Rocha; Carlos Giovani Delevati Pasini; Cleverson Ney Magalhães; Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira; Fabricio Moreira de Bastos; Fernando Cerimedo; Filipe Garcia Martins; Giancarlo Gomes Rodrigues; Guilherme Marques de Almeida; Helio Ferreira Lima; José Eduardo de Oliveira e Silva; Laercio Vergilio; Marcelo Bormevet; Marcelo Costa Câmara; Mario Fernandes; Nilton Diniz Rodrigues; Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho; Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; Rafael Martins de Oliveira; Ronald Ferreira de Araujo Júnior; Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros; Tércio Arnaud Tomaz e Wladimir Matos Soares.

Segundo a PF, as provas contra os indiciados foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário.

As investigações apontaram que os envolvidos se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência de ao menos seis núcleos: o de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; o Responsável por Incitar Militares a aderirem ao Golpe de Estado; o Jurídico; o  Operacional de Apoio às Ações Golpistas; o de Inteligência Paralela e o Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.

“Com a entrega do relatório, a Polícia Federal encerra as investigações referentes às tentativas de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito”, informou a PF.

Da Agência Brasil

Jaboatão dos Guararapes - Matriculas 2025

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, participou, nesta quinta-feira (21), de uma audiência com o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho; o comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco, Coronel César Torres; e a delegada geral adjunta da Polícia Civil de Pernambuco, Beatriz Leite, para solicitar reforço na segurança pública dos municípios do Agreste Meridional. Acompanhado do prefeito reeleito de Lajedo, Erivaldo Chagas, Porto pediu mais policiamento e ações que inibam a violência naquela região. 

“Tanto Lajedo quanto os demais municípios do Agreste Meridional estão sofrendo com os frequentes assaltos, nas áreas urbanas e também nas áreas rurais, que são ainda mais expostas aos ataques. É preciso reforço na atuação das polícias para que a população não fique nas mãos dos bandidos”, disse.

Segundo o deputado, seu gabinete tem sido procurado por prefeitos e lideranças locais preocupados com o aumento no número das investidas dos assaltantes. “Solicitamos que haja uma mobilização de modo a reprimir a insegurança. Nas cidades, as pessoas estão se trancando nas suas casas. Já quem mora nos sítios está sendo obrigado a andar armado por conta do receio de assalto”, completou.

O secretário Alessandro Carvalho, o comandante geral da PMPE e a delegada geral adjunta da Policia Civil receberam as informações e se comprometeram a tomar medidas para garantir mais segurança para a população do Agreste Meridional. 

Petrolina - Testemunhal

A Polícia Federal (PF) deve indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado no Brasil depois do resultado da eleição presidencial de 2022, como mostrou a CNN. Se a inclusão do ex-chefe do Executivo no inquérito se confirmar, será o terceiro indiciamento de Bolsonaro.

Leia abaixo sobre os inquéritos referentes à tentativa de golpe e aos outros dois em que o ex-presidente foi indiciado.

Plano golpista

A Polícia Federal investiga uma organização que planejava matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo era dar um golpe de Estado e manter Bolsonaro na Presidência.

Relatório da PF mostra que a organização, formada por quatro militares de alta patente e um policial federal, cogitou envenenar Lula e Moraes. Artefatos explosivos também foram considerados.

Na operação, a PF obteve mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, que era ajudante de ordens de Bolsonaro à época. Nas mensagens, Cid afirma que o então presidente estava sendo “pressionado” para dar um golpe por deputados e por alguns empresários do agronegócio.

Segundo apuração da CNN, o relatório da corporação concluiu que Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” do plano golpista.

O depoimento de Mauro Cid foi o último para a Polícia Federal finalizar o inquérito que apura a trama golpista.

Joias sauditas

Em julho deste ano, a PF indiciou Bolsonaro no âmbito da investigação relacionada à venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos.

O ex-presidente foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos.

A investigação apura se Bolsonaro e ex-assessores desviaram, do acervo presidencial, peças valiosas presenteadas a ele quando era presidente do país.

Fraude em cartão de vacina

A PF também indiciou Bolsonaro e Mauro Cid por participação em esquema de fraude em registro no cartão vacinal contra a Covid-19.

A corporação investiga a ação de uma associação criminosa que teria feito registros falsos de doses contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde para diversas pessoas.

Investigadores da PF afirmam que o ex-presidente se beneficiou do esquema de fraudes nos documentos.

Conheça Petrolina

Um produto cada vez mais procurado e bem aceito pelos brasileiros, o seguro de vida é uma modalidade de seguros que vai muito além da cobertura em casos de morte. Seu crescimento expressivo de cerca de 15% no primeiro semestre de 2024, em comparação com o ano anterior, demonstra o interesse por mais cobertura também para os casos de doenças graves e afastamento do trabalho.

Especialmente importante para os profissionais liberais e empreendedores, num contexto de crescimento desse tipo de trabalhador no mercado de trabalho, o seguro de vida garante renda quando se deparam com um empecilho para o trabalho. Seja afastamento por motivo de doença ou tratamento, seja por invalidez temporária ou permanente, o seguro de vida vem em auxílio destes, mas também dos profissionais registrados.

O advento do seguro de vida inclusivo

Além disso, uma nova modalidade de seguros, a de seguros de vida inclusivos, com prestações mais em conta e com mais flexibilidade nos tipos de cobertura, têm tido crescimento importante entre as classes mais baixas e entre os MEI. Muitas empresas de seguros têm ofertado apólices cujo prêmio, isso é, o preço a ser pago periodicamente é a partir de R$ 5. 

Para Eduardo Bom Ângelo, presidente da BrasilPrev, empresa de previdência do Banco do Brasil, não se tratam de produtos só para quem é de baixa renda, mas também para quem quer apenas pagar menos. Um dos motivos dessa oferta a preços mais baixos passa pelo grande mercado disponível, uma vez que o mercado de produtos para rendas mais altas beira o esgotamento.

Benefícios do seguro de vida para baixa renda

Entre os benefícios do seguro de vida inclusivo, além da cobertura para os casos de morte, doença grave, invalidez e também funeral em muitos casos, está até mesmo a quitação de dívidas em caso de desemprego. Para Patrícia Soeiro, superintendente em uma empresa de seguros, “o seguro para baixa renda é importante porque esse público demoraria muito para juntar o valor pago de indenização, ou teria que se endividar para resolver o problema”.

Seguro de vida é uma forma de planejamento 

Logo, o seguro também tem um papel social importante. Esse ponto é afirmado pelo presidente da Caixa Seguridade, Felipe Montenegro Mattos. Para ele, o que segue é uma cultura de prevenção. A empresa pública oferece em seu produto descontos em farmácias ou em cestas básicas por determinado tempo, além da renda para os casos de afastamento do trabalho.

Nesse sentido, trata-se também de alimentar uma cultura de planejamento financeiro nas famílias brasileiras. Para isso, o segurado deve escolher um tipo de plano que mais se adequa à sua realidade. Além disso, deve apontar também quais serão os beneficiários para o caso de morte. Para o corretor Thiago Sena, porém, “o seguro de vida acaba cobrindo bem mais em vida do que após a morte”.

A expansão do assunto entre todas as camadas sociais ajuda a tirar as dúvidas sobre o que é seguro de vida e o quanto ele auxilia no planejamento e na segurança das famílias ou mesmo de indivíduos solteiros. Afinal, o seguro de vida traz liquidez e protege o patrimônio no caso de eventualidades, e a manutenção do estilo de vida é certamente do interesse de todos.

Por Isabel Cesse

A chamada ‘Operação Faroeste’, do Ministério Público Federal — deflagrada em 2019 e que apura ilícitos referentes a disputas de terras no oeste baiano, em diversos inquéritos — continua levando a decisões que têm chamado a atenção em todo o Judiciário. Principalmente, pelo fato de ter diversos magistrados no epicentro da investigação. No mais recente desdobramento do caso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu por unanimidade, esta semana, aposentar compulsoriamente a desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).

A aposentadoria compulsória de um magistrado costuma ser um julgamento que leva a longos debates nas sessões do CNJ e é visto com cautela por parte dos conselheiros. É muito difícil quando uma decisão deste porte é acolhida por unanimidade, como aconteceu no caso de Lígia Lima.

Acontece que a magistrada foi investigada no âmbito da Operação Faroeste por suposta participação em um esquema de venda de sentenças, grilagem de terras, organização criminosa voltada para lavagem de dinheiro e corrupção. A decisão foi tomada no julgamento de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que teve como relator o conselheiro João Paulo Schoucair.

Conforme o voto do relator, os indícios apontam para faltas funcionais graves por parte da desembargadora, incluindo interferência na atividade jurisdicional para atender a interesses particulares e econômicos de seus filhos e conluio para interferir nas investigações sobre o esquema de venda de decisões no tribunal.

“As evidências mostram uma atuação direta da desembargadora em sua assessoria, com o objetivo de obstruir investigações e manipular fatos para seu benefício. O conjunto probatório demonstra que ela atuou de maneira desapegada aos deveres e obrigações inerentes à atividade jurídica”, afirmou o conselheiro.

Entre as violações atribuídas à magistrada estão a quebra de normas da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e do Código de Ética dos Magistrados. A defesa de Lígia Maria Ramos Cunha Lima havia questionado a justa causa para a continuidade do PAD, alegando violação ao devido processo legal, mas o relator refutou todas as alegações, afirmando que o conjunto de provas reunido era suficientemente robusto para comprovar a responsabilidade disciplinar da desembargadora.

A segunda do grupo

No último dia seis, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu denúncia do Ministério Público Federal contra outra julgadora do mesmo TJBA: a desembargadora Sandra Inês de Azevedo. Ela está sendo acusada de participar do mesmo esquema de venda de decisões. Os ministros do STJ — decidiram pelo ajuizamento da ação, que terá a magistrada como ré.

A diferença entre a situação das duas magistradas é que Sandra Inês estava afastada do cargo, mas não aposentada. E o que foi autorizado pelo STJ foi a abertura de uma ação penal contra ela. No caso de Lígia Maria, ela foi aposentada agora pelo CNJ. E segue sujeita a ações penais que possam vir a ser ajuizadas contra ela posteriormente.

Para o relator que analisou a denúncia no STJ referente a Sandra Inês, ministro Og Fernandes, o caso “apresenta provas de materialidade dos crimes praticados e indícios suficientes de autoria, de modo a afastar a possibilidade de uma ação penal temerária”.

Nos bastidores do CNJ e do STJ, as informações dos conselheiros e dos ministros é que vem mais chumbo grosso sobre o caso, uma vez que a Operação Faroeste tem descoberto ainda mais nomes envolvidos nos ilícitos, entre autoridades e profissionais respeitados profissionalmente em todo o país. O número do processo julgado esta semana pelo CNJ é o PAD 005357-19.2022.2.00.0000

A gestão municipal de São José do Egito, no Sertão do Pajeú, realizou quase R$ 4 milhões em compras de materiais de expediente, limpeza e merenda escolar ao longo de 11 meses, todas sem processo licitatório. Os valores foram pagos a apenas três fornecedores, levantando suspeitas sobre a prática.

Nos primeiros seis meses de 2024, a empresa Pajeú Nordeste recebeu R$ 1.150.000,00 dos cofres públicos. Já nos três meses que antecederam as eleições, a empresa Expedito Romário, localizada no Sítio Lagoinha, em Brejinho, vendeu quase R$ 2 milhões. Após o período eleitoral, a empresa Rodolfo Silva Bezerra, com sede em Tabira, movimentou R$ 850.000,00.

As compras foram realizadas por meio das secretarias de Saúde, Ação Social e Educação, sob responsabilidade de Paulo Juca, Isabele Valadares e Selma Leite, respectivamente, com aval do prefeito Evandro Valadares.

Em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, o deputado federal Lula da Fonte (PP), já alcançou a segunda posição entre os 28 parlamentares federais de Pernambuco no Ranking dos Políticos. Com nota 8,37, o deputado se destaca pela atuação ética e eficiente, sempre comprometido com as demandas do estado e do país.

A avaliação considera critérios como participação nas sessões e votações relevantes, uso responsável dos recursos públicos e integridade no desempenho do cargo. “Receber esse reconhecimento em meu primeiro mandato é uma motivação extra para continuar trabalhando com seriedade e dedicação. Meu compromisso é com o povo de Pernambuco e com um Brasil mais justo e eficiente”, disse o parlamentar.

O Banco do Nordeste (BNB) realizou, nesta quinta-feira (21), em Sertânia, a entrega do XVII Prêmio Banco do Nordeste de Microfinanças e do IX Prêmio Banco do Nordeste da Agricultura Familiar. O evento, sediado no Clube América, reuniu autoridades como o presidente do BNB, Paulo Câmara, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, além de lideranças da Fetape e Fetraf.

Os prêmios destacaram empreendedores que impulsionaram seus negócios com microcrédito orientado dos programas Crediamigo e Agroamigo, promovendo crescimento econômico e geração de empregos em suas comunidades. Também foram reconhecidos empreendedores que implementaram práticas sustentáveis e mulheres que lideram negócios de impacto em suas localidades.

Durante a cerimônia, o BNB anunciou a assinatura de 300 novos contratos do Agroamigo, com um investimento total de R$ 4,5 milhões. O montante será destinado ao fortalecimento da economia de Sertânia e das regiões circunvizinhas.

A Câmara dos Deputados finalizou na terça-feira (19) a votação do projeto que cria regras para a destinação e prestação de contas de emendas individuais (incluindo as transferências especiais, conhecidas como emendas Pix), as de bancadas estaduais e as de comissões. O texto segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A proposta, no entanto, deixa lacunas em relação à transparência dos repasses.

A Casa Baixa retomou trechos do texto original que haviam sido modificados no Senado. Os deputados restabeleceram a obrigatoriedade de destinar uma parcela mínima de 50% dos repasses das emendas de comissão para saúde e reduziram de 10 para 8 o número máximo de emendas que podem ser indicadas por bancadas.

A possibilidade de contingenciamento dos repasses foi mantida, sem permissão para bloqueio. Durante a análise dos destaques – trechos separados do texto – realizada pelo Senado, o governo tentou incluir eventuais bloqueios, mas a medida foi rejeitada pelos congressistas, em vitória da oposição. O Planalto cogita elaborar outro projeto de lei complementar ou mesmo uma emenda a outro texto que já esteja em tramitação para abrir a possibilidade de bloquear o repasse dos recursos, caso seja preciso congelar gastos.

Há diferenças entre contingenciamento e bloqueio. O contingenciamento é feito quando há frustrações de receitas. Já o bloqueio é um procedimento adotado pela União quando as despesas obrigatórias estão acima do estimado. Os bloqueios são mais frequentes, por isso, interessava ao governo Lula que também constasse no projeto. A rejeição, por ora, é uma vitória da oposição ao governo.

A formulação das regras para as emendas foi uma exigência do STF (Supremo Tribunal Federal) depois que o ministro Flávio Dino suspendeu os repasses por falta de critérios de transparência e rastreabilidade.

NÃO IDENTIFICAÇÃO DE EMENDAS DE COMISSÃO SEGUE

A identificação dos congressistas que indicam as emendas de comissão não está no texto que saiu do Congresso. Trata-se de um dos pontos centrais da discussão a respeito da transparência das emendas.

Atualmente, essas emendas são identificadas com as assinaturas dos presidentes das comissões, com o argumento de que são coletivas. O texto aprovado só diz que caberá aos líderes partidários fazer as indicações e que as aprovadas deverão constar em atas, que serão publicadas e encaminhadas aos órgãos executores em até 5 dias. Uma nota técnica feita pela Consultoria do Senado avaliou que o projeto não atende a “praticamente nenhuma” das exigências feitas pelo STF.

“O projeto não responde a praticamente nenhuma das exigências colocadas por essas duas fontes normativas: de 14 critérios e parâmetros identificados, apenas 3 deles são atendidos substancialmente pelos dispositivos do projeto, e, ainda assim, esses 2 quesitos já constam dos normativos vigentes”, disse a consultoria. A consultoria considerou que o cerne do que determinou o STF está fora do texto.

“Ficam desatendidas as duas lacunas fundamentais apontadas nas decisões judiciais: a rastreabilidade na origem das emendas coletivas (e respectivas indicações) e na execução das transferências especiais (‘emendas pix’)”, afirmou a nota. Segundo o projeto aprovado, só comissões permanentes do Congresso poderão apresentar emendas. O texto estabelece que deverá haver uma identificação “precisa” sobre os motivos e proíbe a “designação genérica”. Não diz, porém, quais seriam esses critérios.

Do Poder 360.

O artista plástico pernambucano José Ferreira de Carvalho, conhecido como Ferreira, abre nesta quinta-feira (21) a exposição “50 anos Ferreira de Arte”, comemorando seu meio século de trajetória artística. Pela primeira vez, o ateliê e galeria do artista, localizado em Campo Grande, Zona Norte do Recife, estará aberto ao público.

A mostra reúne 140 obras, incluindo telas, painéis e esculturas em cerâmica e ferro, apresentando as diversas fases e facetas da carreira de Ferreira. A exposição será gratuita, com visitação de 21 de novembro a 20 de dezembro, das 14h às 18h, mediante retirada de convites no site www.50anosferreiradearte.com.br.

Realizada pela Métron Produções, com apoio do Ministério da Cultura via Lei Rouanet, a exposição conta com o patrocínio de empresas como Toyota, Toyolex, Atiaia Renováveis e MV. O evento oferece um mergulho na obra de Ferreira, explorando oito períodos estilísticos que marcaram sua carreira. Os visitantes poderão apreciar séries como “Amazônia”, “Naif”, “Eu e os Mestres”, “Esculturas e Máscaras em Cerâmica”, “Abstrata”, “Castiçais”, “Amigos” e “Caboclo de Lança”.

Com um acervo que revela a pluralidade de técnicas e interpretações artísticas do pernambucano, a mostra é uma oportunidade única para conhecer de perto o universo criativo de Ferreira, celebrando cinco décadas de dedicação às artes plásticas.

O relatório da Polícia Federal (PF) conclui que Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” do plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O resultado da investigação deve ser entregue ainda nesta quinta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Indiciamento de Bolsonaro

Apuração da CNN mostra que a PF deve indiciar Bolsonaro e seus aliados no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil depois do resultado das eleições presidenciais de 2022.

Ex-ministros como o general Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, também devem aparecer no relatório final das investigações.

A CNN entrou em contato com todos os citados para se manifestarem sobre os possíveis indiciamentos no inquérito referente à tentativa de golpe de Estado.

O general Augusto Heleno disse que não vai se manifestar e a defesa de Anderson Torres afirmou que irá aguardar a confirmação do indiciamento. Os demais ainda não se manifestaram.

Plano golpista

A Polícia Federal investiga uma organização que planejava matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo era dar um golpe de Estado e manter Bolsonaro na Presidência.

Na terça-feira (19), os envolvidos na elaboração do plano golpista foram presos pela PF.

O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, dado na terça (19) foi o último para a corporação finalizar o inquérito que apura a trama golpista.

O presidente Lula (PT) disse nesta quinta-feira (21) que tem que agradecer por estar vivo, após a revelação da Polícia Federal de um plano golpista em 2022 que planejava assassiná-lo.

“Sou um cara que tem que agradecer agora muito mais porque eu estou vivo. A tentativa de envenenar eu e o [Geraldo] Alckmin não deu certo, estamos aqui”, disse.

Esta foi a primeira declaração de Lula sobre o episódio, relevado por operação da PF deflagrada na última terça-feira.

O presidente disse ainda que é preciso construir país “sem perseguição, sem estímulo do ódio, sem estimulo da desavença”.

Lula prosseguiu com recados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), investigado na condição de mentor nas iniciativas golpistas: “Não quero envenenar ninguém, não quero nem perseguir ninguém. Quero é que, quando terminar meu mandato, a gente desmoralize com números aqueles que governaram antes de nós.”

“Quero medir com números quem fez mais escolas nesse país, quem cuidou mais dos pobres, quem fez mais estrada, mais ponte, mais salario mínimo. Isso que quero medir, isso que conta no resultado da governança”, afirmou.

A declaração foi feita durante cerimônia de divulgação do Programa de Otimização de Contratos de Concessão de Rodovias, no Palácio do Planalto.

A PF realizou na terça-feira (19) uma operação que prendeu cinco suspeitos de atuar em um plano de golpe de Estado no Brasil, no fim de 2022, que envolveria matar o petista, Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

As informações divulgadas pela PF nesta terça apontam pela primeira vez para um plano operacional de golpe de Estado articulado por integrantes do governo Bolsonaro.

Fases anteriores da investigação já haviam indicado discussões sobre minutas golpistas e pressões para os chefes das Forças Armadas apoiarem uma ruptura institucional.

Integrantes do governo, apesar de saberem das intenções golpistas de adversários para que não assumissem o posto em 2023, foram pegos de surpresa com o plano de assassinato.

Após o evento nesta quinta-feira (21), o ministro Renan Filho falou sobre tema, e relacionou o fato de o Brasil receber menos investimentos com a instabilidade política pelo governo antecessor.

“Lula disse, em seu discurso, que quando se reelegeu, a principal promessa que ele fez ao povo brasileiro foi resgatar a normalidade democrática. Resgatar o cumprimento do papel das instituições”, disse.

“E isso certamente é muito relevante no sentido de garantir um ambiente propício para o investimento privado. Porque ninguém investe o seu recurso num país que ataca as suas próprias instituições. Que estimula briga, que planeja golpe. Muito menos ainda que planeja até assassinar os seus próprios líderes democraticamente eleitos. Por isso é que o Brasil tinha menos capacidade de receber investimentos num período muito recente agora do passado”, completou.

Da Folha de São Paulo.