Aqui, na divisa do Ceará com Pernambuco, no município do Jati, há uma parada obrigatória para apreciar: um cenário belíssimo da Transposição do Rio São Francisco. A queda d’água é fantástica.
Aqui, na divisa do Ceará com Pernambuco, no município do Jati, há uma parada obrigatória para apreciar: um cenário belíssimo da Transposição do Rio São Francisco. A queda d’água é fantástica.
Por Jorge Henrique Cartaxo e Lenora Barbo*
Especial para o Correio Braziliense
“Rio de Janeiro, 19 de maio de 1939.
Excelentíssimo Senhor
Doutor Getúlio Vargas
M.D. Presidente da República
RIO DE JANEIRO
Respeitosos cumprimentos.
A construção de Goiânia implicou demorados estudos, pesquisas e experiências baseadas no que já havia sido feito no Brasil e em outros países, em planos, comparações, críticas e, mais do que tudo isso, em lutas vitoriosas contra as dificuldades do meio. Nessas batalhas adquirimos, naturalmente, experiência, tirocínio e capacidade de trabalho que, acreditamos, poderão ser úteis à nossa Pátria, nesta fase em que o ritmo do progresso nacional se acelera intensamente.
São esses fatos, senhor Presidente, que nos trazem aqui para nos colocarmos à disposição de Vossa Excelência. A questão da Nova Capital da República tem sido uma velha aspiração de todo o nosso povo. Sendo assim, pedimos vênia para consultar Vossa Excelência sobre a oportunidade — que nos parece favorável — de tratar do grande problema da Nova Capital Federal.
Leia maisDado, senhor Presidente, o progresso que presenciamos no Estado de Goiás com a mudança de sua capital; Dado os benefícios que igualmente se estenderam ao Estado de Minas Gerais com a criação de Belo Horizonte.
Antecipamos, senhor Presidente, a nossa fé e o nosso entusiasmo pelos benefícios que advirão à Pátria com a interiorização da Capital Federal, se, ao invés de cristalizar o assunto em dispositivos constitucionais, como fizeram nossos dirigentes de antanho, Vossa Excelência houver por bem lançá-lo no campo das realizações concretas.
Saúde e fraternidade.
Jeronymo Coimbra Bueno
Abelardo Coimbra Bueno.”
Com esse documento, após a conclusão da primeira etapa da construção de Goiânia (1933–1937), iniciava-se a grande mobilização política liderada pela família Coimbra Bueno — especialmente por Jeronymo Coimbra Bueno — pela construção de Brasília e pela ocupação “civilizatória” do Brasil Central, numa aventura quase épica. Vargas, contudo, não responderia ao apelo dos irmãos Coimbra Bueno na forma desejada nem naquele momento. Somente em 8 de agosto de 1940, na sessão de fundação da “Cruzada Rumo ao Oeste” — iniciativa dos Coimbra Bueno —, realizada na sede do Automóvel Clube de Goiás, Getúlio destacaria a importância geopolítica da ocupação econômica e urbana do Brasil Central.
“Convidado a presidir esta sessão, devo declarar, antes de encerrá-la, que a sociedade ora fundada tão oportunamente em Goiânia, com o nome de ‘Cruzada Rumo ao Oeste’, é merecedora de nosso apoio e aplauso, pois pretende, pela propaganda, desenvolver o pensamento e a ação em torno desse tema, que é um roteiro da nossa civilização. Após a reforma de 10 de novembro de 1937, incluímos essa Cruzada no programa do Estado Novo, afirmando que o verdadeiro sentido de brasilidade é a Marcha para o Oeste. […] Assim, o programa Rumo ao Oeste é o reatamento da campanha dos construtores da nacionalidade — dos bandeirantes e sertanistas —, integrando os modernos processos de cultura. Precisamos promover essa arrancada sob todos os aspectos e com todos os métodos, a fim de sanar os vazios demográficos de nosso território e fazer coincidir as fronteiras econômicas com as fronteiras políticas”, afirmou Getúlio Vargas, apoiando os primeiros passos de uma mobilização que se faria sentir até a inauguração de Brasília, em 1960.
Orozimbo Souza Bueno (1875–1962) e Umbelina Coimbra Bueno, pais de Jeronymo (1909–1996) e Abelardo (1911–2003), formavam uma família próspera no município de Rio Verde. Empreendedor de sucesso e dono de vários negócios na região, Orozimbo era proprietário da “Companhia Auto-Viação Sul Goiana”, fruto da expansão cafeeira impulsionada pela construção da estrada de ferro no sul de Goiás nas primeiras décadas do século XX. Pedro Ludovico, membro do Conselho Fiscal da Companhia, já demonstrava, então, sua proximidade e vínculo com a família Coimbra Bueno.
Em 1929, Jeronymo, com 20 anos, e Abelardo, com 17, alunos do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, ingressaram simultaneamente na Escola Politécnica e na Escola de Belas Artes. Foi o mesmo ano em que Lúcio Costa assumiria a direção da Escola e Le Corbusier, em sua primeira visita ao Brasil, proferiria uma série de palestras no Rio. Não é improvável que os irmãos Coimbra Bueno tenham se encontrado com a jovem e diligente Carmem Portinho — já engenheira e também formada pela Escola de Belas Artes — que, dez anos depois, como urbanista, elaboraria o primeiro anteprojeto modernista para a nova capital no Brasil Central.
Jeronymo e Abelardo diplomaram-se em 1933. Entre o ingresso e a conclusão do curso, testemunharam profundas transformações no Brasil e no mundo. A quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, desencadeou uma grave crise na economia mundial. No Brasil, a crise do café provocou o colapso da chamada República Velha. A Revolução de 1930 foi o grande resultado político daquele contexto.
Especificamente para os negócios da família Coimbra Bueno, a conjuntura política e econômica acabou sendo, de certo modo, favorável: o amigo da família, Pedro Ludovico, ascendeu ao poder com Getúlio Vargas; e o movimento migratório em direção ao Oeste intensificou o transporte sobre rodas, um dos principais ramos da família. Ainda em 1933, no cenário internacional, Hitler assumia formalmente o poder como chanceler da Alemanha.
Alguns conceitos estavam fortemente presentes na formação de Jeronymo Coimbra Bueno ao deixar a Politécnica: o urbanismo e os desafios das cidades modernas. Desde a segunda metade do século XIX até meados do século XX, no Ocidente, temas como paisagismo, saneamento, grandes avenidas, sistemas viários, salubridade, praças, parques e ferrovias desafiavam o mundo moderno. A política e o poder público eram inseparáveis na condução e construção desses novos espaços urbanos. Em 1933, foi fundada a Coimbra Bueno & Penna Chaves Ltda., sediada na Rua Álvaro Alvim, nº 33, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, o sócio Penna Chaves deixaria a empresa.
Em 1934, após um intenso diálogo crítico com o interventor Pedro Ludovico sobre o projeto de Goiânia — conduzido pelo arquiteto e urbanista Attilio Corrêa Lima —, os irmãos Coimbra Bueno, sobrinhos da primeira-dama Gercina Borges Teixeira, assumiram a construção da nova capital de Goiás. Em 1938, concluídas as obras fundamentais para a sede do governo e os bairros habitacionais, Jeronymo e Abelardo receberam o título de “Construtores da Cidade de Goiás”.
Em 1939, enviaram a famosa carta a Vargas, já mencionada acima. No mesmo ano, criaram a Fundação Coimbra Bueno pela Nova Capital. Em agosto de 1940, com a presença do presidente da República, inauguraram a “Cruzada para o Oeste”, um projeto da Fundação. A FCB desempenhou papel relevante em todo o país, com palestras, seminários e publicações em defesa da construção de Brasília e da ocupação moderna do Brasil Central.
Ainda em 1940, foi criado o jornal “Rumo ao Oeste” e, em 1945, a “Rádio Brasil Central”. O objetivo era o mesmo: divulgar e valorizar as imensas possibilidades econômicas do Brasil Central, especialmente de Goiás, Goiânia e Brasília. Moderna e poderosa, a rádio dos Coimbra Bueno, com ondas curtas, médias e tropicais, podia ser ouvida em quase todo o território nacional, com uma linha editorial explicitamente “mudancista”. Integrava uma ampla estrutura de comunicação do grupo político e econômico, que incluía o “Jornal de Brasília”, encarte do semanário Singra, com tiragem de milhares de exemplares. A revista Singra (Suplemento Intergráfico), coordenada por Cândido Mendes, trazia temas históricos, culturais e perfis de personalidades da época.
Em novembro de 1955, já senador por Goiás, Jeronymo Coimbra Bueno, em uma extraordinária demonstração de liderança política e decisão, deu um passo definitivo para a construção de Brasília: convidou todos os senadores da República a se reunirem no plenário do Palácio Tiradentes — então sede da Câmara dos Deputados. Nessa sessão, apresentou destaque orçamentário consignando verba de 120 milhões de cruzeiros para a desapropriação total da área do novo Distrito Federal. A proposição foi aprovada por maioria absoluta. Em julho de 1956, também por iniciativa de Coimbra Bueno, foi constituído, com apoio multipartidário de deputados e senadores, o “Grupo de Trabalho pela Nova Capital do Brasil”.
“Indispensável uma boa coordenação de esforços entre os membros do Legislativo e deste com os demais poderes, objetivando a criação da nova cidade e o consequente desenvolvimento da civilização também no interior”, justificou o senador de Goiás.
Jeronymo Coimbra Bueno foi eleito governador de Goiás em 1947 e integrou as Comissões Polli Coelho e Caiado de Castro, responsáveis pela escolha da localização da Nova Capital.
*Jorge Henrique Cartaxo, jornalista e diretor de Relações Institucionais do IHGDF | Lenora Barbo, arquiteta e diretora do Centro de Documentação do IHGDF
Leia menosA Câmara dos Deputados já gastou R$ 3,3 milhões para bancar os gabinetes de parlamentares presos ou fora do Brasil, sem registro de presença em sessões. O levantamento, divulgado pelo Estadão, mostra que o ex-deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), cassado em abril após um ano preso, e os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP), ambos impedidos de receber salário por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), continuam com gabinetes ativos, servidores e despesas pagas pela Casa.
O caso provocou indignação entre parlamentares e reacendeu o debate sobre a blindagem e os privilégios dentro da Câmara, em meio a uma crise de credibilidade do Legislativo. As informações são do portal Congresso em Foco.
Leia maisTrês gabinetes, milhões em gastos e nenhum trabalho
Em menos de dois anos, os gabinetes dos três deputados consumiram R$ 3,3 milhões dos cofres públicos — R$ 1,9 milhão de Chiquinho Brazão, R$ 900 mil de Eduardo Bolsonaro e R$ 300 mil de Carla Zambelli.
Mesmo presos ou ausentes do país, os parlamentares mantêm equipes numerosas:
Carla está presa na Itália, enquanto Eduardo articula sanções contra o Brasil e autoridades brasileiras, alegando que o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, é perseguido judicial e politicamente.
Mesmo com os parlamentares sem desempenhar o mandato, os gabinetes continuaram operando sob justificativas burocráticas. Em nota, a equipe de Zambelli afirmou que segue “desempenhando suas funções legislativas e administrativas”, mesmo com a deputada presa na Itália após ser condenada pelo STF a dez anos de prisão pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela foi condenada a mais de cinco anos de prisão por perseguição com arma de fogo a um jornalista.
“Deputado home office” e acordões no Congresso
A manutenção das estruturas levou o vice-líder do governo, Alencar Santana (PT-SP), a apresentar um projeto que proíbe o “deputado home office”, aquele que, mesmo afastado do país, mantém gabinete e equipe pagos com recursos públicos.
“É ilógico ser eleito para exercer função na Câmara e ficar em outro país”, afirmou Santana ao Estadão. “Deputados que não exercem o mandato plenamente não podem custar milhões aos cofres públicos.”
Mas o descontentamento na base governista foi além. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou a situação como “um absurdo e um escárnio”, afirmando que há “um acordão para blindar os bolsonaristas”.
Cassações paradas
Os processos contra Zambelli e Eduardo Bolsonaro seguem travados. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ainda não julgou o pedido de perda de mandato da deputada, e o Conselho de Ética avalia o caso de Eduardo, cujo relator, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), pediu o arquivamento.
Mesmo assim, Eduardo poderá perder o mandato em 2026 por excesso de faltas, caso continue sem registrar presença. De acordo com Lindbergh, há um “acordão” na Câmara para que Eduardo perca o mandato por ausências, em vez de ter seu processo analisado pelos colegas. Com a cassação por faltar a mais de um terço das sessões sem justificativa, ele continua elegível para o próximo ano e poderá se candidatar novamente, o que não ocorreria com o julgamento no Plenário.
Leia menosO deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) enviou um ofício ao ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, solicitando a reavaliação da proposta de aumento da alíquota de importação sobre produtos de poliéster.
A iniciativa foi alinhada com o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Helinho Aragão, e reflete a preocupação com o impacto econômico e social que a medida pode causar no Polo de Confecções do Agreste Pernambucano, que abrange os municípios de Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru — um dos maiores centros de produção de vestuário do país.
Leia maisSegundo Carreras, um aumento tarifário sobre essa matéria-prima elevaria os custos de produção, reduziria a competitividade dos pequenos e médios confeccionistas e ameaçaria milhares de empregos formais e informais que sustentam a economia regional.
“Essa medida preocupa muito o Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco, especialmente Santa Cruz do Capibaribe, Toritama e Caruaru, que depende diretamente desses insumos. Um aumento tarifário agora pode acabar sobrepondo medidas, encarecendo os insumos e afetando milhares de empregos na região”, destacou Carreras.
No documento encaminhado ao Ministro, o parlamentar também chamou atenção para a Circular SECEX nº 74, de 29 de setembro de 2025, que já reconheceu indícios robustos de prática de dumping nas importações de malhas de poliéster originárias da China, aplicando direitos antidumping provisórios para neutralizar práticas desleais de comércio.
O deputado enfatizou a necessidade de que qualquer alteração tarifária seja precedida de estudos técnicos e diálogo com o setor produtivo, garantindo o equilíbrio entre a proteção da indústria nacional e a competitividade das empresas brasileiras.
Felipe Carreras também informou que terá uma reunião com o ministro Geraldo Alckmin ainda nesta semana, para aprofundar o debate sobre o tema e defender os interesses do Polo de Confecções do Agreste, reafirmando seu compromisso com a geração de renda e o fortalecimento da indústria pernambucana.
Veja documento na íntegra:
Por Estadão Conteúdo
Com o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos sobre produtos importados brasileiros, o Brasil corre o risco de perder espaço no maior mercado consumidor de café do mundo a partir das próximas safras e ser substituído por outros fornecedores. O alerta é do diretor executivo do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Marcos Matos.
“O grande receio é perder o maior mercado global, onde estão as principais empresas. É um prejuízo enorme perder o acesso ao maior mercado global para seus concorrentes”, afirmou Matos, em entrevista exclusiva ao Broadcast nas Redes.
Leia maisDiante da sobretaxa que atinge o café brasileiro, outros países, como México, Honduras e Colômbia, passaram a exportar maior volume aos Estados Unidos. “Levamos muito tempo para conquistar o primeiro lugar no mercado americano.
Com novas safras vindo e perspectiva de maior colheita em importantes players, o grande risco é o Brasil ser o maior fornecedor e depois ir para o fim da fila e perder espaço nos blends deste grande mercado, quando a produção mundial de café aumentar. O caminho é resolver isso o mais rápido possível”, observou Matos.
O Brasil, por sua vez, redirecionou parte do que deixou de vender aos EUA para países europeus, árabes e asiáticos, minimizando efeitos sobre a balança comercial do setor em movimento de realocação no mercado mundial.
No acumulado de janeiro a setembro, o Brasil exportou 29,105 milhões de sacas, queda de 20,5% em relação aos nove meses de 2024, enquanto a receita gerada saltou 30%, para US$ 11,049 bilhões.
Com a aplicação da alíquota, os Estados Unidos saíram de principal destino do café brasileiro em julho, antes da vigência da sobretaxa, para o terceiro destino em setembro, perdendo o posto de maior importador de cafés do Brasil para a Alemanha. Segundo o Cecafé, os impactos para os exportadores de café são “incalculáveis”.
“Há um prejuízo enorme com custo de postergação de contratos e suspensão e cancelamento de contratos, por isso, não temos outra estratégia se não a isenção total aos cafés brasileiros. Se não resolvermos isso o mais rápido possível, além dos exportadores, os impactos chegarão aos produtores”, apontou o CEO do Cecafé.
Dados do conselho apontam para queda de 52,8% nos embarques do grão ao mercado norte-americano em setembro, adquirindo 332.831 sacas. No ano passado, a exportação brasileira de café para os EUA somaram 8,1 milhões de sacas e US$ 2 bilhões, 16% de tudo que o País exportou.
“O aumento de 40% no preço internacional do café somado à tarifa de 50% sobre o grão brasileiro inviabiliza os embarques”, apontou. O Brasil responde por 34% de tudo que os Estados Unidos consome de café. “76% dos americanos consomem café diariamente. São dois países insubstituíveis no comércio de café”, pontuou o diretor-executivo do Cecafé.
O setor exportador defende que o café seja incluído na lista de exceções ao tarifaço. As sinalizações dos importadores é de que o produto é o item número 1 na lista, segundo Matos, para potenciais novas exceções.
A abertura de diálogo entre os países, que começou com a conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos EUA, Donald Trump, e a missão diplomática brasileira ao governo americano, pode contribuir nesse movimento, segundo Matos. “Talvez seja factível a suspensão geral da tarifa ou a ampliação da lista. O importante é virar a página das tarifas”, defendeu o CEO do Cecafé.
O impacto inflacionário do encarecimento do café, que registrou em agosto a maior alta no varejo americano desde 1997 nove vezes superior à média, bem como os efeitos já sentidos pelos consumidores e o fim do estoque da indústria local influenciam ainda no convencimento das autoridades e na pressão da opinião pública para isenção do café, avalia o Cecafé.
Em paralelo, o setor busca também a diversificação de mercados. Para Matos, os movimentos de preservação de mercados consolidados, como Estados Unidos e Europa, e a abertura de novos destinos são pautas distintas que não devem se sobrepor. China e Austrália despontam entre os países em crescimento do consumo do grão brasileiro.
Nesse cenário de escalada tarifária, estoques mundiais baixos e incertezas quanto à nova safra, os preços do grão tendem a seguir elevados no mercado internacional pelo menos até o fim do ano.
Leia menosO ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou, neste domingo (19), que o grupo radical Hamas “pagará um preço alto”, acusando-o de violar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, em meio à nova ofensiva israelense sobre o território palestino. Segundo Katz, caso o grupo não entenda a mensagem dos novos ataques, a resposta “será cada vez mais severa”.
O Exército israelense confirmou ter bombardeado Gaza, na área de Rafah, no sul, com a justificativa de “eliminar a ameaça e desmantelar alçapões de túneis e estruturas militares usadas para atividades terroristas”. As informações são do portal Metrópoles.
Leia maisCessar-fogo
O cessar-fogo entre Israel e Hamas corre riscos após ambos se acusarem de violar o acordo. Segundo o porta-voz do Exército israelense, Avichay Adraee, o ataque realizado contra Gaza mais cedo ocorre após “repetidas violações do acordo de cessar-fogo e o ataque criminoso realizado por elementos terroristas do Hamas”.
O Hamas, por sua vez, afirmou não ter conhecimento de nenhum incidente ou confronto em Rafah envolvendo Israel e reforçou que cumpre os acordos do cessar-fogo. “O contato está cortado com os grupos restantes que temos lá desde o retorno da guerra em março deste ano, e não temos informações se eles foram mortos ou ainda estão vivos desde então. Portanto, não temos relação com quaisquer eventos que ocorram nessas áreas”, afirmou o grupo.
O Exército de Israel informou ainda nesta tarde ter lançado uma “onda massiva” de ataques no sul de Gaza: “O IDF [Forças de Defesa de Israel] iniciou uma série de ataques contra alvos terroristas do Hamas no sul da Faixa de Gaza.”
Até o momento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que permite os ataques, sob o mesmo argumento de que o grupo Hamas violou o acordo. Os principais mediadores do conflito ainda não se pronunciaram.
Leia menosO vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, deixou o partido Novo para se filiar ao PSD de Gilberto Kassab. O evento de filiação será no dia 27 de outubro, em um hotel de Belo Horizonte.
Simões concorrerá ao governo mineiro em 2026 com o apoio do atual titular do cargo, Romeu Zema (Novo). Zema deixará o comando do Estado em abril, para disputar as eleições — ele se apresenta como pré-candidato ao Planalto, mas pode seguir outro rumo. O vice, portanto, vai às urnas sentado na cadeira de governador. As informações são do Poder360.
A filiação de Simões ao PSD mexe na disputa pelo governo de Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do Brasil, com 16,5 milhões de eleitores. Isso porque Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e Rodrigo Pacheco, senador aliado do presidente, são possíveis candidatos ao comando do Estado e estão filiados ao PSD.
Com Simões no partido de Kassab, as portas se fecham para os dois governistas. Além disso, o apoio do atual governador tende a dar impulso ao vice. Zema tem o governo aprovado por 63,6% dos mineiros, segundo um levantamento da Paraná Pesquisas divulgado no início do mês.
Presidente do PSD, Kassab pode oferecer uma vaga de candidato ao Senado para Silveira ou Pacheco. Se esse cenário se concretizar, a situação será inusitada: Simões, um candidato ao governo de oposição a Lula, e Silveira ou Pacheco disputando o Senado como apoiadores do presidente.
Uma outra opção de Lula para o governo de Minas é Alexandre Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte. Na quarta-feira (15), Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais e ex-presidente do PT, participou de um jantar em Brasília para celebrar a filiação de Kalil ao PDT.
Nota oficial
O PSD de Kassab divulgou neste domingo (19) uma nota oficial sobre a filiação de Simões. Eis a íntegra:
“O Partido Social Democrático (PSD), por meio de seu presidente nacional, Gilberto Kassab, tem a satisfação de anunciar a chegada às suas fileiras do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões.
Esse movimento de alinhamento é fruto de uma construção conjunta entre o PSD e o Partido Novo, reforçando o compromisso de ambos com o fortalecimento da boa política e a busca por resultados concretos para a população.
O ato de filiação ocorrerá no dia 27 de outubro pela manhã, em Belo Horizonte, com a presença confirmada do governador Romeu Zema, de lideranças nacionais e estaduais do PSD, do Partido Novo e representantes de partidos aliados.
Na ocasião, Mateus Simões, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, e o presidente estadual do PSD em Minas Gerais, deputado Cássio Soares, estarão à disposição da imprensa para tratar do assunto.
Gilberto Kassab
Presidente Nacional do PSD
Dep Cássio Soares
Presidente Estadual do PSD”.
Benjamin Netanyahu (Likud, direita) confirmou ontem (18) que disputará as próximas eleições parlamentares israelenses. O primeiro-ministro afirmou que pretende “vencer” o pleito marcado para outubro de 2026.
O anúncio se deu diante de um impasse no acordo de cessar-fogo com o Hamas, intermediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano). Neste domingo (19), Israel lançou um ataque aéreo a Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Netanyahu acusa o Hamas de violar o acordo. As informações são do Poder360.
Durante entrevista concedida ao Canal 14 de Israel ontem (18), Netanyahu respondeu diretamente a perguntas sobre seus planos políticos. Afirmou ainda que o conflito com o Hamas só terminará “quando os termos do acordo forem implementados”, enfatizando a necessidade de devolução de corpos de civis sequestrados em 7 de outubro de 2023 que ainda estão com o grupo extremista.
Cenário eleitoral
As eleições parlamentares israelenses estão marcadas para 27 de outubro de 2026. Pesquisas eleitorais indicam que o partido do primeiro-ministro pode conquistar entre 27 e 34 cadeiras das 120 do Parlamento israelense. Considerando as legendas que hoje formam o governo, a margem para formar maioria é pequena, com projeções apontando entre 48 e 66 assentos.
Netanyahu enfrentou diversas manifestações populares em Israel antes do acordo de cessar-fogo com o Hamas, assinado no Egito na segunda-feira (13).
Leia menosEm declaração em suas redes sociais neste domingo (19), o deputado estadual Waldemar Borges não poupou críticas à governadora Raquel Lyra, afirmando que ela foi “desmascarada” ao tentar manipular a opinião pública em um movimento estratégico para colocar a população contra a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Segundo Borges, a governadora insinuou que “Pernambuco tinha pressa” para aprovar um empréstimo de R$ 1,5 bilhão, mas a verdade é que os cidadãos estão atentos e não se deixam enganar por discursos vazios e enganosos.
Borges destacou que, enquanto Raquel Lyra buscava justificar a urgência do empréstimo, o que realmente estava em jogo era a falta de transparência do governo. “Pernambuco e os pernambucanos sabem que sempre quisemos informações claras e precisas”, afirmou. Para o deputado, o esforço da governadora para criar um clima de desconfiança contra a Alepe teria ficado claro.
A situação se complica ainda mais ao se considerar que o governo já havia avançado com obras de infraestrutura, como o Arco Metropolitano e a duplicação da BR-232, utilizando recursos que deveriam ser destinados ao novo empréstimo. O deputado ressalta que essa manobra representa um verdadeiro “drible” na população, que merece esclarecimentos sobre a real destinação dos recursos. “A gente avisou! O povo não pode ser enganado”, conclui Waldemar.
Do Brasil de Fato
Neste domingo (19), os bolivianos voltam às urnas para escolher o próximo presidente em um segundo turno inédito na história recente do país. Pela primeira vez em duas décadas, a esquerda está fora da disputa. Os eleitores terão que decidir entre Rodrigo Paz, do Partido Democrata Cristão, e Jorge “Tuto” Quiroga, da coalizão Aliança Livre, ambos representantes de espectros distintos da direita boliviana.
O resultado do primeiro turno, realizado em 17 de agosto, expôs o colapso eleitoral do Movimento ao Socialismo (MAS), que governou o país entre 2006 e 2025. Paz obteve 32,1% dos votos e Quiroga, 26,8%. Já as candidaturas associadas à esquerda somaram pouco mais de 7% dos votos, número pulverizado entre diversos nomes e atingido por uma campanha intensa pelo voto nulo.
Leia maisPara o professor Gladstone Leonel Júnior, da Universidade de Brasília (UnB), o atual cenário é consequência de uma série de fatores acumulados desde o golpe de Estado de 2019. “O que aconteceu naquele período contribui em larga medida para entendermos o resultado das eleições atuais”, avalia. Ele aponta a fragmentação da esquerda, a crise econômica e o afastamento do ex-presidente Evo Morales da disputa como elementos centrais.
Morales, impedido de concorrer por decisão judicial, lançou uma campanha pelo voto nulo que teve forte adesão e atingiu 19,3% dos votos válidos. “Sem Evo Morales dificilmente a esquerda volta a governar a Bolívia”, considera Gladstone. Segundo ele, o ex-presidente ainda pode ter papel decisivo no futuro político do país, “seja como candidato, seja como articulador de um bloco popular”.
O fim da hegemonia do MAS é resultado direto da ruptura entre Evo Morales e Luis Arce, seu ex-ministro da Fazenda e atual presidente. A tensão entre os dois chegou ao ápice em 2023, quando Morales acusou Arce de traição e teve seu partido negado pela Justiça Eleitoral. Já Arce, acuado pelas críticas e pelo enfraquecimento econômico de seu governo, retirou sua candidatura em maio.
Diante do impasse, a esquerda lançou duas candidaturas principais: Eduardo del Castillo, apoiado pela direção do MAS, e Andrónico Rodríguez, ligado ao setor cocalero e visto como herdeiro político de Morales. Nenhum dos dois ultrapassou a marca dos 10% nas urnas. A divisão interna impediu qualquer tentativa de unidade diante do avanço das candidaturas conservadoras.
Além da crise política, a Bolívia enfrenta inflação anual de 25%, desabastecimento de combustíveis e alta nos preços dos alimentos. Problemas que fragilizaram ainda mais a imagem do governo Arce. “As reformas econômicas precisavam ser renovadas, mas Arce não as fez”, afirma Gladstone Júnior. “Isso impacta diretamente a vida das pessoas.”
Quem são os candidatos
Rodrigo Paz: herdeiro político busca ocupar centro-direita
Filho do ex-presidente Jaime Paz Zamora, Rodrigo Paz é senador por Tarija e emergiu como alternativa conservadora com discurso de renovação política. Apesar da imagem modernizante, sua candidatura está ancorada nas elites tradicionais e no empresariado de Santa Cruz de La Sierra, região mais rica do país.
Paz capturou votos de setores indecisos e até de antigos eleitores do MAS em El Alto, segundo analistas. Suas propostas defendem arrocho fiscal e fortalecimento das alianças comerciais com setores privados. Ainda que se posicione no campo da centro-direita, suas posições são distantes das agendas indígenas ou populares construídas nos governos de Evo Morales.
Segundo Gladstone Júnior, Paz “busca algum equilíbrio com o Brics e o Mercosul”, em contraposição ao discurso mais alinhado com Washington do adversário.
Tuto Quiroga: neoliberalismo e alinhamento com os EUA
Jorge Quiroga, conhecido como “Tuto”, foi presidente da Bolívia entre 2001 e 2002 após a renúncia do ditador Hugo Banzer, de quem era vice. Desde então, se manteve como um dos principais líderes da oposição ao MAS. Em sua breve presidência, aplicou políticas de privatização e alinhamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Com 65 anos, Quiroga representa a ala mais conservadora da direita boliviana. Seu discurso tem sido marcado por ataques a direitos conquistados durante os governos progressistas e defesa de uma política de “motoserra”, nos moldes de Javier Milei na Argentina. Sua trajetória inclui falas contra os movimentos indígenas e defesa da criminalização de movimentos populares.
Para o professor da UnB, Quiroga “vem com mais dinheiro e articulação com o empresariado e setores neoliberais”, e uma vitória sua poderia reaproximar a Bolívia dos Estados Unidos.
Disputa eleitoral ocorre em cenário de crise e incertezas
A Bolívia vive um cenário de instabilidade, marcado por retrocessos democráticos desde o golpe de 2019, que depôs Evo Morales sob alegações de fraude eleitoral apoiadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA). A ascensão da direita, segundo Gladstone Júnior, levou ao ataque de símbolos populares como a Constituição de 2009 e a bandeira Wiphala.
A Constituição Plurinacional, marco da refundação institucional da Bolívia, segue como importante instrumento de resistência. “Podem haver retrocessos, sim, mas a Constituição ainda tem força como instrumento de resistência popular”, avalia o professor. Mudanças constitucionais exigem referendos populares, o que limita as possibilidades de alterações unilaterais por parte do próximo governo.
Com a disputa entre dois projetos conservadores e a ausência de uma alternativa progressista no segundo turno, o futuro da Bolívia será decidido neste domingo sob um clima de incerteza política, crise econômica e a sombra persistente de Evo Morales.
Leia menosDa Folha de Pernambuco
O desabamento de um conjunto com oito residências deixou uma pessoa morta, no bairro de Ouro Preto, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A tragédia aconteceu pouco antes das 7h15 deste domingo (19).
Até o momento, dez pessoas foram socorridas, incluindo duas crianças. O Corpo de Bombeiros ainda realiza buscas por uma vítima soterrada identificada como Luzinete dos Santos Lima, de aproximadamente 69 anos. Mais conhecida como ‘Lúcia’, ela é cadeirante.
Leia maisA vítima fatal foi identificada como Cláudio dos Anjos da Silva, de 40 anos. “Quando a irmã dele me ligou para dizer que aconteceu o fato, eu estava no trabalho. Ela disse que ele estava no Hospital da Restauração com 100% do corpo queimado e estava entubado. Já ficamos tristes. Quando eu fui para lá, ela falou que não era ele. Estávamos torcendo para que ele tivesse saído para jogar futebol, pela manhã, como sempre fez. Era o sentimento da gente”, declarou em entrevista a garçonete Janaína Patrícia, de 38 anos, que era amiga de Cláudio.
Socorro
De acordo com o major da corporação, Melquizedek Calado, as cinco pessoas feridas foram socorridas e levadas às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais da RMR. Uma vítima ainda está sendo procurada nos escombros.
“No térreo tinha cinco residências e no primeiro andar, três. Totalizando, foram 12 vítimas e nós socorremos cinco. As demais vítimas foram retiradas ou por populares ou estavam presas no pavimento superior e fizemos as retiradas delas”, explica.
Explosão
Informações de moradores indicam que uma explosão teria causado o desabamento. Porém, o secretário de Defesa Civil de Olinda, Carlos Albuquerque, explica que a possibilidade ainda será investigada.
“Qualquer causa que levou a residência a colapsar é prematura. O que a gente precisa trabalhar agora é com o resgate das famílias para salvaguardar o bem maior que é a vida. Todo mecanismo de aparato que a gente possa dar as famílias está aqui”, afirmou.
Muitas residências
Segundo Melquizedek Calado, a operação se tornou complexa, porque foi difícil entender a descrição do ambiente, pelo fato do local comportar muitas residências no mesmo espaço.
“A gente precisava entender onde estava, mais ou menos, cada vítima. Depois, a dificuldade foi a retirada dos escombros. Agora, a gente concentra na busca de uma possível vítima que deve estar nesses escombros. O trabalho agora é para retirar esses destroços e chegar onde a vítima possivelmente está”, complementa.
Vizinho da frente, o servidor público Ednei do Nascimento, de 41 anos, relata que estava dormindo, quando tudo aconteceu, e acordou com um forte barulho de explosão.
“Minha esposa e eu ouvimos esse barulho como se algo estivesse explodindo e desmoronando ao mesmo tempo. Eu pensei que fosse aqui na frente da minha casa. Quando nos levantamos, vimos que não era. Foi uma correria muito grande. Teve quatro pessoas que entraram no terreno, mesmo com as coisas desabando”, relembra.
Estado dos feridos
As pessoas feridas apresentaram diversas situações. Uma teve parte do corpo queimado e foi levada ao Hospital da Restauração (HR). As outras tiveram politraumas.
Uma casa ao lado da estrutura que desabou, de número 231, ficou comprometida e foi interditada. A possibilidade de construção irregular também está sendo averiguada. Peritos do Instituto de Criminalística (IC) estão no local.
O que diz o Corpo de Bombeiros
Por meio de nota, o Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco informou que seus agentes seguem atuando no local, com apoio de cães farejadores, para localizar possíveis vítimas sob os escombros. Ao todo, 33 bombeiros participam da operação, distribuídos em nove viaturas de resgate, salvamento e comando operacional.
A área foi isolada pela Polícia Militar, que atua com quatro viaturas do 1º BPM, enquanto equipes da Defesa Civil Estadual e Municipal acompanham os trabalhos e farão a avaliação estrutural do imóvel. “Após o encerramento das buscas e a liberação do imóvel pelas Defesas Civis Estadual e Municipal, será dada continuidade às demais perícias na estrutura”, diz a nota.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia do Varadouro, ficará responsável pela investigação das causas do desabamento. Também foram acionados o SAMU e a Neoenergia para prestar apoio à operação.
Leia menosO Ministério da Saúde divulgou, na última sexta-feira (17), que o Brasil contabilizou, até o momento, 46 casos confirmados de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas. Ainda há 87 ocorrências em investigação.
Entre os casos confirmados, 38 foram em São Paulo, quatro no Paraná, três em Pernambuco e um no Rio Grande do Sul. Ao todo, 528 suspeitas foram descartadas. As informações são da Agência Brasil.
Leia maisEntre os casos ainda em investigação, a maior parte também está em São Paulo (44 notificações). As outras suspeitas estão em Pernambuco (23), Rio de Janeiro (6), Piauí (3), Mato Grosso do Sul (2), Goiás (2), Paraná (2) e Bahia (1), Espírito Santo (1), Minas Gerais (1), Paraíba (1) e Tocantins (1).
Mortes
Não houve nova confirmação do número de mortes causadas pela intoxicação por metanol desde a última quarta (15). São, ao todo, oito óbitos, que ocorreram no estado de São Paulo (seis pessoas) e em Pernambuco (duas).
Outros oito casos estão em investigação, sendo dois em São Paulo, três em Pernambuco, um no Mato Grosso do Sul, um em Minas Gerais e um no Parará. Ao todo, 26 suspeitas de mortes causadas por metanol foram descartadas.
Leia menosHá exatamente um ano, na manhã de 20 de outubro de 2024, o trio elétrico Zeus capotou em um trecho da rodovia PE-089, deixando três mortos e seis feridos. O veículo havia participado, na noite anterior, da festa de reeleição do prefeito Juarez da Banana (PSB) e seguia de volta quando o motorista perdeu o controle na temida Curva da Pedra, conhecida pelo alto risco de acidentes. As informações são do blog Machados.com.
Naquele domingo, o cenário foi de verdadeira operação de guerra. Ambulâncias de municípios vizinhos se uniram às equipes do SAMU e dos Corpos de Bombeiros de Macaparana e Carpina para socorrer as vítimas. O blog Machados.com esteve presente desde as primeiras horas, registrando o desespero das famílias, o esforço dos socorristas e o impacto de mais uma tragédia que mobilizou toda a região.
A tragédia reviveu lembranças dolorosas de 2004, quando a mesma Curva da Pedra foi palco do capotamento do ônibus da banda Metade, que vitimou a vocalista Dani e o motorista Birutinha. Nove pessoas estavam no trio Zeus no momento do acidente, sendo sete da equipe e duas acompanhantes. Renato William Rodrigues Lopes, motorista, e Wandemberg Sena da Silva, integrante da equipe, morreram no local. Entre as passageiras, Angélica da Silva Araújo também não resistiu. Um ano depois, a dor permanece, e a Curva da Pedra segue exigindo atenção e medidas de segurança para evitar novas tragédias.