Por Anthony Santana
Do Blog da Folha
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), que assumiu a presidência nacional do Partido Socialista Brasileiro no início do mês, admitiu o interesse em firmar uma federação com vários partidos. Após participar de reunião com o presidente do Cidadania, Conte Bittencourt, em Brasília, João deixou claro que existe convergência entre as duas legendas.
Em evento de comemoração dos 65 anos da CDL Recife, Campos ressaltou que, apesar da aproximação entre os líderes, a decisão final não dependerá de decisões isoladas, mas dos colegiados dos dois partidos.
“É uma conversa de aproximação partidária, entendendo os desafios que os partidos têm e com muita esperança de poder construir politicamente próximo. Não tenho nenhuma dúvida que, independente da forma como se poderá se dar ou não, há um interesse de se estar caminhando junto”, afirmou o gestor.
Leia maisJoão Campos também falou sobre a possibilidade de formar uma aliança do mesmo tipo com o Partido Democrático Trabalhista (PDT). De acordo com ele, o PSB já aprovou internamente a negociação com o partido presidido por Carlos Lupi e tem interesse em formar uma federação com três partidos ou mais.
“A gente já aprovou duas vezes na executiva a possibilidade desse diálogo, isso já foi tratado no partido, foi aprovado ainda sobre a liderança do presidente Carlos Siqueira, e as primeiras conversas foram conduzidas inclusive por ele. Agora o nosso interesse do PSB sempre foi de conversar, dialogar e tentar um arranjo que fortaleça, não apenas os partidos, mas uma posição de campo político que a gente acha que é importante”, pontou.
Dissidências
Questionado sobre a saída de prefeitos pernambucanos do PSB para o partido da governadora Raquel Lyra, o PSD, João Campos tratou com naturalidade a troca partidária. O gestor recifense aproveitou para mandar um recado indireto ao grupo político do PSD, afirmando que a sigla socialista tem força orgânica e não “artificial”.
“Não tem fidelidade partidária de cargo majoritário, então, entra um de um lado, sai do outro e por aí vai. O importante é ter convicção na caminhada e ter a certeza da força, é, que o nosso partido tem, não de forma artificial, mas principalmente de forma orgânica”, enfatizou Campos.
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