Vazamento em adutora interrompe abastecimento em nove municípios do Pajeú

Um vazamento de grande porte na Adutora do Pajeú, registrado na noite passada (14), suspendeu o fornecimento de água em nove municípios e três distritos do Sertão pernambucano. De acordo com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o problema ocorreu no trecho da adutora localizado no distrito de Albuquerque Né, em Sertânia.

Com isso, tiveram o abastecimento totalmente interrompido os municípios de Iguaracy, Carnaíba, Quixaba, Flores, Tabira, Santa Terezinha, Tuparetama, Itapetim e Brejinho, além dos distritos de Riacho do Meio (São José do Egito), Piedade (Itapetim) e o povoado de Placas de Piedade (Brejinho). Em Afogados da Ingazeira e São José do Egito, o fornecimento não foi suspenso, mas sofreu redução de vazão de 10% e 42%, respectivamente.

Técnicos da Compesa foram enviados ao local para executar os reparos. A companhia informou que a previsão é de que o sistema volte a operar a partir das 18h desta terça-feira (15), com retomada gradativa do abastecimento conforme o calendário de cada município. Com informações do Blog do Júnior Cavalcanti.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) desconversou ao ser perguntado se seria vice em uma eventual chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2026 e afirmou que o cargo “em qualquer chapa” seria honroso.

Em declarações ao comunicador alagoano Ildo Rafael, o deputado foi questionado se seria vice de Bolsonaro ou senador nas próximas eleições.

“Olhe, são dois cargos que honrariam qualquer brasileiro. Ser vice-presidente da República em qualquer chapa e ocupar uma vaga no Senado Federal, a Casa dos estados, são dois cargos muito honrosos”, disse.

Lira afirmou ainda que o momento ainda é de trabalho, conversa e definições. “O importante é que todas as forças políticas que detêm prestígio em Brasília se unam para que o estado se desenvolva, sem muitas fofocas, sem muitas especulações”, afirmou. “E 2026 a gente vai discutir com muita tranquilidade com nosso grupo político”. As informações são da Folha de São Paulo.

Por Matheus Leitão
Da Revista Veja

O maior problema não é o fato de o Partido Liberal ter conseguido assinaturas mais do que suficientes, 262, para aprovar o requerimento de urgência e tentar pautar o Projeto de Lei da Anistia.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, não é obrigado a pautar e os inúmeros projetos “urgentes” engavetados provam isso.O grande problema é o projeto em si. O texto já teve várias versões, mas a última assinada pelo relator Rodrigo Valadares (União-SE) é bem extensa e perigosa. Anistia tudo o que houve no 8 de Janeiro, e os fatos que o antecederam e os que vieram depois até a data de publicação da lei. O tempo coberto portanto é ilimitado.

Os fatos antecedentes podem ser quaisquer um, e o prazo para o que veio depois só acaba quando for publicada a lei. Tempo livre para golpes de Estado.

Há também ameaças às autoridades policiais e do Judiciário porque será punido com abuso de autoridade quem por acaso investigar, denunciar, receber denúncia ou processar essas pessoas que, pelo texto,…

Apesar de o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, garantir que não engloba crimes do ex-presidente Jair Bolsonaro, porque sua sentença não transitou, no texto está explicitamente dito que os autores intelectuais dos atos não serão punidos, e a anistia recai em quem não teve processo transitado em julgado. Está logo no parágrafo dois. “A anistia de que trata essa lei abrange quaisquer medidas de restrição de direitos, inclusive impostas por liminares, medidas cautelares, sentenças transitadas ou não em julgado”. Diz que a anistia cobre crimes cometidos com motivação politica e/ou eleitoral, e os tais “os crimes conexos”.

As brechas para ampliar a anistia a todos os outros autores, mesmo os que não estiveram presentes no 8 de janeiro, são muito grandes.

O maior perigo é a natureza dessa proposta que Jair Bolsonaro definiu como “ampla, geral e irrestrita”. Outro problema é tanta gente da base do governo Lula ter assinado, sem ler ou por ter lido, a urgência desse projeto. O Brasil vive uma semana de pauta única.

Um ato em defesa da causa animal será realizado nesta terça-feira (16), a partir das 10h, em frente à sede da Prefeitura do Recife. Organizada pelo Fórum Estadual de Bem-estar e Defesa Animal (FEBEMA), a manifestação tem como objetivo denunciar a falta de políticas públicas e cobrar ações concretas do poder público municipal para o enfrentamento do abandono e maus-tratos a animais na cidade.

Entre as principais críticas estão a precariedade do hospital veterinário público, a ausência de iniciativas do Gabinete de Direito dos Animais e o não cumprimento da Lei de Tração Animal, aprovada há mais de 12 anos. “O hospital precisa funcionar 24 horas, com estrutura adequada e especialidades médicas. Já o gabinete, que deveria coordenar essas ações, segue inoperante”, afirmou Cláudio Braga, presidente do FEBEMA.

Os organizadores também destacam a ausência de representatividade da causa animal na Câmara Municipal e a necessidade de orçamento próprio para garantir a continuidade dos trabalhos de ONGs e protetores independentes. “O prefeito João Campos ignora a pauta. A realidade é de promessas não cumpridas e descaso com quem atua diretamente no resgate e cuidado dos animais”, acrescentou Braga.

Por Ryann Albuquerque
Do Blog da Folha

O deputado estadual Antônio Moraes (PP) criticou a demora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em pautar propostas enviadas pelo Executivo, entre elas o pedido de empréstimo bilionário e a indicação de um novo administrador para Fernando de Noronha.

Segundo ele, os prazos para apresentação de emendas já se encerraram, e não há justificativa para manter os projetos parados.

“Já passou o prazo de emendas. O que o presidente da comissão deveria fazer era colocar em pauta. E coloquei à disposição dele também que o secretário da Fazenda e o secretário de Planejamento estão prontos para que o relator, deputado Waldemar Borges (PSB), possa esclarecer todas as dúvidas que tiver”, afirmou durante entrevista à Rádio Folha 96,7, nesta terça-feira (15).

O parlamentar destacou ainda que o papel fiscalizador da Assembleia deve ser exercido com responsabilidade, mas sem impedir o andamento de propostas relevantes para o Estado.

“O governo não tem dificuldade nenhuma em prestar contas. Vai enviar tudo que for solicitado. Agora, o que não pode é deixar os projetos parados enquanto Pernambuco vive um momento de avanço”, completou.

Obras no interior
Moraes também defendeu a atuação da governadora Raquel Lyra (PSDB), destacando o avanço das obras na Mata Norte e no Agreste. Segundo ele, a chefe do Executivo estadual tem promovido melhorias significativas na infraestrutura dessas regiões.

“Ela praticamente, até o fim do governo, vai resolver todas as estradas da Mata Norte. Agora em abril, vai entregar a ligação da BR-408 até a 101, passando por Aliança, Condado e Goiana. Tem também a PE-75, que liga Goiana a Serrinha, uma via fundamental para o comércio com Campina Grande”, ressaltou.

O deputado ainda citou a duplicação da rodovia entre Caruaru e Riacho das Almas, além da execução de acessos a áreas turísticas e distritos estratégicos para a mobilidade regional.

Por Raphael Guerra
Do JC

Nem mesmo a transferência para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, impediu o presidiário Osnir Cândido Urbano, o Osnir Cabeça, de continuar dando ordens para o tráfico de drogas e os homicídios em Pernambuco. Líder do Comando Litoral Sul (CLS), antigo Trem Bala, ele foi um dos alvos da operação Kéfale, deflagrada nesta terça-feira (15) para desarticular a facção que atua sobretudo na praia de Porto de Galinhas, Litoral Sul do Estado.

A operação é resultado de uma investigação conduzida há mais de dois anos pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Pernambuco (Ficco/PE). Ao todo foram cumpridos, até agora, 53 mandados de prisão preventiva – sendo 14 em presídios federais e estaduais -, além de 49 mandados de busca e apreensão. Sete alvos seguiam foragidos.

Os mandados foram cumpridos em Pernambuco e mais 10 estados: Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Piauí, São Paulo, Mato grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Tocantins e Rondônia.

O delegado federal Márcio Tenório, coordenador da Ficco/PE, explicou que a operação foi possível a partir da apreensão do celular do líder do grupo criminoso. Trocas de mensagens serviram de prova para identificar os integrantes e a forma como eles agiam no crime organizado.

Osnir foi capturado em 2023, em outra operação. “Ele continuou dando ordens ao grupo por meio de recados repassados durante as visitas familiares. A mulher dele, inclusive, passou a morar em Rondônia. Ele foi presa nesta operação”, afirmou Tenório.

Conhecidos pela extrema violência com que age com os rivais, a CLS é apadrinhada pelo Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, uma das maiores facções do País e que teve origem também no sistema prisional.

O laboratório de lavagem de dinheiro da Polícia Civil de Pernambuco identificou que o CLS movimentou mais de R$ 49 milhões em apenas três anos.

A facção tinha como base Porto de Galinhas, mas já atuava em vários municípios dos litorais Sul e Norte e na Região Metropolitana do Recife.

NÚCLEOS IDENTIFICADOS NA FAÇÃO CLS


“Existiam três núcleos. O primeiro era ligado ao tráfico de drogas, com criminosos cuidando da logística, transporte e venda. Há pessoas que foram presas nesta operação que estão em outros estados, mas atuavam nesse núcleo. O segundo é de segurança para o tráfico e para os integrantes do grupo. O terceiro núcleo é o da lavagem de dinheiro”, contou Márcio Tenório.

Segundo ele, empresas de fachada – nos ramos do transporte, alimentos, ensino e treinamento – eram criadas para a lavagem do dinheiro adquirido pelo tráfico de drogas. “Havia uma movimentação formal, com emissão de notas fiscais, para que o dinheiro circulasse.”

A cocaína e o crack comercializados pelo grupo criminoso chegavam ao País por meio das fronteiras, sobretudo da Bolívia.

MANDADOS CUMPRIDOS NO SISTEMA PRISIONAL
De acordo com o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco, Paulo Paes, 14 mandados de prisão preventiva foram cumpridos no sistema prisional, dois deles nas unidades federais.

Em Pernambuco, também foram cumpridos mandados no Presídio de Tacaimbó, Presídio de Igarassu, Complexo Prisional do Curado (detento que antes estava na Penitenciária Barreto Campelo) e no Centro de Observação e Triagem (Cotel).

SECRETÁRIO PROMETE MAIOR PRESENÇA DA POLÍCIA EM PORTO DE GALINHAS
O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, declarou que ações estão sendo adotadas nas áreas onde a CLS atuava para evitar a ocupação por novos grupos criminosos.

“Sempre que há uma operação semelhante, nós imediatamente fazemos a saturação da área. Haverá uma maior presença da Polícia Militar, com acompanhamento para que outros grupos não tomem a área. O território de Porto de Galinhas tem uma demanda grande por drogas. Isso já é monitorado”, disse Carvalho.

Por Nicolle Gomes
Do Diario de Pernambuco

Os reitores das universidades federais em Pernambuco fizeram uma alerta, nesta terça (15): não há recursos para cumprir contratos, efetuar pagamentos e garantir a assistência aos estudantes.

Em entrevista coletiva, na sede da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o reitor Alfredo Gomes declarou:
“Se não houver reajustes nos repasses pelo Governo Federal, só temos verbas até agosto. Depois, vamos ter que fazer cortes e atingiremos contratos e assistência estudantil”.

Na Rural, os recursos existentes só cobrem o previsto para oito meses.

Encontro

Além de Gomes, participaram da coletiva da reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Maria José Sena, o reitor da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), Télio Nobre Leite, e da Ufap, Airon Aparecido Silva de Melo.

Ainda de acordo com Alfredo Gomes, na UFPE a situação é “de muita dificuldade”.

“O nosso orçamento de 2025 é menor do que o orçamento de 2024, estamos também funcionando à base de 1/18 avos por mês. Ou seja, o recurso que é para, normalmente, ser executado em um ano, está previsto para ser executado em um ano e meio. “Isso é absolutamente inviável para você honrar os contratos e compromissos da universidade para mês a mês”.

Ele divulgou alguns dados sobre o orçamento da instituição e falou sobre as perdas orçamentárias.

“Nesses R$ 8 milhões que perdemos, R$ 2,1 são de assistência estudantil. Também perdemos do funcionamento da universidade, de maneira geral, R$ 4.6 milhões, que é para os contratos. E outras ações, que tem outras rubricas, mais R$ 1,3 milhão”.

Fazendo uma projeção e tomando como base a recomposição pela inflação, Gomes disse que o orçamento da universidade deveria ser hoje, de R$ 395 milhões.

Rural

Reitora da UFRPE, Maria José Sena afirmou há um dado “muito preocupante”: “Daqui a pouco, a gente não vai ter mais como nem abrir a universidade no mês de janeiro e 2026”.

A gestora disse, ainda, que a UFRPE está com aviso de corte de energia. “Nós estamos hoje devendo todos os contratos.”

Sena alertou também que o orçamento só cobre oito meses de despesas. “A gente não consegue fechar o ano de jeito nenhum”, ressaltou.

Atualmente, segundo ela, a Rural tem uma dívida de R$ 7,7 milhões, só de 2024.

A instituição precisa, ao todo, de UFRPE precisa de R$ 32 milhões para quitar as dívidas de 2024 e terminar este ano.

Univasf

Reitor da Univasf, Télio Nobre afirmou que é “desafiador” conseguir dar conta desse débito no próprio orçamento de 2025.

A gente entrou em 2025, reduzindo cerca de 35% desses contratos, com dedicação exclusiva de mão de obra, com a proposta de redução de 10% dos contratos, serviço continuado, como água, energia, por exemplo, gerenciamento da frota, passagens diárias. Buscamos reduzir mais de 40% das demais despesas”, disse.
Ainda segundo o reitor, a instituição só tem recursos para mais quatro a seis meses, entre agosto e setembro.

“As universidades não vão fechar. Os reitores estão comprometidos, mas a situação está piorando. O governo precisa estar atento para aliviar nossa situação”, declarou.

“São os contratos principais: pagamento de serviços terceirizados de mão de obra, de educação exclusiva, vigilância, motorista, limpeza, manutenção. Também os relativos pagamentos de água, energia. Nesse últimos caso, é vão quase 30% do nosso custo”, afirmou Télio.

Ufape

O reitor da Ufape afirmou que, depois de agosto, a situação ficará insustentável. “Não aguentaremos mais”, disparou Airon Melo.

Recomposição

No encontro dos reitores, Gomes ressaltou a importância de apelar ao Ministério da Educação e ao Governo Federal para conquistar a recomposição orçamentária imediata.

Sobre a dificuldade de honrar compromisso, ele afirmou que a UFPE não tem recurso para pagar as revisões de contratos. São R$ 9 milhões.

A universidade tem mais de 60 contratos, ao todo. Somando com a assistência estudantil, os custos chegam a R$ 13 milhões ao mês.
“Nosso orçamento disponível hoje é em torno de R$ 10 milhões. A gente tem que ajustar e negociar, obviamente, para fazer isso”, acrescentou.

Para ele, a situação é “absolutamente insustentável e incompatível com o papel histórico, acadêmico, científico, das universidades federais”.

Gomes disse, ainda, que a reunião desta terça representa um movimento dos reitores do Estado de Pernambuco, que , “dizendo claramente para as universidades também que cheguem junto nesse processo, para a nossa associação e também obviamente para o governo que precisamos atuar fortemente para a recomposição do orçamento”.

Dados

O reitor da UFPE informou que, em 2014, o orçamento da universidade era de R$ 213 milhões. Em 2025, ele é de R$ 170 milhões.

“Temos mais de R$ 40 milhões a menos. De lá pra cá, não apenas melhoramos em termos de qualidade, vocês viram avaliações dos cursos recentemente, mas temos mais graduação, mais custo de graduação, temos mais laboratórios, temos mais progresso pós-graduação e obviamente isso não casa com diminuição do orçamento”.

Por fim, ele declarou: “É preciso crescer o orçamento e crescer de forma responsável, com pré-visibilidade, para que nós possamos atuar obviamente e prestar o serviço de relevância que sempre prestamos aqui no estado e no Brasil”.

Perfil

A UFPE possui 13 centros acadêmicos distribuídos nos três Campi: Recife, Vitória de Santo Antão e Caruaru.

São 109 cursos de graduação, sendo 104 cursos na modalidade presencial e 5 cursos na modalidade a distância.

“Temos 42 mil estudantes, sendo 8 mil de pós-graduação, mestrado, doutorado e 33 mil estudantes de graduação”, afirmou Alfredo Gomes.

O corpo da bebê Ana Beatriz, que desapareceu com apenas 15 dias de vida, foi encontrado nesta terça-feira (15) no quintal da casa da família na cidade de Novo Lino, no interior de Alagoas. A mãe da criança tinha dado 5 versões sobre o desaparecimento da filha, incluindo que ela havia sido sequestrada.

Não há informação se a menina morreu de causas naturais ou se foi morta. O advogado da família acionou a polícia nesta terça depois de convencer Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, a dizer onde estava o corpo da filha. O cadáver foi encontrado enrolado em um saco plástico dentro de um pote com sabão em pó, escondido em um armário. As informações são do g1 Alagoas.

A polícia não informou se a mãe da bebê confessou que matou a filha nem se ela foi presa. O g1 tentou localizar a defesa de Eduarda, mas não havia conseguido até a última atualização desta reportagem.

No momento em que a polícia chegou à casa da família após ser informada pelo advogado sobre o corpo, a mãe passou mal e foi levada de ambulância para o hospital da região.

Falso sequestro e versões contraditórias
Ana Beatriz estava desaparecida desde sexta-feira (11). A primeira versão que a mãe deu aos policiais é de que a menina tinha sido sequestrada por volta das 6h15, em um trecho da BR-101, no Povoado de Euzébio, no município de Novo Lino, divisa com Pernambuco.

“Ela deu uma versão de que havia quatro pessoas no veículo, sendo três homens e uma mulher, e que esse veículo teria parado na banqueta da pista e realizado uma abordagem. Dois homens teriam descido, teriam tomado a criança dos braços dela à força e esse veículo teria seguido sentido Pernambuco”, disse o delegado Igor Diego.

O pai da recém-nascida é motorista e estava em São Paulo a trabalho há um mês, por isso não conhecia a filha. Após ser informado do desaparecimento, ele voltou para casa para acompanhar as buscas pela recém-nascida.

Ainda no fim de semana, um homem chegou a ser detido como suspeito no município de Vitória de Santo Antão (PE) depois que a polícia localizou um carro com as mesmas características que a mãe informou. Dentro do veículo havia placas de carros, o que levantou suspeita sobre ele. Contudo, o homem prestou esclarecimentos à polícia e foi descartada a participação dele no crime.

A polícia passou a desconfiar das versões da mãe após os relatos de três testemunhas que contrariavam a teoria do sequestro. Não foi informado o que exatamente as testemunhas disseram aos policiais. Além disso, imagens de câmeras de segurança também contradiziam a mãe.

Na segunda-feira (14), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas no perímetro próximo à casa da família, com indicação de buscas até em latas de lixo, mas a criança não foi encontrada.

Em depoimento, os vizinhos da mãe da criança informaram que ouviram a bebê chorar pela última vez na quinta-feira passada, um dia antes do relato do suposto sequestro.

Por Letícia Mendes
Do JC

Nove deputados pernambucanos assinaram a urgência do PL da anistia (2.858 de 2022), que absolve os presos do 8 de Janeiro. O requerimento foi apresentado à Mesa da Câmara, nessa segunda-feira (14), pelo líder do PL na Casa Baixa, Sóstenes Cavalcante (RJ).

Na lista dos deputados pernambucanos, quatro assinaturas foram do Partido Liberal, três do Progressista, uma do União Brasil e do Republicanos (confira lista completa mais abaixo).

Ao todo, a lista tem assinaturas de 264 deputados, de 12 partidos diferentes. União, PP, PSD, Republicanos e MDB, são os partidos que fazem parte de pastas no governo Lula e correspondem a 146 das 262 assinaturas (55,7%).

Na semana passada, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), chegou a pressionar os partidos que integram o governo Lula para não apoiarem a urgência da anistia. Mas não surtiu muito efeito.

Quais são os próximos passos?
Agora, o projeto da anistia poderá ser votada a qualquer momento, dependendo apenas do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) incluir o requerimento na ordem do dia. Caso aprovado, o texto poderá ser analisado em plenário sem precisar passar por comissões.

Na semana passada, Motta afirmou que não pautaria propostas que pudessem gerar “crises institucionais”.

Hugo Motta de férias
O presidente da Câmara está de férias até o dia 22 de abril. Com isso, Altineu Cortes (PL-RJ), vice-presidente da Câmara, e aliado de Jair Bolsonaro, está no comando da Casa. Segundo O Globo, aliados afirmam que Motta deve estar nos EUA, mas Motta não divulgou sua agenda de viagem.

Além disso, Altineu Côrtes (PL-RJ) não deve dar andamento ao tema neste momento. A princípio, a ideia é esperar que o presidente Hugo Motta retorne da viagem para levar o projeto aos líderes dos partidos.

Confira lista dos deputados pernambucanos que assinaram a urgência da anistia

André Ferreira (PL)
Clarissa Tércio (PP)
Coronel Meira (PL)
Eduardo da Fonte (PP)
Fernando Rodolfo (PL)
Lula da Fonte (PP)
Mendonça Filho (União Brasil)
Ossesio Silva (Republicanos)
Pastor Eurico (PL)

Veja a quantidade de assinaturas por cada partido

União – 40 de 59 deputados
PP – 35 de 48 deputados
PSD – 23 de 44 deputados
Republicanos – 28 de 45 deputados
MDB – 20 de 44 deputados
PL- 90 de 92 deputados
Avante – 4 de 8 deputados
Podemos – 9 de 15 deputados
PSDB- 5 de 13 deputados
Cidadania – 3 de 4 deputados
Novo – 4 de 4 deputados
PRD- 3 de 5 deputados

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), chamou de “profunda contradição” o apoio de deputados de partidos da base do governo ao projeto de lei que concede anistia a condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, chamado de “PL da Anistia”.

“Além de ser uma profunda contradição apoiar o projeto sendo da base do governo, trata-se de uma grave afronta ao judiciário e à própria democracia”, pontuou. As informações são do portal G1.

Segundo ela, o governo não está numa “operação de retaliação”, mas está sim mostrando aos deputados a “gravidade política, jurídica e institucional que significa apoiar este projeto”. A ministra ainda pontuou que o PL é “para garantir a impunidade de Bolsonaro e de quem mais tentou derrubar este governo”.