Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog
Um dia após participar de reunião na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o secretário da Fazenda, Wilson de Paula, enviou à Comissão, os detalhes de como o Governo chegou ao montante de R$ 21 bilhões na folha de despesa do Estado, com a extinção das faixas salariais dos bombeiros e policiais da PM, em 2026.
Ontem, em defesa do projeto do Executivo Estadual, o secretário explicou que, diferente do que a categoria quer e que foi objeto de emendas de deputados ao Projeto, seria impossível extinguir as faixas e promover reajustes ainda neste ano. Segundo ele, se as mudanças fossem todas antecipadas para este ano, o percentual da despesa seria de 48,49%, o que ultrapassaria o limite prudencial de 46,55%, estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal.
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“Neste caso, o estado de Pernambuco ficaria totalmente comprometido. Qualquer alteração no cenário que apresentamos vai impactar os investimentos de Pernambuco ou o reajuste de outras categorias”, explicou o secretário. Ele reiterou o desafio do Governo de manter os indicadores abaixo do limite prudencial, mesmo diante do aumento da despesa, até 2026. “É uma proposta ousada porque o Governo se compromete a aumentar a receita”, concluiu.
Agora, em posse da metodologia utilizada pelo Governo, assim como o número de quantas pessoas estão em cada cargo e em cada faixa, será possível um debate mais aprofundado sobre o impacto financeiro que a proposta terá no orçamento do Estado. O assunto deve voltar a ser analisado pela Comissão de Finanças na próxima quarta, praticamente no prazo final regimental para votação do projeto, que tramita em regime de urgência na Casa.
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