Rueda anuncia vitória ao lado de líderes do partido, mas Bivar não reconhece resultado

O advogado Antonio Rueda anunciou que venceu a eleição para presidência do União Brasil, hoje. Ele concorreu contra o atual presidente da sigla, Luciano Bivar, após uma campanha marcada por ameaças e até um dossiê. Segundo parlamentares, o placar foi de 30 a 0, o que indica que adversários de Rueda não participaram da escolha – no total, eram 40 votantes. O ex-prefeito de Salvador ACM Neto foi escolhido o primeiro vice-presidente da sigla.

Após o anúncio, Bivar disse que a eleição não teve valor legal. “A convenção foi anulada estaturiamente. Como a eleição foi viciada, teve uma série de problemas, ela não tem nenhum efeito prático, nem administrativo nem legal. Então, eu dizer que vou à Justiça por algo que não existe… Não tem nenhum efeito prático isso”, disse Bivar em entrevista ao portal O Globo.

A campanha foi marcada por ameaças e até um dossiê. Na quarta-feira, Bivar deu uma entrevista coletiva com envelope escrito “denúncias”, mas, durante o encontro, não apresentou provas do que teria contra o adversário. Ao seu lado, estavam poucos aliados, o que reforça o cenário de isolamento no partido.

Pressionado, Bivar também falou que os advogados do partido estavam analisando a formação das chapas para saber se a eleição seria realizada. “As chapas ainda não foram examinadas em suas minúcias. Então, a gente não pode dizer ainda dessa situação, com relação a posicionamento do partido a respeito da legalidade das chapas”, disse Bivar.

De acordo com técnicos aliados de Rueda, um movimento de Bivar no sentido de barrar a eleição seria frustrado em “10 minutos”, com deliberação pela Executiva a favor da continuidade do processo.

O deputado federal Fernando Monteiro (PP) protocolou, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei nº 488/2024 para adotar, em definitivo, medidas realmente eficazes para combater a violência nos estádios de futebol. Entre as ações, estão o monitoramento por câmeras e imagens acompanhadas pelas forças policiais, acesso aos estádios condicionado a cadastramento biométrico. O envolvimento dos clubes e o cumprimento de penalidades também estão previstos no projeto. “A segurança dos torcedores, a integridade dos eventos esportivos e o respeito mútuo entre os apaixonados pelo futebol são prioridades que exigem ação legislativa imediata”, disse o parlamentar.

O novo presidente do União Brasil é o advogado Antônio Rueda. Foi eleito, há pouco, por 30 dos 42 delegados do partido que compareceram à convenção, em Brasília. Rueda derrotou o deputado Luciano Bivar, a quem é ligado politicamente há 30 anos, depois de um dia tenso em Brasília, no qual Bivar chegou a cancelar a eleição baixando uma resolução, derrubada pelos votos da maioria.

Em entrevista gravada, há pouco, para o Frente a Frente, o candidato da oposição à presidência da Confederação Nacional dos Municípios, Julvan Lacerda, afirmou que o fim da era de Paulo Ziulkoski na instituição, que comanda com mão de ferro há 27 anos, chegará ao fim amanhã, com a eleição de renovação da entidade. “Os prefeitos vão me eleger para dizer a Ziulkoski que ele não é o dono da CNM”, afirmou.

Mineiro, Lacerda presidiu a Associação Municipalista de seu Estado por duas vezes e é o atual vice-presidente da CNM. Aceitou enfrentar o quase eterno dirigente da instituição atendendo a uma convocação de várias associações municipalistas, entre elas a de Pernambuco, Amupe.

À presidente da Amupe, Márcia Conrado, prefeita de Serra Talhada, está na chapa de Julvan representando o Nordeste. A entrevista do candidato da oposição na corrida pelo controle da CNM vai ao ar às 18 horas pela Rede Noroeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife.

Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente em destaque acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste de Rádio na play store.

Por Diana Câmara*

Estamos chegando em março, mês que se inicia a janela eleitoral para quem vai disputar o cargo de vereador (a) e pretende trocar de partido sem dor de cabeça (de o suplente ou até mesmo a sigla partidária pedir na Justiça Eleitoral o seu mandato). A janela durará um mês e vai de 7 de março a 5 de abril.

Por outro lado, estamos chegando na reta final do prazo para filiação partidária. Quem deseja concorrer nestas eleições precisa estar devidamente filiado (a) até 6 de abril. E, com isso, partidos e pré-candidatos (as) estão em polvorosa decidindo por qual partido irão concorrer, em quais campanhas irão apostar, montando as chapas de candidatos ao cargo de vereador (a) que vão estar na base e quais os partidos irão fazer parte do projeto político de cada município. É um grande xadrez com movimentos, muitas vezes, inusitados e inesperados.

Lembrando que, neste pleito, para as eleições de vereador cada partido tem que ser autossuficiente, porque não terá mais coligação e cada sigla individualmente terá que ter seus votos suficientes para conseguir cadeiras na Câmara de Vereadores, além de candidatas mulheres dispostas a enfrentar uma eleição e ser votada. Vale registrar que a Justiça Eleitoral promete tolerância zero para as candidaturas fraudulentas de mulheres, tendo por consequência a anulação da chapa inteira.

Passada esta fase, o jogo eleitoral ficará mais claro de quem disputará em outubro, por quais legendas e de quem o candidato terá o apoio político.

Ontem, o Tribunal Superior Eleitoral divulgou as resoluções para esta eleição e, apesar de o Congresso não ter aprovado uma reforma eleitoral específica para esta eleição, podemos ter algumas novidades em termos de regras para o dia a dia das campanhas, em especial no que tange as campanhas virtuais, aquelas que se desenrolam na internet, nas redes sociais e nos aplicativos de mensageria, como o WhatsApp. Vamos abordar cada uma delas nos próximos artigos.

*Advogada especialista em Direito Eleitoral, ex-Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB/PE, membro fundadora e ex-presidente do Instituto de Direito Eleitoral e Público de Pernambuco (IDEPPE), membro fundadora da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP) e autora de livros.

Por Vianney Mesquita

​Depois de 2020, este ano é o primeiro bissexto, pois hoje, 29 de fevereiro – só ocorrente de quatro em quatro anos – significa o fato de que o exercício corrente possuirá 366 dias, ao passo que os três anteriores perfizeram somente 365 períodos de 24 horas.

Ocorreu de amigos e pessoas modestas a mim chegadas, nomeadamente não muito afeitos ao trato literário, me perguntarem, com recorrência, acerca dessa dicção, empregada a miúdo com relação aos poetas e escritores pouco produtivos ou de produção apenas singular, ou seja, “por que Fulano é considerado poeta bissexto?”

Lembro-me de que, em 2020, derradeiro bissexto sucedido, as indagações mais afluíram, de modo que passo a narrar o assunto, evidentemente, sem profundidade científica, louvado apenas no conhecimento do senso comum adquirido à extensão do tempo, na vida e na escola, o qual também se encontra à disposição de qualquer pessoa, em obras de referência de domínio público, facilmente acessíveis, como dicionários e enciclopédias.

Colhi, pois, a informação de que, no tempo do Império Romano, sob Caio Júlio César, consoante conta Caio Plínio Segundo, o Velho, o ano vulgar possuía 365 dias. Como o movimento de translação anual da Terra à volta do Sol somente se completa após 365 dias mais um quarto, as seis horas restantes ensejavam divergências entre o ano civil e o movimento dos corpos celestes – estrelas, planetas, nebulosas, cometas etc.

Júlio César, então, convocou o astrônomo Sosígenes, de Alexandria, e contratou com ele a solução do problema. O Sábio egípcio, então, decidiu estabelecer que, de quatro em quatro anos, seria acrescentado um dia ao mês de fevereiro, resultado da soma das horas sobrantes de 365 dias nos quatro anos. Tal significa dizer que, após um ano de 366 dias (bissexto = duas vezes sexto), se seguem três de 365 e um de 366 dias. De tal maneira, não parece correto se dizer que um ano perfaz 365 e seis horas, dada a decisão do astrônomo alexandrino de somar às 18 horas as seis do ano bissexto para completá-lo, porém, com 366 dias.

Curioso é notar o fato de que todos os anos cuja expressão numérica é divisível por quatro são bissextos, com 366 dias, como nos casos de 1.600, 1.200, 800, 2.000 e 2024.

Os anos seculares, salvante esses do exemplo e outros cujos dois algarismos iniciais não se expressam como exatamente divisíveis por quatro, não resultam bissextos, razão por que o ano secular de 1.900 não o foi.

Em alusão a essa periodicidade do tricentésimo sexagésimo sexto dia, inventou-se, no Brasil, uma locução, desusada noutras nações lusófonas – poeta bissexto/escritor bissexto.

A palavra bissexto, bem como o termo bissêxtil, de há muito deixaram de ser neologismos, pois dicionarizados em 1946. Tencionam, então, conotar o estado daquele, particularmente do poeta, dedicado excepcionalmente à literatura, fazendo poucos versos, o que sugere se evocar, em razão dessa escassez de produção, o dia bissexto de fevereiro (29) e os anos bissêxteis.

Ocorre, exempli gratia, com EUCLIDES Rodrigues Pimenta DA CUNHA, celebrado autor nacional das letras, no terreno social, bem como nas áreas histórica e política. O Autor fluminense produziu extraordinárias obras nestas fertílimas searas, internacionalmente conhecidas e acatadas, como, nos exemplos, Peru versus Bolívia, Contrastes e Confrontos, À Margem da História e o admirável Os Sertões, além doutras de fecunda inspiração e lúcidas ilações.

Euclides da Cunha (*Cantagalo-RJ, 20.01.1866; + Rio de Janeiro, 15.08.1909) achou de escrever, em meio às produções do seu gênero, o soneto sequente, intitulado Dedicatória, que extraí de Os mais Belos Sonetos Brasileiros, livro de Edgard Resende (Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1945): 

Se acaso uma alma se fotografasse,

De sorte que nos mesmos negativos

A mesma luz pusesse em traços vivos

O nosso coração e a nossa face …

E os nossos ideais, e os mais cativos

De nossos sonhos … se a emoção que nasce

Em nós também nas chapas se gravasse

Mesmo em ligeiros traços fugitivos …

Amigo! Tu terias com certeza

A mais completa e insólita surpresa

Notando – deste grupo bem no meio

Que o mais belo, o mais forte e o mais ardente

Destes sujeitos é precisamente

O mais triste, o mais pálido e o mais feio.

Muitos dos literatos nacionais fizeram versos assim, bissextamente, conforme disse, certa vez, o intelectual-dentista Ivan César a respeito de meu amigo escritor cearense, Antônio Girão Barroso, “o único poeta dispensado de fazer poesia”. Há alguns livros, especialmente de sonetos (duas estrofes de quatro versos = quartetos; e duas de três = tercetos ou trísticos), enfeixando a produção de poetas bissextos, o mais importante dos quais, pela sua contemporaneidade, é a Antologia dos Poetas Bissextos Contemporâneos, organizada por MANUEL Carneiro de Sousa BANDEIRA Filho, celebrado poeta, crítico, professor e tradutor recifense (19.04.1886; Rio de Janeiro, 13.10.1968), conterrâneo do não menos ilustre e ilustrado jornalista e escritor afogadense Magno Martins.

A produtiva industriosidade neológica brasileira – nordestina, nomeadamente – já se serve de estender mais ainda o alcance de bissexto, de maneira que se diz, progressivamente, economista bissexto, administrador bissexto, articulista bissexto advogado, orador, comentarista e até bebedor bissexto; tudo isto sem remissão a fevereiro como o mês em que, por motivo óbvio – de acordo com a invencionice moleque do cearense – a mulher fala menos…

Presidente nacional do União Brasil, o deputado federal pernambucano Luciano Bivar está em guerra com o vice-presidente do partido e ex-aliado, Antônio de Rueda, pelo comando da legenda. Na manhã de hoje, inclusive, ele tentou, sem sucesso, cancelar a convenção partidária que deve eleger Rueda como seu sucessor.

Já com os ânimos acirrados, Bivar expediu, na terça-feira, uma notificação em nome da Comissão Executiva Nacional da legenda para tomar um carro blindado (uma Toyota Hilux modelo 2023) cedida pelo partido para uso de Rueda. As informações são do portal Veja Online.

O cacique do União Brasil também notificou o “encerramento das cessões de uso de bens móveis da Nacional” aos diretórios estaduais do partido no Rio de Janeiro, comandado por Rueda, e em Pernambuco, presidido por Marcos Aurelio Vidal Amaral. Tratam-se, respectivamente, de um Toyota Corolla modelo 2021 e de um Chevrolet Trailblazer modelo 2022.

Segundo o documento, datado desta terça-feira e assinado por Bivar, os veículos devem ser encaminhados à sede do partido em Brasília, no prazo de até dez dias. “A Nacional também coloca à disposição de Vossas Senhorias funcionário para recolher o veículo onde se encontra, de forma a facilitar a devolução. Nos colocamos à disposição para sanar qualquer dúvida”, conclui a notificação.

Ao convocar o deputado Diogo Moraes para o seu primeiro escalão, assumindo a pasta de Saneamento, abrindo vaga na Assembleia Legislativa para o primeiro suplente do PSB, vereador Davi Muniz, o prefeito João Campos (PSB) deu uma jogada de mestre, mais uma rasteira na governadora Raquel Lyra (PSDB).

Travou a chegada do deputado estadual Jarbas Filho, único do MDB, mas eleito pelo PSB, ao secretariado da tucana. Como assim? O segundo suplente de deputado é o ex-prefeito de Paulista, Júnior Matuto, aliado de João e da família Campos. 

Jamais a governadora iria dar uma chance a Matuto!

Criticada há décadas por dar espaço em rede nacional apenas para profissionais com sotaque neutralizado, a Globo está disposta a mostrar ao público que decidiu valorizar a pluralidade brasileira. Clarissa Góes, que é uma das principais âncoras da emissora em Recife há quase duas décadas, ganhará a sua primeira chance em rede nacional neste final de semana. Ela passará a integrar a equipe de apresentadores da GloboNews aos finais de semana e feriados já a partir deste sábado (2).

Clarissa estará a frente dos telejornais do canal de notícias entre 7h e meio-dia de sábado e domingo (3). Se a jornalista for bem avaliada pelos executivos da rede, será chamada mais vezes para dar expediente no Rio de Janeiro, em horários mais nobres e também cobrindo férias e folgas dos apresentadores titulares dos principais noticiários da emissora, como o Jornal das 10. Até então, a escala de reservas da GloboNews era montada exclusivamente com profissionais de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília – justamente as três cidades em que há produção de telejornais diários.

A escolha da apresentadora do Bom dia Pernambuco é parte de uma movimentação de Vinícius Menezes, que assumiu a direção-geral da GloboNews no início deste ano, para dar uma nova cara ao canal de notícias mais assistido do país. O executivo avalia que a emissora tinha pouca diversidade e, apesar de ter a maior quantidade de reportagens fora do eixo Rio/SP/Brasília em seus telejornais no comparativo com as concorrentes, não conseguia refletir isso em seus estúdios. Para ele, é importante que a rede seja cada vez mais plural e diversificada. Além disso, ele é um dos maiores defensores de que a sinergia entre a TV Globo, GloboNews e G1 deve ser cada vez maior, com colaboradores dos três veículos transitando entre as três marcas com mais habitualidade do que hoje.

Na Globo há 16 anos, Clarissa Góes é uma das âncoras mais experientes da emissora em Recife. Contratada pela rede em 2008, a jornalista foi apresentadora do NE1 ao lado de Márcio Bomfim – que faz parte dos plantonistas do Jornal Nacional – durante quase uma década.

Foi repórter especial dos telejornais de rede por três anos, entre 2017 e 2020, quando voltou para a bancada de um noticioso, desta vez no matinal Bom dia Pernambuco. Antes de trabalhar no maior canal de televisão do país, foi repórter da TV Tribuna, TV Jornal e TV Guararapes, afiliadas da Band, SBT e Record, respectivamente.

Em viagem à capital federal, o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, intensificou as tratativas para a instalação do campus do Instituto Federal de Educação (IF) no município. Pimentel se reuniu com os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, ambos do PT, para discutir o andamento do projeto.

Na ocasião, Pimentel apresentou aos senadores uma sugestão de terreno que pertence ao município e que poderá ser doado para a construção do IF. O terreno, localizado em uma área estratégica da cidade, possui infraestrutura adequada para receber o campus.

O senador Humberto Costa, que já havia comunicado a Pimentel a viabilidade da instalação do IF em Araripina, se mostrou animado com a iniciativa do prefeito e se comprometeu em dar andamento ao processo junto ao Ministério da Educação. A senadora Teresa Leitão também manifestou seu apoio ao projeto e destacou a importância do IF para a qualificação profissional da juventude de Araripina e região.

O prefeito Raimundo Pimentel celebrou o avanço nas tratativas e destacou a importância do IF para o desenvolvimento de Araripina. “Estamos trabalhando incansavelmente para que o IF se torne uma realidade em nosso município o mais rápido possível. Isso representará um grande avanço para a educação de Araripina, democratizando o acesso ao ensino superior e qualificando a mão de obra local”, finalizou.