Empresário Abilio Diniz morre em São Paulo aos 87 anos

O empresário Abilio Diniz morreu na noite deste domingo (18) aos 87 anos. Ele estava internado no hospital Albert Einstein, na capital paulista, há mais de duas semanas tratando uma pneumonia. A informação foi confirmada pela família.

“É com extremo pesar que a família Diniz informa o falecimento de Abilio Diniz aos 87 anos neste domingo, 18 de fevereiro de 2024, vítima de insuficiência respiratória em função de uma pneumonite. O empresário deixa cinco filhos, esposa, netos e bisnetos, e irá ao encontro do seu filho João Paulo, falecido em 2022. Desde já, a família agradece a todas as mensagens de apoio e carinho”, diz a família em nota. As informações são do Metropoles.

Ex-sócio do Grupo Pão de Açúcar (GPA), do qual foi fundador, e com patrimônio estimado em R$ 12 bilhões, Abilio Diniz é vice-presidente do conselho administrativo do Carrefour no Brasil, sócio majoritário das Casas Bahia e um dos empresários mais conhecidos do país.

Conselheiro político de presidentes e ex-presidente da BRF, Abilio Diniz era torcedor fanático do São Paulo e foi, inclusive, membro do Conselho Consultivo do clube. Envolvido com esportes desde criança, fundou o Audax.

Era pai de seis filhos, quatro deles do primeiro casamento e os dois mais novos com a atual esposa. Em agosto de 2022, perdeu o filho João Paulo Diniz, morto após um infarto aos 58 anos.

Passado o feriado de Carnaval, o Congresso Nacional deve retomar o ritmo dos trabalhos legislativos a partir desta segunda-feira (19). Com isso, segundo interlocutores, o Palácio do Planalto espera um “clima tranquilo” para conseguir aprovar as matérias de interesse.

As relações com o Parlamento estavam estremecidas desde o ano passado, quando o governo enfrentou dificuldades na articulação. A relação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava mais acirrada com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). As informações são da CNN.

Durante a abertura do ano Legislativo, no início do mês, Lira subiu o tom e, em recado ao Planalto, disse que os parlamentares “não foram eleitos para serem carimbadores” das propostas do Executivo e que o Orçamento da União deve ser construído em contribuição com o Legislativo.

Em 9 de fevereiro, Lula e Lira se reuniram para acertar os pontos. Após o encontro, assessores palacianos acreditam que está tudo “zerado” entre os dois.

Do lado da Câmara, porém, deputados condicionam uma boa relação desde que o governo cumpra os acordos propostos, principalmente os relacionados à liberação e ao pagamento de emendas.

Um dos maiores embates entre Executivo e Legislativo tem relação com o veto de Lula de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão do Orçamento de 2024. Os recursos são destinados à Câmara e ao Senado.

Nos próximos dias, Lula deve se reunir com lideranças do Congresso e sua equipe de coordenação política para discutir a pauta e outros assuntos de interesse do Planalto.

Parlamentares ainda lembram que, por conta das eleições municipais de outubro, o ano dentro do Congresso será mais curto. Com isso, as votações parlamentares devem se concentrar no primeiro semestre, o que deve demandar um esforço maior do governo para articular com deputados e senadores.

Reoneração da folha

Do lado do Senado, é esperado que o governo revogue a medida provisória que trata da reoneração da folha de pagamento. A MP foi editada no fim do ano passado, poucas semanas após deputados e senadores decidirem pela prorrogação da desoneração da folha de 17 setores.

Parlamentares veem o texto como uma afronta à decisão do Congresso e defendem a devolução da matéria ao Palácio do Planalto. O governo, por outro lado, tenta articular uma saída. As conversas tiveram início nos primeiros dias do ano e seguem na pauta nas próximas semanas.

A proposta que mais ganha força no momento é a de manter a medida provisória no Congresso, sem revogá-la, mas enviar um projeto de lei com o mesmo tema.

A ideia, segundo interlocutores, é que o texto do projeto tramite ainda durante a vigência da MP e seja aprovado até o dia 1º de abril, quando as regras da medida editada pelo governo no ano passado começam a valer.

O recurso, assinado no dia 9 deste mês pelo Senado Federal, pede que a decisão sobre transporte público gratuito nos dias da eleição seja discutida pelos parlamentares e não imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a Casa, o benefício deve ser custeado pela Justiça Eleitoral, sem peso para Estados ou municípios. 

O Senado diz que a decisão não leva em consideração os elementos necessários para que a gratuidade se torne possível e que não está claro como que municípios e concessionárias de transporte devem agir. “Sem uma fonte de financiamento clara, tal decisão pode levar a cortes em outras áreas essenciais ou ao aumento da dívida pública, afetando a solvência futura do ente e a sua capacidade de investir em áreas prioritárias”, diz um trecho do documento. As informações são do Estadão.

“Como se vê, políticas de gratuidade no transporte público causam um choque significativo nas finanças municipais e podem resultar em aumentos explosivos nas tarifas pagas pelos passageiros […]. A isenção a ser aplicada automaticamente em 2024 provocará desequilíbrio econômico e financeiro nos contratos entre os entes federativos com as empresas de transporte”, afirma outro trecho. 

A decisão do STF ocorreu em outubro do ano passado, que determinou por unanimidade a gratuidade do transporte público em dias de eleição e que a frota fosse disponibilizada integralmente. Na época, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, decidiu que a tarifa pode causar uma “grande exclusão eleitoral” e pode impedir que pessoas deixem de exercer o direito ao voto.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, também se manifestou sobre as declarações de Lula comparando o Holocausto às ações militares de Israel e afirmou que o presidente brasileiro “traz uma grande vergonha a seu povo”.

“Acusar Israel de perpetrar um Holocausto é ultrajante e abominável”, escreveu Gallant no X (antigo Twitter). Em sua publicação, o ministro israelense lembrou que o Brasil “está ao lado de Israel há anos”, diferentemente de Lula. As informações são do O Antagonista.

“O presidente Lula apoia uma organização terrorista genocida – o Hamas, e ao fazê-lo traz grande vergonha ao seu povo e viola os valores do mundo livre”, acrescentou.

As declarações de Lula foram feitas neste domingo (18), durante entrevista a jornalistas no hotel em que está hospedado em Adis Abeba, capital da Etiópia. O presidente voltou a atacar Israel e comparou as operações militares na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler.

“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou como “vergonhosas” e “graves” as falas do petista. Para o premiê, as declarações “banalizam” o Holocausto e tentam “prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”.

A  Confederação Israelita do Brasil (Conib) divulgou mais cedo uma nota em repúdio às declarações de Lula e classificou a fala do petista como uma “distorção perversa” da realidade. Afirmou ainda que as falas ofendem a “memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.

A troca da chefia do Ministério da Justiça, de Flávio Dino para o atual ministro Ricardo Lewandowski, foi bem recebida na cúpula da Frente Parlamentar da Segurança Pública, popularmente conhecida como bancada da bala. O presidente do bloco, deputado Alberto Fraga (PL-DF), enxerga no novo gestor uma janela para negociar a revogação de parte das medidas adotadas pelo antecessor no controle do comércio de armas para civis.

Na gestão de Flávio Dino, houve atrito entre a agenda do Ministério da Justiça e os interesses da bancada da bala, majoritária na Comissão de Segurança Pública da Câmara. O ex-ministro coordenou os esforços do governo em reverter a política de ampliação do acesso ao armamento civil promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. As informações são do Congresso em Foco.

O ato de maior impacto sobre o tema foi o decreto assinado pelo presidente Lula em julho que adota critérios mais rígidos para o cadastro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC), principal instrumento para acesso a armas no país. Flávio Dino classificou a norma como “moderada”, mas o decreto foi visto com preocupação pela Bancada da Bala, que emitiu uma série de projetos de decreto legislativo (PDL) para reverter o ato do ex-ministro.

Os CACs formam a imensa maior parte da clientela de clubes de tiro, e contam com apoio direto dos membros da Bancada da Bala. Alberto Fraga é um dos defensores do setor, e avalia que estes foram “penalizados de forma desnecessária” e “marginalizados de forma equivocada”.

Os PDLs propostos pela Bancada da Bala foram juntados em um único item, que foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública no segundo semestre de 2023. Na sequência, o requerimento de urgência do projeto foi apresentado ao plenário, e rejeitado por uma margem apertada: dos 257 votos necessários, o item alcançou 254.

Diante do resultado incerto quanto a uma futura votação, Alberto Fraga aproveita a troca de ministros para negociar um ponto comum com o Executivo na questão dos CACs. “Nós estamos conversando, e estamos buscando um entendimento melhor ainda com o Ministério da Justiça. Esperamos que o ministro Lewandowski, que tem um entendimento mais equilibrado com relação a essa questão, nos atenda”, relatou.

Caso a articulação junto ao Executivo não surta efeito, o parlamentar não descarta a possibilidade de retomar os esforços pela solução dentro do Legislativo. “A solução para resolver de uma vez por todas a questão dos decretos do Governo Federal é aprovando o PDL. Vamos também trabalhar com o Senado, pois não adianta a Câmara aprovar e o Senado engavetar”, apontou.

Resistência social

Na via oposta, organizações da sociedade civil favoráveis à implementação de políticas de controle de armas empenham esforços para evitar a aprovação do projeto de decreto legislativo. A gerente de advocacia do Instituto Sou da Paz, Nathalie Drumond, é uma das responsáveis por essa mobilização. Ela e representantes de outras instituições tentam articular não apenas junto ao Ministério da Justiça, mas também com a Casa Civil e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

O resultado apertado do requerimento de urgência dos PDLs da Bancada da Bala preocupa a observadora. “Não há certeza sobre uma aprovação ou rejeição. Acreditamos que há uma chance de aprovação pelo peso que a bancada exerce hoje sobre a Câmara, mas isso representaria uma derrota muito grande para o governo, pois a questão das armas foi uma bandeira de campanha e tema do primeiro decreto do governo Lula”, ponderou. A bancada possui mais de 250 deputados, incluindo parlamentares de dentro e fora da base do governo.

Nathalie explica que, na visão do Instituto Sou da Paz e outras entidades que participam dessa articulação, o decreto apresentado pelo governo em julho representa um avanço significativo na pacificação do país. “Ele retoma uma política responsável de controle de armas e munições. (…) Queremos evitar que esse avanço seja perdido por completo com uma eventual aprovação desses PDLs”, afirmou.

A gerente de advocacy acrescenta que há o temor de, com uma revogação do decreto, outros aspectos de longo prazo da política de controle de armas, como a transferência da responsabilidade pela fiscalização para a Polícia Federal e o estabelecimento de um programa de recompra para reduzir a quantidade de armas em circulação no país podem acabar ameaçados.

Após denunciarmos a situação vivida pelos moradores dos distritos de Lages e Matriz da Luz, o presidente da Câmara de Vereadores de São Lourenço da Mata, Leonardo Barbosa, afirmou ao blog que, no ano passado, uma comitiva de vereadores esteve no Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco, para pedir providências sobre a obra – que está parada.

“Marcamos uma audiência com o secretário da Casa Civil, entregamos um ofício do Poder Legislativo assinado pelos 15 vereadores pedindo o reinício da obra, explicando a necessidade dessa obra e, também, de alguns convênios que é da parte do Governo do Estado e estão parados aqui em São Lourenço da Mata porque o Governo [Raquel Lyra], até o momento, não deu segmento quando assumiu”, explica Leonardo.

O presidente do Poder Legislativo do município detalha que a obra da PE-020 está licitada e que já existe uma empresa contratada, da época do governo Paulo Câmara. “A empresa começou, colocou a placa, Pernambuco chegou a pagar R$ 90 mil dessa obra, mas ela foi travada”, revela Leonardo. 

Ele complementa: “A gente foi no Palácio fazer um apelo à governadora para que a obra fosse destravada, porque é uma obra importante. Há mais de décadas que é um clamor dos distritos de Lages e Matriz da Luz. Inclusive, pode beneficiar a zona rural para o escoamento da agricultura familiar. Disseram que iam ver, mas até o momento a governadora nem deu sinal de vida. Inclusive, o que a gente soube foi que a empresa que ganhou a licitação foi chamada no Palácio para desfazer o contrato, mas não aceitou”, finaliza.

Tão logo cheguei do meu refúgio carnavalesco, entre Bonito e Arcoverde, peguei meus filhos e corri para o cinema. Ver One Love, que trata da trajetória de Bob Marley, foi emocionante. Todas as minhas expectativas foram superadas. Não conhecia bem a história deste grande intérprete do reggae. Saí do cinema implorando: que o mundo todo possa conhecer a história de Bob Marley.

Me convenci também que Bob Marley, que morreu tão precocemente, com apenas 36 anos, usou a música e o seu talento para pacificar a humanidade, especialmente a sua Jamaica, que viveu terríveis conflitos armados. Usou o reggae para protestar também contra as injustiças sociais. Acabou mundialmente celebrado como a voz dos pobres e oprimidos, considerado um símbolo de resistência negra.

Vendeu mais de 75 milhões de discos e, em 1978, três anos após a sua morte, foi condecorado pela ONU como a “Medalha da Paz do Terceiro Mundo”. Bob tinha espiritualidade, defendia os direitos humanos e lutou de forma incansável por justiça social. Suas músicas denunciam o racismo, a desigualdade social, o colonialismo e a guerra. O filme mostra tudo isso e sua devoção pelo movimento religioso rastafári. Sua vida e obra foram profundamente influenciadas por sua fé.

Triste pelo abandono do seu pai, sofrendo sob a dura realidade de uma Jamaica colonizada, One Love inicia-se com um letreiro que nos insere na Jamaica de 1976, quando hits como “I Shot the Sheriff” ou “No Woman, No Cry” já existiam. O filme traz uma sensação de inovação imediata por sua recusa a seguir os passos de um verbete de enciclopédia.

One Love se passa quase inteiramente entre 1976 e 1978, período de conflitos armados na Jamaica, mas mostra relances do passado, através das memórias de seu protagonista. É um período frutífero para isso: em um quase exílio por causa de um atentado contra sua vida na Jamaica, o artista passa o tempo em Londres refletindo sobre as mensagens de sua música, a sua infância e o início de seu relacionamento com Rita Anderson e do seu envolvimento com o movimento rastafari. 

One Love não despreza a importância da ausência da figura paterna de Bob. Na realidade, ele encontra uma maneira singela de retratar isso, que funciona em níveis variados de sucesso. 

Nada disso seria convincente sem a performance meticulosa de Kingsley Ben-Adir, que carrega com delicadeza um papel que poderia muito facilmente pesar ao caricato. A ideia de One Love, de ir além da imagem icônica de Bob Marley, e cavar o que há por trás de um homem que se tornou um símbolo, ajuda a atuação: Ben-Adir aborda Bob como um sujeito falho, comum, mas não por isso menos marcante.

Em uma das cenas mais bonitas de One Love, quando Bob Marley encara o atirador que está prestes a atentar contra sua vida, é o brilho de hesitação em seu olhar que carrega toda a cena – e Marcus Green sabe muito bem como prolongar aquele relance para transmitir o peso de um momento que durou segundos. 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, desembarcou na manhã deste domingo (18), em Mossoró, no Rio Grande do Norte, para acompanhar as buscas pelos dois detentos que fugiram da penitenciária federal de segurança máxima.

Ao chegar na cidade, o ministro fez um rápido pronunciamento, na qual elogiou as investigações feitas até o momento e afirmou que a fuga é um problema localizado e não afeta a segurança das outras unidades prisionais federais. As informações são do site Terra.

“Quero elogiar o entrosamento das equipes e dos esforços feitos até o momento. Mas, mais do que isso, mostrar que o Brasil está unido no diálogo federativo, é um país que está cultivando as relações republicanas e o diálogo democrático. E é por isso que estamos aqui conversando com todo mundo. E na certeza que vamos superar em breve esta situação adversa”, afirmou.

“Já demos conta de algumas medidas que devemos tomar a curto, médio e longo prazo que serão definidas depois pelos nossos corpos técnicos, mas, de qualquer maneira, a minha presença aqui é mostrar que o governo federal está presente, o governo Lula está prestigiando o Estado, prestigiando as autoridades locais para que nós resolvamos esse problema que surgiu. É um problema que não afeta a segurança das cinco unidades prisionais federais, é um problema localizado e será superado em breve com a colaboração de todos”, completou.

O ministro viajou acompanhado pelo diretor-geral em exercício da Polícia Federal (PF), Gustavo Souza. Em Mossoró, Lewandowski pretende se reunir com os chefes das equipes que estão à frente das buscas dos dois fugitivos.

Buscas por detentos

Dois detentos fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro. O caso marca a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui 5 presídios de segurança máxima. Neste domingo, as buscas pelos fugitivos entram no quinto dia.

Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, há cerca de 300 agentes mobilizados nesta ação – da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e forças estaduais –, além do alerta vermelho da Interpol. Também há três helicópteros e drones atuando na busca.

Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, também conhecido como “Tatu” ou “Deisinho”.

Na noite de sexta-feira (16), a dupla invadiu uma casa, fez a família refém, pediu comida e roubou um celular. De acordo com investigadores, os fugitivos ficaram no local por cerca de quatro horas. Conforme relato da família, eles estavam sujos e pareciam desnorteados. Um dos detentos usava ainda a parte do uniforme do presídio.

A casa da família fica dentro do raio de 15 km da prisão, perímetro que Lewandowski afirmou que acreditava que os fugitivos estavam.

Também na sexta-feira, as equipes que realizam buscas pelos dois detentos encontraram pegadas que acreditam ser dos criminosos. No meio da vegetação, na área rural de Mossoró, ainda foram recolhidas peças de roupas, uma toalha e um lençol.

Esses itens, de acordo com os investigadores, foram retirados de uma residência situada a 7 km da penitenciária federal, que foi furtada na noite de quarta-feira (14), o mesmo dia da fuga.

A fuga também chamou a atenção do governo para as ações de segurança dentro das unidades. Na quinta-feira (15), Lewandowski anunciou uma série de medidas, como a ampliação de sistema de alarmes; construção de muralhas; reforço de agentes de segurança; e aperfeiçoamento do sistema de entradas nos presídios, com implantação de reconhecimento facial. O Ministério da Justiça ainda suspendeu o banho de sol e visitas sociais e de advogados para detentos de presídios federais em todo o País.

Quem são os fugitivos

Rogério e Deibson são naturais do Acre e estavam sob custódia na Penitenciária Federal de Mossoró desde 27 de setembro de 2023, conforme divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na época.

No ano passado, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Acre informou que Rogério e Deibson estavam entre os detentos envolvidos na rebelião ocorrida em julho de 2023 no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves. Na ocasião, cinco prisioneiros foram assassinados.

Deibson foi detido em agosto de 2015 e também cumpriu pena no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Ele tem condenações e é acusado de envolvimento em assaltos, furtos, roubos, homicídios e latrocínio.

Já Rogério estava cumprindo pena no Acre quando foi transferido para o Rio Grande do Norte. Ambos são membros de uma organização criminosa e deveriam cumprir uma sentença de dois anos, até 25 de setembro de 2025.

O presídio federal de Mossoró foi inaugurado em 2009 e é o único localizado no Nordeste. Com uma área de 13 mil metros quadrados, abriga mais de 200 detentos e nunca havia registrado uma fuga.

Além de Mossoró, o Sistema Penitenciário Federal conta com presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF), que abrigam detentos de alta periculosidade.

A capoeira pernambucana está de luto. Morreu neste domingo (18), aos 74 anos, Marcondes Luiz Ferreira da Silva, mais conhecido como Mestre Pirajá, considerado a maior referência desse segmento cultural em Pernambuco. Segundo informações repassadas ao blog, a causa da morte do capoeirista foi uma hemorragia intestinal devido a uma cirurgia de diverticulite que ele foi submetido.

O velório de Pirajá será realizado a partir das 11h, com sepultamento previsto para às 15h, no cemitério de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife.

Em 2022, Pirajá recebeu o título de Doutor Honoris Causa, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em reconhecimento a sua contribuição em levar a capoeira  para os quatro continentes. O mestre de capoeira estava internado no Hospital Esperança, de Olinda.

Da Agência Brasil

O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), levantou a hipótese de que os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) na última quarta-feira (14) podem ter tido algum tipo de apoio. Lula destacou a rápida decisão tomada pelo ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para instaurar uma sindicância sobre o caso.

“Queremos saber como esses cidadãos cavaram um buraco e ninguém viu. Não quero acusar, mas teoricamente parece que houve a conivência de alguém do sistema lá dentro. Como não posso acusar ninguém, sou obrigado a acreditar que a investigação que está sendo realizada pela polícia local e pela Polícia Federal nos indique o que aconteceu”, disse ele neste domingo (18), em coletiva de imprensa concedida durante sua viagem à Etiópia e transmitida pela internet.

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os primeiros detentos da história brasileira a escapar de uma penitenciária federal, que são consideradas de segurança máxima. Além da unidade de Mossoró, existem outras quatro no país: em Catanduvas (SC), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF).

“É a primeira vez que fogem pessoas nesses presídios. Isso significa que pode ter havido relaxamento e nós vamos saber de quem”, acrescentou Lula. Uma operação para recapturar os dois fugitivos mobiliza cerca de 300 agentes federais. A forma como ambos escaparam está sendo investigada. Um buraco foi encontrado em uma parede e suspeita-se que eles tenham usado ferramentas destinados a uma obra interna.