Dino deve herdar ações no STF sobre CPI da Covid e indulto de Bolsonaro

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça Flávio Dino vai herdar a relatoria de uma série de temas de interesse do atual governo, caso seu nome seja aprovado pelo Senado.

Os processos eram de responsabilidade de Rosa Weber, que se aposentou da Corte no final de setembro. A lista inclui desde uma a ação da CPI da Covid sobre Jair Bolsonaro e o último indulto natalino decretado pelo ex-presidente. As informações são do O Globo.

Também estarão sob sua responsabilidade investigações criminais envolvendo o atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Chico Rodrigues (PSB-RR).

A vaga de Rosa Weber ficou aberta por mais de um mês até que Lula oficializasse a indicação para a Corte. Nesta segunda-feira, o petista anunciou que o ministro Dino foi o escolhido para ocupar a cadeira, na mesma ocasião em que sacramentou o nome do subprocurador-geral da República Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

O ministro da Justiça era o principal cotado para o cargo, mas os nomes de Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e de Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), também eram cogitados.

Em um dos casos que o futuro ministro assumirá como relator, Rosa Weber proferiu seu voto antes de se aposentar e, por isso, Dino não poderá alterar esse posicionamento, mesmo quando o julgamento for reiniciado. Além disso, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, comprometeu-se a não pautar a ação neste momento.

O acervo que vai passar para as mãos de Flávio Dino, caso seu nome seja aprovado, inclui 217 processos tanto de ações que estavam com a ministra (como a que trata sobre a legalização do aborto), quanto por processos que antes eram relatados por Barroso, mas que não permaneceram com ele a partir de sua ida para a presidência da Corte.

De acordo com as regras internas do tribunal, quando um ministro vira presidente do STF, ele tem a prerrogativa de manter a relatoria de processos que estejam prontos para julgamento. O restante vai para o ministro que deixou a presidência — no caso, Rosa Weber. Como a magistrada se aposentou logo depois de sair da presidência, o novo integrante do Supremo receberá o acumulado dos casos.

Ao assumir o comando da Corte, Barroso preferiu se manter como relator de algumas ações mais sensíveis, como a que discute o reajuste no FGTS e a que debate o piso da enfermagem. Mas abriu mão de todas as ações criminais, incluindo as que diziam respeito a Juscelino Filho, Renan Calheiros e Chico Rodrigues.

Veja processos que devem ser herdados por Dino

Entre as questões constitucionais que sobraram, estão a ação que discute se o regime de recuperação judicial de empresas privadas se aplica às empresas públicas, a ação que questiona o crime de violência institucional e a que pede que a extinção da pena de prisão não seja condicionada ao pagamento da multa.

Também está na lista uma das investigações preliminares instaladas a partir da CPI da Covid. Bolsonaro e aliados, como ex-ministros e parlamentares, são investigados por suposta incitação ao crime. Ainda há pedidos de investigações contra deputados oposicionistas, como Gustavo Gayer (PL-GO) e Zucco (PL-GO).

O futuro ministro ainda decidirá sobre uma ação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra trecho do último decreto de indulto natalino de Bolsonaro, que beneficiou pessoas condenadas a penas menores de cinco anos. Outro trecho do documento já foi derrubado pelo STF.

Diante da indefinição, enquanto o substituto não é definido, alguns processos ganharam um relator temporário, para decidir sobre questões urgentes. É o caso, por exemplo, de um inquérito que mira o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e foi repassado ao ministro Edson Fachin. Caso a vaga continue aberta por mais tempo, isso pode ocorrer também com outros casos.

Além dos processos que já estão em tramitação no Supremo, o novo ministro, assim que chegar, receberá uma carga maior de ações. Isso porque a distribuição, durante a ausência de um integrante na Corte, acabou sendo dividida apenas entre outros nove ministros, sobrecarregando os demais. Por isso, assim que chegar, o escolhido ou escolhida por Lula também passará a ter um direcionamento na quantidade de casos que vai para o seu acervo.

Prefeito de Lajedo, Erivaldo Chagas, com o presidente da Câmara, Flaviano Quintino, e o vereador Adelson Enfermeiro

Finalmente, a biografia de Marco Maciel será lançada hoje em Garanhuns, cidade luz do Natal. A noite de autógrafos está marcada a partir das 19 horas, na Câmara de Vereadores, com a presença do prefeito Sivaldo Albino (PSB), o presidente da Casa, Luizinho Roldão (PSB), lideranças e formadores de opinião. Ontem, Lajedo também fez um concorrido evento na Câmara Municipal de Vereadores. Confira!

Vereador Adelson Enfermeiro
Vereador Joãozinho CD
Rafael Pastor
Ex-vereador Dennysson da Água

A montanha pariu um rato

Inconsistente, sem resultados imediatos e longe de incutir na população a confiança de que os altos índices de violência no Estado serão reduzidos. Foi assim que especialistas em segurança pública ouvidos pelo blog reagiram ao programa “Juntos pela Segurança”, anunciado ontem pela governadora com 11 meses de atraso.

Sem nenhuma medida prática e eficiente, a governadora planeja reduzir em 30% os números de homicídios, violência contra a mulher, crimes contra o patrimônio e roubo e furto de veículos até 2026. Entre as metas, o plano visa abrir 7.960 novas vagas no sistema penitenciário e ter pelo menos 40% dos detentos estudando ou trabalhando, no mesmo período.

Também foi enfatizada a importância de “territorializar” o plano de ação, que dividiu o Estado em nove regiões, para atender de forma assertiva diferentes demandas por segurança. Foram utilizados como exemplos os crimes contra a vida, que tem predominância no Agreste, e os crimes contra o patrimônio, que se concentram na capital e Região Metropolitana.

Mas isso é uma piada, não leva a nada. Diferente do Pacto pela Vida, criado pelo ex-governador Eduardo Campos, o plano de Raquel não prioriza o incentivo a quem faz policiamento.

Na entrevista, a governadora informou que enviará um projeto à Alepe para mudar as faixas salariais dos policiais, mas não falou em valores e nem quando pretende fazer o envio. Apenas se limitou a dizer que pretende acabar com o fim da faixa salarial até 2026. Enquanto em Goiás um PM já entra com salário de R$ 6 mil, em Pernambuco esse valor é de pouco mais R$ 3 mil. Já o teto, valor final após o PM passar pelas cinco faixas salariais hoje existentes, é de R$5.947.

Redução de violência se faz com inteligência e decisão política. Em Nova Iorque, até então uma das cidades mais violentas do mundo, uma das mudanças que acompanharam a melhora da segurança foi o aumento de pelo menos 35% na quantidade de policiais na cidade entre 1990 e 2000, quando o número ultrapassou o de 53 mil funcionários, além do aumento salarial.

Isoladamente, uma maior quantidade de policiais nas ruas está longe de garantir uma queda nos crimes. Mas, no caso de Nova York, como pode ser em Pernambuco, isso foi acompanhado por uma mudança tecnológica chave. Entraram em jogo os sistemas de computador, para que o chefe de polícia soubesse onde os policiais estavam posicionados, onde os crimes eram cometidos e o impacto do posicionamento dos policiais nas taxas de criminalidade.

Antes dos computadores, não se sabia onde estavam os policiais. Podiam estar comendo rosquinhas o tempo todo. Não há nada, portanto, neste plano de Raquel, que devolva aos pernambucanos a esperança de mais segurança, que passe a certeza de que não haverá mais o risco de se perder a vida na porta de casa, como aconteceu recentemente com um juiz em Piedade.

Quem foi ouvido? – Fontes seguras da Polícia Militar garantem que ninguém foi ouvido sobre o plano mirabolante e sem consistência para reduzir a violência lançado, ontem, pela governadora Raquel Lyra. Quem ela ouviu, então? Certamente, deve estar mais para algo produzido nos laboratórios acadêmicos, sem nenhuma consistência prática.

Kassab flerta Raquel – Numa conversa com o repórter Carlos Nascimento, colaborador da Rede Nordeste de Rádio em Brasília, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, sinalizou que está em tratativas para a governadora Raquel Lyra se filiar ao partido. “Quem não queria nos seus quadros uma governadora com as qualidades de Raquel? Ela sabe que o partido está à disposição dela”, afirmou.

André perderia controle – Há muito, principalmente após a derrocada do seu partido, o PSDB, a governadora anda se articulando para se filiar a uma nova legenda. A demora se dá porque ela quer o controle absoluto da agremiação partidária. Caso faça a opção pelo PSD, conforme sinaliza Kassab, terá que negociar o comando da legenda com o seu donatário em Pernambuco, o ministro André de Paula (Pesca), afilhado de Kassab.

Campeão em prefeituras – o Partido Social Democrático (PSD) passou a comandar, pela primeira vez desde a sua criação, o maior número de prefeituras brasileiras. São 968 executivos municipais filiados à sigla, 308 a mais do que os 660 alcançados nas eleições de 2020. O crescimento de 47% fora de um período eleitoral se deu pela migração de prefeitos de outros partidos. Isso fez com que a sigla desbancasse o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), que há décadas liderava o ranking de domínio de prefeituras.

Retrato da incompetência – No mesmo dia em que a governadora anunciou seu plano retardatário de segurança sem nenhuma eficácia, a mídia nacional – Folha de São e site Uol – expôs a fragilidade da segurança nas praias de Porto de Galinhas. Ali, o governo tucano se apresenta impotente no enfrentamento a uma facção criminosa que domina o tráfico de drogas no balneário. Por ano, o grupo chega a faturar R$ 10 milhões, segundo anotações obtidas pela polícia.

CURTAS

LEI DO SILÊNCIO – A facção impôs uma lei de silêncio entre moradores para conter denúncias à polícia. Quem foge à regra, é torturado e pode até ser morto. Além de cooptar jovens para o crime, a facção abriu um tentáculo para entrar na política, segundo investigação.

TERROR  A polícia já realizou várias operações e prisões contra a facção. Porém, o grupo segue vivo e atormentando a população local. No último sábado, um tiroteio na comunidade Salinas deixou três mortos e alguns feridos durante uma ação policial. A polícia recebeu denúncias de moradores da comunidade que estavam ameaçados pela facção.

Perguntar não ofende: Nem um centavo a mais para quem vai às ruas cuidar da segurança do povo, governadora?

Realizei, há pouco, uma noite de autógrafos do livro “O Estilo Marco Maciel”, na Câmara de Vereadores de Lajedo, no Agreste Meridional. O lançamento foi prestigiado pelo prefeito Erivaldo Chagas e o presidente da Câmara, Flaviano Quintino. Lideranças locais e admiradores do ex-vice-presidente também marcaram presença.

Alvo de reclamação constante de parlamentares, o ritmo de liberação de recursos pelo governo federal coloca em risco parte do dinheiro herdado do antigo orçamento secreto. Faltando pouco mais de um mês para acabar o ano, cerca de um terço dos R$ 8,7 bilhões remanejados para o caixa de ministérios nem sequer foi empenhado até agora, o que tem gerado preocupação em deputados e senadores. O empenho é a primeira fase da execução orçamentária, quando o dinheiro é reservado para ser gasto futuramente.

Os recursos foram realocados no fim do ano passado, após o Supremo Tribunal Federal (STF) barrar as chamadas emendas de relator, base do orçamento secreto. O instrumento orçamentário permitia a parlamentares indicar recursos da União a seus redutos eleitorais sem serem identificados e de forma desigual. O mecanismo estimulava a barganha política e beneficiava congressistas aliados do Executivo. As informações são do O Globo.

Após a decisão do STF, o acordo entre o governo eleito e o Congresso foi de enviar metade dos valores previstas na época para o caixa de sete ministérios, mas com a promessa que parlamentares poderiam continuar a fazer as indicações.

A liberação dessas verbas, contudo, tem sido o principal foco de tensão entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o Palácio do Planalto. Segundo dados da execução orçamentária, 29,4% dos valores não tiveram sua destinação definida até agora. Isso significa um montante de R$ 2,5 bilhões ainda sem indicação.

Pressão

Como consequência, a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), responsável pela relação do Planalto com o Congresso, já prevê que as semanas restantes até o fim do ano serão marcadas por uma intensa pressão de parlamentares. Se os empenhos não acontecerem até o fim do ano, os recursos são perdidos, o que pode gerar mais uma crise no relacionamento.

Segundo um integrante do governo, a organização do modelo é de difícil administração. As verbas são, oficialmente, dos ministérios, mas o poder sobre o destino delas está concentrado nas mãos de caciques da Câmara e do Senado.

Os parlamentares, via de regra, evitam bater diretamente na porta dos ministros responsáveis pelos empenhos. A orientação é ir primeiro ao gabinete do ministro da SRI, Alexandre Padilha, ou de auxiliares da pasta.

Um integrante da SRI minimiza a demora e diz que muitos empenhos ficam, anualmente, acumulados para o mês de dezembro. Ele admite que uma parte ficou represada por causa de mudanças de programação e aprovação de leis que remanejaram as verbas. Mas afirma que os compromissos devem ser cumpridos até o fim do ano.

As alterações na programação da verba reservada aos parlamentares, contudo, não representam uma fatia relevante. O motivo é o fato de o Planalto ter ordenado a todos os ministérios, desde o fim do orçamento secreto, que não mexessem no dinheiro sem autorização.

Mas nem em todos os casos a ordem foi respeitada. Deputados ficaram insatisfeitos, por exemplo, com a destinação de recursos no Ministério da Agricultura para redutos do titular da pasta, Carlos Fávaro, em Mato Grosso. Já no Ministério da Educação, que inicialmente tinha R$ 200 milhões para distribuir, a demora na execução levou a pasta a perder R$ 100 milhões para Saúde.

Há ainda outras pastas, como Cidades e Desenvolvimento Social, que estão com grande quantidade de recursos parados. O primeiro com R$ 745,4 milhões (44,68% do total inicialmente previsto) e o segundo, R$ 423,5 milhões (28,17%). Na Saúde, são 903 milhões.

Em conversas reservadas, parlamentares de partidos da base traçam um diagnóstico pessimista. O entendimento é que há uma “situação muito ruim” frente às bancadas no Congresso. Antes mesmo de chegar perto do prazo, ao longo do ano, líderes partidários e o próprio presidente da Câmara reclamaram publicamente do governo sobre o ritmo de liberação de emendas.

Próximo de Lira, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) reconhece que a execução dessas emendas não está sendo feita de forma plena, mas avalia que há tempo para o governo conseguir atender aos parlamentares:

— Historicamente, sempre prorrogam através de decreto a sua execução, que já era para ter sido publicado. Então penso que esteja no prazo.

Parte dos recursos herdados do orçamento secreto já tinham sido reduzidos ao longo do ano por causa de dificuldades do governo na liberação desse dinheiro. As transferências de verba foram aprovadas pelo Congresso Nacional em outubro e somaram R$ 2,1 bilhões. O Ministério da Educação, por exemplo, com dificuldade de execução dos recursos, tinha R$ 200 milhões em verbas do antigo orçamento secreto, agora tem R$ 79,4 milhões. Os recursos foram remanejados para a Saúde, que em ofício ao Ministério da Economia afirmou que tinha mais propostas cadastradas do que recursos à disposição.

Outro dos órgãos turbinados com esse dinheiro foi a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), um dos preferidos dos congressistas pela capilaridade de aplicação dos recursos. O orçamento do órgão, que era de R$ 2,2 bilhões quando o Orçamento foi aprovado, no ano passado, já é de R$ 3,3 bilhões.

Desse valor, R$ 313 milhões estão alocados nos recursos “A4”, do antigo orçamento secreto, mas até agora apenas R$ 103 milhões foram empenhados. Ou seja, até o final do ano, R$ 210 milhões terão que ter o destino definido pelo governo federal. Já o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável por obras de escolas, por exemplo, ainda não empenhou nada dos R$ 68 milhões previstos.

Calendário de pagamentos

A insatisfação de parlamentares com o ritmo de liberação dos recursos neste ano motivou o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (União-CE), a propor um cronograma para pagamento obrigatório de emendas pelo governo.

Embora o pagamento de emendas individuais e de bancadas estaduais já seja obrigatório, atualmente não existe prazo para o Executivo quitar os valores que deputados e senadores indicam a seus redutos eleitorais. Para o relator, a falta de cronograma é o que permite o toma lá dá cá de emendas em votações importantes para o governo.

O Executivo, contudo, se opõe a esse calendário e deve trabalhar para evitar que ele seja incluído no texto final da LDO. Forte prometeu apresentar seu relatório nesta semana na Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Como mostrou O GLOBO, especialistas alertam que as mudanças propostas pelo Congresso na gestão das emendas parlamentares amplificam o risco de desequilíbrio nas contas. Para o economista Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper e especialista em contas públicas, a ideia tornará o Orçamento mais fragmentado e engessado. Em casos de descumprimento da meta para o saldo primário — o balanço entre receitas e despesas, sem considerar os gastos com juros da dívida — das contas públicas, a equipe econômica será obrigada a cortar recursos de investimentos.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, participa de cerimônia de formatura de 245 alunos capacitados em cursos oferecidos pelo Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), nesta quarta-feira (29), em Recife (PE). Na ocasião, também serão doados 200 computadores para 20 Pontos de Inclusão Digital (PIDs), no âmbito do programa Computadores para Inclusão.

O Programa Computadores para Inclusão é uma ação do Governo Federal, executada pelo Ministério das Comunicações (MCom), que apoia e viabiliza iniciativas de promoção da inclusão digital por meio dos CRCs e PIDs. No Recife, o CRC já formou mais de 19 mil jovens e adultos na área de tecnologia e doou mais de 6 mil computadores para instituições sociais.

Em discurso realizado durante o lançamento do programa Juntos Pela Segurança, nesta segunda-feira (27), o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto, afirmou que a Alepe está à disposição do Governo do Estado para aprovar o que for bom para Pernambuco e para segurança, mas ressaltou que quem vive o enfrentamento direto, a Polícia Civil e a Polícia Militar, precisam ter mais apoio. “Muitas vezes, quando a Polícia age da maneira que tem que agir, muita gente reclama. Mas, para enfrentar bandidos, os policiais não podem ir com um buquê de flores”, disse.

De acordo com o deputado, quando é recebida a bala, a Polícia tem que agir. Lembrou que atualmente a Polícia Militar tem sido alvo de denúncias, quando reage a criminosos. Citou o episódio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), na comunidade do Detran, em que policiais foram punidos após ação no local. “Mas tem que agir, porque bandido não se pode tratar de maneira diferente. Muitas vezes acontece (punição) de modo rigoroso com as polícias. Se for preciso, que se afaste (os policiais), em vez de decidir prender logo, em flagrante, sem saber o que está acontecendo. É preciso que quem esteja nas ruas receba apoio total”, frisou.

Porto afirmou que policiais militares e civis podem estar certos de que a Assembleia e o povo de Pernambuco estão do lado deles. “Tenho certeza que a governadora Raquel Lyra vai dar total apoio”, destacou. Segundo ele, a união de órgãos como Tribunal de Justiça, Ministério Público e Assembleia Legislativa é essencial para o combate à criminalidade. “Como todos viram os números apresentados aqui, a violência está muito grande. Espero que o Juntos Pela Segurança traga mais tranquilidade para a população”, disse, parabenizando, em seguida, a governadora pelo programa. “Vamos trabalhar e torcer para que dê certo, porque, dando certo, será bom para toda a população de Pernambuco”.

Contribuintes do Recife têm até a próxima quinta-feira (30) para indicar o imóvel que vai receber desconto no Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) em 2024. A medida vale para quem adquiriu serviços na cidade e solicitou a inclusão do CPF na Nota Fiscal de Serviços eletrônica (NFS-e), gerando créditos que podem ser convertidos em abatimento no tributo. Vale ressaltar que, para utilizar o saldo de créditos, que pode chegar a 50% de desconto no imposto, o contribuinte, bem como o imóvel indicado, devem estar em dia com os tributos municipais.

Para indicar o imóvel, é preciso acessar o Portal Recife em Dia e, na área de Acesso Rápido, clicar em Nota Fiscal de Serviços eletrônica (NFS-e). O próximo passo é clicar em “Consulte seus créditos” e, caso não tenha cadastro, o contribuinte precisa fazê-lo no local indicado. Ao logar, é só clicar no item “indicação de imóveis”, quando será necessário digitar o sequencial do imóvel para finalizar o processo.

Ao participar da visita da Frente Parlamentar da Educação da Câmara dos Deputados às escolas em tempo integral de Pernambuco, nesta segunda-feira (27), no Recife, o deputado federal Mendonça Filho lembrou que a política pública de escolas em tempo integral, que é referência nacional, nasceu no Ginásio Pernambucano, no Governo Jarbas/Mendonça. “Estar no Ginásio Pernambucano é sempre muito bom, é algo que me alegra demais ver quanto aquele projeto deu certo. Tudo começou aqui e hoje esta unidade serve de exemplo”, destacou Mendonça Filho, que coordenou a implantação do projeto como vice-governador. 

Ao assumir o Ministério da Educação, em 2016, Mendonça Filho nacionalizou o modelo criando a Política Nacional de Escolas em Tempo Integral, levando para todos os estados do Brasil, um investimento de R$1,5 bilhão. A Frente Parlamentar de Educação veio a Pernambuco com deputados de Pernambuco, São Paulo, Ceará, Distrito Federal e Maranhão para visitar quatro escolas. O EREM Ginásio Pernambucano, primeira escola a adotar o modelo integral, em 2004, quando Mendonça era vice-governador e coordenava a implantação do modelo.  Os deputados visitaram ainda a Escola Técnica Estadual Ginásio Pernambucano e a EREM Beberibe.

Pernambuco é reconhecido como um dos pioneiros na educação integral no País.  No governo Jarbas/Mendonça quando o Ginásio Pernambucano foi transformado em Escola Integral, Pernambuco ocupava a 21ª posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Após essa fase experimental, o modelo se constituiu como política pública e hoje o estado permanece entre os três melhores resultados do ranking.  Na ETE GP, Mendonça conheceu a estrutura e os projetos de uma unidade que aplica um modelo integral articulado com o modelo técnico. 

“Que escola magnífica, os professores interessados em darem o melhor aos seus alunos e os estudantes sendo protagonistas”, elogiou Mendonça, que foi recepcionado pela secretária executiva de Educação Integral, Ana Cristina Dias, e o Gerente Regional de Educação – Recife Norte,  Iury Souza.

Recentemente, Mendonça Filho relatou o projeto de expansão das escolas em tempo integral para a educação básica, enviado pelo Governo Federal e conseguiu a aprovação do seu relatório por unanimidade. Na visita desta segunda-feira, Mendonça aproveitou a oportunidade para debater as mudanças do Novo Ensino Médio propostas no projeto em tramitação na Câmara e do qual ele é relator. 

Participaram da missão a presidente da Frente parlamentar, deputada Tábata Amaral, deputado Pedro Campos, deputado Rafael Brito, Deputado Duarte Junior, deputado Reginaldo Veras e o deputado Idilvan Alencar. Além dos institutos Sonho Grande, Instituto Natura e Todos Pela Educação.

A governadora Raquel Lyra apresentou, nesta segunda-feira (27), os detalhes do novo Plano de Segurança do Estado de Pernambuco, o Juntos pela Segurança, que tem o objetivo de buscar a paz, prevenir a violência e combater a desigualdade em todo o Estado. A iniciativa foi construída a partir de ampla escuta e participação popular, conta com aporte de R$ 1 bilhão em recursos garantidos e entre as suas metas estão a redução dos homicídios em Pernambuco, dos crimes contra o patrimônio e das ocorrências de violência contra a mulher em 30% até 2026. 

Durante a apresentação, na Arena Pernambuco, foi anunciado o fim das faixas salariais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, antigo pleito da categoria. Também foi assinado um termo de cooperação entre a Secretaria de Defesa Social (SDS) e o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), com o objetivo de integrar os sistemas entre os poderes Legislativo e Judiciário, dando maior eficiência e rapidez aos inquéritos.

“O Juntos pela Segurança anuncia diversas ações de fortalecimento das operações policiais, de trabalho e repressão qualificada e prevenção social. A redução de 30% da criminalidade até o ano de 2026 indica que vamos ficar na média do índice de criminalidade violenta letal do País inteiro. Somente neste ano já anunciamos concursos para 4.019 vagas de novos profissionais de segurança. Ao todo, nós iremos investir R$ 1 bilhão para garantir que todas essas ações aumentem a segurança em todo o Estado e melhorem a qualidade de vida de todos os pernambucanos”, destacou a governadora Raquel Lyra. 

Sobre as faixas salariais, a chefe do Executivo estadual afirmou que encaminhará para a Assembleia Legislativa, no primeiro semestre de 2024, um Projeto de Lei indicando o encerramento do mecanismo, o que vai devolver o princípio de hierarquia que é fundamental para a disciplina e para o trabalho que os profissionais de segurança prestam à sociedade pernambucana. Instituídas em 2017, as faixas salariais fixam subdivisões dentro dos mesmos postos, permitindo diferentes níveis de progressão para agentes de uma mesma patente e que executam as mesmas funções.

O Plano de Segurança é um documento, com cerca de 100 páginas, que será entregue a todos os Poderes e compartilhado com a sociedade. Ele está construído com cinco pilares estratégicos, sendo eles: Prevenção da Violência e Redução de Desigualdade; Atuação Conjunta com os Municípios e Instituições; Enfrentamento ao Crime Organizado e Tráfico de Drogas; Articulação com o Sistema de Justiça e Ampliação e Requalificação dos Sistema Prisional e Socioeducativo. 

Em suas metas, o Juntos Pela Segurança prevê a redução de indicadores como Mortes Violentas Intencionais; Crimes contra o Patrimônio; Violência contra a mulher; e Roubos e Furtos de veículos em 30% até 2026, levando Pernambuco ao menor patamar das últimas décadas.

O percentual de redução tem como base o ano de 2022, quando foram registrados 37,8 Mortes Violentas Intencionais por 100 mil habitantes, 1.361 casos de Violência Contra a Mulher por 100 mil habitantes, e 442 ocorrências de Crimes Violentos Contra o Patrimônio por 100 mil habitantes.

No portfólio de ações anunciadas, constam a construção da nova sede do Batalhão de Polícia de Rádio Patrulha no Recife, a criação de dois novos batalhões nos municípios de Bezerros, no Agreste, e Goiana, na Zona da Mata Norte, e, ainda, a reforma do Quartel do Comando Geral do Recife. 

Um Batalhão da Polícia Militar de Apoio ao Turista será criado em Porto de Galinhas, para reforçar a presença ostensiva no Litoral Sul do Estado. Para o interior, será criada uma nova Diretoria Integrada de Segurança no Agreste.

“Nós vamos investir em equipamentos, instrumentos de inteligência e aumento de efetivo para que a gente possa trabalhar melhor e trazer um resultado melhor de segurança no Estado. Quanto às ações com os municípios, o plano irá atender a demanda de cada região, executando ações que considerem a dinâmica criminal de cada bairro ou cidade”, afirmou o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho. Entre os investimentos nas cidades estão a requalificação de espaços públicos urbanos nas áreas que concentram 80% dos crimes.

Na ocasião, também foi informado que a frota de veículos utilizados pelas forças policiais será renovada e foram entregues 46 novas viaturas para as corporações. Ao todo, serão 500 novas motos, 33 embarcações, 20 viaturas especiais para o Corpo de Bombeiros e 30 caminhões e ônibus somente em 2024. Entre esses veículos está a 1° Delegacia Móvel da Mulher, que irá descentralizar o atendimento, facilitando o registro de boletins de ocorrência.

Até 2026, todos os policiais terão coletes e armamentos novos, sendo: 15 mil pistolas; 500 pistolas elétricas; 800 submetralhadoras e 800 fuzis, somando R$ 7 milhões para aquisição dos equipamentos. Ainda na melhoria da estrutura, serão adquiridos 10 equipamentos de perícia digital, que permite aprofundar investigação de aparelhos móveis.

“Hoje é um dia muito importante para Pernambuco. Nós agradecemos e esperamos que o Juntos pela Segurança traga mais tranquilidade para população. Estamos todos unidos, o Estado, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Assembleia Legislativa. A governadora Raquel Lyra sabe que pode contar com a Alepe para aprovar o que for bom para Pernambuco, o que for bom para a segurança”, pontuou Álvaro Porto, presidente da Alepe.

A Efetividade do Sistema Prisional também está entre os objetivos da política. Além da criação da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, serão construídas 7.950 vagas para diminuir a superlotação penitenciária, sendo: 954 no Complexo do Curado; 155 em Caruaru; 2.754 em Araçoiaba; e 4.087 em Itaquitinga. 

A nova política pública será executada de maneira transversal pelas secretarias de Defesa Social; Mulher; Justiça e Direitos Humanos; Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo; Educação e Esportes; Cultura, Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mobilidade e Infraestrutura, Projetos Estratégicos, Desenvolvimento Econômico, e Ciência, Tecnologia e Inovação, e Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção à Violência e às Drogas. A participação das pastas demonstra que o plano é orientado para que as soluções possam ir além das polícias, sendo preciso também ações na saúde e assistência social de acordo com cada localidade do Estado.