Operação Papai Noel: Governo de Pernambuco irá reforçar a segurança no Sertão

A Secretaria de Defesa Social (SDS), por meio da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), está reforçando a segurança dos centros comerciais de diversos municípios do Estado. A Operação Papai Noel 2023 já foi deflagrada na capital pernambucana e agora chega ao Sertão, para garantir a tranquilidade de lojistas e consumidores durante as compras para os festejos de Natal e Ano Novo.

A presença policial nos horários de maior movimentação nos principais corredores do comércio será intensificada a partir desta sexta-feira (1º), nas áreas de atuação da Diretoria Integrada do Interior (Dinter 2) da PM, com concentração de ações estratégicas em cidades como Petrolina e Arcoverde. O incremento do policiamento ostensivo tem por objetivo inibir a criminalidade, em função do aumento da circulação de pessoas e mercadorias.

Os municípios do Sertão pernambucano vão contar com um acréscimo de aproximadamente 500 policiais, com lançamentos diários durante os dias de atuação. Em Afrânio, Dormentes e Petrolina, onde está sediado o 5° Batalhão de Polícia Militar, haverá cerca de 300  lançamentos. Os agentes da segurança pública vão fazer rondas ostensivas e preventivas na modalidade a pé e motorizado, nas principais ruas comerciais. As ações serão realizadas com apoio da Guarda Municipal local.

Além da atuação na prevenção de roubos e furtos, os policiais militares também estarão orientando a população a reduzir os riscos de serem vítimas de criminosos, adotando um comportamento seguro durante as compras.

Foi integralmente aprovado pelo Plenário da Câmara o Projeto de Lei n° 4733/2019, de autoria do deputado federal Eduardo da Fonte (PP), que inclui a possibilidade de instalação de equipamentos de microgeração ou de minigeração de energia elétrica fotovoltaica ou eólica no Programa Minha Casa Minha Vida e que o custo desse investimento seja incluído no valor do financiamento do imóvel, sendo assim diluído no longo prazo, a juros menores. 

Essa geração distribuída permite que as unidades consumidoras produzam energia elétrica e a utilizem, garantindo a sustentabilidade na geração de energia. Ou seja, dá às famílias a possibilidade de escolher entre usar a energia gerada ou transferir o crédito para o agente financeiro, abatendo o valor da prestação mensal da unidade habitacional. Em ambas as situações a geração distribuída vai contribuir para diminuir o peso do custo da energia elétrica ou da prestação da casa no orçamento familiar.

O projeto, que agora segue para aprovação no Senado, tem um importante caráter social, permitindo redução referente às despesas de energia elétrica, bem como a ampliação do mercado de energias renováveis, gerando empregos e melhorando a segurança energética do país.

Em busca de votos no Senado para a nomeação ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro da Justiça, Flávio Dino, fez um aceno à oposição, ontem, em visita ao Parlamento para o trabalho de convencimento dos senadores em prol de sua condução à Corte. Ele afirmou que vai procurar todos os parlamentares, “com respeito e humildade”, e destacou não haver governo e oposição nesse “tipo de matéria”. A sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa está marcada para o dia 13 de dezembro. Se aprovado, o nome dele seguirá para apreciação no plenário.

“Quem vai ao Supremo, ou pretende ir, evidentemente, ao vestir uma toga, deixa de ter lado político. Não olha se é governo ou oposição. Se olha para o país, para a instituição”, discursou Dino, na primeira manifestação desde que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga aberta no STF com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. “Um ministro do Supremo não tem partido, não tem ideologia, não tem lado político”, completou. As informações são do Correio Braziliense.

Perguntado se tem procurado a oposição, Dino evitou citar nomes, mas disse que está falando com todos e fazendo reuniões até tarde da noite. Questionado se procuraria o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), respondeu: “Ele é senador”.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, porém, não demonstrou disposição nenhuma para receber Dino no gabinete. “Não tenho o que falar com ele. Sou contra sua indicação, e todo mundo sabe disso. Vou votar contra. Melhor é ele ir procurar os outros”, rebateu Flávio Bolsonaro, ao Correio. Perguntado se o receberá, caso seja procurado, respondeu: “Deixa ele procurar, ainda não fui”. O parlamentar enfatizou que as pautas defendidas pelo ministro são bem diferentes das do grupo político ao qual pertence. “São assuntos bem diversos, como aborto, comunismo e outros”, acrescentou.

Na entrevista desta quarta-feira, Dino comentou sobre rusgas e bate-bocas com a oposição no Congresso, em especial com os deputados em audiências públicas na Câmara. Ele destacou que ter “perfil combativo é próprio da política”. “Evidentemente, quando você muda de função, você muda o perfil de sua atuação”, frisou.

Dino precisa de, pelo menos, 41 votos favoráveis para ser aprovado no plenário. O relator da indicação do ministro na CCJ, senador Weverton Rocha (PDT-MA), que o acompanhou, nesta quarta-feira, pelo Senado, tem atuado como cabo eleitoral. Na convicção dele, o titular da Justiça terá “mais de 50 votos”, dos 81 parlamentares.

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) deve ser a responsável por articular os votos da sigla a favor de Dino. Ela confirmou à imprensa que vai encabeçar o diálogo no partido, mas que não seria articulação e, sim, “algo totalmente institucional”. A parlamentar organizou um jantar, nesta segunda-feira, em sua residência, em torno de Dino, que contou com a presença do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e de outros 10 senadores, líderes e vice-líderes dos partidos aliados do Palácio do Planalto.

Elogio de Lula

O presidente Lula elogiou as indicações que fez para o STF e para a Procuradoria-Geral da República — o escolhido pelo chefe do Planalto foi o subprocurador-geral Paulo Gonet, que também será sabatinado pelo Senado no dia 13.

“Entendi que os dois eram as melhores pessoas que eu podia indicar. Eu espero que o Senado estude, analise os nomes deles e faça o trabalho que quiser fazer. Espero que os dois sejam indicados porque, se eu não o fizesse agora, eu não teria tempo de colocar em debate o nome deles antes do encerramento das atividades do Congresso Nacional”, explicou Lula, em Riad, na Arábia Saudita, onde cumpriu uma agenda de compromissos. Segundo o petista, Dino e Gonet “são duas pessoas altamente qualificadas para assumir tanto a Suprema Corte quanto a Procuradoria-Geral da República”.

Caso o Senado confirme a indicação de Dino, os 95 requerimentos de convocação apresentados por parlamentares bolsonaristas que o obrigam a comparecer à Câmara “caem”, no linguajar técnico da Casa. Terão como destino o arquivo. Ao todo, o ministro é alvo de 120 pedidos de convocação e convite para comparecer à Câmara e ao Senado.

Depois da derrota nas urnas em 2022, o PSDB tenta se reinventar e ganhar fôlego nas eleições de 2024. O partido, no entanto, encontra dificuldades para definições internas, como o novo presidente da sigla. Com a eleição do Diretório Nacional marcada para hoje, o Partido da Social Democracia Brasileira ainda não tem definição sobre o futuro presidente. O novo diretório é o grupo que escolherá os integrantes da Executiva Nacional, incluindo o presidente.

Inicialmente, os principais nomes do PSDB desejavam que o atual presidente, Eduardo Leite (RS), continuasse no cargo a partir da nova eleição interna. A ideia é que Leite representaria “juventude” e “renovação”, segundo Paulo Abi-Ackel (MG), atual secretário-geral do partido. No entanto, Leite decidiu que não iria tentar a presidência do partido novamente. Segundo integrantes da sigla, a situação do Rio Grande do Sul, com os recentes desastres naturais, influenciou na decisão. Leite gostaria de focar em seu trabalho como governador. As informações são do Congresso em Foco.

Sem o chefe do Executivo gaúcho, o nome do ex-governador Marconi Perillo (GO) tornou-se central no PSDB. Mas o ex-senador e ex-presidente da sigla tucana José Aníbal (SP) também foi colocado como uma opção. O nome do deputado Adolfo Viana (BA), líder da federação PSDB-Cidadania na Câmara.

Na noite de quarta-feira (29), véspera da Convenção Nacional do partido, ainda não havia definição sobre um nome.

A escolha do novo presidente é estratégica para as eleições de 2024. O PSDB perdeu espaço durante as eleições nacionais de 2022. Para um cenário diferente em 2026, o partido quer se renovar para o eleitorado.

Derrocada do PSDB

Fundado em 1988 como uma dissidência do MDB, o PSDB tem entre os seus fundadores o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. O partido se colocava como a principal oposição ao poder por décadas.

Um dos maiores partidos em número de filiados do Brasil, com 1,23 milhão, o PSDB diminuiu de tamanho em 2022. Sem candidato para a Presidência da República, o partido também amargou nos estados: elegeu somente três governadores, com Raquel Lyra (PE), Eduardo Leite (RS) e Eduardo Riedel (MS). Raquel está cada vez mais próxima do presidente Lula e sua saída do partido é considerada uma questão de tempo.

No Congresso Nacional, o PSDB, em sua federação com o Cidadania, só conseguiu eleger 18 deputados federais. Nenhum senador foi eleito em 2022.

Ainda assim, no Senado contava com quatro nomes: Izalci Lucas (DF), Plínio Valério (AM), Mara Gabrilli (SP) e Alessandro Vieira (SE). Os últimos dois deixaram o partido durante o ano. Com isso, o PSDB perdeu o gabinete de liderança do Senado, espaço a que a sigla tinha direito desde sua fundação.

Já Izalci, o líder da sigla, conversa com o PL e com o União Brasil para mudar de partido. Plínio também é cobiçado por outros partidos.

O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu por 9 votos a 2 que empresas jornalísticas de qualquer natureza podem ser responsabilizadas pelos crimes de injúria, difamação ou calúnia por causa de declarações feitas por pessoas entrevistadas. A Corte definiu, ontem, a tese fixada na análise de uma ação que trata de uma entrevista publicada em 1995 pelo jornal Diario de Pernambuco.

Na publicação, Ricardo Zarattini Filho (1935-2017) foi acusado por um entrevistado de ter participado de um ataque a bomba em 1966 que deixou 3 mortos no aeroporto de Guararapes. Zarattini foi militante do PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário) e deputado federal pelo PT de São Paulo. Ele é pai do atual deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP). As informações são do Poder360.

Os ministros já julgaram o caso concreto e decidiram que o jornal deveria ser responsabilizado pela declaração. Agora, com a fixação da tese, a definição deve ser usada para guiar outros casos semelhantes que tramitam na Justiça. Os ministros iniciaram a discussão da tese no plenário virtual, mas se formaram 3 vertentes diferentes e o caso foi levado ao plenário físico. Na sessão desta 4ª (29.nov), o ministro Alexandre de Moraes uniu as teses fixadas por ele e o ministro Roberto Barroso. O redator do acórdão, no entanto, será Edson Fachin, que fez a tese que mediava os entendimentos.

A ministra Cármen Lúcia pediu que fosse contemplado no texto a proibição da censura prévia contra os jornais. Em seguida, o ministro Cristiano Zanin fez uma sugestão para que fosse acrescentada na tese a possibilidade de remoção de conteúdos “comprovadamente injuriosos”. O magistrado não votou na ação por ocupar a vaga de Ricardo Lewandowski, que já apresentou o seu entendimento em agosto de 2020.

As sugestões de Zanin e Cármen Lúcia foram acatadas pelos ministros. Eis a tese fixada pela Corte:

  1. “A plena proteção constitucional à liberdade de imprensa é consagrada pelo binômio liberdade com responsabilidade, vedada qualquer espécie de censura prévia, porém admitindo a possibilidade posterior de análise e responsabilização, inclusive com remoção de conteúdo, por informações comprovadamente injuriosas, difamantes, caluniosas, mentirosas, e em relação a eventuais danos materiais e morais, pois os direitos à honra, intimidade, vida privada e à própria imagem formam a proteção constitucional à dignidade da pessoa humana, salvaguardando um espaço íntimo intransponível por intromissões ilícitas externas”;
  2. “Na hipótese de publicação de entrevista em que o entrevistado imputa falsamente prática de crime a terceiro, a empresa jornalística somente poderá ser responsabilizada civilmente se: (i) à época da divulgação, havia indícios concretos da falsidade da imputação; e (ii) o veículo deixou de observar o dever de cuidado na verificação da veracidade dos fatos e na divulgação da existência de tais indícios”.

Eis o placar:

9 votos a favor da responsabilização: Edson Fachin, Roberto Barroso (presidente), Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Nunes Marques;

2 votos contrários: Marco Aurélio de Mello (relator) e Rosa Weber.

VOTO DO RELATOR 

Os ministros contrariaram o entendimento do relator da ação, ministro Marco Aurélio – que se aposentou em 2021. No caso concreto, Marco Aurélio diz que o Diario de Pernambuco “não emitiu opinião a influenciar leitores” na publicação. Ele citou a liberdade de imprensa e de expressão para fundamentar o voto. O entendimento foi acompanhado pela ministra Rosa Weber – que também se aposentou, em setembro de 2023.

“Responsabilizar a imprensa não é a forma ideal de combate à divulgação de entrevista, ainda que inadequado o que dito pelo entrevistado. O Estado torna-se mais democrático quando não expõe esse tipo de trabalho à censura oficial, mas, ao contrário, deixa a cargo da sociedade fazer a análise, formando as próprias conclusões. Somente é possível chegar-se a uma sociedade aberta, tolerante e consciente se as escolhas puderem ser pautadas em discussões geradas a partir das diferentes opiniões sobre os mesmos fatos”, diz trecho do voto.

Eis a tese defendida pelo relator: 

“Empresa jornalística não responde civilmente quando, sem emitir opinião, veicule entrevista na qual atribuído, pelo entrevistado, ato ilícito a determinada pessoa”. 

Deputados e senadores que integram as bancadas do PT no Congresso defendem que a permanência do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), no primeiro escalão do governo é prejudicial para a imagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta criar da sua gestão.

Sem se expor, esses parlamentares argumentam que o enquadramento de Juscelino por suas práticas irregulares deveria partir dos demais ministros do governo e dos integrantes do Palácio do Planalto. Um senador chegou a se referir ao ministro das Comunicações como um “estorvo” para Lula, mas que passa incólume na Esplanada dos Ministérios. As informações são do Estadão.

Uma série de reportagens do Estadão revelou que o ministro já usou emendas parlamentares para asfaltar sua fazenda no Maranhão e viajou de avião da Forças Aérea Brasileira (FAB) para participar de leilão de cavalos. Nesta quarta-feira, 29, o jornal revelou que Juscelino concedeu 31 retransmissoras de televisão para um mesmo empresário da sua base política no Maranhão.

Nenhuma outra emissora no País teve tantos pedidos do mesmo tipo atendidos neste ano, aponta levantamento exclusivo do Estadão. Todos foram aprovados a jato, num período entre cinco e oito meses. Na prática, as autorizações concedidas pelo ministro aumentam a influência da emissora no Maranhão, ampliam o valor comercial da empresa e permitem maior arrecadação com publicidade.

Entre os petistas, o mais novo episódio do “caso Juscelino” atesta que os movimentos do ministro à frente da pasta das Comunicações não são “republicanos”. Senadores do PT apontam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como o fiador do ministro no primeiro escalão do governo. Eles argumentam que o deputado é hoje o principal motivo para Juscelino ainda não ter sido demitido.

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, foi uma das poucas petistas que defendeu publicamente o afastamento de Juscelino do Ministério. Em março deste ano, a parlamentar argumentou que a saída do ministro evitaria “o constrangimento de parte a parte”. Interlocutores de Gleisi afirmaram à reportagem que ela ainda mantém a mesma posição em relação ao ministro.

Apesar das queixas, os parlamentares do partido do presidente Lula afirmam que o Planalto ainda não sinalizou se Juscelino poderá ser substituído numa eventual reforma ministerial que se projeta para o ano que vem.

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), afirmou, em entrevista à imprensa, em Manaus, na quarta-feira (29), que pretende cobrar da Amazon pelo uso do nome do estado brasileiro e da Amazônia. 

Na entrevista, o governador afirmou que busca uma “parceria” com a Amazon. A reunião com representantes da big tech norte-americana vai ocorrer durante a COP28, cúpula climática que começa nesta quinta-feira (30), em Dubai. Wilson Lima faz parte da comitiva de Lula. As informações são do Portal da Folha de Pernambuco.

“A Amazon usa o nome do Amazonas, usa o nome da Amazônia. Quanto é que a gente ganha por isso? A gente quer saber. Esse é um dos questionamentos que a gente vai fazer lá na COP”, disse o governador Wilson Lima.

O nome da empresa foi escolhido por Jeff Bezos por começar com A, a primeira letra do alfabeto, e como uma homenagem ao Amazonas, o maior rio do mundo, segundo o portal About Amazon.

“Esse rio supera todos os outros de longe”, disse Bezos ao autor do livro The Everything Store, Brian Stone, que conta a história da Amazon. O primeiro logo da Amazon, inclusive, fazia alusão ao Rio Amazonas. 

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), a 22ª fase da Operação Lesa Pátria. São cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva em Santa Catarina e Minas Gerais. As determinações são do Supremo Tribunal Federal (STF).

Nesta fase, a operação também bloqueou bens, ativos e valores dos investigados em contas. Segundo a PF, apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público relacionados à vandalização do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto possam chegar à cifra de R$ 40 milhões. Os valores bloqueados dos investigados podem, se comprovados, ser usados para custear as reparações. As informações são da CNN Brasil.

O inquérito da Lesa Pátria na PF foi aberto para identificar pessoas que financiaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8/1, em Brasília, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e vandalizadas.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. As investigações continuam.

Arthur Lira continua buscando novas maneiras de contornar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou inconstitucional o orçamento secreto. Segundo o Estadão, o presidente da Câmara dos Deputados agora planeja distribuir recursos aos colegas por meio de outra rubrica: as emendas da Mesa Diretora da Casa.

A estratégia visa dar uma nova cara ao mecanismo que permitia a distribuição de dinheiro entre aliados sem critérios técnicos e transparência. No entanto, a proposta não é apoiada por alguns integrantes da Mesa e líderes partidários, que não querem ficar dependentes de Lira na hora de enviar recursos para suas bases eleitorais. As informações são do O Antagonista.

Composta por 11 deputados e presidida por Lira, a Mesa Diretora da Câmara tem o poder de apresentar emendas ao Orçamento. No entanto, essas emendas devem se restringir a questões administrativas e legislativas do Congresso. Em 2022, a Mesa apresentou emendas para garantir recursos no Orçamento destinados ao aumento salarial dos deputados.

A intenção de Lira é aumentar o escopo e os valores das emendas da Mesa, ampliando as indicações para obras e envio de recursos aos municípios durante as eleições municipais de 2024.

Não foi definido, até o momento, o valor total das emendas a serem distribuídas nem as fontes dos repasses. O relator-geral do Orçamento, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), indicado por Lira, será responsável por estabelecer os limites para atender às demandas do presidente da Câmara.

A estratégia de Lira foi confirmada por integrantes da Mesa Diretora da Câmara ao jornal. No entanto, o presidente da Casa preferiu não comentar sobre o assunto. A proposta, que tem sido discutida entre Lira e o governo, recebeu apoio de alguns membros da comissão. No entanto, nem todos na cúpula da Câmara estão favoráveis à ideia, pois não querem conceder poder excessivo ao presidente da Casa.

Além disso, a proposta também gerou divergências entre Lira e o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Danilo Forte (União-CE). Forte propôs a criação de outro tipo de emenda, chamada de emenda de liderança, que seria carimbada com o código RP-5. No entanto, essa ideia foi rejeitada por Lira, pois daria poder aos líderes partidários sem passar pelo presidente da Casa.