Lançamento da biografia sobre Marco Maciel em Lajedo é prestigiado por políticos e admiradores do ex-vice-presidente

Realizei, há pouco, uma noite de autógrafos do livro “O Estilo Marco Maciel”, na Câmara de Vereadores de Lajedo, no Agreste Meridional. O lançamento foi prestigiado pelo prefeito Erivaldo Chagas e o presidente da Câmara, Flaviano Quintino. Lideranças locais e admiradores do ex-vice-presidente também marcaram presença.

Alvo de reclamação constante de parlamentares, o ritmo de liberação de recursos pelo governo federal coloca em risco parte do dinheiro herdado do antigo orçamento secreto. Faltando pouco mais de um mês para acabar o ano, cerca de um terço dos R$ 8,7 bilhões remanejados para o caixa de ministérios nem sequer foi empenhado até agora, o que tem gerado preocupação em deputados e senadores. O empenho é a primeira fase da execução orçamentária, quando o dinheiro é reservado para ser gasto futuramente.

Os recursos foram realocados no fim do ano passado, após o Supremo Tribunal Federal (STF) barrar as chamadas emendas de relator, base do orçamento secreto. O instrumento orçamentário permitia a parlamentares indicar recursos da União a seus redutos eleitorais sem serem identificados e de forma desigual. O mecanismo estimulava a barganha política e beneficiava congressistas aliados do Executivo. As informações são do O Globo.

Após a decisão do STF, o acordo entre o governo eleito e o Congresso foi de enviar metade dos valores previstas na época para o caixa de sete ministérios, mas com a promessa que parlamentares poderiam continuar a fazer as indicações.

A liberação dessas verbas, contudo, tem sido o principal foco de tensão entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o Palácio do Planalto. Segundo dados da execução orçamentária, 29,4% dos valores não tiveram sua destinação definida até agora. Isso significa um montante de R$ 2,5 bilhões ainda sem indicação.

Pressão

Como consequência, a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), responsável pela relação do Planalto com o Congresso, já prevê que as semanas restantes até o fim do ano serão marcadas por uma intensa pressão de parlamentares. Se os empenhos não acontecerem até o fim do ano, os recursos são perdidos, o que pode gerar mais uma crise no relacionamento.

Segundo um integrante do governo, a organização do modelo é de difícil administração. As verbas são, oficialmente, dos ministérios, mas o poder sobre o destino delas está concentrado nas mãos de caciques da Câmara e do Senado.

Os parlamentares, via de regra, evitam bater diretamente na porta dos ministros responsáveis pelos empenhos. A orientação é ir primeiro ao gabinete do ministro da SRI, Alexandre Padilha, ou de auxiliares da pasta.

Um integrante da SRI minimiza a demora e diz que muitos empenhos ficam, anualmente, acumulados para o mês de dezembro. Ele admite que uma parte ficou represada por causa de mudanças de programação e aprovação de leis que remanejaram as verbas. Mas afirma que os compromissos devem ser cumpridos até o fim do ano.

As alterações na programação da verba reservada aos parlamentares, contudo, não representam uma fatia relevante. O motivo é o fato de o Planalto ter ordenado a todos os ministérios, desde o fim do orçamento secreto, que não mexessem no dinheiro sem autorização.

Mas nem em todos os casos a ordem foi respeitada. Deputados ficaram insatisfeitos, por exemplo, com a destinação de recursos no Ministério da Agricultura para redutos do titular da pasta, Carlos Fávaro, em Mato Grosso. Já no Ministério da Educação, que inicialmente tinha R$ 200 milhões para distribuir, a demora na execução levou a pasta a perder R$ 100 milhões para Saúde.

Há ainda outras pastas, como Cidades e Desenvolvimento Social, que estão com grande quantidade de recursos parados. O primeiro com R$ 745,4 milhões (44,68% do total inicialmente previsto) e o segundo, R$ 423,5 milhões (28,17%). Na Saúde, são 903 milhões.

Em conversas reservadas, parlamentares de partidos da base traçam um diagnóstico pessimista. O entendimento é que há uma “situação muito ruim” frente às bancadas no Congresso. Antes mesmo de chegar perto do prazo, ao longo do ano, líderes partidários e o próprio presidente da Câmara reclamaram publicamente do governo sobre o ritmo de liberação de emendas.

Próximo de Lira, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) reconhece que a execução dessas emendas não está sendo feita de forma plena, mas avalia que há tempo para o governo conseguir atender aos parlamentares:

— Historicamente, sempre prorrogam através de decreto a sua execução, que já era para ter sido publicado. Então penso que esteja no prazo.

Parte dos recursos herdados do orçamento secreto já tinham sido reduzidos ao longo do ano por causa de dificuldades do governo na liberação desse dinheiro. As transferências de verba foram aprovadas pelo Congresso Nacional em outubro e somaram R$ 2,1 bilhões. O Ministério da Educação, por exemplo, com dificuldade de execução dos recursos, tinha R$ 200 milhões em verbas do antigo orçamento secreto, agora tem R$ 79,4 milhões. Os recursos foram remanejados para a Saúde, que em ofício ao Ministério da Economia afirmou que tinha mais propostas cadastradas do que recursos à disposição.

Outro dos órgãos turbinados com esse dinheiro foi a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), um dos preferidos dos congressistas pela capilaridade de aplicação dos recursos. O orçamento do órgão, que era de R$ 2,2 bilhões quando o Orçamento foi aprovado, no ano passado, já é de R$ 3,3 bilhões.

Desse valor, R$ 313 milhões estão alocados nos recursos “A4”, do antigo orçamento secreto, mas até agora apenas R$ 103 milhões foram empenhados. Ou seja, até o final do ano, R$ 210 milhões terão que ter o destino definido pelo governo federal. Já o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável por obras de escolas, por exemplo, ainda não empenhou nada dos R$ 68 milhões previstos.

Calendário de pagamentos

A insatisfação de parlamentares com o ritmo de liberação dos recursos neste ano motivou o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Forte (União-CE), a propor um cronograma para pagamento obrigatório de emendas pelo governo.

Embora o pagamento de emendas individuais e de bancadas estaduais já seja obrigatório, atualmente não existe prazo para o Executivo quitar os valores que deputados e senadores indicam a seus redutos eleitorais. Para o relator, a falta de cronograma é o que permite o toma lá dá cá de emendas em votações importantes para o governo.

O Executivo, contudo, se opõe a esse calendário e deve trabalhar para evitar que ele seja incluído no texto final da LDO. Forte prometeu apresentar seu relatório nesta semana na Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Como mostrou O GLOBO, especialistas alertam que as mudanças propostas pelo Congresso na gestão das emendas parlamentares amplificam o risco de desequilíbrio nas contas. Para o economista Marcos Mendes, pesquisador associado do Insper e especialista em contas públicas, a ideia tornará o Orçamento mais fragmentado e engessado. Em casos de descumprimento da meta para o saldo primário — o balanço entre receitas e despesas, sem considerar os gastos com juros da dívida — das contas públicas, a equipe econômica será obrigada a cortar recursos de investimentos.

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, participa de cerimônia de formatura de 245 alunos capacitados em cursos oferecidos pelo Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC), nesta quarta-feira (29), em Recife (PE). Na ocasião, também serão doados 200 computadores para 20 Pontos de Inclusão Digital (PIDs), no âmbito do programa Computadores para Inclusão.

O Programa Computadores para Inclusão é uma ação do Governo Federal, executada pelo Ministério das Comunicações (MCom), que apoia e viabiliza iniciativas de promoção da inclusão digital por meio dos CRCs e PIDs. No Recife, o CRC já formou mais de 19 mil jovens e adultos na área de tecnologia e doou mais de 6 mil computadores para instituições sociais.

Em discurso realizado durante o lançamento do programa Juntos Pela Segurança, nesta segunda-feira (27), o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto, afirmou que a Alepe está à disposição do Governo do Estado para aprovar o que for bom para Pernambuco e para segurança, mas ressaltou que quem vive o enfrentamento direto, a Polícia Civil e a Polícia Militar, precisam ter mais apoio. “Muitas vezes, quando a Polícia age da maneira que tem que agir, muita gente reclama. Mas, para enfrentar bandidos, os policiais não podem ir com um buquê de flores”, disse.

De acordo com o deputado, quando é recebida a bala, a Polícia tem que agir. Lembrou que atualmente a Polícia Militar tem sido alvo de denúncias, quando reage a criminosos. Citou o episódio do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), na comunidade do Detran, em que policiais foram punidos após ação no local. “Mas tem que agir, porque bandido não se pode tratar de maneira diferente. Muitas vezes acontece (punição) de modo rigoroso com as polícias. Se for preciso, que se afaste (os policiais), em vez de decidir prender logo, em flagrante, sem saber o que está acontecendo. É preciso que quem esteja nas ruas receba apoio total”, frisou.

Porto afirmou que policiais militares e civis podem estar certos de que a Assembleia e o povo de Pernambuco estão do lado deles. “Tenho certeza que a governadora Raquel Lyra vai dar total apoio”, destacou. Segundo ele, a união de órgãos como Tribunal de Justiça, Ministério Público e Assembleia Legislativa é essencial para o combate à criminalidade. “Como todos viram os números apresentados aqui, a violência está muito grande. Espero que o Juntos Pela Segurança traga mais tranquilidade para a população”, disse, parabenizando, em seguida, a governadora pelo programa. “Vamos trabalhar e torcer para que dê certo, porque, dando certo, será bom para toda a população de Pernambuco”.

Contribuintes do Recife têm até a próxima quinta-feira (30) para indicar o imóvel que vai receber desconto no Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) em 2024. A medida vale para quem adquiriu serviços na cidade e solicitou a inclusão do CPF na Nota Fiscal de Serviços eletrônica (NFS-e), gerando créditos que podem ser convertidos em abatimento no tributo. Vale ressaltar que, para utilizar o saldo de créditos, que pode chegar a 50% de desconto no imposto, o contribuinte, bem como o imóvel indicado, devem estar em dia com os tributos municipais.

Para indicar o imóvel, é preciso acessar o Portal Recife em Dia e, na área de Acesso Rápido, clicar em Nota Fiscal de Serviços eletrônica (NFS-e). O próximo passo é clicar em “Consulte seus créditos” e, caso não tenha cadastro, o contribuinte precisa fazê-lo no local indicado. Ao logar, é só clicar no item “indicação de imóveis”, quando será necessário digitar o sequencial do imóvel para finalizar o processo.

Ao participar da visita da Frente Parlamentar da Educação da Câmara dos Deputados às escolas em tempo integral de Pernambuco, nesta segunda-feira (27), no Recife, o deputado federal Mendonça Filho lembrou que a política pública de escolas em tempo integral, que é referência nacional, nasceu no Ginásio Pernambucano, no Governo Jarbas/Mendonça. “Estar no Ginásio Pernambucano é sempre muito bom, é algo que me alegra demais ver quanto aquele projeto deu certo. Tudo começou aqui e hoje esta unidade serve de exemplo”, destacou Mendonça Filho, que coordenou a implantação do projeto como vice-governador. 

Ao assumir o Ministério da Educação, em 2016, Mendonça Filho nacionalizou o modelo criando a Política Nacional de Escolas em Tempo Integral, levando para todos os estados do Brasil, um investimento de R$1,5 bilhão. A Frente Parlamentar de Educação veio a Pernambuco com deputados de Pernambuco, São Paulo, Ceará, Distrito Federal e Maranhão para visitar quatro escolas. O EREM Ginásio Pernambucano, primeira escola a adotar o modelo integral, em 2004, quando Mendonça era vice-governador e coordenava a implantação do modelo.  Os deputados visitaram ainda a Escola Técnica Estadual Ginásio Pernambucano e a EREM Beberibe.

Pernambuco é reconhecido como um dos pioneiros na educação integral no País.  No governo Jarbas/Mendonça quando o Ginásio Pernambucano foi transformado em Escola Integral, Pernambuco ocupava a 21ª posição no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Após essa fase experimental, o modelo se constituiu como política pública e hoje o estado permanece entre os três melhores resultados do ranking.  Na ETE GP, Mendonça conheceu a estrutura e os projetos de uma unidade que aplica um modelo integral articulado com o modelo técnico. 

“Que escola magnífica, os professores interessados em darem o melhor aos seus alunos e os estudantes sendo protagonistas”, elogiou Mendonça, que foi recepcionado pela secretária executiva de Educação Integral, Ana Cristina Dias, e o Gerente Regional de Educação – Recife Norte,  Iury Souza.

Recentemente, Mendonça Filho relatou o projeto de expansão das escolas em tempo integral para a educação básica, enviado pelo Governo Federal e conseguiu a aprovação do seu relatório por unanimidade. Na visita desta segunda-feira, Mendonça aproveitou a oportunidade para debater as mudanças do Novo Ensino Médio propostas no projeto em tramitação na Câmara e do qual ele é relator. 

Participaram da missão a presidente da Frente parlamentar, deputada Tábata Amaral, deputado Pedro Campos, deputado Rafael Brito, Deputado Duarte Junior, deputado Reginaldo Veras e o deputado Idilvan Alencar. Além dos institutos Sonho Grande, Instituto Natura e Todos Pela Educação.

A governadora Raquel Lyra apresentou, nesta segunda-feira (27), os detalhes do novo Plano de Segurança do Estado de Pernambuco, o Juntos pela Segurança, que tem o objetivo de buscar a paz, prevenir a violência e combater a desigualdade em todo o Estado. A iniciativa foi construída a partir de ampla escuta e participação popular, conta com aporte de R$ 1 bilhão em recursos garantidos e entre as suas metas estão a redução dos homicídios em Pernambuco, dos crimes contra o patrimônio e das ocorrências de violência contra a mulher em 30% até 2026. 

Durante a apresentação, na Arena Pernambuco, foi anunciado o fim das faixas salariais da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco, antigo pleito da categoria. Também foi assinado um termo de cooperação entre a Secretaria de Defesa Social (SDS) e o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), com o objetivo de integrar os sistemas entre os poderes Legislativo e Judiciário, dando maior eficiência e rapidez aos inquéritos.

“O Juntos pela Segurança anuncia diversas ações de fortalecimento das operações policiais, de trabalho e repressão qualificada e prevenção social. A redução de 30% da criminalidade até o ano de 2026 indica que vamos ficar na média do índice de criminalidade violenta letal do País inteiro. Somente neste ano já anunciamos concursos para 4.019 vagas de novos profissionais de segurança. Ao todo, nós iremos investir R$ 1 bilhão para garantir que todas essas ações aumentem a segurança em todo o Estado e melhorem a qualidade de vida de todos os pernambucanos”, destacou a governadora Raquel Lyra. 

Sobre as faixas salariais, a chefe do Executivo estadual afirmou que encaminhará para a Assembleia Legislativa, no primeiro semestre de 2024, um Projeto de Lei indicando o encerramento do mecanismo, o que vai devolver o princípio de hierarquia que é fundamental para a disciplina e para o trabalho que os profissionais de segurança prestam à sociedade pernambucana. Instituídas em 2017, as faixas salariais fixam subdivisões dentro dos mesmos postos, permitindo diferentes níveis de progressão para agentes de uma mesma patente e que executam as mesmas funções.

O Plano de Segurança é um documento, com cerca de 100 páginas, que será entregue a todos os Poderes e compartilhado com a sociedade. Ele está construído com cinco pilares estratégicos, sendo eles: Prevenção da Violência e Redução de Desigualdade; Atuação Conjunta com os Municípios e Instituições; Enfrentamento ao Crime Organizado e Tráfico de Drogas; Articulação com o Sistema de Justiça e Ampliação e Requalificação dos Sistema Prisional e Socioeducativo. 

Em suas metas, o Juntos Pela Segurança prevê a redução de indicadores como Mortes Violentas Intencionais; Crimes contra o Patrimônio; Violência contra a mulher; e Roubos e Furtos de veículos em 30% até 2026, levando Pernambuco ao menor patamar das últimas décadas.

O percentual de redução tem como base o ano de 2022, quando foram registrados 37,8 Mortes Violentas Intencionais por 100 mil habitantes, 1.361 casos de Violência Contra a Mulher por 100 mil habitantes, e 442 ocorrências de Crimes Violentos Contra o Patrimônio por 100 mil habitantes.

No portfólio de ações anunciadas, constam a construção da nova sede do Batalhão de Polícia de Rádio Patrulha no Recife, a criação de dois novos batalhões nos municípios de Bezerros, no Agreste, e Goiana, na Zona da Mata Norte, e, ainda, a reforma do Quartel do Comando Geral do Recife. 

Um Batalhão da Polícia Militar de Apoio ao Turista será criado em Porto de Galinhas, para reforçar a presença ostensiva no Litoral Sul do Estado. Para o interior, será criada uma nova Diretoria Integrada de Segurança no Agreste.

“Nós vamos investir em equipamentos, instrumentos de inteligência e aumento de efetivo para que a gente possa trabalhar melhor e trazer um resultado melhor de segurança no Estado. Quanto às ações com os municípios, o plano irá atender a demanda de cada região, executando ações que considerem a dinâmica criminal de cada bairro ou cidade”, afirmou o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho. Entre os investimentos nas cidades estão a requalificação de espaços públicos urbanos nas áreas que concentram 80% dos crimes.

Na ocasião, também foi informado que a frota de veículos utilizados pelas forças policiais será renovada e foram entregues 46 novas viaturas para as corporações. Ao todo, serão 500 novas motos, 33 embarcações, 20 viaturas especiais para o Corpo de Bombeiros e 30 caminhões e ônibus somente em 2024. Entre esses veículos está a 1° Delegacia Móvel da Mulher, que irá descentralizar o atendimento, facilitando o registro de boletins de ocorrência.

Até 2026, todos os policiais terão coletes e armamentos novos, sendo: 15 mil pistolas; 500 pistolas elétricas; 800 submetralhadoras e 800 fuzis, somando R$ 7 milhões para aquisição dos equipamentos. Ainda na melhoria da estrutura, serão adquiridos 10 equipamentos de perícia digital, que permite aprofundar investigação de aparelhos móveis.

“Hoje é um dia muito importante para Pernambuco. Nós agradecemos e esperamos que o Juntos pela Segurança traga mais tranquilidade para população. Estamos todos unidos, o Estado, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Assembleia Legislativa. A governadora Raquel Lyra sabe que pode contar com a Alepe para aprovar o que for bom para Pernambuco, o que for bom para a segurança”, pontuou Álvaro Porto, presidente da Alepe.

A Efetividade do Sistema Prisional também está entre os objetivos da política. Além da criação da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, serão construídas 7.950 vagas para diminuir a superlotação penitenciária, sendo: 954 no Complexo do Curado; 155 em Caruaru; 2.754 em Araçoiaba; e 4.087 em Itaquitinga. 

A nova política pública será executada de maneira transversal pelas secretarias de Defesa Social; Mulher; Justiça e Direitos Humanos; Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo; Educação e Esportes; Cultura, Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mobilidade e Infraestrutura, Projetos Estratégicos, Desenvolvimento Econômico, e Ciência, Tecnologia e Inovação, e Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção à Violência e às Drogas. A participação das pastas demonstra que o plano é orientado para que as soluções possam ir além das polícias, sendo preciso também ações na saúde e assistência social de acordo com cada localidade do Estado.

Preocupado com as consequências do fenômeno “El niño” e das alterações climáticas no semiárido pernambucano, o deputado estadual Luciano Duque solicitou, em pronunciamento na sessão plenária desta segunda-feira (27), um plano de ação do Governo do Estado para a seca que deve atingir a região no próximo ano.

“As alterações climáticas são uma realidade e não podemos ignorá-las. É fato que toda a sociedade precisa rever a sua forma de consumo e coexistência com a natureza. Mas, neste momento, não vou entrar nessa discussão profunda e ampla. Quero entender o que está sendo planejado pelo Governo do Estado para abrandarmos as consequências dessa possível catástrofe que deve atingir às regiões mais áridas de Pernambuco? Como estão nossas reservas hídricas? Existe um monitoramento do Estado das áreas mais vulneráveis?”, cobrou.

Segundo o parlamentar, já é possível ver as consequências dessa situação. “Recebi diversos relatos de poços e açudes secos, criadores preocupados com o rebanho e pensando em se anteciparem e se desfazerem da criação para não ver os animais morrendo de sede e fome”. A previsão de cientistas e órgãos do setor climático é que uma forte seca deve atingir o semiárido nordestino, entre fevereiro e maio, justamente no período chuvoso da região.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou, nesta segunda-feira (27), a realização de esforço concentrado entre os dias 12 e 15 de dezembro para apreciação dos nomes indicados pelo Executivo à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF). O senador informou que os documentos contendo as indicações foram protocolados no Senado.

Conforme Pacheco, o encaminhamento das indicações será dado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que se incumbe das sabatinas, antes da votação no plenário. O senador adiantou ter recebido, mais cedo, um telefonema do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no qual o chefe do Executivo lhe informou sobre a entrega das indicações. “Nossa intenção é estabelecermos um esforço concentrado, entre os dias 12 e 15 de dezembro, para presença física dos senadores, considerando que essa apreciação se dá por voto secreto”, disse.

Segundo o presidente do Senado, além dos nomes para a PGR e para o STF, há indicações, que serão alvo do esforço concentrado, para o Banco Central (BC), ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e para embaixadas. “Vamos ter que fazer um esforço concentrado para poder fazer a apreciação de todas essas autoridades até o final do ano, e, naturalmente, incluindo o PGR e o Supremo Tribunal Federal”, afirmou. 

Para além das indicações, o presidente do Senado ainda citou outras iniciativas que vão ser apreciadas no Senado. “Temos muitos temas relevantes a serem tratados. Inclusive a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a Lei Orçamentária Anual. Outros projetos de lei que também são prioridade e estão sendo tratados no Senado”, salientou.

O encontro do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com a futura chanceler da Argentina, Diana Mondino, foi articulado de forma sigilosa pelo embaixador do Brasil em Buenos Aires, Julio Bitelli, e pelo embaixador da Argentina em Brasília, Daniel Scioli, em contato direto com os chanceleres.

As negociações nos bastidores, segundo o Itamaraty, tiveram o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Fontes consultadas pela GloboNews afirmaram que Milei também deu aval ao encontro realizado neste domingo (26), no Itamaraty. As informações são do G1.

Mondino só deu publicidade à reunião quando já estava em Brasília com Vieira e os embaixadores Bitelli e Scioli. Ela entregou pessoalmente ao ministro brasileiro o convite para a posse de Milei, no próximo dia 10 de dezembro, e uma carta do futuro presidente, que disse desejar um período de “trabalho frutífero e de construção de laços” com o Brasil.

A visita surpresa foi considerada, tanto pela diplomacia brasileira como pela argentina, como um gesto “positivo”. Foi a primeira viagem dela a outro país após ser anunciada como ministra das Relações Exteriores de Milei.

Após a eleição, Bitelli afirmou à GloboNews que aguardava um gesto da nova administração argentina. Antes da confirmação da viagem, a equipe da futura chanceler se encontrou com Bitelli, em Buenos Aires. Em uma operação casada, Scioli também esteve com auxiliares de Lula no Palácio do Planalto.

Fontes ligadas às negociações do encontro avaliam que as declarações moderadas de Mondino à imprensa brasileira reforçaram a expectativa de que Milei, a despeito de divergências ideológicas de Lula, manterá a relação institucional entre os países, que são importantes parceiros comerciais. É o tom defendido por Lula em pronunciamentos e reuniões com auxiliares.

“Creio que a principal mensagem é que somos ‘países-irmãos’ e que vamos continuar sendo. Repito o que na Argentina já repeti muitas vezes: uma coisa é a crítica à ideologia e a outra é à pessoa. Isso é totalmente diferente. E temos que separar Estado, de governo, de pessoas”, disse Mondino a jornalistas.

Diplomatas brasileiros consideram que um dos pontos mais relevantes da visita foi o apoio público de Mondino e do novo governo argentino ao esforço brasileiro para fechar as mudanças de trechos do acordo entre Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) e União Europeia até 7 de dezembro, quando Lula passará o comando rotativo do bloco sul-americano ao Paraguai.

“Vamos trabalhar juntos com este governo até o final do mandato e depois com o novo governo sabendo que há esse desejo de avançar no Mercosul”, disse Vieira após a reunião com Mondino.

O governo brasileiro ainda não informou se Lula irá a Buenos Aires para a posse de Milei. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que foi convidado e que irá à solenidade. Segundo Vieira, não há “constrangimento” em razão dos convidados.

Lula e Milei ainda não conversaram por telefone após a vitória do argentino, que venceu Sergio Massa, candidato apoiado pelo petista.

Auxiliares de Lula, como o ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, têm lembrado que Milei o chamou de “corrupto” durante a campanha, ofensa que exigiria um pedido de desculpas.