Prefeitura do Recife celebra um ano da Casa do Pão

O prefeito do Recife, João Campos, participou, na manhã deste domingo (19), da solenidade que comemorou um ano da inauguração da Casa do Pão, promovida pela Arquidiocese de Olinda e Recife. A data também marca o primeiro ano de funcionamento do Centro Pop Maria Lúcia, que funciona no mesmo endereço, na Rua do Imperador, número 34, bairro de Santo Antônio. 

“A Casa do Pão é uma grande conquista, que nasce da comunhão de várias pessoas, de instituições diferentes, trabalhando pelo bem comum. A Casa do Pão funciona aqui no Centro Pop, um espaço da prefeitura para a população em situação de rua, onde trabalham 20 pessoas. E, aqui, atuam também pessoas da igreja católica e da sociedade civil, que trabalham de forma voluntária e garantem o atendimento para aqueles que mais precisam”, destacou o prefeito.

A Casa do Pão foi inaugurada em novembro de 2022, quando Recife sediou o 18º Congresso Eucarístico Nacional. O equipamento é mantido por voluntários e pelo diaconato da  Arquidiocese de Olinda e Recife e seus respectivos parceiros, como a Universidade Federal Rural de Pernambuco, a Defensora Pública do Estado e diversas outras instituições públicas e privadas. A Casa do Pão funciona diariamente, das 8h às 22h, oferecendo atendimento médico, psicológico, jurídico e espiritual, além de refeições. 

Para dom Paulo Jackson, arcebispo da arquidiocese de Olinda e Recife, o momento é de agradecer. “Conseguimos conglomerar vários poderes e, sobretudo, essa rede imensa de voluntários. Agradecer a todos os homens e mulheres de boa vontade que descobrem que só podem ser felizes fazendo os outros felizes. Vamos pedir a benção de Deus para este momento e celebrar o primeiro ano de funcionamento da nossa casa”, pontuou o arcebispo.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse na sexta-feira (17) que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) pode ser votada na próxima terça-feira (21). A proposta impede que decisões tomadas por um único ministro do STF suspendam a vigência de leis ou atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados.

A PEC também define um prazo de seis meses, prorrogável por mais quatro, para a concessão de pedidos de vista. O tempo de análise passa a ser coletivo. Ou seja, quando um ministro solicitar tempo extra para analisar um processo em julgamento, todos os outros terão direito à vista. As informações são do Estadão.

Alteração na regra

No final do ano passado, houve uma alteração na regra. Os pedidos passaram a ter o prazo máximo de três meses. Esgotado o período, o processo volta de forma automática ao plenário da Suprema Corte. Apresentada em 2021 por um grupo de senadores encabeçado por Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), a proposta faz parte de uma ofensiva do Congresso Nacional em meio a tensão entre o Legislativo e a Corte.

Antes de ir à votação, a PEC passou por quatro sessões onde foi discutida. A última ocorrerá na terça-feira. Então ela estará apta para ser votada, afirmou Pacheco. Caberá aos líderes partidários a decisão de inclui-la na ordem do dia de votação.

Conflito entre os poderes

A PEC faz parte de um conjunto de proposições cuja tramitação ganhou força nas últimas semanas em razão de um conflito de competências entre o Legislativo e o Judiciário. Alguns parlamentares julgam que os ministros têm atuado de forma a invalidar leis aprovadas no Congresso. O caso mais citado é o do marco temporal das terras indígenas, em que Congresso e Supremo tomaram caminhos diversos – o Legislativo endossou a tese de que só podem ser demarcadas reservas em terras já ocupadas na data de promulgação da Constituição de 1988; o STF a rejeitou.

Na segunda-feira passada, os ministros Luís Roberto Barroso, presidente do STF, e Gilmar Mendes, decano da Corte, criticaram outra PEC, que dá ao Congresso poder para anular decisões do Supremo transitadas em julgado. Eles disseram que a regra remete ao mecanismo presente na Constituição de 1937, redigida pela Ditadura de Getúlio Vargas. 

Do blog do Roberto Almeida

Max Petterson é nordestino da região do Cariri. Vive na França há seis anos. Na Europa, fez o nome como influenciador no mundo digital. Só no Instagram passa de 1 milhão e 200 mil seguidores. Também faz cinema e teatro. Esteve em Garanhuns, neste final de semana, e ficou encantado com a cidade. 

Registrou sua passagem pela Suíça Pernambucana nos seus stories. Fez questão de parabenizar o prefeito Sivaldo Albino por tudo que viu. Uma pessoa que vive a realidade de Paris ficar deslumbrado com Garanhuns… Isso não é pouca coisa não!

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) seja intimada para, caso queira, prestar esclarecimento sobre uma foto em que ela aparece armada e faz referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A publicação foi feita em março. Zanatta postou uma foto na qual aparece armada e utilizando uma camisa que mostra uma mão com quatro dedos baleada. O texto que acompanhou a postagem fazia críticas a Lula. As informações são do O GLOBO.

Os deputados federais Alencar Santana (PT-SP) e Zeca Dirceu (PT-PR) apresentaram uma notícia-crime contra a colega no STF. Ainda em abril, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou que Zanatta fosse ouvida. Agora, Mendonça aceitou o pedido e determinou que a intimação seja feita pela Polícia Federal (PF).

“Determino que a autoridade policial, em até 15 dias, intime a deputada federal Julia Pedroso Zanatta para, querendo, prestar depoimento e os esclarecimentos cabíveis”, escreveu o ministro.

Também em março, Zanatta apresentou ao STF uma queixa-crime contra seis deputados — incluindo Santana e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR) — afirmando ser vítima de calúnia no episódio, alegando que “em momento algum incitou a violência” A PGR defendeu o arquivamento do pedido. O relator também é Mendonça, que ainda não decidiu.

Em visita ao terreno onde será construído o Hospital da Criança do Recife (HCR), na manhã deste sábado (18), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou que o governo federal vai investir R$ 60 milhões nas obras, que estão sob a coordenação da Prefeitura do Recife. 

O hospital, de média complexidade, será voltado para o público infanto-juvenil e terá 10 mil m² de área construída. O valor total das obras será de R$ 101 milhões. A unidade de saúde será construída na Avenida Recife, no bairro do Caçote. As informações são do Jornal do Commercio.

“Teremos um hospital público para crianças, com uma escola dentro dele, garantindo o direito à aprendizagem, mesmo diante de longas internações e tratamentos que necessitam de isolamento”, declarou o prefeito do Recife, João Campos. 

“A partir do momento em que o Ministério homologar, na próxima semana, o convênio com a Caixa, poderemos também homologar a licitação, dar a ordem de serviço e começar a obra já no mês de dezembro”, completou. 

Na visita, o ministro afirmou que o recurso federal já foi publicado no Diário Oficial.

“Quero reafirmar que não é apenas um ganho para a cidade do Recife, mas também será um ganho para o Brasil. Um projeto humanizado, que combina atendimento com a formação de profissionais. Um cuidado com a criança e a família da criança. Serão mais de 30 especialidades relacionadas ao atendimento infantil, ou seja, será um ganho enorme”, disse.

A unidade de saúde contará com 60 leitos no total, sendo 50 de enfermaria e 10 de terapia intensiva (UTI). Meninos e meninas terão acesso a ambulatórios especializados em diversas subespecialidades pediátricas, como ginecologia, psiquiatria e neuropediatria, leitos integrais de saúde mental, Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (SADT) e Centro de Apoio ao Atendimento à Criança Vítima de Violência, além de Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).

Além disso, o serviço contará com uma Escola Hospitalar, que garantirá a escolarização das crianças que estão internadas no local. O propósito é que, mesmo hospitalizados e impossibilitados de participar das aulas regulares, os pequenos recifenses não tenham os estudos prejudicados.

Cinco pessoas foram detidas neste sábado (18), véspera do segundo turno das eleições presidenciais na Argentina, por ameaças em diferentes redes sociais ao candidato governista, o peronista Sergio Massa, e sua família, segundo fontes oficiais. A quinta e última detenção, de uma mulher que estava foragida na província de Salta, foi confirmada pelo ministro do Interior, Aníbal Fernández, em mensagem de resposta pela rede X (antigo Twitter) ao próprio Massa.

Outras quatro pessoas haviam sido detidas na sexta-feira (17) na cidade de Buenos Aires e nas províncias de Chaco e Córdoba, segundo a agência estatal Télam. “Obrigado a todas e todos os que nos escreveram preocupados com as ameaças que recebemos”, publicou Massa na rede X, juntamente com uma foto de sua esposa, Malena Galmarini, e dos filhos, de 17 e 21 anos. As informações são do O GLOBO.

Massa enfrentará no segundo turno deste domingo o ultradireitista Javier Milei, nas eleições mais disputadas e polarizadas em 40 anos de democracia. As ameaças ao peronista se seguem a outras anteriores, denunciadas na Justiça pela presidente da Câmara dos Deputados, a governista Cecilia Moreau, entre outros.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) instala, nesta segunda-feira (20), às 17h, a Frente Parlamentar em Defesa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). O colegiado, que terá o deputado Sileno Guedes (PSB) como coordenador-geral, se propõe a ser um espaço de deliberações e acompanhamento das políticas sociais no Estado, que, embora fundamentais para a assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade social, foram impactadas por cortes de recursos federais nos últimos anos. 

Além de Sileno Guedes, compõem a frente parlamentar as deputadas Dani Portela (PSOL), Débora Almeida (PSDB) e Rosa Amorim (PT) e os deputados João de Nadegi (PV), José Patriota (PSB), Luciano Duque (Solidariedade), Mário Ricardo (Republicanos), Rodrigo Farias (PSB) e Waldemar Borges (PSB).

A reunião de instalação deve contar ainda com a presença de integrantes do Governo do Estado, do Conselho Estadual de Assistência Social, dos colegiados nacional (Congemas) e estadual (Coegemas) de Gestores Municipais de Assistência Social e de entidades de trabalhadores e usuários da assistência social.

Do UOL

A TV Gazeta ingressou com um pedido dentro do processo de recuperação judicial para exigir que a Globo renove o contrato de retransmissão da emissora em Alagoas e assim “evite a falência” do conglomerado de comunicação do ex-presidente Fernando Collor, que está mergulhado em dívidas e é investigado por fraudes. O pedido da Gazeta foi feito no dia 8 de novembro, e a resposta da Globo foi anexada ao processo no dia 17, obtida com exclusividade por UOL.

A Globo informou à TV Gazeta, no último dia 4 de outubro, que vai encerrar no fim do ano a parceria de 48 anos com o grupo alagoano. A alegação é de que Collor foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) porque usou a TV Gazeta em um esquema de corrupção. A TV Gazeta já está em recuperação judicial desde 2019.

O contrato com a Gazeta termina no dia 31 de dezembro, e a partir de 1º de janeiro de 2024 a Globo terá (caso não haja decisão judicial contrária) uma nova empresa afiliada em Alagoas: o grupo Asa Branca, que já é parceira da TV carioca para retransmissão em Caruaru (PE).

O pedido de renovação compulsória será analisado pelo juiz Léo Dennisson Bezerra de Almeida, da 10ª Vara Cível da Capital de Alagoas. As duas empresas não se manifestaram sobre o caso, que tramita em sigilo.

Gazeta foi covarde, diz Globo

Em resposta nesta sexta-feira ao pedido da TV Gazeta na Justiça, a qual a coluna teve acesso, a Globo chama a empresa de Collor de “covarde” por fazer um pedido dentro do processo de recuperação judicial, já que o grupo carioca não é credor e não tem relação com a ação.

“Com toda a franqueza, é covarde a conduta da TV Gazeta. Por não ter se preparado para o término da relação contratual, da qual era indubitavelmente conhecedora há meses, vem agora utilizar argumentos de terror, de prejuízo a funcionários ou ao soerguimento da empresa, como se fosse a Globo (e não ela própria) a responsável pelas consequências do término da relação”, respondeu a Globo à Justiça.

A emissora alega ainda que o foro estabelecido para dirimir questões seria do Rio de Janeiro, não de Alagoas.

Nas alegações à Justiça para não renovar o contrato, a Globo diz que manter a parceria geraria “gravíssimo dano reputacional” ao grupo, já que Collor e o diretor da OAM (Organização Arnon de Mello) foram condenados pelo STF por corrupção usando a emissora.

“A Globo não deseja mais permanecer associada à TV Gazeta quando é público e notório que um de seus sócios e seu principal executivo foram condenados pela mais alta corte do país pelo cometimento de crimes, em cuja execução, segundo a decisão do STF, a própria TV Gazeta teria sido utilizada. A manutenção dessa associação contratual traria gravíssimos prejuízos à Globo, maculando sua boa imagem junto à sociedade brasileira”, afirma a rede carioca.

Sem mandato após 16 anos, Collor foi condenado pelo STF a uma pena de 8 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em maio, mas ainda não foi preso.

TV Gazeta diz ser pega de surpresa

Em seu pedido, a Gazeta alega que foi pega de surpresa, que existiam “numerosos motivos que a levaram a acreditar que a relação com a Globo estaria mantida por minimamente mais cinco anos” e que não haveria “qualquer justificativa plausível” para findarem a parceria.

Além disso, cita que fez investimento de R$ 28 milhões na TV desde 2010 e que o fim da relação traria gravíssimo dano financeiro ao grupo inteiro, levando a um eventual encerramento de atividades da OAM — que ainda reúne sites, jornal e rádios.

“A manutenção da relação contratual é necessária, uma vez que 85% do faturamento das recuperandas dela provém e, caso a medida cautelar reste infrutífera, as recuperandas estão sujeitas à falência”, aponta a TV Gazeta em pedido judicial

Outro ponto citado pela TV alagoana é que a Globo “jamais havia demonstrado o seu desinteresse na transmissão da sua rede pela TV Gazeta ou, minimamente, a advertiu de qualquer descumprimento contratual”.

Globo refuta emissora de Collor

Na resposta, a Globo refuta as alegações e diz que encaminhou a informação oficial 90 dias antes do fim do contrato, como mandam os termos, para “registrar que não havia interesse em prorrogar a parceria, de modo que o término do prazo regular de vigência do Contrato, em 31.12.2023, representará o fim da relação comercial entre as partes”.

Sobre os investimentos feitos, diz que boa parte deles foi feito para uma migração de sinal analógico para digital, que era uma “obrigação legal”, “sob pena de descumprimento das normas federais impostas a qualquer emissora de televisão”.

No caso, os advogados da Globo voltam a criticar a TV Gazeta pela retórica. “Mais uma vez, ela vem com argumentos contrários aos atos anteriormente praticados, em uma atitude desleal, com o objeto de impressionar e pressionar esse Poder Judiciário a lhe conceder uma condição comercial que jamais foi negociada entre as partes, o que, por óbvio, não se pode admitir.

Collor e Justiça

A gestão das empresas do grupo de Collor foi questionada em vários momentos da recuperação judicial, que renegociou R$ 64 milhões de débitos com credores.

Ao longo dos anos, só em “empréstimos” da TV aos sócios (todos da família), foram R$ 125 milhões, que nunca foram pagos, deixando de lado quitação de verbas trabalhistas e fornecedores. O valor, por exemplo, é quase o dobro do valor devido aos credores.

Isso foi gerando, ao longo dos anos, uma grande dívida, e a OAM pediu recuperação judicial em 2019. O plano de pagamento apresentado por ela foi aprovado por credores em julho de 2022, mas que não foi homologada pela Justiça por questionamentos legais.

Credores da área trabalhista denunciaram irregularidades na votação, como uma suposta “compra de votos”. Isso levou a Justiça a sugerir abertura de inquérito policial para investigar eventual crime falimentar.

O MP alegou, em parecer, que as empresas da OAM fizeram novos “empréstimos” aos sócios durante o período da recuperação — o que é vetado — em um valor total de R$ 6,4 milhões. A Polícia Civil ainda não informou sobre o inquérito pedido para investigar o caso.

Da Agência Brasil

O Banco do Brasil (BB) pediu, na manhã deste sábado (18), perdão ao povo negro pelas gestões anteriores da instituição por participação no processo de escravidão de pessoas negras, durante o século XIX, no país. O pedido de perdão da atual gestão foi divulgado no site da empresa.

O banco fundado em 1808, tem, pela primeira vez, uma mulher negra em sua presidência, a funcionária de carreira Tarciana Medeiros. Na nota, a presidente do Banco do Brasil diz que “direta ou indiretamente, toda a sociedade brasileira deveria pedir desculpas ao povo negro por algum tipo de participação naquele momento triste da história [escravidão]”.

“Neste contexto, o Banco do Brasil de hoje pede perdão ao povo negro pelas suas versões predecessoras e trabalha intensamente para enfrentar o racismo estrutural no país. O BB não se furta a aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da empresa” afirmou a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros.

Em setembro, o Ministério Público Federal instaurou inquérito para investigar a relação entre a instituição e o tráfico de pessoas negras escravizadas no século XIX. O órgão pediu, na ocasião, um posicionamento do banco a respeito do assunto.

Dados apontados por historiadores indicam que a instituição se valeu de recursos como a arrecadação de impostos sobre embarcações dedicadas ao tráfico de pessoas escravizadas e destacam que o capital para a formação do banco provinha da economia da época, que tinha na escravidão e no comércio negreiro um papel central.

Já em novembro, o Banco do Brasil recebeu um estudo que indicou envolvimento da empresa no comércio de negros escravizados durante o século XIX. O documento elaborado por 14 pesquisadores de universidades brasileiras e americanas faz parte do inquérito do Ministério Público.

Os pesquisadores apontaram haver “vínculos diretos entre traficantes e o capital diretamente investido em ações do Banco do Brasil”. Além disso, acrescentaram que “a instituição também se favoreceu da dinâmica de circulação de crédito lastreada na propriedade escrava que imperou ao longo de toda a primeira metade do século XIX”.

O pedido de perdão do Banco do Banco ocorre junto com o anúncio da adoção de um conjunto de novas medidas, que, de acordo com a instituição, tem o objetivo de promover a igualdade e a inclusão étnico-racial e de combater o racismo estrutural no país. O BB espera que as novas medidas impactem positivamente na relação com clientes, funcionários, fornecedores, demais parceiros estratégicos da empresa e toda a sociedade.

A estatal considera que há diversidade em sua base e que a mesma tem elevado o potencial de inclusão financeira e geração de trabalho e renda, também para pretos e pardos. “O simples fato de sermos uma instituição da atualidade nos move a realizar atividades voluntárias com o compromisso público e com metas concretas para combater a desigualdade étnico-racial e buscar por justiça social no âmbito de uma sociedade que guarda sequelas da escravidão, independentemente de existir ou não qualquer conexão, ainda que indireta, entre atividades de suas outras versões e escravizadores do século XIX”, enfatizou Tarciana Medeiros.

Para a presidente do Banco do Brasil, boas práticas podem ser construídas de forma articulada com diálogo aberto com movimentos negros e outras instituições públicas e privadas. “As sequelas da escravatura convocam todos os atores sociais contemporâneos a agir para a promoção da igualdade étnico-racial, a contribuir por meio de ações concretas, como as que o BB já desenvolve de modo pioneiro, voluntário e destacado. O Banco do Brasil fez, fez e fará muito pela diversidade e desenvolvimento social e econômico em nossa sociedade. Para nós, Raça é prioridade, sim!”, enfatiza Tarciana

O Banco do Brasil, constituído na forma de sociedade de economia mista, conta com a participação acionária do governo federal em 50% desta sociedade anônima. Por isso, o BB é considerado um dos cinco bancos públicos federais, ao lado da Caixa Econômica Federal, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste (BNB).

Ações

Entre as ações anunciadas pelo Banco do Brasil para a promoção de inclusão racial e do combate ao racismo estrutural no país, estão:

– Fomento ao mercado de trabalho para o povo negro, com a inclusão de uma cláusula nos contratos com fornecedores do Banco do Brasil, a partir de novas licitações, que promova a diversidade, equidade e inclusão nos quadros de pessoal dessas empresas;

– O Banco do Brasil também fará parceria para encaminhar jovens que participaram do programa Menor Aprendiz do BB para o mercado de trabalho;

– Lançamento neste mês do edital de Empoderamento Socioeconômico de Mulheres Negras, entre o BB e o Ministério da Igualdade Racial, para apoiar o fortalecimento institucional de organizações sociais e empreendimentos econômicos solidários urbanos e rurais de mulheres negras;

– Realização em dezembro próximo do “MBM Inovahack”, do Movimento Black Money, com a participação do Banco do Brasil, com o objetivo de promover a inclusão financeira e econômica da população negra, por meio de soluções tecnológicas consideradas inovadoras;

– Internamente, o programa “Raça é Prioridade” da empresa vai selecionar e desenvolver a carreira de até 150 funcionários pretos e pardos do Banco do Brasil, com potencial para atuar como líderes na empresa, mas, que atualmente ocupam outras funções;

– Realização de um workshop sobre a promoção da diversidade, equidade e inclusão com estatais e fornecedores do banco.

Para acompanhar as novas medidas anunciadas, o Banco do Brasil criou um site que trata da construção de um futuro mais diverso,  inclusivo, equitativo e justo, em todos os contextos e para todos. A página eletrônica trará atualizações de novas medidas que possam ser anunciadas pelo banco.

O jornalista e apresentador José Luiz Datena se desfiliou do PDT na última segunda-feira (13) após ficar no partido por oito meses. A saída da legenda ocorreu após a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) convidar Datena para ser o seu vice na disputa pela Prefeitura de São Paulo no ano que vem.

Em um ofício enviado ao PDT, o jornalista disse que a sua desfiliação foi motivada por “motivos de ordem pessoal”. Datena fechou com o PDT em março deste ano, visando uma candidatura para a prefeitura pela sigla. Ao Estadão, o ministro da Previdência Social e o presidente da sigla, Carlos Lupi, afirmou que Datena seria o nome do partido para concorrer ao cargo de prefeito de São Paulo. As informações são da CNN.

“Ficamos bastante felizes e empolgados com esta decisão. Irá fortalecer o nosso partido e nossa causa, pois é um homem comprometido com as causas populares”, disse na época. 

No final de agosto, uma pesquisa do Datafolha mostrou que Tabata figura no terceiro lugar nas intenções de voto entre os cotados para disputar a prefeitura paulistana. A deputada tinha 11% da preferência do eleitorado, atrás do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), com 32%, e do prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 24%, e que tenta a reeleição.

Em 2022, quando era filiado ao União Brasil, Datena anunciou que se candidataria ao Senado por São Paulo. No entanto, o apresentador deixou o partido de Luciano Bivar e se filiou ao PSC. Ele chegou a figurar como favorito à cadeira no Legislativo.

A primeira tentativa de Datena de entrar na política se deu em 2016, quando ele disse que disputaria a Prefeitura de São Paulo pelo PP. A candidatura não foi para frente após o ex-governador Paulo Maluf anunciar apoio ao ex-prefeito e ministro da Fazenda Fernando Haddad.

Em 2018, ele cogitou se lançar como candidato a uma vaga no Senado pelo DEM, atual União Brasil. No ano de 2020, Datena foi cotado para vice-prefeito de São Paulo na chapa de reeleição de Bruno Covas (PSDB). Ele não chegou a disputar nenhuma das eleições.