Sessão Solene homenageia 80 anos de escolas vitorienses

Na noite de ontem, a Assembleia Legislativa do Estado prestou uma homenagem às escolas municipais Mariana Amália e Pedro Ribeiro, de Vitória de Santo Antão, que completaram 80 anos de ensino. A proposta partiu do deputado vitoriense Joaquim Lira, ex-aluno do Mariana Amália, em reconhecimento aos serviços prestados pelas instituições ao longo de oito décadas.

Presidida pelo também vitoriense, deputado Henrique Filho, a sessão aconteceu no auditório Senador Sérgio Guerra, e contou com a presença de professores, diretores de escolas, alunos e ex-alunos, além de representantes do poder executivo, como o secretário de Educação, Carmelo Souza, de Saúde, Alex Vasconcelos, de Comunicação e Imprensa, Djalma Andrade, e de Governo, Mano Holanda, que representou o prefeito Paulo Roberto, que está em Brasília para a Marcha dos Prefeitos, além de representantes da sociedade civil.

“Fico muito feliz em propor essa homenagem ao Mariana Amália e ao Pedro Ribeiro, porque como vitoriense e ex-aluno, sei da importância dessas instituições na formação de milhares de alunos ao longo dessas oito décadas. Agradeço aos diretores, alunos e ex-alunos, representantes do poder executivo, ao meu colega deputado Henrique Filho pela presença e presidência da sessão, além dos muitos vitorienses que vieram prestigiar esse momento histórico na Assembleia Estadual. Estendo essa homenagem às demais escolas e profissionais de ensino do nosso município pelo excelente trabalho que realizam”, enfatizou Joaquim Lira. 

Hoje, a Rádio Pajeú, primeira emissora do Sertão de Pernambuco, comemora 64 anos. Idealizada por um bispo católico, Dom João José da Mota e Albuquerque, a rádio iniciou suas atividades em Afogados da Ingazeira, Sertão do Pajeú graças ao seu empenho e de uma equipe de abnegados.

Para se ter uma ideia, no fim dos anos 50, a região sequer contava com energia elétrica. O funcionamento se deu graças a motores a óleo. Ao longo do tempo, a rádio, décima do estado, foi se moldando como importante instrumento de formação e entretenimento no Sertão de Pernambuco.

Hoje, após a migração para FM, é líder na região com uma programação que tem como carro chefe a participação popular, a informação e a música regional.

Este ano, a programação é marcada pela entrega do novo parque de transmissão, na Serra da Gangorra, localizado a 847 metros do nível do mar. Do local, é possível ver além de Afogados da Ingazeira, as cidades de Tabira, Iguaracy, Custódia, São José do Egito, dentre outras da região. Isso explica a força do novo sinal da rádio, sintonizado essa semana por ouvintes de várias cidades do estado e da Paraíba.

Esta semana, ouvintes das regiões do Pajeú, Moxotó e Paraíba, puderam participar dizendo como está chegando o sinal da emissora. Houve participações de locais como Tabira, Jabitacá, Sertânia, Custódia, Triunfo, Ingazeira, Iguaracy, São José do Egito, além de cidades paraibanas como Tavares, Imaculada, Água Branca, Princesa Isabel, dentre outras. Chamou a atenção a chegada na cidade de Conceição do Piancó, perto de Mauriti, no Ceará, Bom Nome, município de São José do Belmonte e Caetés, pertinho de Garanhuns.

A coordenação dos trabalhos foi de Paulo André de Souza, da SP Eletrônica, responsável técnico pela montagem.

A solenidade de aniversário pelos 64 anos da emissora acontece às 19h30 no Cine São José. Haverá show de abertura com Henrique Brandão. Às 20h20, está prevista a solenidade oficial de entrega do novo parque de transmissão da Rádio Pajeú. e por fim, o show de Almir, ex-Fevers.

A conclusão da montagem do palco com som e iluminação ocorreu ontem à noite, sob a coordenação de WN Empreendimentos, do empresário Wagner Nascimento. 

A Rádio Pajeú é uma emissora da Fundação Cultural Senhor Bom Jesus dos Remédios, um braço da Diocese de Afogados da Ingazeira, que tem como Bispo Diocesano Dom Egídio Bisol.

Seu presidente é o Padre Josenildo Nunes de Oliveira. A entidade ainda gere o Museu do Rádio e o Cine São José. O gerente administrativo é Nill Júnior, atual presidente da ASSERPE, Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco.

O Senado Federal irá prestar uma importante homenagem ao ex-vice-presidente da República, Marco Maciel. Hoje, a partir das 10h30, o plenário 2 da Ala Nilo Coelho da Casa terá o nome “Sala Marco Maciel”. A iniciativa foi aprovada em junho de 2021 por proposta do senador Wellington Fagundes (PL-MT), relatada pelo senador Jayme Campos (União-MT) e oficializada pelo senador Fernando Dueire (MDB). A solenidade contará com a presença do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB) e de vários prefeitos pernambucanos.

A cerimônia também contará com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), além de familiares de Maciel, entre eles a viúva Anna Maria Maciel. “É um justo reconhecimento a quem tanto fez por seu Estado e pelo País. Uma sala com seu nome no Congresso Nacional, local onde ele atuou por décadas com muita dedicação, nos fará lembrar que o exercício da boa política, da busca por diálogo e pontes, é sempre o melhor caminho”, afirmou o senador Dueire.

Sangria municipalista longe do fim

No primeiro dia de uma verdadeira invasão, ontem, aos poderes constituídos da União, cerca de três mil prefeitos protestaram contra os cortes sistemáticos nos repasses do FPM, criticaram o Governo e passam o dia, hoje, tentando encontrar uma saída para a crise que se abate nos municípios sem nenhuma luz no final do túnel. 

“Esse auditório tem quase três mil prefeitos e isso mostra que essa mobilização tem força e nossa luta vai levar melhorias para os cidadãos que estão lá em nossos Municípios”, desabafou o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, durante a abertura do que classificou de Mobilização Municipalista.

O evento foi aberto no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e segue hoje com uma extensa agenda de reuniões com Executivo, Legislativo e órgãos de controle. Ziulkoski aposta em resultados no poder de pressão dos prefeitos. “Vamos vencer com argumentos sólidos e convincentes”, disse após encontro na Controladoria-Geral da União (CGU) e no Tribunal de Contas da União (TCU).

Na tarde de ontem, os gestores fizeram uma caminhada até a porta do TCU, para mostrar aos ministros da corte que os problemas enfrentados pelos gestores municipais há anos se agravaram com o atual cenário de queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “A crise não é conjuntural, não é só do FPM, ela é estrutural, ela vem de uma soma de questões que fizeram com que chegássemos a esse ponto”, lembrou.

Ziulkoski colocou ainda em votação dos prefeitos a proposição de buscar uma agenda com o Executivo. “Quero colocar em votação dos senhores se vamos até o Palácio do Planalto ou se preferirem podemos convidá-los para vir aqui nos ouvir. Entendemos que essa é uma agenda importante”, explicou. Ele foi incisivo ao explicar que os prefeitos não estão em Brasília para fazer motim, mas mostrar a força do movimento municipalista.

“Estamos aqui em paz, em busca de soluções para enfrentar essa crise, esse cenário, não precisamos usar armas, precisamos nos unir e mostrar nossa força”, destacou Ziulkoski, acrescentando que a Confederação ganhou espaço na mídia nacional e que a imprensa tem buscado cada vez mais a CNM como fonte de informação sobre as questões municipalistas. “A CNM não paga a mídia, nunca pagou, e aqui os senhores podem ver exemplos de nossas informações em capas de jornais”, comemorou.  

Subfinanciamento histórico – O presidente da CNM exemplificou e resumiu alguns dados do levantamento feito pela CNM que mostrou que apenas na Assistência Social, o orçamento da União para 2023 é o mesmo de 2015 para o Sistema Único de Assistência Social (Suas). Ele falou que as principais dificuldades estão relacionadas ao subfinanciamento e à insuficiência de recursos. “São quase 10 anos de provisão de serviços e um orçamento que não consegue superar cenários políticos, deixando vulnerável a sustentabilidade da rede de serviços socioassistenciais com demandas sempre crescentes”, explicou Ziulkoski.

Sem paralisação de obras – Presente ao encontro dos prefeitos em Brasília, Raimundo Pimentel, de Araripina, disse que tem conseguido manter o ritmo de investimento nas obras, mas atento em reduzir o custeio. “Reduzimos gastos que dão para ser postergados, mas o ritmo de obras tem se mantido em função de um planejamento das obras e serviços essenciais. Quem tinha uma reserva, esta foi esgotada, e quem não tinha e não teve como se organizar adequadamente, enfrenta mais dificuldades, comprometendo os serviços essenciais”, observa.

Diárias e duodécimos – Em Afogados da Ingazeira, o prefeito Sandrinho Palmeira (PSB) tem conseguido manter as obras em andamento graças a emendas parlamentares. “Temos aproximadamente R$ 12 milhões para obras. Mas é importante ressaltar que não podemos tirar das emendas para as obras os recursos para o custeio”, explicou, adiantando que cortou diárias e assinou um decreto de contingenciamento promovendo um corte de 50% em todo o duodécimo das secretarias”.

Perda de R$ 5 milhões – Do prefeito de Vertentes, Romero Leal (PSDB): “O município ainda está no limite de 50% da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), mas não temos noção para onde estamos caminhando. Isso é um voo cego. Se continuar na maneira que estamos acompanhando, realmente estamos caminhando para o caos. Nos últimos meses, só com os cortes sistemáticos do FPM, Vertentes perdeu cerca de R$ 5 milhões”.

Presidente madrugador – Em missão delegada pela governadora Raquel Lyra (PSDB), o presidente da Compesa, Alex Campos, madrugou, ontem, no Senado, para acompanhar a votação de um pedido de autorização da Casa Alta de um empréstimo externo de R$ 1 bilhão, destinado a levar mais água aos pernambucanos. Ele praticamente abriu a sala CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), antes das 9 horas, onde o relatório do senador Fernando Dueire foi inicialmente aprovado e depois, já no expediente da tarde, fez plantão no plenário do Senado, até os senadores acompanharem o voto de Dueire por unanimidade.

CURTAS

AGILIDADE – Ao colocar em votação, ontem mesmo no plenário do Senado, depois de a matéria ter sido aprovada pela manhã na CAE, o senador Fernando Dueire (MDB) fez a alegria do presidente da Compesa, Alex Campos. “Em pouco tempo, Dueire parece ser uma unanimidade no Senado. Jarbas deve estar muito feliz”, disse Campos, referindo-se ao antigo titular do mandato.

LULA SEM CULPA – A presidente da Amupe, Márcia Conrado, prefeita de Serra Talhada, isentou, ontem, na marcha dos prefeitos, o presidente Lula de qualquer responsabilidade sobre a crise nos municípios. “Nossa agonia é consequência da queda na arrecadação. Lula tem um grande apreço pelos municípios”, afirmou.

Perguntar não ofende: Vai ter alguma colheita dos prefeitos com a invasão a Brasília?