A oposição e a base no futuro governo de Raquel Lyra

Por mais que a governadora eleita Raquel Lyra (PSDB) empregue o discurso da unidade em Pernambuco, um dos desafios da futura gestão será a composição da base que irá sustentar a sua governabilidade e como será o formato do bloco de oposição.

A conversa com os partidos políticos, independente daqueles que estiveram em seu palanque, deverá se dar de forma mais aprofundada a partir de janeiro. Isso porque siglas como o PT e o PSB, por exemplo, que possuem o discurso em comum de que “o resultado das urnas os colocou na oposição ao governo eleito”, ainda não cravaram definitivamente como suas bancadas vão atuar na próxima legislatura.

Essa postura mais cautelosa, segundo os especialistas ouvidos pelo JC, levam em consideração fatores que vão desde a composição nacional até o cenário previsto para as eleições municipais em 2024.

Mesmo que Raquel não tenha aderido ao discurso nacionalizado durante as eleições, mostrando que a posição de neutralidade contribuiu para a sua vitória, as relações políticas do cenário nacional devem influenciar na construção de alianças no âmbito estadual.

“Para o PT e o PSB as situações são diferentes. O PT vai ter essa cautela de se declarar como oposição porque ainda há a questão nacional, com a possibilidade de o PSDB ser base do governo Lula ou pelo menos estar próximo e não ser oposição.”, afirmou o cientista político e professor da Asces Unita, Vanuccio Pimentel.

O Partido dos Trabalhadores possui, junto a composição formada pela federação com PV e PCdoB, um bloco com sete parlamentares. O presidente estadual do PT-PE, Doriel Barros, já afirmou que o primeiro passo será ver de que forma Raquel Lyra pretende dialogar com aqueles que não estiveram em seu palanque, e que os petistas vão buscar ter uma Assembleia Legislativa mais ativa nas discussões.

“Para o PSB é um pouco mais complicado porque do ponto de vista local não há espaço de composição, já que Raquel se elege como oposição ao PSB. Acho muito difícil agora ela querer que os socialistas façam parte do seu governo a princípio. Além disso, o PSB tem a figura de João Campos como expoente que está em ascensão no Estado e que provavelmente é a estratégia do partido de retomar o controle do governo do Executivo no futuro”, avaliou Pimentel.

Sabe-se nos bastidores que o Palácio do Campo das Princesas não fez grandes esforços para conter a dissidência daqueles que optaram por apoiar Raquel Lyra e não a candidata do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade).

Entretanto, o presidente estadual do PSB e deputado eleito Sileno Guedes, já disse que essa decisão será tomada de forma conjunta – o diretório deverá se reunir na próxima terça-feira (29) para discutir o tema. O partido possui a maior bancada da Alepe, com 14 deputados estaduais eleitos.

O PSOL, que elegeu a deputada estadual Dani Portela, por enquanto é o único em que a atuação no bloco da oposição já é dada como certa. 

Na próxima segunda-feira (28), deverá ser realizada uma reunião entre a bancada estadual eleita pelo Solidariedade com Marília Arraes, para discutir sobre como será a atuação da sigla diante da nova gestão. O partido elegeu quatro deputados estaduais: Fabrizio Ferraz, Luciano Duque, Gustavo Gouveia e Lula Cabral.

Pouco tempo depois do resultados das urnas indicarem sua derrota, Marília Arraes se pronunciou apenas por meio de nota, afirmando que “a partir deste momento estarei à frente das oposições, liderando incansavelmente a fiscalização rigorosa e o estrito cumprimento das promessas feitas à população durante a campanha”.

O deputado estadual eleito Luciano Duque, porém, afirma que a bancada está se reunindo com objetivo de fortalecer a Alepe, compreendendo o resultado das urnas, mas que a oposição radical não será possível ser feita.

“Creio que a política que devemos exercer tenha que ser em nome das pessoas que nos elegeram. Minha postura é de diálogo e vou trabalhar para o que for de interesse do povo de Pernambuco”, disse Duque.

“A posição do Solidariedade é de tentar se encontrar nesse jogo e como fica a posição de Marília Arraes, tendo em vista que ela foi para o partido e levou consigo toda marca petista, sua militância histórica. Um gesto de composição pode, de certa forma, diminuir suas capacidades de no próximo pleito ser adversária novamente, mas se fizer o gesto de oposição, até que ponto é interessante para o Solidariedade rumar nesse sentido”, comenta a cientes política e professora da Facho, Priscila Lapa.

BASE GOVERNISTA

O PSDB elegeu apenas três deputados: Izaias Regis, Debora Almeira e Alvaro Porto. No entanto, a governadora deve contar com apoio de pelo menos quatro dos cinco deputados eleitos pelo União Brasil – Antônio Coelho, Chaparral, Romero Sales Filho e Romero.

Outro aliado importante é o Partido Progressista (PP), que tem a segunda maior bancada com oito deputados estaduais eleitos e que esteve com Raquel no segundo turno. 

Há expectativa de que o PL também integre o bloco governista, mas ainda não há definição por parte do presidente estadual do partido e ex-candidato a governador Anderson Ferreira.

“As urnas nos deram um grande resultado e temos o real tamanho da nossa responsabilidade a partir de janeiro. Pernambuco vem apresentando péssimos indicadores nos últimos anos e isso precisa mudar. Nossa bancada está empenhada em colocar o nosso Estado em um outro momento”, avaliou o ex-prefeito de Jaboatão, em reunião com os cinco deputados estaduais eleitos pelo partido e o deputado estadual eleito Joãozinho Tenório, pelo Patriotas, na semana passada.

Nas contas que estão sendo feitas, oficialmente Raquel Lyra deverá ter em torno de 20 deputados estaduais em sua base. “A governabilidade dela vai depender muito da linha que deverá adotar. Em Caruaru ela não governou com oposição e agora no governo do Estado, além de governar com oposição ela também tem que governar com um conjunto de interesses na Assembleia, na Câmara Federal e nas prefeituras. Ela vai ter que ter uma articulação política muito maior do que o que ela demonstrou ter até agora”, avaliou Vanuccio Pimentel.

O mutirão Mais Jaboatão realizou 2.017 atendimentos gratuitos, ontem, no bairro da Muribeca. A ação promovida pela Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes aconteceu na Associação dos Moradores da Muribeca, das 8h às 12h, com a oferta de mais de 30 serviços. Entre os mais procurados pelos moradores, destaques para a vacinação contra a Covid-19 para crianças e adultos e a inscrição no Cadúnico.

“A cada sábado que realizamos o Mais Jaboatão, ficamos mais estimulados a estar presente nas comunidades. Essa proximidade da gestão com a população é muito importante porque, além dos mais de 30 serviços gratuitos que são oferecidos, podemos conversar e ouvir as sugestões que podem melhorar a condição de vida dessas pessoas”, ressaltou o prefeito Mano Medeiros, que acompanhou o mutirão.

Paulo Câmara (PSB) é o governador até o dia 31 de dezembro. O comando formal da caneta que decide, porém, não pode ser utilizado sem critério e transparência para ações que terão repercussão futura. Ele sabe disso e seus secretários também, os membros da transição idem.

O tema não deveria ser motivo de polêmica numa sala cheia de gente adulta. Por isso surpreende que seja necessário ficar questionando decisões tomadas nessa reta final de governo, com repercussão até em equipamentos estaduais como Espaço Ciência, num acordo entre estado, prefeitura e uma entidade privada. As informações são de Igor Maciel, do JC.

O caso do terreno doado para a implantação de um datacenter e instalação de um cabo submarino chamou a atenção da equipe de transição e, agora, também do Ministério Público de Contas (MPCO). A procuradora-geral, Germana Laureano, em entrevista à Rádio Jornal, mencionou uma série de questionamentos sobre a doação.

O grupo de transição do futuro governo Raquel Lyra (PSDB), liderado pela vice, Priscila Krause (Cidadania), quer acesso aos detalhes dos contratos e às licenças ambientais.

O curioso é que o projeto envolve a prefeitura do Recife ainda na gestão de Geraldo Julio (PSB). Hoje, Geraldo está como secretário de Desenvolvimento Econômico. Em 2020, no fim de sua gestão municipal, Geraldo anunciou com Paulo Câmara a construção do datacenter e a implantação dos cabos. Na reportagem, publicada em novembro daquele ano no site da própria prefeitura, fala-se num investimento de mais de R$ 300 milhões.

O objetivo era resolver tudo em 2021 e iniciar a operação em janeiro de 2022. O atraso é natural nesse tipo de empreendimento, acontece. Mas fica o questionamento pela pressa para resolver tudo rápido. Quase dois anos e, agora, bate essa agonia?

Afinal, qualquer compromisso que exista entre esta atual gestão e a empresa parceira poderá ser cumprido no próximo ano, ou não?

Vale dizer que o empreendimento é muito importante, tem potencial para faturar mais de R$ 300 milhões por ano quando chegar à maturidade e promete melhorar a estabilidade e a velocidade da internet na cidade. Projetos assim, aliás, precisam ser valorizados e se multiplicar.  A falta de agilidade, inclusive, foi um dos grandes problemas dessa gestão. Se tivesse sido implantado, mesmo, em janeiro deste ano, quanto de benefício já não poderia estar sendo aproveitado?

O que tem causado estranheza é a pressa para, de última hora, tentar resolver em 30 dias o que não foi resolvido em oito anos.

Essa impressão, aliás, tem se tornado recorrente. Não faz 10 dias que a secretaria de Geraldo Julio tentou criar um grupo de trabalho para “atuar na implantação de projetos estruturadores”. Era uma equipe para planejar o futuro de um estado em cerca de 40 dias. Se conseguissem, seria um assombro de eficiência. Com a péssima repercussão, a secretaria acabou desistindo da iniciativa “ousada”. Na época, a polêmica do Grupo de Trabalho relâmpago gerou reclamações dentro do próprio governo, nos bastidores. “Quando Geraldo inventa de fazer algo, dá nisso. Era melhor ter ficado de férias”, soltou um socialista.

Transição

Uma transição não é fácil para ninguém. Quem vai entrar sente que está invadindo. Quem vai sair, sente-se excluído, visto pelas costas. Ninguém confia em ninguém, nem para administrar a temperatura do ar-condicionado da sala ou para tomar um cafezinho. Se não houver um mínimo de previsibilidade e transparência com as atividades, tudo começa a parecer armadilha, tudo começa a parecer esqueleto em armário, mesmo quando não é.

Gestões públicas são complexas e todo mundo é adulto. Fará bem se todos seguirem agindo de acordo com isso.

Voltando

Esta semana, a governadora eleita, Raquel Lyra, estará de volta a Pernambuco após uma imersão na Universidade de Oxford. Espera-se que a equipe de transição seja ampliada nos próximos dias com a criação de grupos temáticos para discutir diretrizes do futuro governo em áreas como Educação, Saúde e Segurança.

Da Inglaterra, onde participa de um treinamento em gestão, a governadora eleita Raquel Lyra admite que a educação do Ceará pode ser modelo para a que pretende implantar em sua gestão. Confira!

Parte da cúpula do PT e integrantes de partidos aliados avaliam que as comemorações públicas feitas por petistas e apoiadores pela saída do jogador Neymar do jogo de estreia da seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, na 5ª feira (24.nov.2022), são um erro político.

O atacante saiu de campo no 2º tempo da partida contra a Sérvia chorando e com o tornozelo direito torcido. De acordo com o departamento médico da CBF, Neymar deve ficar fora dos 2 próximos jogos, ainda na fase de grupos. A equipe brasileira venceu o time da Sérvia por 2 a 0.

Neymar apoia o presidente Jair Bolsonaro (PL) e, pouco antes do 1º turno, declarou seu voto pela reeleição do chefe do Executivo. O jogador também fez campanha para o presidente, ao participar de lives e postar vídeos em suas redes sociais. As informações são do Poder360.

A saída do jogador foi comemorada por petistas que assistiam ao jogo da seleção no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), sede do governo de transição, em Brasília. O coordenador do grupo e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também assistiram ao jogo no local.

Questionada no intervalo sobre o atacante, Gleisi disse: “Nem vi ele no jogo”. No fim da partida, ao ser perguntada novamente por jornalistas sobre a saída do jogador, declarou: “Foi tarde”.  O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), por sua vez, afirmou que “Neymar, desde que passou a apoiar Bolsonaro, nunca mais foi o mesmo”. Apoiadores de Lula também celebraram a saída de Neymar nas redes sociais.

O movimento, no entanto, não foi bem-visto por parte da cúpula petista. O Poder360 apurou que o grupo avalia que as bravatas, além de pegarem mal, tensionam o clima político no país e podem servir de munição para adversários ao inflamar atos contrários ao resultado eleitoral.

Também dizem que as falas divergem do posicionamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que defendeu a pacificação do país e corroboram o argumento de adversários de que o petista buscou vingança ao disputar as eleições novamente.

O grupo crítico, no entanto, diz que dificilmente alguém defenderá Neymar em público para não desautorizar a presidente do PT, uma das mais enfáticas contra o jogador.

O JC agora está com um novo desenho, ainda mais moderno, mais fácil de ler e com a credibilidade de sempre!

Aproveite e boa leitura!

A janela de oportunidades aberta pela PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da transição no balcão de negócios da política em Brasília fez crescer os olhos do centrão. Em meio às negociações, partidos até então da base do presidente Jair Bolsonaro (PL), colocaram o pé na porta para articular espaços no próximo governo, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na última semana, outras preocupações mais urgentes dos parlamentares, como o bloqueio de emendas, colocaram a prioridade de Lula em segundo plano no Congresso. O grupo colocou na balança o pagamento dos recursos em troca de apoio à PEC, que sequer teve o texto concluído e encaminhado às lideranças partidárias. As informações são do UOL.

Há, ainda, uma série de reivindicações que travam o andamento da proposta, como a formação de blocos partidários, a eleição da Presidência da Câmara e do Senado e o prazo para o pagamento do Bolsa Família fora do teto de gastos. Aliados de Lula correm contra o relógio para barganhar um melhor cenário no Congresso, uma vez que não elegeu uma das maiores bancadas nas duas Casas.

Articulação para a base

Nas reuniões do Conselho Político do governo de transição, integrantes do Centrão aliados de Lula demonstraram insatisfação sobre a falta de articulação política para a aprovação da PEC. O desejo é que o presidente eleito indique logo quem será o responsável para tratar com os parlamentares a contrapartida do apoio ao projeto.

Segundo relatos feitos ao UOL Notícias, parte desse grupo elogia a atuação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), mas afirma que ter um nome de proximidade com o Parlamento ajudaria nas tratativas para o andamento da proposta. Isso esbarraria também na formação da base aliada do Executivo para o ano que vem.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer ser reeleito e, em poucos dias, já conseguiu o apoio formal de três bancadas, além do próprio partido: União Brasil, Republicanos e PSD.

Juntas, essas legendas somam ao menos 189 deputados. Lira agora aguarda o posicionamento do PL, que elegeu 99 nomes para 2023. Nesta semana, ele se reuniu com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.

PT ainda vai bater martelo

Interlocutores do PT afirmam que Lula não irá se opor à reeleição do Lira e defendem que o anúncio de apoio deve ser feito em breve. O que é discutido é como a bancada petista irá se posicionar nessa discussão: tentará costurar uma base para a eleição da Mesa Diretora e, depois, articulará a base aliada? Ou tentará entrar em um bloco que já é o bloco que votará pelas propostas do Executivo?

É o que a bancada irá discutir na próxima terça-feira (29), em uma reunião na Câmara. Será debatido o apoio à reeleição do deputado alagoano e a costura pelo bloco para conquistar a presidência de comissões importantes e lugar nas cadeiras da cúpula da Casa. Segundo aliados de Lira, os petistas precisam definir logo como irão caminhar ano que vem, ou o apoio da bancada não será primordial para Lira garantir a eleição.

Os parlamentares querem a criação de um bloco partidário formado já no início da legislatura. Este grupo tem direito a escolher cargos na mesa diretora e, principalmente, o comando das principais comissões, como a Comissão de Constituição e Justiça, por onde passam os principais projetos.

A federação do PT, composta por PV e PCdoB, soma 80 deputados. Mas a conta inicial feita pelos petistas inclui, ainda, as bancadas de PSOL, PSB e PDT, que elegeram, ao todo, 43 parlamentares, chegando à marca de 123 deputados.

Expectativa versus realidade

Com anuência de Lira, deputados do centrão que compõem a aliança pró-Lula tentam convencer o gabinete de transição de governo a aceitar uma versão mais modesta da PEC da Transição, medida que abre espaço fiscal para ampliar gastos do Executivo com programas sociais no ano que vem.

O PT quer tirar o Bolsa Família do teto de gastos por quatro anos, mas parlamentares do centrão dizem acreditar que tal prazo seria um cheque em branco nas mãos de Lula. Eles defendem o período de apenas um ano (ou seja, 2023), como uma espécie de medida emergencial —o que facilitaria a construção de um consenso dentro da Câmara.

Terceiro turno

Presidente do Solidariedade e próximo de Lula, Paulinho da Força (SP) afirmou entender que não há chance de negociação se o PT insistir com os quatro anos. Na visão dele, os debates em relação à PEC da Transição se transformaram em um “terceiro turno da eleição”. “Acho que, para quatro anos, não tem condição de aprovar”, comentou.

Assim como colegas do centrão, Paulinho defende que a PEC comece a tramitar com um ano excepcional para o Bolsa Família, e outros pontos do texto seriam debatidos durante o processo legislativo.

“O Lula toma posse, acomoda. E gente tem condição de pensar no futuro, né. E depois que você aprovou por um ano, como que o Congresso vai tirar o Bolsa Família das pessoas que estão recebendo? Esquece. Então, acho que a gente não devia perder tempo com isso não. Aprova por um ano e acabou.”

O chefe do Solidariedade diz acreditar que, com Lula à frente do governo federal, a articulação política ficará mais fácil no ano que vem. “Daqui a seis meses, todo esse Congresso estará com o Lula. Só os malucos que não.”

Além de considerar que quatro anos de Bolsa Família seria um cheque em branco para o PT, deputados do centrão querem também ampliar o espaço de barganha em relação ao futuro governo. Isso porque Lula terá que negociar outras medidas fiscais para realizar recomposições orçamentárias no ano que vem.

O Sextou desta semana faz um tributo ao cantor e compositor Erasmo Carlos, o Tremendão, que morreu na semana passada, aos 81 anos. O programa está emocionante. Traz depoimentos do rei Roberto Carlos, seu irmão e grande parceiro musical, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ney Matogrosso e outros artistas que dividiram o palco com ele.

A sonoplastia é do competente Aldir Júnior, que dá um recheio especial ao programa no tom certo e caprichado envolvendo o texto, de minha autoria, e a seleção musical dele próprio. O especial traz também uma entrevista com Erasmo falando sobre sua carreira, rock e, principalmente, os grandes momentos da Jovem Guarda ao lado de Roberto Carlos e Wanderleya.

Vai ao ar na próxima sexta-feira, das 18h às 19h, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a 102,1 FM, emissora integrante do Grupo EQM, do empresário Eduardo Monteiro, tendo como carro-chefe a Folha de Pernambuco.

Imperdível!

A linha 2023 da Hilux e da SW4

A Toyota Hilux ganhou uma versão chamada Conquest para completar o portfólio da picape média mais vendida do país. Ela foca clientes que buscam um visual off-road mais imponente. Já a SW4 GR-Sport, principal novidade do SUV para essa linha, recebeu 20 cavalos a mais de potência, elevando o prazer de condução, com mais esportividade e performance.

Desde janeiro deste ano, a Hilux emplacou quase 34 mil unidades, reafirmando a liderança no segmento de picapes médias por meio de sua durabilidade, qualidade e confiabilidade junto aos consumidores.

No portfólio da Hilux, a Conquest é mais uma opção. A nova versão ganhou visual mais agressivo, graças ao para-choque dianteiro com desenho exclusivo, nova grade frontal, molduras nas caixas de roda, retrovisores e maçanetas na cor preta, rodas de liga leve de 18 polegadas com desenho inédito, faróis de LED com máscara negra bem como santantônio com a identificação “Conquest” e separador de carga na caçamba exclusivos, que aumentam a praticidade, acomodando cargas dos mais variados tamanhos, facilitando o cotidiano dos usuários.

Já no interior, a nova versão Conquest é equipada com luz ambiente nas portas e novo acabamento em preto, o que proporciona ao motorista e aos ocupantes um ambiente mais moderno e exclusivo. A partir da versão SR, todas as versões da Hilux 2023 ainda contam com sistema de ar-condicionado de duas zonas automático e digital. A central trabalha com controles individuais na parte dianteira e traseira, garantindo ainda mais conforto e comodidade aos passageiros.

Motor e transmissão – A Hilux 2023 traz o turbodiesel 2.8L 16V, que gera 204 cv de potência e torque de 42,8 kgfm a 3.400 rpm nas versões com transmissão manual e 50,9 kgfm a 2.800 rpm nas versões com transmissão automática. Segundo o Inmetro, os modelos equipados com transmissão automática apresentam consumo de 10,1 km/l no percurso urbano e de 11,3 km/l no percurso rodoviário. Já na versão GR-Sport, a Hilux é equipada com o mesmo motor turbodiesel 2.8L 16V, 4 cilindros em linha, mas com uma configuração do motor de turbocompressor de geometria variável (TGV) e intercooler (1GD) que entrega 224 cv de potência e 55,0 kgfm de torque. Todo esse conjunto de força é acoplado a uma caixa transmissão automática de seis velocidades sequencial.

Segurança – Desde a versão de cabine simples, destinada ao trabalho, a Hilux 2023 já vem dotada com – além de outros itens mais regular no mercado, assistência de subida (HAC), controle eletrônico de estabilidade, controle eletrônico de tração e luz de frenagem emergencial automática. A partir das versões SRX, SRX Limited, Conquest e GR-Sport ainda adicionam o sistema Toyota Safety Sense, que dispõe de sistema de pré-colisão frontal e de mudança de faixa, por exemplo.

Versões e preços

GR-SportR$ 354.790 
ConquestR$ 339.190 
SRX LimitedR$ 337.990 
SRXR$ 325.490 
SRVR$ 290.690 
SRR$ 273.090 
STD Power PackR$ 244.390 
Cabine SimplesR$ 228.490 
ChassiR$ 220.690 

Linha SW4 – Tem como novidade a atualização da versão GR-Sport, que ganhou 20 cv, com o turbocompressor de geometria variável (TGV) e o intercooler (1GD), assim como na picape Hilux. Por dentro, algumas renovações: detalhes escurecidos, iluminação ambiente, com LEDs nos apoios para os pés, console central, painel e portas.

Além disso, todas as versões incorporam o sistema de monitor de visão 360º, que vai agregado no modo de exibição do display, como suporte ao motorista na identificação de movimentos ao redor de todo o veículo. O SUV, na linha 2023 vem, de série, com ar-condicionado automático digital de duas zonas.

O propulsor que equipa o SUV é diesel 2.8L 16V, gera 204 cv de potência e torque de 50,9 kgfm a 2.800 rpm, e está sempre acoplado a uma transmissão automática sequencial de seis velocidades. A GR-Sport tem motor mais potente, de224 cv de potência e 55,0 kgfm de torque.

Segurança

Todas as versões do Toyota SW4 são dotadas do sistema Toyota Safety Sense. Com isso, o modelo é equipado com:

➨Sistema de pré-colisão frontal

➨Sistema de aviso de mudança de faixa

➨Controle adaptativo de cruzeiro

➨Controle de estabilidade

➨Controle de tração

➨Controle de tração ativo

➨Assistência de descida)

➨Assistência de partida

➨Controle de oscilação de reboque

➨ABS com freio eletrônico – distribuição de força

➨Assistência à frenagem de emergência

➨Luzes de freio de emergência

➨Âncoras Isofix® (x2) com amarração superior (x2)

➨Todas as versões ainda contam com cintos de segurança de três pontos para todos os bancos, com pré-tensionador e limitador de força para o condutor e passageiro dianteiro. Além de sete airbags, sendo dois frontais, dois laterais, dois de cortina e um de joelho para o motorista.

SW4

Preços e versões

VersãoPreço R$ 
GR-SportR$ 437.890 
DiamondR$ 423.890 
SRX 7 lugaresR$ 384.690 
SRX 5 lugaresR$ 378.190

Peugeot e-2008: SUV elétrico por R$ 260 mil – A Peugeot acaba de pôr nas revendas o SUV elétrico, o e-2008. É o terceiro por aqui: antes, haviam chegados o Hatch e-208 e o furgão e-Expert. Vai custar R$ 260 mil e terá o mesmo conjunto junto propulsor do e-208: são 136cv de potência (100 kW) e 26,5 kgfm de torque.

Com seu torque imediato, é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos – embora com aceleração final limitada a 150 km/h, como forma de preservar a carga das baterias, que garantem autonomia de 345km. No entanto, em relação ao conjunto de baterias, é necessário o consumidor ter um carregador especial: na tomada doméstica, carregá-lo leva 25 horas (veja quadro).

A configuração única é a GT. Ela é recheada de equipamentos de conforto e segurança. Faróis full-LED com iluminação diurna, painel de instrumentos digital, central multimídia de 10” com Android Auto e Apple CarPlay, seis airbags, controles de estabilidade e tração, câmera de ré, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, controle de cruzeiro adaptativo, sensor de ponto cego, frenagem automática de emergência e por aí vai.

Arrizo 6 híbrido já está à venda – A versão Pro Hybrid do sedã da Caoa Chery chegou às concessionárias da marca por, no mínimo, R$ 160 mil. Ele vem da China e usa uma tecnologia leve, de 48V – o que, na verdade, é apenas gerador/motor que substitui o alternador convencional. A energia é armazenada na bateria de 48V que auxilia no aumento do torque e potência gerados pelo motor a combustão – e que proporciona 10cv e 4,1kgfm para esta versão. O modelo desenvolve 160cv de potência e 25,5kgfm de torque combinados.

HAN: sedã 100% elétrico na pista – O BYD HAN EV faz história no Brasil. Entre os dias 18 e 20 de novembro, tornou-se o primeiro veículo elétrico a participar de uma competição oficial da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). O modelo esteve entre os 55 carros que participaram da primeira edição do Friends Internacional Hill Climb, em Santa Catarina. O evento consistiu na subida da Serra do Rio do Rastro, reunindo veículos que se desafiam na velocidade e nas curvas de uma das estradas mais espetaculares do mundo. O modelo da BYD foi destaque na prova. Superou carros das mais diversas categorias, terminando na 13ª colocação geral.

Durante o evento, a bateria Blade do modelo dirigido pelo experiente piloto Cacá Clauset precisou ser recarregada em apenas duas oportunidades. “Recarreguei a bateria com um carregador portátil de 7kv/h na tomada do hotel. Gastei aproximadamente 20% de bateria em cada subida. No sábado, cheguei no hotel com 60% e no domingo, cheguei ao final da subida com 81%”, comentou o piloto. Ainda segundo o piloto, o desempenho do veículo chamou muita atenção. “Acelerar um carro elétrico é algo que é até difícil explicar em palavras. Ainda mais um que tem 494 cavalos e torque instantâneo. Mesmo competindo com carros de mais de 1.000 cavalos, nenhum era mais rápido que ele [HAN EV] na largada. Os zero a cem em menos de quatro segundos deixaram o público que estava assistindo de boca aberta. Acho que ninguém ali tinha vivido essa experiência visual. Um carro sem fazer barulho sumindo de suas vistas em um piscar de olhos”, acrescentou.

Motos de motocross: há novidades – A KTM, uma das maiores fabricantes de motocicletas esportivas off-road e street de alto desempenho da Europa, começou a vender no Brasil as motocicletas de motocross. Desenvolvida especialmente para pilotos radicais, digamos assim, a linha de motocross ficou mais moderna e projetada para o holeshot, a linha MX 2023 passou por grandes mudanças comparado com sua versão anterior. Os modelos utilizam as tecnologias inovadoras quickshifter, controle de tração, controle de largada, com opções de mapeamento aprimoradas. Apresenta motores com partida elétrica, injetáveis menores, mais compactos e levemente rotacionados. Todos os pontos de contato do piloto foram aperfeiçoados para permitir movimentos mais rápidos, fáceis e naturais, com melhor aderência e controle, mesmo em situações extremas. A novidade é a KTM 250 SX-F, agora nacional, que chega com preço sugerido de R$ 65 mil. 

Motos BMW: sete modelos até 2025 – Aos seis anos de existência, a fábrica de motocicletas do BMW Group em Manaus receberá um investimento de R$ 50 milhões entre 2022 e 2025, para incremento em todas as áreas produtivas — qualidade, produção, logística e expedição. O investimento na planta, responsável pela produção de modelos Motorrad, também prevê aumento de 25% na capacidade produtiva, 20% na mão de obra direta e 50% na área útil da planta. Parte do investimento também será destinada à produção de sete novos modelos até 2025.  “O investimento de R$ 50 milhões na planta Manaus ratifica a nossa aposta acertada no Brasil, onde montamos a primeira fábrica da BMW Motorrad dedicada à produção de motocicletas fora da Alemanha”, diz Jefferson Dias, diretor-geral da planta de Manaus.

“O mercado brasileiro é o sexto maior para a BMW Motorrad no mundo. E a fábrica de Manaus é responsável por 99% do volume da marca no Brasil”, diz Julian Mallea, CEO da BMW Motorrad Brasil. “Até 2025, sete novos modelos serão produzidos localmente, sendo quatro totalmente novos. Um deles será lançado esse ano ainda.”

Com o investimento, a capacidade de produção vai subir de 15 mil para 19 mil motos por ano, num aumento de 25% na unidade fabril, que hoje produz oito modelos.

Moto esportiva exige cuidado especial – A Motul, multinacional especializada em lubrificantes e fluidos de alta tecnologia, recomenda cinco cuidados essenciais com motos de alta cilindrada – aquelas utilizadas para práticas esportivas ou viagens de longa distância, que enfrentam condições extremas de alta rotação e velocidade, além de elevada temperatura de trabalho, longos trajetos e grande exigência mecânica.

Confira: 

  • Faça a manutenção em dia – Qualquer veículo exige manutenção periódica em dia. E o condutor deve se atentar aos componentes fundamentais para o bom desempenho de uma moto, como sistemas de transmissão, conjunto de freios, suspensões (dianteira e traseira) e sistema de arrefecimento. Os pequenos cuidados de limpeza e lubrificação periódica também são importantes e podem garantir que a corrente e outras peças atendam a vida útil esperada, bem como facilitar a identificação de reparos necessários. O manual do proprietário é a melhor referência quanto aos intervalos corretos de manutenção.
  • Utilize os produtos adequados e siga as instruções dos fabricantes – Motos de alta performance precisam de confiabilidade para entregar desempenho e controle. Ao usar os produtos adequados e seguir as instruções dos fabricantes, é possível evitar, mesmo em condições severas, a perda de rendimento da motocicleta durante todo o intervalo de troca.
  • Opte pelos aditivos – O uso de aditivos, como os adicionados ao óleo usado imediatamente antes da troca, pode contribuir para melhorar e equalizar a compressão dos cilindros, assim como aumentar a economia de combustível, reduzir o consumo de óleo, intensificar o desempenho do motor e restringir suas emissões.
  • Prefira combustível de qualidade – O uso de combustível de qualidade contribui para a extração do melhor desempenho das motos de alta cilindrada. Cuidados periódicos, como a utilização de aditivos específicos, podem auxiliar na economia de combustível e na redução das emissões de gases, além de restaurar o desempenho do motor e sua confiabilidade, melhorar o conforto de condução, facilitar a partida a frio e evitar a corrosão.
  • Faça a troca de óleo – O período de troca é determinado pela montadora e consta no manual do proprietário. Esse intervalo de troca se dá diante da quilometragem rodada ou do fator tempo, o que ocorrer primeiro. Em relação à quilometragem, a troca tem relação direta com o tipo de pilotagem da moto. A substituição do óleo usado depende de como a moto de alta cilindrada é utilizada. Em cenários como estradas ou cidades ou em competições, o desempenho e a utilização são distintos. No manual, sempre existem planos distintos de manutenção para cada condição de pilotagem e uso, com intervalos de troca específicos para cada situação.
  • Intervalo – Em relação a esse intervalo, alguns fabricantes de motocicletas determinam um prazo de seis meses ou um ano para a troca, ainda que o veículo não tenha atingido a quilometragem determinada. Caso o intervalo para troca de óleo seja estendido, é possível que a lubrificação da moto não ofereça mais a proteção esperada, acarretando na perda de propriedades que podem trazer riscos à pilotagem e danos às peças da moto.

Renato Ferraz, ex-Correio Braziliense, tem especialidade em jornalismo automobilístico.

Se até há pouco uma das principais preocupações de Valdemar Costa Neto era manter as diferentes alas do partido unidas, ele conseguiu um respiro nesta semana. As decisões do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, acabaram por unir os parlamentares em críticas ao magistrado e em defesa do chefe do PL e sua empreitada golpista no Judiciário.

Na quarta-feira (23), Moraes determinou o bloqueio dos valores do fundo partidário do PL, do PP e do Republicanos até a quitação da multa de R$ 22,9 milhões imposta à coligação por litigância de má-fé.

Os outros dois partidos recorreram e, na sexta (25), Moraes acatou o pedido e concentrou a multa no PL —o valor representa 46% do fundo partidário já recebido pela sigla em 2022. As informações são da Folha de S.Paulo.

Além de impor a multa, o magistrado viu na iniciativa encampada pelo partido a “finalidade de tumultuar o próprio regime democrático brasileiro” e determinou que Valdemar seja alvo de investigações no STF (Supremo Tribunal Federal), no inquérito das milícias digitais, e no TSE.

A ala raiz do partido, com políticos do centrão e que davam as cartas antes da chegada dos bolsonaristas, ainda que visse com ressalvas a iniciativa e seu anúncio público, achou a decisão do presidente da corte desproporcional e, principalmente, provocadora: 22 é o número de urna do PL.

Assim, parlamentares se uniram às críticas de bolsonaristas a Moraes. Reservadamente, se queixam de que as atitudes do magistrado são pouco pacificadoras e acabam fortalecendo os mais radicais dentro da sigla.

A expectativa desses aliados de Valdemar era a de que o presidente do TSE simplesmente arquivasse o caso, por falta de evidências, e ficasse por isso. O dirigente teria feito sua parte, junto aos bolsonaristas, e a poeira abaixaria.

Integrantes da ala mais moderada classificam a decisão do ministro de multar a legenda como um “atentado” à vida partidária, em uma referência aos salários, contratos e demais obrigações que o partido tem de honrar.

Por outro lado, poupam Valdemar de críticas por levar adiante os questionamentos golpistas de Bolsonaro. A avaliação é de que Moraes ultrapassou um limite e haverá reação política.

O partido convocou as bancadas para se reunir em Brasília na terça (29) para discutir qual resposta seria mais apropriada para o caso. Aliados do dirigente temem que se instaure uma nova crise entre Poderes, agora entre Legislativo e Judiciário.

A leitura é de que, a partir deste momento, o ideal seria Valdemar submergir e os parlamentares atuarem em eventuais iniciativas que têm Moraes como alvo. Principalmente porque veem maior paridade de armas entre os parlamentares e ele.

Ainda que saibam que dificilmente vá prosperar, até mesmo porque o ano está perto do fim, citam a CPI de Abuso de Autoridade, como exemplo, e até pedido de impeachment.

Entretanto, interlocutores do dirigente dizem que ele ainda está muito chateado com as decisões do presidente do TSE e temem que se torne imprevisível.

Valdemar foi alertado por aliados que poderia ser investigado e até preso caso continuasse a questionar o resultado eleitoral. Mas o dirigente deixou claro a eles que não teme nem esse pior cenário. O presidente do PL não seria réu primário, porque já foi condenado e preso no escândalo do mensalão.

Mais recentemente, Valdemar filiou Jair Bolsonaro, reconquistou os holofotes e ganhou a credibilidade de apoiadores do presidente –que, até há pouco, eram pejorativos com o centrão.

Na mesma eleição em que o mandatário foi derrotado, o PL elegeu as maiores bancadas no Congresso: 99 deputados e 14 senadores. Isso só foi possível porque parlamentares apoiadores de Bolsonaro o seguiram e se filiaram à sigla –movimento que, à época, gerou ciúme de partidos da base aliada.

A nova configuração impôs ao líder do centrão um ajuste de rota, ao menos, por ora. Como os aliados do chefe do Executivo não reconhecem o resultado das urnas no segundo turno, e o PL filiou os mais radicais deles, cresceu a pressão para que o dirigente entoasse o discurso de questionamento ao sistema eleitoral.

E assim foi feito com a ação que, mesmo sem apresentar provas de fraude, pediu ao TSE a invalidação de votos depositados em urnas por “mau funcionamento”.

De acordo com o partido, mais de 279,3 mil urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno do pleito “apresentaram problemas crônicos de desconformidade irreparável no seu funcionamento”. Para as atuais eleições, a Justiça Eleitoral disponibilizou cerca de 577 mil equipamentos.

As urnas questionadas também foram utilizadas no primeiro turno, quando o PL elegeu as maiores bancadas das duas Casas legislativas.