Alas raiz e bolsonarista do PL se aliam após decisões de Moraes e discutem resposta política

Se até há pouco uma das principais preocupações de Valdemar Costa Neto era manter as diferentes alas do partido unidas, ele conseguiu um respiro nesta semana. As decisões do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, acabaram por unir os parlamentares em críticas ao magistrado e em defesa do chefe do PL e sua empreitada golpista no Judiciário.

Na quarta-feira (23), Moraes determinou o bloqueio dos valores do fundo partidário do PL, do PP e do Republicanos até a quitação da multa de R$ 22,9 milhões imposta à coligação por litigância de má-fé.

Os outros dois partidos recorreram e, na sexta (25), Moraes acatou o pedido e concentrou a multa no PL —o valor representa 46% do fundo partidário já recebido pela sigla em 2022. As informações são da Folha de S.Paulo.

Além de impor a multa, o magistrado viu na iniciativa encampada pelo partido a “finalidade de tumultuar o próprio regime democrático brasileiro” e determinou que Valdemar seja alvo de investigações no STF (Supremo Tribunal Federal), no inquérito das milícias digitais, e no TSE.

A ala raiz do partido, com políticos do centrão e que davam as cartas antes da chegada dos bolsonaristas, ainda que visse com ressalvas a iniciativa e seu anúncio público, achou a decisão do presidente da corte desproporcional e, principalmente, provocadora: 22 é o número de urna do PL.

Assim, parlamentares se uniram às críticas de bolsonaristas a Moraes. Reservadamente, se queixam de que as atitudes do magistrado são pouco pacificadoras e acabam fortalecendo os mais radicais dentro da sigla.

A expectativa desses aliados de Valdemar era a de que o presidente do TSE simplesmente arquivasse o caso, por falta de evidências, e ficasse por isso. O dirigente teria feito sua parte, junto aos bolsonaristas, e a poeira abaixaria.

Integrantes da ala mais moderada classificam a decisão do ministro de multar a legenda como um “atentado” à vida partidária, em uma referência aos salários, contratos e demais obrigações que o partido tem de honrar.

Por outro lado, poupam Valdemar de críticas por levar adiante os questionamentos golpistas de Bolsonaro. A avaliação é de que Moraes ultrapassou um limite e haverá reação política.

O partido convocou as bancadas para se reunir em Brasília na terça (29) para discutir qual resposta seria mais apropriada para o caso. Aliados do dirigente temem que se instaure uma nova crise entre Poderes, agora entre Legislativo e Judiciário.

A leitura é de que, a partir deste momento, o ideal seria Valdemar submergir e os parlamentares atuarem em eventuais iniciativas que têm Moraes como alvo. Principalmente porque veem maior paridade de armas entre os parlamentares e ele.

Ainda que saibam que dificilmente vá prosperar, até mesmo porque o ano está perto do fim, citam a CPI de Abuso de Autoridade, como exemplo, e até pedido de impeachment.

Entretanto, interlocutores do dirigente dizem que ele ainda está muito chateado com as decisões do presidente do TSE e temem que se torne imprevisível.

Valdemar foi alertado por aliados que poderia ser investigado e até preso caso continuasse a questionar o resultado eleitoral. Mas o dirigente deixou claro a eles que não teme nem esse pior cenário. O presidente do PL não seria réu primário, porque já foi condenado e preso no escândalo do mensalão.

Mais recentemente, Valdemar filiou Jair Bolsonaro, reconquistou os holofotes e ganhou a credibilidade de apoiadores do presidente –que, até há pouco, eram pejorativos com o centrão.

Na mesma eleição em que o mandatário foi derrotado, o PL elegeu as maiores bancadas no Congresso: 99 deputados e 14 senadores. Isso só foi possível porque parlamentares apoiadores de Bolsonaro o seguiram e se filiaram à sigla –movimento que, à época, gerou ciúme de partidos da base aliada.

A nova configuração impôs ao líder do centrão um ajuste de rota, ao menos, por ora. Como os aliados do chefe do Executivo não reconhecem o resultado das urnas no segundo turno, e o PL filiou os mais radicais deles, cresceu a pressão para que o dirigente entoasse o discurso de questionamento ao sistema eleitoral.

E assim foi feito com a ação que, mesmo sem apresentar provas de fraude, pediu ao TSE a invalidação de votos depositados em urnas por “mau funcionamento”.

De acordo com o partido, mais de 279,3 mil urnas eletrônicas utilizadas no segundo turno do pleito “apresentaram problemas crônicos de desconformidade irreparável no seu funcionamento”. Para as atuais eleições, a Justiça Eleitoral disponibilizou cerca de 577 mil equipamentos.

As urnas questionadas também foram utilizadas no primeiro turno, quando o PL elegeu as maiores bancadas das duas Casas legislativas.

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), disse neste sábado, 26, diante de empresários, que a indicação de quem será o novo ministro da área econômica “está perto” e que “quem apostar em irresponsabilidade fiscal” no futuro governo “vai errar”.

A pergunta sobre o futuro ministro da Fazenda foi a primeira destinada a Alckmin durante debate do vice-presidente eleito com empresários no fórum organizado pelo Esfera Brasil. Ele também afirmou que nenhuma reforma será “desfeita” e que a palavra final sobre questões econômicas é do próprio Lula.

Alckmin ouviu de Abilio Diniz e André Esteves, presentes no debate, recados sobre o funcionamento do mercado financeiro, a necessidade de melhorar a eficiência da máquina pública e sugestões para não desfazer o que, na visão deles, está funcionando. As informações são do Estadão.

“Haverá ajuste fiscal. Mas qual a preocupação que devo ter? Eu preciso cortar gasto. Vou cortar do salário mínimo?”, rebateu Alckmin. “Governar é escolher, tem muita forma de fazer ajuste, porque ele é necessário para o Brasil crescer, mas fazendo com olhar social”, disse. “Vai haver ajuste e não em uma semana, vão ser quatro anos de ajuste, porque você pode todo dia melhorar a eficiência do gasto público”, disse Alckmin em resposta, ao fim do seu pronunciamento.

Assim que os participantes do painel subiram ao palco, o jornalista e mediador William Waack, questionou: “Geraldo Alckmin, quem vai ser o próximo ministro da Fazenda?”. “Cada coisa vem a seu tempo, vamos aguardar um pouquinho”, respondeu Alckmin.

Segundo ele, o foco de Lula é “o Brasil crescer, atrair investimento, ter renda”. “Eu já quero dizer que quem apostar em irresponsabilidade fiscal vai se decepcionar, vai errar. Além disso, nós precisamos ter uma agenda de competitividade, que passe por educação de qualidade, especialmente educação básica”, completou.

Alckmin disse não considerar incompatível “ter responsabilidade fiscal, que é uma preocupação, e ter avanços de natureza social”. “Esse é o grande desafio: como a gente cresce, atrai investimento e procura melhorar a vida de quem sofre mais”, afirmou.

Ele dividiu o painel da conferência com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, com os empresários Abilio Diniz e André Esteves e com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas.

Alckmin prometeu aos empresários que “nenhuma reforma será desfeita”. “A reforma trabalhista é importante. Não vai voltar o imposto sindical e não vai voltar o legislado sobre acordado”, disse Alckmin, aplaudido neste momento pela plateia. “Agora, nós estamos frente a uma questão de plataformas digitais, que precisam ser aprofundadas”, afirmou o vice eleito.

Em diversos momentos, ele foi pressionado a responder como o novo governo irá conciliar linhas de pensamento distintas como as presentes no grupo de economia da transição, composto por Pérsio Arida, André Lara Rezende, Nelson Barbosa e Guilherme Mello. Alckmin afirmou que a palavra final é de Lula. “O presidente eleito é o Lula, que tem experiência”, falou o vice do petista, novamente sob aplausos.

“Ele está ouvindo muita gente, o que é muito bom. Quando alguns economistas, dos mais respeitados do Brasil, se manifestaram relatando preocupação ele disse: ‘eu vou ouvir todas essas vozes’”, disse Alckmin, sobre o presidente eleito.

André Esteves, do BTG Pactual, disse que há um “artificial maniqueísmo” no que chama de falsa dicotomia entre social e fiscal. “O mercado (financeiro) não é um grupo de pessoas fechadas numa sala”, disse Esteves, durante seu pronunciamento. “Não há dúvida nenhuma que Congresso e mercado vão entender e apoiar esse movimento (ajuste no orçamento para garantir Auxílio Brasil) (…) Nada mais justo que o novo governo faça suas escolhas, mas entendendo que nós temos esses limites. O mercado é a sociedade que se expressa através dos preços, não é um ente subjetivo”, disse.

“O desafio de qualquer governo moderno é consertar o que não está funcionando e manter o que está. Parece simples, mas às vezes na ansiedade a gente acaba que muda o que está funcionando”, afirmou Esteves.

Abilio Diniz, do Grupo Carrefour, disse concordar com Esteves e afirmou que o principal desafio é a divisão nacional. “Eu sei de casos de famílias que um não fala com outro, outro não fala com um. Para unir o país não adianta falar, tem que fazer e mostrar o que está fazendo para todos os brasileiros”, disse o empresário. “Temos que fazer esse País crescer, distribuir renda e fazer inclusão. E o povo tem que sentir que isso está acontecendo. A retórica não vai resolver”, disse Diniz. O empresário fez uma defesa da necessidade de melhorar a eficiência da máquina pública e na política.

Cotado para a Fazenda

O entorno de Lula avalia que a reação ruim do mercado financeiro ao almoço de Fernando Haddad com banqueiros, na sexta-feira, 25, não inviabiliza o nome do petista para o comando do Ministério da Fazenda. A indicação de Haddad para participar de encontro na Federação Brasileira de Bancos (Febraban) foi a mais forte sinalização de Lula sobre o que pensa para a composição de seu futuro time econômico.

Nomes próximos ao líder petista ouvidos pelo Estadão afirmam que a reação do mercado foi ruim não pelas coisas que Haddad disse, mas pelo que não disse. E isso, segundo os mesmos interlocutores do presidente eleito, não é ruim. O argumento é que qualquer comentário de Haddad sobre a PEC da Transição, que retira o pagamento do Auxílio Brasil do teto de gastos, geraria ruído com o Congresso, se feito antes de uma conversa com os parlamentares.

O governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou neste sábado (26), durante entrevista à imprensa, na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) antes da participação no evento do PT, que o anúncio do secretariado está confirmado para 15 de dezembro. Na ocasião, Jerônimo também falou sobre a proposta da reforma administrativa, que promete oxigenar governo

“Dia 15 está mantido. É natural que neste momento, as expectativas acabem tensionando o lado da imprensa, os partidos políticos, faz parte da política. Estou muito tranquilo sobre isso, estou construindo isso com muita tranquilidade, ouvindo e sentindo, e ainda me dedicando muito ao que há de fazer, a reforma administrativa”, apontou.

Segundo o petista, já existem alguns nomes definidos para o secretariado. No entanto, ele ressaltou que vai aguardar para fazer o anúncio, para que não haja antecipações e que não atrapalhe a construção. As informações são do Portal M!.

“Tem sim, mas vou aguardar para que não haja antecipação e não atrapalhe a construção. Tenho ouvido Rui, Wagner, Otto Alencar, Geraldinho, ouvindo os partidos, na concepção para tirarmos os nomes já já”.

O governador eleito também afirmou que, para assumir a condição de secretário, os cotados devem se empenhar. “Tenho dito que, para ser colega meu, nas condições de secretários, colega de gestão, tem que dormir tarde, acordar cedo, ter humildade e sentir, naturalmente, aquilo que o povo sente, o sol no juízo, quando for preciso, a chuva, lama, poeira, para a gente continuar fazendo da Bahia, um estado inclusivo, e nós temos uma missão, que é o combate à fome, a geração de empregos, expectativa da juventude, para garantir que ela possa ficar na escola. O perfil é esse”, disse.

Renovação

Perguntado sobre uma eventual pressão pelo anúncio de determinados nomes, como o do coordenador de transição, Adolpho Loyola, Jerônimo minimizou e assegurou que quer promover uma renovação.

“A pressão não existe, estamos tranquilos do que estamos fazendo, e a pressão muito mais minha, por querer cobrar uma renovação. Eu tenho certeza que os partidos políticos vão compreender a necessidade, mesmo se fosse Rui, Wagner ou Otto, eles teriam que fazer uma reforma para dar um novo gás, um novo salto ao que precisa ser feito. Pressão não há, se houver é uma demanda aqui ou ali, mas a classe política baiana já compreendeu o que nós compactuamos”, observou.

Reforma administrativa

O petista também falou sobre a intenção de promover uma reforma administrativa e apontou não a mesma não será “revolucionária”, no sentido do seu tamanho, mas disse que será suficiente “para fazermos as mudanças no grupo, em um time que vem governando pelo quinto mandato precisa ter”.

Entre as mudanças que devem ser feitas, está o desmembramento da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS).

“Vamos precisar dividir porque existe a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social que é grande, então, estamos fazendo um exercício para ver se conseguimos juntar algumas funções com outras ou dividi-las, fazer duas ou três secretarias. Ontem, conversamos sobre isso durante todo o dia, hoje, a equipe ainda está trabalhando até o final do dia. Espero que segunda ou terça já tenhamos um cenário. A nossa expectativa é continuar fazendo aquilo que há de bom, que Wagner e Rui fizeram”, assegurou.

Brasília

Outro tema comentado por Jerônimo foram suas idas à Brasília. O petista disse que gostou do ambiente no Congresso Nacional, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.

“Primeiro, a receptividade da Bahia, o respeito, o acolhimento que o Brasil tem, e reconhece a forma que esse grupo tem. A receptividade do presidente do Senado, da Câmara, da bancada de deputados, o acolhimento foi muito”.

Outro cenário observado por Jerônimo foi a “tranquilidade”, que seria fruto da ausência do presidente Jair Bolsonaro (PL). “É claro que é um momento de PEC, de nomeações, mas havia tranquilidade sobre uma certa ausência do presidente, em não animar ou estimular as práticas nervosas e agitadas. Senti que a ausência dele, embora eu discorde em função das políticas públicas importante, mas nesse aspecto do trato ácido”.

Ele também afirmou que gostou dos contatos que teve com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), inclusive no período em que Lula descansou em Salvador, após o resultado do segundo turno das eleições.

“Gostei dos contatos com Lula, quando ele esteve na Bahia descansando pudemos conversar com ele. A sensatez dele, a força que ele demonstra ter. Essa semana, por conta da saúde dele, a equipe médica pediu que ele se resguardasse, é importante isso, tê-lo forte. Espero que Lula possa retomar, cuidar do ambiente de transição e entrar no dia 1º com o papel de cuidar do Brasil”.

Covid

O governador eleito também afirmou estar preocupado diante dos aumentos dos casos de Covid, e criticou o governo Bolsonaro pelo atraso na disponibilização das vacinas bivalentes, que possuem maior efeito sobre as variantes, como a Ômicron.

“Tem causado preocupação. Agora o presidente sumiu de vez, impressionante como a democracia não tem valor para esse povo, não tem sentido. Na responsabilidade da democracia, o mandato do atual presidente vai até dia 31 de dezembro, se ele não gosta de perder, se não gosta da democracia, deveria delegar alguém para cuidar disso. Novamente, podíamos já estar com a vacina da nova variante, e a gente poder ir vacinando com comorbidades, não aguardar. Mesmo que a pandemia não retorne àquele patamar, já temos gente morrendo, adoecendo, internada e o papel do estado é se antecipar a isso”.

O Maguary, time de futebol de Bonito, no Agreste de Pernambuco, não vai participar da final da Série A2 do Campeonato Pernambucano deste ano. Terminou sendo vítima de uma arbitragem desastrada, com vários “equívocos”, em seu jogo contra o Central, pelas semifinais, ontem, em seu próprio estádio, o Arthuzão, na cidade de Bonito. Na ocasião, quando o jogo estava ainda 0X0, um gol legítimo do time, que já está com vaga garantida na Série A1 do futebol pernambucano em 2023, não foi validado pelo árbitro da partida. Vejam o lance abaixo:

Quatro a cada 10 obras no país estão paralisadas, conforme indica levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU). Hoje, o Brasil tem 22.559 empreendimentos no papel, mas 8.674 deles foram interrompidos – o equivalente a 38,5% do total.

Para fazer o levantamento (acesse aqui o sistema), o TCU reuniu informações dos principais bancos de dados oficiais do país.

Trata-se de projetos de construção de hospitais, escolas, universidades, complexos esportivos e sistemas de saneamento básico, como também pavimentação de rodovias. As informações são do Metrópoles.

Com essa quantidade de obras paralisadas, a falta dos serviços que seriam disponibilizados afeta milhares de pessoas. Inúmeros brasileiros teriam suas vidas melhoradas por essas estruturas ou mesmo dependem delas; este é o problema mais grave, segundo a gerente de projetos da Transparência Brasil, Marina Atoji.

Dessa forma, o acesso desses cidadãos a direitos como saúde, educação, transporte, saneamento fica gravemente prejudicado.

“Outro problema é o desperdício de dinheiro público. Como as estruturas que chegam a ser construídas se deterioram com o tempo de paralização, o custo final da obra, caso seja retomada, aumenta, pois é necessário fazer reparos nessas partes, ou mesmo reiniciá-la do zero”, aponta Atoji.

Isso porque a estrutura ficou tanto tempo à mercê das intempéries que não serve mais. “Ao fim, também prejudica o acesso a direitos, pois o gasto público é feito com ineficiência e compromete o investimento em outras áreas”, continua a especialista.

Causas

A falta de planejamento na execução dos empreendimentos é apontada pelos técnicos do TCU como o principal fator de paralisação para obras de baixo e de alto valor.

A maioria está ligada a projetos básicos deficientes e à falta de contrapartida e de capacidade técnica para execução.

“O mau planejamento se vê na realização de licitações mal-feitas, que levam à contratação de empresas sem condições mínimas necessárias para concluir a obra, subestimam os custos, ou têm termo de referência e projeto básico falhos”, explica Atoji.

Ela também vê a continuação de uma gestão ruim ao se decidir por iniciar novas obras quando outras semelhantes, e às vezes mais urgentes, precisam ser finalizadas.

A especialista elenca ainda outros fatores que levam à paralisação: fraudes em licitações, que desviam o recurso da realização do empreendimento; falta ou deficiência de fiscalização da obra; e atrasos em pagamentos à empresa contratada.

Série histórica

O TCU atualiza os dados a cada dois anos. Em 2020, o Brasil tinha 27,1 mil obras – dessas, 7,9 mil estavam paralisadas.

Procurado pelo Metrópoles, o tribunal explicou que a redução significativa no quantitativo de construções paralisadas decorre da ausência de lançamento de dados nos sistemas informatizados federais, das modificações nos critérios de enquadramento como obra paralisada, e de sua conclusão.

Em 2018, o país tinha 38,4 mil obras, e 14,4 mil estavam interrompidas.

Por área e UF

Hoje, metade das obras paralisadas seriam aplicadas na área da educação, de acordo com o levantamento do TCU. São cerca de 4,4 mil empreendimentos.

Em seguida, estão saneamento (388 obras paralisadas); saúde (289); infraestrutura de transporte (277); agricultura (161); habitação (126); turismo (66); e defesa civil (25).

Já em relação à unidade federativa, Maranhão é o estado com mais obras paralisadas: 905. Na sequência, estão Bahia (807), Pará (671), Minas Gerais (657), Ceará (577) e Goiás (484).

O consulado da Suíça no Recife vai promover um encontro entre suíços e brasileiros para assistir ao jogo Brasil x Suíça, que será realizado nesta segunda-feira (28). A confraternização acontece em todas as Copas do Mundo e nesta edição será realizada no Rooftop Lounge Bar, localizado no Bairro do Recife Antigo, a partir das 12h.

Em homenagem à Copa do Mundo, o restaurante preparou um cardápio especial, que será servido no encontro. No menu “Belisquetes Copa do Mundo 2022”, os clientes vão encontrar pratos como: Brasil 70, Uruguai 89, México 69, Áustria 59, e Suíça139.

“Os participantes recebem uma camisa que dá direito a um cardápio diferenciado e a participação em sorteios de produtos suíços, como chocolates. Serão servidos pratos internacionais com preços diferenciados. O maior objetivo é fazermos uma confraternização”, diz o cônsul Rodolfo Fehr.

Mais informações sobre o evento e as reservas podem ser feitas pelo telefone (81) 998812814 (whatsApp). Conheça mais em @caisrooftop.

Depois de perder a disputa presidencial deste ano, Ciro Gomes saiu de cena. Comedido no apoio a Lula no segundo turno, o ex-candidato do PDT parabenizou o petista pela vitória, mas manteve a opção pelo silêncio.

Agora, Ciro tem dito a interlocutores que sua discrição tem prazo de validade. A intenção é ficar quieto nos primeiros 100 dias do novo governo e, depois, dar as caras novamente na cena política — por enquanto, ele afirma que ainda vai estudar qual postura adotará.

Apesar de ter sinalizado durante a campanha que não pretende concorrer novamente, discurso que no dia da eleição contou com uma sutil ressalva (“essas coisas sempre podem mudar”), Ciro indica aos correligionários que quer voltar a fazer política. Há, inclusive, quem aposte que ele tentará ser um antagonista de Lula para, assim, se credenciar para 2026. As informações são do colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles.

No PDT, aliados garantem que o ex-presidenciável tem apoio interno para retornar ao jogo.

Crise em família

Para além do próprio resultado nas eleições deste ano, políticos próximos de Ciro dizem que ele ainda está traumatizado com a crise que teve com os irmãos durante a campanha no Ceará. A família, como se sabe, rachou. Cid Gomes e Ivo Gomes não apoiaram o candidato de Ciro ao governo local, o pedetista Roberto Cláudio. Preferiram fechar com o candidato do PT, Elmano de Freitas, que saiu vitorioso.

O desarranjo no clã foi visto por Ciro como decisivo para uma derrota pessoal marcante neste ano: de todas as disputas presidenciais de que participou, esta foi a primeira vez em que ele perdeu em seu estado-natal, o que, segundo aliados, o deixou profundamente entristecido.

A 115 km de Maraial, que decidirá amanhã quem será o prefeito da cidade até 2024, o município de Tacaimbó, no Agreste, também terá eleições suplementares. Neste caso, um pleito inédito: esta será a primeira vez que uma eleição suplementar proporcional acontecerá em Pernambuco.

Com nove vereadores, a Câmara Municipal teve cinco representantes cassados após as eleições de 2020 por fraudes nas cotas de gênero. O dia da eleição, porém, ainda não foi definido, já que a decisão aprovada pelo TRE-PE no último dia 11 é passível de recurso e a data só pode ser decidida quando não houver mais pendências judiciais. As informações são do Diario de Pernambuco.

Duas candidatas do PT e uma do PSB se inscreveram no pleito daquele ano apenas para cumprir a cota destinada às candidaturas femininas dos respectivos partidos. Relator do caso, o desembargador eleitoral Adalberto de Oliveira Melo entendeu que as candidaturas eram, portanto, fictícias. 

Com isso, o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) considerou nulos todos os votos que foram dados aos candidatos eleitos dos dois partidos, resultando na cassação dos mandatos de dois vereadores do PSB (Edvaldo José de Macedo e Fagno José de França) e três do PT (Mardones dos Santos Quaresma, Givanildo João da Silva e Nadilson Nunes da Silva). 

Os outros quatro vereadores eleitos na cidade, cujas candidaturas não apresentaram irregularidades, também terão que enfrentar as urnas novamente, visto que a anulação atingiu mais da metade da votação proporcional.

Principais cotadas para cargos da área do Meio Ambiente no governo Lula, as ex-ministras Marina Silva e Izabella Teixeira vão representar o presidente eleito em mais uma conferência da ONU sobre o tema.

Entre os dias 5 e 17 de dezembro, Marina e Izabella representarão Lula durante a COP-15 da Biodiversidade. O evento acontecerá na cidade de Montreal, no Canadá. As informações são do colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

Segundo interlocutores das ex-ministras, a participação delas na conferência já estava acertada antes de elas serem anunciadas como integrantes da equipe de transição de Lula.

Marina, por exemplo, foi convidada pelo ministro do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do governo canadense, Steven Guilbeault, e pela subsecretária da ONU e diretora -executiva da COP, Inger Andersen.

Já Izabella foi convidada devido a sua contribuição às negociações que têm sido travadas sobre o tema da biodiversidade ao longo dos últimos anos, de acordo com interlocutores.

Com as ex-ministras já convidadas, Lula então as designou como suas representantes na conferência. Tanto Marina quanto Izabella já tinham acompanhado o presidente eleito na COP 27, no Egito.

A Prefeitura de Petrolina vem investindo um volume considerável de recursos na zona de expansão da cidade, em especial na Nova Petrolina. A intenção é que a área se torne cada vez mais atrativa e que esteja preparada para o crescimento populacional.

Buscando cumprir o seu papel para fortalecer as políticas públicas educacionais, a atual gestão, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes, está executando na localidade, a construção do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI). O espaço é um sonho antigo das mães que precisam acordar cedo para trabalhar e não têm com quem deixar seus filhos. As informações são do Blog Ponto de Vista.

Com um investimento de R$ 3 milhões, em convênio com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), as obras seguem aceleradas e vão permitir que as crianças, em idade escolar, não precisem se deslocar a bairros mais distantes para poder estudar. Para dar celeridade aos serviços, dezenas de profissionais trabalham diariamente para concluir o prédio, que já está com 75% de sua estrutura finalizada.

O equipamento terá capacidade para atender 376 alunos nos dois turnos, ou 188 crianças em tempo integral e contará com 10 salas de aula climatizadas com banheiros, fraldário, lactário, salas de amamentação e de reuniões, bloco administrativo, pátio coberto, espaços para horta, playground, refeitório, cozinha, copa e vestiário para funcionários.

A secretária executiva da Primeira Infância, Poliana de Castro, enfatiza que a educação de Petrolina tem sido tratada com muito respeito e compromisso pela gestão municipal, qualificando professores, construindo e melhorando estruturas, investindo em novas ações pedagógicas, além do apoio às famílias que vão trabalhar, sabendo que seus filhos estão sendo bem cuidados, em lugar seguro e favorável ao seu pleno desenvolvimento.

“O prefeito Simão Durando está priorizando na sua gestão, o desenvolvimento humano e preparando a cidade para o futuro. Desta forma, a nova creche vai garantir uma melhor formação educacional para as crianças, além de facilitar a inserção das mães no mercado de trabalho”, destacou Poliana.