Weintraub quer se candidatar a prefeito de SP e mira ataques em Tarcísio: ‘meu inimigo’

O campo conservador pode ficar congestionado na disputa pela Prefeitura de São Paulo na eleição de 2024. Ex-ministro da Educação no governo Bolsonaro, Abraham Weintraub (PMB-SP) deseja se candidatar ao cargo. “Se o partido me der o número, eu vou”, afirmou.

Weintraub reconhece que sua eventual candidatura vai brigar por votos com a do deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), que também foi ministro de Jair Bolsonaro (PL), mas não vê problemas neste cenário. A diferença entre os dois é que Weintraub rompeu com o ex-presidente, enquanto Salles tem recebido acenos de Bolsonaro e dos filhos. A bronca do ex-ministro da Educação é com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que caminha para apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB). As informações são do Estadão.

“O Tarcísio é meu inimigo. Ele é da patota do Temer, do Kassab e de tudo que é errado no país. Ele é Centrão na veia”, declarou Weintraub. “O Bolsonaro me enganou. O Lula nunca me enganou e o Tarcísio também não. Eu sempre soube quem eles eram”.

O Estadão entrou em contato com o governador, que não quis comentar. Tarcísio ainda não declarou oficialmente seu apoio a Nunes, mas o prefeito disse na quarta-feira (15) que o chefe do Executivo paulista já declarou, em conversas privadas, que o apoiará. Ambos demonstraram alinhamento durante a inauguração de um templo evangélico na zona Leste de São Paulo.

O governador foi criticado por Bolsonaro, seu principal aliado e cabo eleitoral, por ter feito gestos à esquerda e ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista à rádio Gaúcha, o ex-presidente disse que “não está tudo certo” na relação e que Tarcísio é “um baita gestor”, mas que politicamente escorrega.

Já Weintraub rompeu com o bolsonarismo no início do ano passado, já fora do Ministério da Educação, após criticar a aliança do ex-presidente com o Centrão. Em abril de 2022, ele renunciou ao cargo de diretor executivo do Banco Mundial, para o qual foi indicado por Bolsonaro, para disputar a eleição para deputado federal. Ele teve 4.057 votos e não conseguiu se eleger.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro comentou, neste sábado (23), o inquérito da Polícia Federal que apura uma tentativa de golpe após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, no qual foi indiciado. Em uma live no perfil do ex-ministro do Turismo de seu governo, Gilson Machado, o político ironizou as investigações, que chamou de “chifre em cabeça de cavalo” e afirmou que as prisões de militares esta semana foram injustas.

“Uma coisa absurda essa história do golpe. Vai dar golpe com um general da reserva e quatro oficiais superiores? Pelo amor de Deus. Quem estava coordenando isso? Cadê a tropa? Cadê as Forças Armadas? Não fique botando chifre em cabeça de cavalo. (…) Golpe agora não se dá mais com tanque agora, se dá com táxi. E parece que o sequestro não saiu porque não tinha táxi na hora. É uma piada essa PF do Alexandre de Moraes”, afirmou Bolsonaro, que está em São Miguel dos Milagres (AL) a convite do ex-ministro e andou pelas ruas da cidade neste sábado.

O ex-gestor público criticou ainda as prisões dos quatro militares nesta terça-feira, que estavam envolvidos na trama. Na terça-feira, foram presos o general da reserva Mário Fernandes, e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, integrantes dos “Kids pretos” — membros das Forças Especiais. Além dos militares, o policial federal Wladimir Matos Soares também foi detido.

Bolsonaro e outras 36 pessoas, a maioria militares, foram indiciados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa. Na live, ele também criticou a prisão de quatro militares envolvidos na mesma trama. 

“Esses que estão sendo presos injustamente agora, de forma preventiva, não encontra um só respaldo da lei que fala da preventiva para prender esses quatro oficiais”, disse o ex-presidente, que também tratou de outros temas na live, como a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, o jogo do Palmeiras contra o Atlético Goianiense e sua derrota nas urnas no Nordeste no último pleito.

Plano Golpista

Segundo investigação da PF, o plano de tomar o poder e manter Bolsonaro na presidência envolvia matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no fim de 2022.

O documento com o planejamento dos assassinatos, batizado de “Punhal verde amarelo”, foi impresso no Palácio do Planalto pelo então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, general Mário Fernandes, que foi preso e indiciado. A investigação aponta que, em 16 de dezembro de 2023, o militar fez seis cópias do arquivo, o que, para os investigadores, indica que seriam distribuídas em uma reunião.

Registros de entrada do Palácio da Alvorada do dia seguinte, 17 de dezembro, mostram que Mário Fernandes foi um dos visitantes da residência oficial da Presidência, onde Bolsonaro ficou recluso após perder as eleições para o presidente Lula. No mesmo dia, o ex-assessor especial Filipe Martins, que, segundo a delação de Cid foi um dos mentores de uma minuta golpista, também esteve no local no mesmo dia.

Os militares presos na terça-feira são chamados de “kids pretos”, porque integravam as Forças Especiais do Exército. A investigação da PF indica que os kids pretos utilizaram conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas durante os meses de novembro e dezembro de 2022.

A defesa do ex-presidente tem dito que Bolsonaro “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”. Na primeira manifestação após o indiciamento, Bolsonaro criticou Moraes em declaração ao portal Metrópoles. Em entrevista ao GLOBO há duas semanas, ele disse que houve debates sobre a decretação de um estado de sítio no país, mas afirmou que “não é crime discutir a Constituição”

Do O GLOBO

Jaboatão dos Guararapes - Matriculas 2025

Por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), a Caixa Econômica Federal demitiu, por justa causa, o ex-vice-presidente Antônio Carlos Ferreira de Sousa. Funcionário de carreira do banco, ele estava afastado do cargo desde julho de 2022, quando sugiram denúncias de assédio sexual e moral durante a presidência de Pedro Guimarães, que comandou o banco entre 2019 e 2022.

A CGU publicou nesta sexta-feira (22) a portaria do desligamento no Diário Oficial da União. Durante a gestão de Guimarães, Sousa foi vice-presidente de Estratégia de Pessoas e de Logística e Operações.

Além da demissão, o ex-vice-presidente está impedido de ocupar cargos comissionados ou funções de confiança no Poder Executivo Federal por 8 anos. Desde a divulgação das denúncias, Sousa estava afastado do cargo, mas continuava a trabalhar na Caixa.

Na época da divulgação das acusações de assédio moral e sexual por Pedro Guimarães, que pediu demissão em junho de 2022, a Caixa criou um canal interno de denúncias. Com base nos relatos recebidos no Contato Seguro da Caixa, o banco investigou os casos e constatou várias ocorrências de assédio por parte de Sousa.

Em nota, a Caixa afirma que não tolera nenhum tipo de assédio por parte de dirigentes ou empregados. O banco também informou ter começado a investigar os casos por meio da corregedoria interna e que o processo seguiu as regras de administração pública.

“Com a finalização das investigações feitas dentro dos ritos da governança, o banco enviou o relatório conclusivo à Controladoria-Geral da União (CGU) em outubro de 2023. O ex-dirigente já estava afastado do cargo desde julho de 2022. Com a ciência da decisão da CGU, a Caixa iniciará as providências devidas para o cumprimento”, informou a assessoria de imprensa do banco.

Histórico

Em junho de 2022, surgiram denúncias em série de casos de assédio sexual e moral durante a gestão de Pedro Guimarães na Caixa. Imediatamente após a divulgação dos relatos, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Trabalho passaram a investigar os casos. Além do então presidente, vice-presidentes e diretores foram acusados.

Guimarães pediu demissão no dia seguinte à publicação das denúncias, e outros vice-presidentes do banco renunciaram em seguida.

Desdobramentos

Em março de 2023, Guimarães virou réu por denúncias de assédio sexual e moral feitas por funcionárias da Caixa. A ação tramita sob sigilo, e a defesa do executivo nega as acusações.

Em uma outra ação, movida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, a Caixa foi condenada a pagar R$ 3,5 milhões de indenização por um evento no interior de São Paulo em que Guimarães obrigou funcionários a fazer flexões em estilo militar.

Acordos

Em abril do ano passado, a Caixa fechou um acordo com o Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal para pagar uma indenização de R$ 10 milhões para encerrar a denúncia das funcionárias. Em janeiro deste ano, o banco assinou um termo de ajuste de conduta (TAC), que concedeu vantagens em processos internos de seleção a funcionários que sofreram perseguição na gestão de Guimarães.

O banco foi condenado em outros processos em São Paulo, no Amazonas e no Distrito Federal. Somadas as condenações e os TAC, o banco até agora desembolsou cerca de R$ 14 milhões em indenizações, que poderiam ser mais altas se não houvesse acordo. Sem eles, a instituição financeira teria de pagar multa de até R$ 300 milhões. No ano passado, a Caixa informou que cobraria de Pedro Guimarães, na Justiça, o dinheiro das indenizações.

Em março deste ano, a Comissão de Ética da Presidência da República aplicou uma “censura ética” a Guimarães. Aplicada a autoridades que deixaram o cargo, a penalidade prevê apenas advertência. A ação contra Guimarães na Justiça Federal ainda está na fase de audiências.

Da Agência Brasil

Petrolina - Testemunhal

O Decreto nº 116/2024, assinado pelo prefeito Yves Ribeiro para impor cortes na folha de pagamento da Prefeitura de Paulista, vem sendo rechaçado pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Paulista (Sinsempa). A categoria ingressou com uma ação judicial em desfavor da medida, que tem data retroativa a 1º de novembro e inclui redução de 50% nas gratificações, demissões de estagiários e exonerações em massa. 

Os servidores destacam que o decreto foi emitido de forma ilegal. “Infelizmente, mais uma notícia ruim. Fomos pegos de surpresa com o decreto que faz a supressão de 50% nas gratificações. Esse decreto já fere a Lei Eleitoral nº 9.504/97, onde fala que é vedada a supressão de vantagens de qualquer natureza pagas a servidores públicos três meses antes da eleição e até a posse dos eleitos”, analisou a presidente do Sinsempa, Jucineide Lira. 

Jucineide questionou a atitude tomada por Yves e prometeu que o sindicato acionará a Justiça. “Esse direito foi garantido através de Lei. Como é que a Prefeitura faz um decreto para derrubar a lei? Essas gratificações foram constituídas. Agora, no final do governo, eles querem dar esse presente de grego para os servidores, mas estamos atentos e vamos, sempre que necessário bater as portas do Judiciário para garantir o direito dos servidores públicos municipais em Paulista”, comentou a presidente.

Conheça Petrolina

O ex-presidente Jair Bolsonaro chamou o inquérito que apura um plano de golpe para mantê-lo no poder de “historinha”. Segundo ele, a investigação é uma “narrativa inventada” pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) com a Polícia Federal (PF).

“Não acredito nessa historinha de golpe. Golpe em que ninguém viu um soldado sequer na rua. Um tiro. Ninguém sendo preso. Alexandre de Moraes fica inventando narrativa com a Polícia Federal bastante criativa”, disse em conversa com apoiadores em Alagoas neste sábado (23).

A PF indiciou Bolsonaro e mais 36 pessoas por supostamente tramar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre Moraes. O relatório aponta crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

“O que eles estão fazendo agora com essa historinha de golpe. Iam sequestrar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes para que? E depois envenenar? Vai plantar batata onde você bem entender. Pelo amor de deus. Deixa de perseguir as pessoas por interesse pessoal”, declarou Bolsonaro.

Sobre o 8 de Janeiro, o ex-presidente afirmou que os investigados pelos atos “são pobres coitados, inocentes, chefes de famílias, que não têm culpa de nada”. Segundo ele, uma minoria invadiu e entrou na Câmara, Senado e Supremo.

Militares

Bolsonaro afirmou ainda que o pacote de corte de gastos do governo federal envolvendo o Ministério da Defesa é uma forma do governo Lula “culpar” as Forças Armadas pela suposta tentativa de golpe de Estado.

“O governo está indo para cima dos militares para tirar mais dinheiro da previdência deles. No tocante aos projetos estratégicos, foram congelados. Eles querem culpar as forças armadas e a mim a tentativa de golpe, como se Lula fosse defensor da democracia”, disse Bolsonaro.

A equipe econômica do governo Lula tem discutido medidas para conter as despesas para manter a viabilidade das regras fiscais e equilibrar as contas públicas.

Na proposta, o governo prevê alterações nos gastos com a aposentadoria dos militares. Ainda está em fase de ajustes a progressão de carreira dos militares, que ocorre em cadeia.

Da CNN

Por Antônio Lavareda*

No mundo atual, há perto de cem milhões de pessoas privadas da memória, por doenças, que a neurofisiologia apurou, destruíram suas conexões mentais, suas sinapses, deixando seus neurônios perdidos num emaranhado de proteínas betaamilóides, que lenta e inexoravelmente apagaram a identidade dos indivíduos e lhes roubaram a condição de sujeitos do seu destino. Apesar dos bilhões de dólares investidos, as farmacêuticas ainda não conseguiram oferecer ao mundo um remédio comprovadamente eficaz, uma cura para esse mal que se alastra.

Nos últimos anos, a medicina tem apostado suas fichas na prevenção, com destaque para o exercício sistemático da memória. Exercitá-la, a ciência concluiu, é o melhor caminho para não perdê-la.

Essa placa, senhoras e senhores, outra coisa não é senão um sinal, um sinal forte, como se fora uma bandeira, um painel luminoso, uma sirene de alerta. Um estímulo significativo, um convite insistente para a coletividade dessa Casa, para todos que por aqui passam e passarão, para fazerem, de quando em quando, um exercício de memória. Um outro tipo de memória. Memória coletiva, dos que viveram, e dos que vieram e aprenderam, e dos que virão depois.

Os nossos nomes inscritos nela – o sofrimento de Eneida, de Marcelo, Marlene, Leonardo, dos Josés , e tantos mais – servem apenas para simbolizar, com a especificidade do tempo e do lugar, as feridas produzidas pelo arbítrio. Representam os muitos outros brasileiros vitimados pelo regime discricionário em que o país foi mergulhado a partir de abril de 1964. Foram pelo menos 20 mil sequestrados, presos, torturados. Foram mais de dois mil exilados e banidos. Foram mais de quatro centenas de mortos e desaparecidos. Foi toda uma geração censurada e amordaçada.

Um país posto à deriva por duas décadas, para ao final ser devolvido à vida democrática apenas quando sua economia estava em frangalhos, com inflação que ultrapassava 200% ao ano, endividado com FMI e mais 750 bancos internacionais, e com seu último governo desmoralizado por não cumprir os sucessivos acordos de renegociação da dívida externa. Só então, nesse estado falimentar, quando até o empresariado que a apoiava tinha desistido dela, a Ditadura cedeu à pressão da sociedade.

Esse período, dos mais lúgubres da nossa história, não pode cair no esquecimento. Temos assistido nos últimos anos a emergência de uma ultra direita populista vigorosa, o que não é diferente de muitos outros países do mundo. Na América do Sul se multiplicam os exemplos. Mas aqui há uma singularidade que salta aos olhos. Essa vertente extremista traz no cerne a nostalgia do regime militar, e na sua galeria de heróis conhecidos torturadores. Isso explica, em boa medida, os discursos de ódio nas redes sociais, a violência explícita no 8 de janeiro, tentativas e planos de golpe prevendo a eliminação física de autoridades da República.

E o que tornou essa nostalgia possível? A resposta é simples. A transição para a democracia que tivemos, diferente de outras nações do continente, excluiu a responsabilização e o julgamento dos responsáveis pelo período de arbítrio, permitindo aos radicais de hoje reelaborarem como fábula dourada para seus seguidores a narrativa de um período sombrio.

Exatamente por isso, as incertezas que nos afligem hoje, mais que recomendar, elas exigem que esse passado seja revisitado. Que os mais jovens voltem para ele sua curiosidade e seu senso crítico. Que pesquisem, que analisem, que extraíam suas conclusões. E que as compartilhem com as outras gerações. Entre as conclusões , com certeza, estará o repúdio da maioria a qualquer projeto que pretenda, mesmo que disfarçadamente, repeti-lo. Essa placa contribuirá para isso.

Exercitar a memória coletiva é a chave para não perdê-la. Providência essencial no Brasil atual, porque, caso isso venha a ocorrer, aumentará muito, tal como acontece tristemente com os indivíduos, a chance da nossa sociedade civil ver arrebatada de si a condição de senhora do seu destino.

*Cientista político e advogado

Por Andreza Matais*

Os ministros Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo) defenderam, à coluna, o apoio do União Brasil à reeleição do presidente Lula em 2026, em detrimento da candidatura própria do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, aumentando o racha na sigla.

O ministro Sabino reforçou a defesa de que o debate deve ser antecipado. “Concordo com o Elmar”, afirmou. 

O líder do União Brasil na Câmara, o deputado Elmar Nascimento (BA) defendeu, em entrevista à coluna, que o partido decida já no início do próximo ano, quando o governo entra na metade do mandato, qual rumo tomar.

Na avaliação do deputado, o partido não pode construir uma candidatura adversária à de Lula “por dentro do governo”, o que seria uma “traição” ao petista. Nesse sentido, adverte que, se vencer a tese da candidatura própria, o União Brasil tem que entregar os três ministérios.

O ministro Juscelino Filho também afirma que vai defender dentro do partido o apoio ao petista, mas ponderou que o debate deve ser feito “no momento adequado”.

“Sempre fui claro em relação ao meu apoio à reeleição do presidente Lula. Essa é a minha posição pessoal e que defendo dentro do partido. O governador Caiado é um grande quadro político e tem todos os atributos para almejar qualquer cargo. Por isso, o assunto precisa e deve ser debatido dentro do União Brasil no momento adequado”, disse Juscelino.

Além do Turismo e das Comunicações, o Ministério da Integração Nacional também é da cota do União, embora o ministro não seja filiado ao partido. Também indicou para cargos no segundo escalão. Elmar, por exemplo, tem a presidência da Codevasf, um duto de distribuição de recursos para políticos do Norte-Nordeste.

Elmar afirma que há maioria para descartar a candidatura de Caiado ao citar os ministros e seus padrinhos e relacionar o apoio aos cargos.

O governador diz que “é impossível” o União Brasil seguir com Lula em 2026 e que irá lançar sua pré-candidatura no Carnaval, em Salvador. “Impossível é ele ser candidato”, rebate o deputado.

À coluna, o presidente do União, Antônio Rueda, disse que está voltando do exterior para o Brasil e irá resolver o racha.

*Colunista do UOL

O deputado estadual Júnior Matuto (PSB) criticou o Decreto nº 116/2024, assinado pelo prefeito Yves Ribeiro, que impõe cortes na folha de pagamento da Prefeitura de Paulista. A medida, que inclui redução de 50% nas gratificações, demissões de estagiários e exonerações em massa, já começa a impactar os servidores do município, gerando preocupação e revolta, especialmente às vésperas do Natal.

“É inaceitável que a atual gestão penalize os servidores dessa forma, ainda mais em um período tão delicado como o final de ano. Esse é um triste presente de Natal para trabalhadores que dedicaram seu esforço ao município e agora estão sendo tratados com total descaso”, afirmou Júnior Matuto . O decreto foi justificado pela crise financeira e o descumprimento do limite de gastos com pessoal apontado pelo Tribunal de Contas do Estado.

Ex-prefeito, Matuto destacou que entregou o município financeiramente organizado ao final de sua gestão, com recursos em caixa para garantir a continuidade dos serviços e a valorização dos servidores. “Deixamos a casa em ordem, e agora vemos uma gestão sem planejamento, que falha em resolver os problemas e recorre a cortes que penalizam as famílias de quem mais trabalha por Paulista”, disse.

Preocupado com os impactos da medida, o parlamentar anunciou que sua equipe já está analisando o decreto e o cenário financeiro do município. Afirmou também que entrará em contato com as autoridades competentes para discutir alternativas que possam amenizar os efeitos das decisões tomadas pela atual gestão. “Como deputado estadual e cidadão comprometido com Paulista, não vou me omitir. Nossa equipe está debruçada sobre o assunto e, nos próximos dias, vamos cobrar explicações e soluções junto aos órgãos responsáveis”, assegurou.

Matuto também criticou o cenário que se desenha para a gestão de Ramos, sucessor de Yves Ribeiro, apontando que a continuidade dessa linha de administração pode trazer ainda mais prejuízos ao povo do Paulista. “A população do Paulista precisa de uma gestão comprometida, que olhe para as pessoas e respeite os trabalhadores. O que estão fazendo é inaceitável e pode deixar marcas profundas para o futuro do município”, concluiu.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que estabelece diretrizes para prevenir e combater abusos sexuais contra crianças e adolescentes em ambientes esportivos educacionais (Lei 15.032/24). O texto está disponível na edição desta sexta-feira (22) do Diário Oficial da União (DOU) e entra em vigor daqui a seis meses.

A lei torna obrigatória a capacitação contínua dos profissionais que trabalham com o treinamento esportivo de menores de idade, com o objetivo de prepará-los para identificar e responder a situações de abuso e exploração sexual. Também incentiva a participação da comunidade escolar, das famílias e dos órgãos de proteção a crianças e adolescentes na construção de um ambiente mais seguro para os estudantes.

A lei condiciona o recebimento de recursos públicos por entidades esportivas à adoção de diversas medidas para proteger crianças e adolescentes contra os abusos e as violências sexuais cometidas no esporte. Entre os compromissos que deverão ser adotados estão :

  • Qualificação dos profissionais;
  • Apoio a campanhas educativas que alertem para os riscos da exploração sexual e do trabalho infantil;
  • Registro de escolas de formação de atletas nos conselhos municipais e distrital dos Direitos da Criança e do Adolescente;
  • Esclarecimento aos pais acerca das condições a que são submetidos os alunos dessas escolas;
  • Providências para prevenção contra os tráficos interno e externo de atletas
  • Instituição de ouvidoria para denúncias; e
  • Prestação de contas anual sobre cumprimento dessas medidas.

O projeto que deu origem à lei PL 9622/18, da deputada Erika Kokay (PT-DF)  foi aprovado pela Câmara em 2022 e pelo Senado em outubro deste ano.

A Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 6249/19, que isenta do Imposto Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) os rendimentos recebidos por mulheres rendeiras.

O texto também obriga a administração pública a apoiar, diretamente ou por meio de incentivos, a construção de sedes próprias de associações de mulheres rendeiras voltadas a ensinar a adolescentes e jovens a arte e o ofício da renda.

Segundo o projeto, dos deputados José Guimarães (PT-CE) e Rosa Neide (PT-MT), União, estados e municípios terão prazo de 180 dias para regulamentar a prestação de assistência técnica às atividades desenvolvidas por mulheres rendeiras e a concessão de estímulos à comercialização de seus produtos.

O poder público também deverá promover campanhas de estímulo à valorização, preservação e perpetuação do ofício da renda e sua produção.

O texto também determina que, ao menos uma vez ao ano, os poderes públicos municipais promovam a comercialização da produção das rendeiras em outros municípios e estados.

Segundo o relator, deputado Eriberto Medeiros (PSB-PE), a proposta oferece vários mecanismos bem planejados para a promoção produtiva das mulheres rendeiras, como a promoção de feiras em localidades diversas da região produtora. “O oferecimento de feiras ou outros eventos em que as mulheres rendeiras possam expor seus produtos à venda é de grande valia, tanto para a venda direta quanto pela possibilidade de contatos com potenciais varejistas”, disse.

Medeiros também disse que a isenção de tributos pode incentivar grandes lojas varejistas porque o valor do produto artesanal, com a vantagem tributária, ficaria competitivo com o das mercadorias têxteis produzidas em larga escala.

Próximos passos

O projeto será analisado agora, em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado.

A batucada vai ser grande, nesse sábado (23), no Parque Santana, na Zona Norte do Recife. É que à tarde acontece a primeira edição do Festival de Samba do Recife. O Santana vem se revelando um excelente local para eventos musicais, principalmente nesse clima de verão. Abrigou, esse ano, o Festival de Jazz, que foi um sucesso. Muita gente, clima de piquenique com as pessoas curtindo o som em família, em toalhas e cangas sobre os gramados, lua cheia, orquestras no palco ou circulando na multidão, tudo lindo. Esperamos que hoje o clima gostoso, alegre e descontraído se repita.

“O Parque Santana, um dos espaços mais bonitos que a cidade tem, será o palco desse grande encontro, oferecendo uma experiência singular e especial para quem aprecia a energia vibrante do samba”, destaca o secretário de Turismo e Lazer do Recife, Antonio Coelho (o festival é uma realização da Prefeitura do Recife, com organização da Secretaria de Turismo e Lazer). A festa começa às 16h com  com a apresentação do DJ 440, que abrirá o evento com um setlist de samba contemporâneo e um vasto repertório musical.

Em seguida, às 17h, é a vez das Sambadeiras animar o público. Primeira bateria feminina de samba de Olinda, o grupo promete entregar muita alegria e muito samba, contagiando os participantes. Às 18h, a Orquestra Recife de Bambas leva seus batuques e tamborins ao palco do Parque Santana, com um repertório clássico de sambas e a participação especial de grandes nomes da cena local, como Helena Cristina, Martins, Nega do Babado e Dinah Santos. A performance dessa orquestra promete um espetáculo repleto de ritmo e energia. Na sequência, o DJ 440 faz uma nova apresentação, às 19h30, para esquentar o público. Sambista de renome nacional, a cantora Gerlane Lops sobe ao palco do festival às 20h e promete ser o ponto alto do evento.

A artista vai abrilhantar o evento com seu talento e energia contagiante, levando ao público uma mistura de clássicos e interpretações do gênero, celebrando o samba de todos os tempos. A mistura de samba ao vivo, dança e muita animação ganha um tom a mais com a apresentação da Gigante do Samba às 21h. A escola de samba é conhecida por levar ao seu show os maiores sucessos desse ritmo musical.  O Festival de Samba do Recife contará, ainda, com a Feira Criativa Crabolando, que oferecerá aos visitantes produtos de artesanato local, com variadas marcas e segmentos de empreendedores locais. O espaço também vai contar com opções gastronômicas.

PROGRAMAÇÃO

16h – DJ 440

17h – Sambadeiras

18h – Orquestra Recife de Bambas, com Helena Cristina, Martins, Nega do Babado, Dinah Santos

19h30 – DJ 440

20h – Gerlane Lops

21h – Escola de samba Gigante do Samba

Dos 37 acordos firmados entre Brasil e China por ocasião da visita oficial do presidente chinês Xi Jinping ao país na última quarta-feira (20), seis estão diretamente ligados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e outros mantêm relação com o setor, no entanto, o impacto das reuniões sino-brasileiras nos últimos dias vão além dos protocolos assinados no período.

Junto à Administração Geral de Aduana da China (GACC), o Mapa assinou quatro protocolos de requisitos fitossanitários que representam a abertura do mercado chinês para uvas frescas, gergelim, sorgo e farinha de peixe, óleo de peixe e outras proteínas e gorduras derivadas de pescado para alimentação animal. Os novos mercados se somam ao mercado aberto em junho deste ano, quando a China aprovou os requisitos sanitários para a importação de noz-pecã brasileira. O potencial comercial pode chegar a US$ 500 milhões por ano.

Mais que possibilitar o acesso de uma pauta diversificada de produtos brasileiros, cultivados em diferentes regiões do país, a um mercado de mais de 1,4 bilhão de habitantes, a abertura desses mercados estimula a produção agropecuária do país com potencial de alavancar o Brasil à primeira posição de exportador mundial, a exemplo do que aconteceu neste ano, quando o país ultrapassou os Estados Unidos na comercialização de algodão no mundo.

Além disso, merece destaque o acordo articulado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) com a cafeteria chinesa Luckin Coffee, na última terça-feira (19), para a compra de 240 mil toneladas de café brasileiro de 2025 a 2029, num contrato estimado em U$ 2,5 bilhões.

A iniciativa é fruto das reuniões realizadas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro e o presidente da Apex, Jorge Viana, na China, em junho deste ano, durante as reuniões da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban). Na ocasião, foi fechado o primeiro acordo com a cafeteria para a comercialização de 120 mil toneladas de café a US$ 500 milhões.

Somente este contrato representa mais de seis vezes o valor do café exportado para a China em 2022, que foi de US$ 80 milhões.

Também foram firmados, durante a visita oficial do presidente chinês, o Memorando de Entendimento para o intercâmbio e colaboração sobre tecnologia e regulação de pesticidas entre o Mapa e o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China e a Carta de Intenções com a Administração Estatal de Regulação de Mercados (SAMR) chinesa para promoção da cooperação técnica, científica e comercial no setor agrícola.

Para a promoção da agropecuária brasileira, ainda foi assinado o Memorando de Entendimento entre o Grupo de Mídia da China (CMG) e a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil.

Desde o início da gestão, o ministro Carlos Fávaro realizou duas missões ministeriais na China e o país asiático é o único que conta com dois postos de adidos agrícolas.

A boa relação fez o país saltar na habilitação de frigoríficos. Foram reabilitadas as exportações para a China 11 plantas e o Brasil conquistou mais 38 habilitações. O mercado chinês é o principal comprador da carne bovina in natura, sendo destino de 51,6% das exportações do produto brasileiro.

Resultado da retomada da boa relação diplomática entre os países, sob o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a já consolidada posição da China como principal parceiro comercial da agropecuária brasileira, ganhou um salto. Em 2023, as exportações dos produtos agrícolas brasileiros com destino ao mercado chinês atingiram recorde, somando US$ 60,24 bilhões em 2023. A cifra representa um aumento de US$ 9,53 bilhões em relação ao ano anterior.

O Prefeito de Itapissuma, Zé de Irmã Têca (PSD), recebeu na tarde da quinta (21), das mãos da governadora Raquel Lyra, o Prêmio do Índice da Educação Básica de Pernambuco (IDEPE), como o município que obteve os melhores resultados na educação pública da Região Metropolitana do Recife.

O prefeito destacou que essa premiação chega à cidade de Itapissuma para engrandecer todo o trabalho dos profissionais que estão à frente da educação municipal. “Esse prêmio vem justamente enaltecer todo o trabalho da nossa gestão e da dedicação dos nossos professores. Parabéns a todos por mais essa conquista”, comemorou o prefeito.

Divulgado anualmente, o Prêmio IDEPE existe desde 2017 e tem o objetivo de orientar a formulação de políticas públicas e a alocação de recursos, a fim de promover ações que reduzam as desigualdades regionais no acesso à educação de qualidade e melhorem igualmente os índices de ensino e aprendizagem nas escolas públicas de todo o Estado.

Itapissuma recebeu o Prêmio IDEPE pelo crescimento em 25,9% na Rede Municipal nas turmas do 5° ano do Ensino Fundamental e 35,9% com as turmas do 9° ano do Ensino Fundamental, o maior crescimento da RMR.

Hoje, com os dados da Secretaria de Educação e Esportes do Estado de Pernambuco, Itapissuma encontra-se na 12ª colocação estadual, dos 184 municípios e, 1º lugar na Região metropolitana.

O IDEPE abrange toda a rede pública de ensino do estado de Pernambuco, nas etapas do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio. Na edição de 2023, foram avaliados 339.074 estudantes matriculados em turmas do 5º e 9º anos do Fundamental e 3º ano do Médio, em 3.280 escolas. Destas, 2.413 das redes municipais e 867 da rede estadual.

A análise desses dados permite avaliar se as políticas públicas para a Educação estão cumprindo seu papel social, como também verificar a inserção de outras estratégias para melhoria contínua para garantia do padrão de qualidade.