O destino de uma mulher é ser mulher, disse tudo, numa só frase, a fantástica e imortal Clarice Lispector. Ser mulher é ser dona do seu destino. Minha Nayla, por quem homenageio todas as mulheres pelo seu dia hoje, é assim. Para mim, cumpre com perfeição e maestria o destino de ser mulher, traçado em sua vida pelas mãos de Deus.
Sabe jogar com todas as situações. Sabe driblar os problemas, defender, ser juíza da própria vida. Revela a sua força na beleza dos seus gestos e na grandiosidade dos seus atos como mãe, esposa, filha e bióloga por dever de ofício. É minha grande, constante e fluorescente inspiração. Olho nos seus olhos e vejo Cora Coralina, uma das mulheres mais admiráveis do mundo.
A quem recorro nos momentos em que busco um lampejo para compreensão do ser mulher. E lá me deparo ela dizendo assim: “Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida, e não desistir da luta, recomeçar na derrota, renunciar a palavras e pensamentos negativos. Acreditar nos valores humanos e ser otimista”.
Leia maisComo Cora, minha Nayla é aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores. Ela é meu chão, minha vida. Como se do barro, feito uma artesã, me moldasse. E me molda todos os dias, com puxões de orelha, gritos de advertências, admoestações e lições de sabedoria.
Dela, vem o amor, a árvore da vida, a fonte de água cristalina que mata a minha sede. Nayla é leve e sua leveza é uma forma de resistência. Até seu silêncio é poderoso! E quando rompe, sai a voz de uma mulher com a coragem de ser a mulher que ela é.
Dentro dela há uma força pronta para conquistar o impossível e criar o extraordinário. Ela cria seus caminhos, com graça e coragem. Eu apenas enveredo por eles, porque sei que não terá pedras, mas flores. Nayla não precisa de permissão para brilhar. Ela é o próprio sol.
Neste Dia Internacional da Mulher, dou um viva a todas elas! E para elas, digo: sou um homem de sorte. Tenho uma mulher que sabe ter mais esperança nos seus passos do que tristeza nos seus ombros. Procura suportar todos os dias sua própria personalidade renovada, despencando dentro dela tudo que é velho e morto.
Para minha Nayla, como Cora Coralina, o que vale na vida não é o ponto de partida, mas a caminhada. Matriculou-se na escola da vida, onde o mestre é o tempo.
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