Seja quem for o novo ministro da Justiça, uma coisa é certa. Não haverá troca no comando da Polícia Federal. Andrei Rodrigues é uma escolha pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se aproximou de Flávio Dino nestes meses de trabalho em conjunto. Conta também com o apoio da primeira-dama, Rosangela Silva, a Janja.
Assessores de Lula no Palácio do Planalto dizem que o presidente só vai definir o futuro ministro da Justiça na sua volta do seu giro internacional, no dia 6 de dezembro. Até lá, ele vai avaliar os nomes que estão cotados para substituir Flávio Dino, mas já avisou sua equipe que Andrei Rodrigues seguirá à frente da Polícia Federal. As informações são do Blog do Valdo Cruz, no G1.
Leia maisRodrigues cuidou da segurança de Lula durante a campanha presidencial de 2022 e conquistou a confiança do presidente, tanto que foi escolhido por ele próprio para comandar a Polícia Federal, com autonomia para montar sua equipe. O presidente tem feito elogios sobre o desempenho da PF ele no comando.
Enquanto Lula analisa nomes, Flávio Dino deve ficar no cargo até a sua sabatina no Senado, marcada para o dia 13 de dezembro. Nesse período, Dino fará visitas a seus colegas no Senado para conquistar o apoio necessário para sua aprovação.
O Palácio do Planalto acredita que tem pelo menos os 41 votos para a aprovação de Dino, mas quer chegar a um placar na casa dos 50 votos.
Lula já orientou líderes e ministros palacianos a trabalharem pela aprovação do ministro, nome de sua confiança para ocupar a segunda vaga aberta durante o terceiro mandato do petista.
Preteridos na escolha do novo ministro do STF, os petistas ficaram insatisfeitos com a indicação de Dino. Defendiam o nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, e agora vão trabalhar para ganhar o comando do Ministério da Justiça.
Entre os petistas, os nomes citados são o do advogado Marco Aurélio de Carvalho, o do ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Vinicius Marques, e o do ministro da AGU, Jorge Messias.
Há uma possibilidade de a escolhida ser a ministra Simone Tebet. Flavio Dino vinha defendendo em público e em conversas com Lula que estava na hora de o Ministério da Justiça ser comandado por uma mulher. Em 201 anos, a pasta sempre foi chefiada por homens.
Além disso, o MDB já comandou a área em outros governos, inclusive do petista, e poderia voltar a ocupá-la. Outro fator que pode pesar é o fato de a legenda ter 11 senadores e peso na votação do futuro ministro do STF.
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