O papel estratégico da Transnordestina para o desenvolvimento econômico de Pernambuco foi o principal tema da quinta edição do seminário “Conexões Transnordestina – A ferrovia que mudará Pernambuco”, realizada nesta quinta-feira (15) em Caruaru. O evento, promovido pela Sudene em parceria com o portal Movimento Econômico, reuniu lideranças políticas, empresariais e representantes do setor produtivo do Agreste para discutir os impactos e as oportunidades do ramal ferroviário que vai ligar Salgueiro ao Porto de Suape.
O superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, reafirmou o compromisso do Governo Federal com a execução da obra e destacou o impacto que a ferrovia terá na integração regional. “A Transnordestina até Suape é estratégica para Pernambuco e para o Nordeste, pois poderá interligar os portos da região e promover o desenvolvimento”, afirmou. Ele adiantou que o edital de licitação do trecho pernambucano, sob responsabilidade da Infra S.A., será lançado nas próximas semanas, com início previsto entre Custódia e Arcoverde. Alexandre também mencionou o estudo em andamento sobre a viabilidade do transporte ferroviário de passageiros, ressaltando que o projeto “precisa ser sonhado coletivamente para se tornar realidade”.
Entre os participantes do encontro, o economista Wamberto Barbosa, do Núcleo de Gestão da Cadeia Têxtil e de Confecções, avaliou que a ferrovia pode impulsionar a indústria regional. “A Transnordestina poderá não apenas escoar a produção, mas também verticalizar o setor têxtil e atrair novas indústrias para o estado”, destacou. Já a conselheira da Associação Comercial de Caruaru, Ivânia Barbosa, defendeu que “a pressão política e o envolvimento da sociedade são essenciais para garantir a conclusão da obra”. A Sudene estima que o ramal pernambucano seja concluído até 2030, consolidando a ferrovia como eixo logístico e vetor de integração produtiva no Nordeste.