O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) suspendeu a decisão que afastava Léo do AR da presidência da Câmara Municipal de Gravatá e anulou a determinação para novas eleições. O relator do caso, desembargador Paulo Augusto, destacou que a sentença de primeira instância contrariava entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) e continha erros ao considerar válida a eleição de 17 de março de 2021, realizada com base em liminar posteriormente revogada.
A defesa de Léo do AR, composta pelos advogados François Cabral e Luís Gallindo, sustentou que a eleição legítima foi a de 1º de janeiro de 2021, o que, segundo o TJPE, garante que o atual presidente da Câmara teve apenas um mandato após o marco temporal fixado pelo STF, estando apto a disputar a presidência para o biênio 2025/2026. Com isso, a Corte garantiu a permanência de Léo no cargo e reconheceu a legalidade de sua eleição.
De Salgueiro, onde participa do congresso da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), Léo do AR celebrou a decisão. “Sempre confiei na Justiça. Essa vitória é do povo de Gravatá e dos 14 vereadores que me elegeram”, afirmou.
Lula endurece discurso sobre segurança pública: “lugar de bandido não é na rua”
Por Larissa Rodrigues Repórter do blog
De olho em 2026, o presidente Lula (PT) começou a mudar o discurso relacionado à segurança pública. “A gente não vai permitir que a República de ladrões de celular comece a assustar as pessoas nas ruas deste país”, afirmou o petista, na última semana, durante a inauguração de um hospital universitário, no Ceará.
Na mesma ocasião, Lula também disse que “lugar de bandido não é na rua assaltando, assustando as pessoas e matando pessoas”. A declaração não é (e está bem longe de ser) algo como o mantra da extrema direita brasileira, que sempre defendeu que “bandido bom é bandido morto”. Mas as novas falas de Lula sinalizam para a busca de uma parcela do eleitorado mais conservadora.
Em 2022, uma fake news circulou durante a campanha e distorceu uma fala antiga de Lula sobre roubos de celulares. Essa mentira é usada até hoje pela oposição contra Lula, como se ele tivesse relativizado os assaltos. A verdade é que, durante uma entrevista para uma rádio em Pernambuco, em agosto de 2017, o petista relacionou o aumento da violência no Estado à desesperança.
“É uma coisa que está intimamente ligada, ou seja, o cidadão teve acesso a um bem material, a uma casinha, a um emprego e, de repente, o cara perde tudo. Então, vira uma indústria de roubar celular. Para que rouba celular? Para vender, para ganhar um dinheirinho. Eu penso que essa violência que está em Pernambuco é causada pela desesperança”, declarou Lula, naquele ano.
Como falava para o público pernambucano, na mesma entrevista o presidente defendeu o fim do ódio no Brasil, exemplificando com as torcidas dos times locais. “O ódio está disseminado no país. É preciso distensionar, para a sociedade perceber que a torcida do Santa Cruz e do Sport não são inimigas, são adversárias durante o jogo. Depois vão para o bar tomar uma cerveja juntas”, defendeu Lula.
Os adversários do petista, de forma mal-intencionada, manipularam as falas e disseminaram durante a campanha de 2022 que o presidente, então candidato, havia afirmado que os ladrões de celular no Brasil “roubam para tomar uma cervejinha”, o que jamais saiu da boca de Lula, mas boa parte dos eleitores bolsonaristas até hoje acredita que seja uma ideia defendida por ele.
PARA ALGUNS, LULA DEFENDE BANDIDO – Mesmo não tendo nunca minimizado o roubo de celular no Brasil, uma parte da população acredita que Lula “defende bandido” e relativiza a violência, porque a esquerda sempre se referiu a esse tema com olhar social, aprofundando o debate sem excluir as questões da desigualdade. O tema segurança pública acabou capturado pela extrema direita, ao longo dos anos. Com os índices de popularidade em baixa, num ano estratégico como 2025, o presidente sentiu a necessidade de endurecer o discurso e tentar se conectar com essa parcela do eleitorado mais à direita, que exige mais rigor no combate à violência.
PEC da Segurança – Para neutralizar o campo opositor e avançar no eleitorado mais conservador, foi preciso, além de endurecer o discurso, apresentar soluções. Por isso, o presidente tem defendido a PEC da Segurança. A proposta será enviada ao Congresso Nacional este ano com mudanças na política de segurança pública do país e pretende constitucionalizar o sistema. O governo argumenta que a PEC é uma forma de aumentar a participação da União na área, combater o crime organizado e integrar as polícias do país. Uma das alterações determina que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) passará a fazer o policiamento ostensivo em rodovias, ferrovias e hidrovias federais.
Lula tem pressa – O endurecimento das falas sobre segurança pública reflete a pressa do presidente Lula para recuperar a popularidade, porque é urgente a necessidade de segurar os partidos de centro na base aliada. O fato é que as legendas, assim como o PT, também já olham para 2026, e algumas levantam a possibilidade de ter candidaturas próprias. Se Lula continuar com a popularidade em queda, as siglas podem começar a desembarcar da gestão e dar início às articulações de outros nomes para 2026.
Humberto diferente de Gleisi – Presidente interino do PT, o senador Humberto Costa (PE) afirmou que deve assumir um perfil “um pouco diferente” do que o da ex-presidente da legenda e atual ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. “Cada pessoa tem o seu estilo. Acho que a ministra Gleisi realmente é muito firme nas suas colocações. Foi muito forte em cada tema da conjuntura e nós vamos tentar seguir esses passos, mas naturalmente com um estilo talvez um pouco diferente. Mas o PT não deixará de ter uma postura firme, combativa e de apoio ao governo Lula”, declarou.
Sem anistia – Metade (51%) dos brasileiros declara ser contra anistiar os presos pelo vandalismo em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Outros 37% defendem perdoar as pessoas detidas na capital no dia dos atos. Há ainda 12% que não souberam responder. Os dados são da pesquisa PoderData, realizada de 15 a 17 de março de 2025. A proposta de anistiar os presos pelo 8 de janeiro é apoiada e impulsionada por políticos de oposição, em especial, os ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
CURTAS
Preso por furtar réplica da Constituição – A Polícia Federal prendeu o designer e empresário Marcelo Fernandes Lima, de 52 anos, responsável por furtar uma réplica da Constituição Federal de 1988 durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O homem foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal em 4 de fevereiro deste ano a 17 anos de prisão por participação nos atos antidemocráticos e, segundo a PF, era considerado foragido. A defesa dele, no entanto, alega que o homem estava em casa em regime de liberdade provisória por 1 ano e 3 meses, usando tornozeleira eletrônica, e não estava foragido.
Rosa e Dilma – A deputada estadual Rosa Amorim (PT) esteve com a presidente do Novo Banco do Desenvolvimento, Dilma Rousseff, em Xangai, ontem (21). Junto da comitiva de parlamentares do MST, o tema da reunião foram as possibilidades de parcerias econômicas para desenvolver iniciativas sustentáveis de apoio à agricultura familiar no Brasil. “Na sede dos Brics, conversamos sobre os projetos da agricultura familiar para o Brasil. Importante dizer que a presidenta entende o quanto é estratégico para um projeto de desenvolvimento nacional ter uma agricultura familiar fortalecida, produzindo alimento saudável para o povo”, ressaltou Rosa.
Magno cidadão de Bezerros – A Câmara de Vereadores de Bezerros, no Agreste, aprovou o título de cidadão para o titular deste blog. A iniciativa foi do vereador Diogo Lemos, da bancada do PSB. “Com orgulho, vai se somar aos mais de 80 títulos que tenho espalhados neste Estado, do Recife aos rincões do Sertão, em reconhecimento ao bom jornalismo, do combate ao bom combate”, comemorou Magno.
Perguntar não ofende: mesmo sendo o partido de Lula, o PT vai apoiar o novo discurso “contra bandido” adotado pelo presidente?
A discriminação racial é uma questão estrutural que permeia diversas áreas, como trabalho, moradia e representação em espaços de poder. Em um país como o Brasil, – marcado por desigualdades profundas, onde a maioria da população é negra e também a mais vulnerável socioeconomicamente -, essa temática se entrelaça com outras problemáticas sociais.
Não basta a celebração de uma data como hoje, o Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial, nem a simples criação de projetos de lei para resolver essa questão. É necessário um conjunto robusto de políticas públicas que priorizem a população negra e busquem reduzir o abismo social existente.
Nesse sentido, Pernambuco tem avançado em políticas públicas voltadas para a igualdade racial. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e a Câmara do Recife têm implementado projetos de lei e programas com o apoio das Comissões de Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo, na Câmara do Recife, e de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, na Alepe. Essas iniciativas, consequentemente, têm impulsionado ações do Governo do Estado e da Prefeitura no enfrentamento ao racismo e na promoção da igualdade.
Alepe A Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular é um órgão permanente do Legislativo estadual, responsável por atuar na defesa dos direitos humanos e da cidadania, conforme previsto no regimento interno da Alepe. Sem orçamento próprio, ela integra as 18 comissões permanentes da Casa e tem atribuições que envolvem a análise de proposições legislativas, fiscalização e promoção do debate público.
A Comissão emite pareceres sobre propostas legislativas, pode sugerir alterações, fiscaliza gastos públicos, solicita auditorias, promove audiências e estudos, além de requisitar informações, receber reclamações e convocar autoridades para esclarecimentos.
Apesar de seu papel essencial no processo Legislativo, a Comissão não aprova leis diretamente. Seu parecer sobre projetos é analisado em plenário, onde as proposições são votadas em dois turnos antes de seguirem para sanção ou possível veto.
“Atualmente temos aproximadamente dois mil projetos distribuídos para esta Comissão. Alguns desses projetos que passaram por aqui, já viraram Leis após aprovação no plenário. Em relação à temática do enfrentamento ao Racismo, podemos mencionar a Lei nº 18.227, de 3 de julho 2023, que passou pela comissão, quando ainda era PL, e que estabelece regras para a capacitação de profissionais da educação e demais funcionários dos estabelecimentos para a promoção da igualdade racial e o enfrentamento ao racismo”, explicou a presidente da comissão, a deputada Dani Portela (PSOL).
Ainda segundo a parlamentar, sobre os projetos em tramitação, “podemos mencionar o PL 464/2023, que promove a criação de cotas para a população negra nos concursos públicos estaduais, uma luta histórica do movimento negro e que precisa virar Lei aqui no Estado”, disse.
Desde o ano passado, a Alepe tem reforçado o combate à discriminação em espaços esportivos. A Lei nº 18.576/2024, em vigor desde agosto, pune com mais rigor atos discriminatórios contra negros, mulheres e a população LGBTQIA+. A norma prevê multas de até R$ 200 mil e pode impedir os infratores de frequentarem arenas e ginásios do Estado por até 30 anos.
“A Casa tem promovido esforços importantes para o enfrentamento ao racismo, neste sentido podemos citar iniciativas como a ALEPE Antirracista, que é um evento de formação constante promovido pela Alepe e que tem início, a cada ano, no Novembro Negro. Também podemos mencionar a medalha Antirracista Marta Almeida, uma iniciativa da Mesa Diretora da Casa, proposta como fruto de uma articulação com mandatos parlamentares e a superintendência da Assembleia”, completou Dani Portela.
Câmara do Recife A Comissão de Igualdade Racial e Enfrentamento ao Racismo foi estabelecida em caráter permanente na Câmara do Recife em maio de 2021. Desde sua criação, debateu, elaborou pareceres e aprovou diversos projetos. Entre eles, ações voltadas à política de atenção integral à população em situação de rua, à proibição de homenagens a escravistas, à reserva de vagas em concurso para pessoas negras, indígenas e com deficiência, também realizou seminário na temática da igualdade racial.
Atualmente, três projetos de lei estão em tramitação na Câmara do Recife para fortalecer o combate ao racismo e à discriminação na cidade. O Projeto de Lei Ordinária nº 26/2024, de autoria do vereador Luiz Eustáquio (PSB), propõe que empresas localizadas no município sejam obrigadas a oferecer orientação sobre discriminação e preconceito em seus processos seletivos.
Já o Projeto de Lei Ordinária nº 243/2023, apresentado pelo vereador Chico Kiko (PSB), visa impedir que pessoas condenadas por crimes de racismo, injúria racial ou outros tipos de discriminação, assumam cargos efetivos ou comissionados na administração pública direta e indireta do Recife.
Além disso, o ex-vereador Ebinho Florêncio (Rede) propôs o Projeto de Lei Ordinária nº 165/2024, que estabelece um Protocolo de Combate à Discriminação nos estádios e arenas esportivas da cidade, reforçando medidas contra práticas racistas no ambiente esportivo.
No âmbito das leis já sancionadas, o Recife conta com a Lei Municipal nº 18.994/2022, originada do Projeto de Lei Ordinária nº 324/2021, de autoria da vereadora Natália de Menudo (PSB). Essa legislação tornou obrigatória a divulgação de alertas sobre injúria racial em eventos esportivos, medida que busca conscientizar a população e reforçar a punição contra práticas discriminatórias.
Recém-empossada na presidência da Comissão, Jô Cavalcanti (PSOL) tem como uma das prioridades debater e propor medidas que ajudem a minimizar o racismo ambiental – como políticas de enfrentamento às enchentes e aos desabamentos de encostas; além de ações de promoção de segurança cidadã, acesso à moradia e à renda básica.
“Todo e qualquer projeto que dialogue com questões que afetam principalmente a população mais vulnerável é também um projeto que contribui com o caminho da Igualdade Racial”, pontuou.
Luiz Eustáquio (PSB), vice-presidente da Comissão de Igualdade Racial e Combate ao Racismo do Recife e vereador mais antigo na frente da pasta, reafirmou seu compromisso na defesa dos direitos do povo negro. Ele destacou que continua lutando e denunciando na tribuna os excessos e abusos cometidos contra essa população.
“Eu quero ver um dia em que o povo negro seja respeitado da mesma forma que as pessoas de outras cores. Não quero nada a mais do que ninguém, apenas ser respeitado como cidadão brasileiro, como cidadão recifense”, afirmou.
Conselho Visando fortalecer a articulação entre os municípios e o Governo do Estado no combate à desigualdade racial, o Conselho Estadual de Política de Igualdade Racial, desativado desde 2021, voltou a ativa no ano passado. A iniciativa busca unir esforços para promover ações mais efetivas e integradas contra a discriminação racial. No mesmo período, foram realizadas reuniões do Fórum de Gestores da Política de Igualdade Racial (FORGEPIR), que fortalece o diálogo entre o estado e os municípios.
Já em um contexto de acolhimento das vítimas de racismo no Estado, o Governo de Pernambuco lançou, às vésperas do Dia da Consciência Negra, o Núcleo Antirracista da Ouvidoria. O projeto oferece suporte e orientação a quem sofre com o racismo e outras formas de preconceito racial. Para ampliar a visibilidade do trabalho, foi criada a campanha “Pernambuco pelo Fim do Racismo”, que conscientiza a população sobre a importância do combate ao racismo e destaca as ações do Núcleo.
As denúncias recebidas pela Ouvidoria são encaminhadas ao Setor de Igualdade Racial, que entra em contato com os denunciantes para iniciar o processo de acompanhamento, garantindo que cada caso seja devidamente encaminhado e resolvido.
As ações de combate à discriminação racial também incluem a capacitação de servidores públicos para promover uma cultura organizacional antirracista. Realizadas pela equipe de Gestão da Igualdade Racial, essas formações já beneficiaram mais de 400 servidores de diversas secretarias, com foco em letramento racial. Entre abril e maio, está prevista a capacitação de mais 100 funcionários públicos da gestão estadual.
Recife Sem Racismo Criada em 2022 pela Prefeitura do Recife, a plataforma Recife Sem Racismo é a primeira do País, entre prefeituras, dedicada a denúncias de crimes raciais. O serviço pioneiro acolhe vítimas, encaminha casos às autoridades e fornece dados para políticas de igualdade racial. Além disso, busca promover formação e conscientização sobre a temática étnico-racial.
“Desde o lançamento da plataforma foram aproximadamente 116 denúncias, e é interessante ver o avanço desse canal à medida que chega ao conhecimento da população. No primeiro ano foram apenas quatro denúncias, só no primeiro mês de 2025 recebemos seis solicitações. Entendemos que esse aumento é fruto da divulgação da plataforma, mas temos a certeza que há muitos casos subnotificados, por isso nossa ideia é ampliar as ações de informação deste canal”, explicou o secretário de Direitos Humanos e Juventude do Recife, Marco Aurélio Filho.
A plataforma chamou atenção, inclusive da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. “A ministra, inclusive, pretende replicar essa plataforma em todo o Brasil com o apoio do Ministério. Estamos prontos para compartilhar essa tecnologia e ampliar as políticas públicas antirracistas”, completou.
O secretário de Direitos Humanos e Juventude do Recife, Marco Aurélio Filho, destacou que o combate ao racismo no município passa por políticas públicas de educação e ações afirmativas. Ele ressaltou que, em 2023, o prefeito João Campos sancionou a Lei de Cotas, garantindo a reserva de 30% das vagas em concursos públicos e seleções simplificadas para negros (pretos e pardos) e indígenas.
“Neste ano, fortalecemos as ações da Campanha Recife Sem Racismo no Carnaval, divulgando, de forma lúdica, as formas de denúncia”, afirmou o secretário. Segundo ele, a atuação também se estendeu aos estádios de futebol, como na semifinal entre Santa Cruz e Sport, diante da crescente ocorrência de práticas racistas no esporte.
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Aloysio Corrêa da Veiga, formalizou a doação de cerca de 600 equipamentos de informática — entre computadores e monitores — para os municípios pernambucanos de Ingazeira, São Lourenço da Mata, Correntes e Lagoa Grande. A assinatura dos termos de doação contou com a presença da ministra Morgana Richa, também integrante da Corte.
Segundo o ministro, a ação faz parte de um projeto permanente do TST, que destina equipamentos substituídos por modelos mais modernos a prefeituras de diversos estados, contribuindo com a modernização da gestão pública. “São aparelhos que continuarão beneficiando a prestação de serviço público e o atendimento à população dos municípios”, destacou Aloysio Corrêa da Veiga.
Uma fonte do Palácio do Campo das Princesas revelou em primeira mão ao Blog Ponto de Vista que Delmiro Gouveia foi exonerado do cargo de presidente do Porto do Recife. O espaço passará para Paulo Nery, que está de saída do comando da secretaria estadual de Turismo para dar lugar ao deputado estadual Kaio Maniçoba, que assume a SETUR na próxima segunda-feira (24).
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se opôs à permanência do filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Segundo relatos de aliados, ele foi avisado no final de semana e tentou convencê-lo a voltar para o Brasil.
Eduardo comunicou oficialmente a Câmara dos Deputados da sua licença na quinta-feira (20), mas publicou vídeo nas suas redes sociais na última terça (18). Ele decidiu continuar no país e se afastar do cargo por 120 dias, alegando temer a apreensão do seu passaporte e uma eventual prisão.
O deputado federal comunicou seu pai da decisão no último sábado (15), um dia antes da manifestação realizada no Rio de Janeiro pela anistia de presos condenados por ataques golpistas de 8 de janeiro. De acordo com relatos, o ex-presidente se emocionou ao falar com o filho e tentou dissuadi-lo de continuar no país governado por Donald Trump.
Não apenas o pai, aliados também diziam que o deputado passaria a imagem de que estaria fugindo num momento de importante embate da oposição. Além disso, outro argumento era de que isso poderia prejudicar a sua eleição ao Senado, em 2026, por São Paulo —algo já considerado como certo por bolsonaristas.
Apesar disso, Eduardo disse que não teria como atender aos apelos e que seria melhor para todos se ele ficasse nos Estados Unidos.
Para a sua decisão, pesaram três pontos: primeiro, a família, ele não queria se afastar dos filhos e da esposa; segundo, temia decisões duras do STF contra ele, caso consiga articular retaliações do governo americano à corte; e, por fim, acredita que sua atuação por essas eventuais sanções de Trump serão mais efetivas se ele estiver por lá.
Em entrevista à Folha na terça, Eduardo disse que conversou com o pai e a esposa, Heloísa, e que seus argumentos foram acatados.
“Primeiro, ele [Jair] me respeita. Eu sempre vou ser filho dele, mas eu já tenho 40 anos, tenho família, duas crianças em casa. E falei pra ele, ‘olha, existe ou não existe a possibilidade de pegar um passaporte? Existe’. Ainda que você possa considerar pequena, alta ou baixa, existe”, disse.
Depois, em entrevista a um canal de YouTube, o deputado se emocionou ao falar do pai. “Muita coisa que pesa quando a gente toma essa decisão. Conversar com ele [Jair] não foi fácil, ele queria que eu tivesse por perto. Mas, conforme fui conversando com ele, foi entendendo meus argumentos e aceitou a decisão”, afirmou.
No mesmo dia em que comunicou sua permanência nos Estados Unidos, a PGR (Procuradoria-Geral da República) deu parecer contrário à apreensão do passaporte e Moraes arquivou o pedido. Ainda assim, aliados dizem não saber quando ele voltará.
Há quem dê como certo o seu retorno após os quatro meses de licença. Outros dizem que é provável que ele abra mão do mandato. À Folha ele disse que avalia entrar com pedido de asilo nos Estados Unidos.
A reação do STF, contudo, foi vista por aliados do deputado como um referendo ao seu argumento crítico ao Judiciário. Segundo eles, a rapidez com que as decisões foram tomadas, após o vídeo dele, comprovariam que há politização do Poder e que, portanto, sua decisão de ficar nos Estados Unidos estaria acertada.
A definição foi mantida sob sigilo, mesmo de aliados muito próximos, mas algumas pessoas participaram de conversas com o deputado, tentando convencê-lo a mudar de ideia. Ou, ao menos, a voltar para assumir a presidência da Creden (Comissão de Relações Exteriores da Câmara). O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), confirmou à Folha que foi um desses.
O anúncio de Eduardo foi feito no mesmo dia em que os líderes da Casa se reuniam na residência oficial da Câmara dos Deputados com o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), para bater o martelo sobre o comando das comissões.
Desde o princípio, a Creden, uma comissão que não costuma gerar muito embate, era a primeira escolha do PL, que tem a maior bancada com 92 deputados. O PT tentou articular contra essa possibilidade e ministros do Supremo também pressionaram, chegando até a ligar para Motta.
Mas o PL insistiu e mesmo a base do governo Lula já se dava como vencida. Todos foram, então, surpreendidos com a mudança de planos de Eduardo. No xadrez das comissões, a Creden ficou sob o comando de Filipe Barros (PL-PR).
Nesta sexta-feira (21), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), chamou Eduardo Bolsonaro de “medroso” pela ida aos Estados Unidos e criticou o que chamou de vitimismo da parte do deputado.
“O Eduardo Bolsonaro presta um desserviço ao país, mentindo Brasil afora, dizendo que aqui é uma ditadura e que ele teve que sair. Ou seja, ele tentou criar uma situação para se vitimizar e dizer que ele estava sendo perseguido”, afirmou a ministra à CNN.
“Quem defende a ditadura são eles, os Bolsonaros. O problema é que ele não enfrenta o debate político, é medroso. Ele tinha que enfrentar aqui, por que que ele foi articular com o Congresso americano?”, questionou.
A ministra também afirmou que, caso o filho de Bolsonaro mantenha a decisão, é possível que o pedido feito pelo PSOL que solicita que a saída de Eduardo configure abandono de mandato, seja aceito.
Na lágrima que desliza pelo rosto em silêncio, na batida apressada de um peito apaixonado — ali vive a poesia. Invisível aos olhos, mas imensa no coração humano, ela é a linguagem secreta da alma, que desata os nós do sentir e costura os retalhos da existência.
Hoje, 21 de março, o mundo se curva diante da arte que transborda em metáforas e transforma palavras em vida. O Dia Mundial da Poesia não é apenas uma data no calendário; é uma celebração do que somos, do que sentimos e daquilo que muitas vezes não conseguimos dizer. A poesia é esse abraço silencioso que acolhe nossas dores e exalta nossas alegrias. É o eco das memórias, o reflexo dos sonhos, a dança leve e sinuosa das palavras no ar.
A poesia nasce onde o verbo se curva diante do mistério. Ela invade os cantos vazios da alma e enche de sentido os vãos da existência. Não se impõe — ela chega como um vento delicado, atravessando muralhas e plantando flores nos escombros. O poeta, esse tecelão incansável de esperança, transforma lágrimas em versos, saudades em rimas, medos em metáforas que confortam e abraçam.
Quantas vezes uma poesia nos salvou do abismo? Quantas vezes um poema, lido de surpresa, soprou vida sobre um peito cansado? Porque a poesia é um farol: guia-nos quando as sombras parecem engolir os passos e revela caminhos onde só enxergávamos paredes. Ela não apenas narra o mundo — ela o recria, dando novas cores ao cinza, desenhando horizontes onde tudo parecia escuro.
E é por isso que a poesia nunca morre. Ela se reinventa na voz do declamador que emociona uma praça inteira. Ela ressurge nas cartas de amor esquecidas na gaveta. Ela renasce no sussurro de uma mãe que canta para o filho dormir. Ela é o poema escrito na areia e apagado pelas ondas — efêmera, mas eterna.
Celebrar o Dia Mundial da Poesia é celebrar nossa humanidade. É reconhecer que a vida é um livro inacabado, onde cada batida do coração escreve um novo verso. É a lembrança de que não somos apenas feitos de carne e osso — somos feitos de palavras, de silêncios, de sentimentos que só um poema consegue traduzir.
Que hoje possamos respirar poesia, permitir que ela nos envolva e nos toque. Que cada coração se abra para esse universo onde a alma se despe e se revela. Que possamos, ao menos por um instante, permitir que um poema nos abrace — porque há versos que curam feridas invisíveis e sorrisos que nascem de uma estrofe lida na hora certa.
Que ela continue pulsando em cada um de nós, alimentando nossos sonhos, nossas esperanças e nossa fé na beleza da vida. Que sejamos, cada um à sua maneira, poetas do mundo — porque no coração de quem sente, sempre há versos por nascer.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras.
Se o leitor não conseguiu acompanhar a entrevista com o cantor, poeta e compositor potiguar Amazan ao quadro “Sextou”, do programa Frente a Frente, ancorado por este blogueiro e exibido pela Rede Nordeste de Rádio, não se preocupe. Clique aqui e confira. Está incrível!
A prefeita de Olinda, Mirella Almeida (PSD), elogiou a retomada do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana (Conderm), destacando a importância do diálogo entre os municípios para ações integradas nas áreas de saúde, mobilidade e infraestrutura. Em entrevista que vai ao ar neste sábado (22), na Rádio Jornal, ela ressaltou que o comitê permitirá uma melhor organização dos serviços, especialmente nas regiões limítrofes entre cidades.
“Vamos discutir a realidade de cada município, mas também garantir que temas tão importantes sejam tratados de maneira conjunta”, afirmou Mirella, destacando que serviços como recolhimento de lixo, atendimento em postos de saúde e oferta de vagas em escolas poderão ser mais bem definidos com a atuação do Conderm. Ainda nesta sexta-feira (21), a gestora realizou uma vistoria em obra de pavimentação na Rua Joaquim Antônio de Medeiros, em Casa Caiada.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, elogiou o trabalho da polícia dois dias após a repercussão negativa de sua declaração de que a corporação “prende mal” e, por causa disso, o Judiciário seria obrigado a soltar. O ministro disse que sua fala foi tirada de contexto.
A declaração foi feita nesta sexta-feira (21) em João Pessoa (PB), durante evento de lançamento do Programa Salas Lilás, que estabelece diretrizes para o acolhimento e atendimento especializado de mulheres e meninas em situação de violência de gênero. As informações são da Folha de São Paulo.
“Quero ressaltar agora, publicamente, que nós temos uma polícia brasileira altamente eficiente, preparada. Eu disse, naquela ocasião, e a minha expressão foi pinçada fora do contexto, que as polícias têm que ser melhor remuneradas, melhor equipadas, precisam ser melhor informadas para que possam prender melhor, para que não haja esse fenômeno do Judiciário eventualmente ter que corrigir erros de prisões que não foram feitas de acordo com a lei”, disse.
Por causa da declaração de quarta-feira (19), associações de policiais e parlamentares criticaram o ministro.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal expressou, em nota, indignação diante da declaração do ministro. Segundo a entidade, uma prisão só pode ser considerada “mal realizada” quando há alguma ilegalidade, o que não reflete a realidade.
A associação ressalta que, na maioria das audiências de custódia, a prisão é considerada legal, e o juiz responsável pela audiência pode conceder liberdade provisória, com ou sem fiança, a pedido da defesa ou do Ministério Público, quando entende que não há necessidade de converter a prisão em flagrante em preventiva.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal expressou, em nota, indignação diante da declaração do ministro. Segundo a entidade, uma prisão só pode ser considerada “mal realizada” quando há alguma ilegalidade, o que não reflete a realidade.
A associação ressalta que, na maioria das audiências de custódia, a prisão é considerada legal, e o juiz responsável pela audiência pode conceder liberdade provisória, com ou sem fiança, a pedido da defesa ou do Ministério Público, quando entende que não há necessidade de converter a prisão em flagrante em preventiva.
Parlamentares de oposição também se manifestaram por meio das redes sociais. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que a declaração está desconectada da realidade e desrespeita a população.
“O CNJ criou audiências de custódia para avaliar a legalidade das prisões. Contudo, a realidade mostra que, diariamente, bandidos que respondem a dezenas de inquéritos são colocados na rua para praticar novos crimes”, disse.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública também emitiu uma nota após a repercussão, explicando que a declaração foi feita no contexto da falta de integração entre as informações das polícias e as audiências de custódia.
Os delegados de polícia de Pernambuco reafirmaram, nesta sexta-feira (21), sua confiança na atual direção da Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), reelegendo Diogo Victor como presidente e Claudia Molina como vice-presidente para o triênio 2025-2028. A eleição, que também confirmou Guilherme Tell como segundo vice-presidente, garantiu 54,78% dos votos à chapa, totalizando 355 votos, em um processo que destacou o respaldo da categoria à gestão atual.
Diogo Victor agradeceu a recondução e afirmou que seguirá atuando com foco na valorização da classe, defendendo os interesses dos delegados e promovendo o fortalecimento da entidade. “Queremos construir pontes e garantir que as demandas da categoria sejam ouvidas e atendidas”, declarou. Claudia Molina também celebrou a continuidade do trabalho, destacando o compromisso com escuta ativa e avanços concretos para a carreira.
A corridinha diária de 8 km hoje, em Arcoverde, foi no final da tarde com a camisa oficial do meu Fogão que ganhei, num gesto muito carinhoso, do meu amigo Ricardo Rocha, o eterno capitão da seleção brasileira.
Servidores técnicos e analistas administrativos da Universidade de Pernambuco (UPE) denunciaram ao blog o que classificam como descaso do Governo do Estado diante da crescente carência de pessoal em todos os campi da instituição. De acordo com os relatos, a situação se agravou com o aumento das aposentadorias e a saída de servidores aprovados em outros concursos, o que tem causado uma sobrecarga de trabalho para os profissionais que permanecem em atividade. O último concurso para a área administrativa da UPE foi realizado em 2017.
A insatisfação levou o Sindicato dos Servidores da Universidade de Pernambuco (SINDUPE) a reforçar as reivindicações por um novo certame. No dia 24 de fevereiro, durante a inauguração das novas instalações da Faculdade de Odontologia, o presidente do sindicato, Rivanildo Simplício, entregou pessoalmente um ofício à governadora Raquel Lyra solicitando a abertura de um novo concurso público.