Folha de Pernambuco
O Tribunal de Contas da União realizou, ontem, em Brasília, cerimônia de aposição da foto da ministra Ana Arraes na galeria de presidentes do TCU. A pernambucana presidiu o tribunal de dezembro de 2020 – quando foi eleita por unanimidade para substituir o também pernambucano José Múcio Monteiro – até julho deste ano. Em seu lugar assumiu o vice-presidente, ministro Bruno Dantas. O evento foi prestigiado por ministros, procuradores e servidores do tribunal e pelo seu filho, o escritor, advogado e presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antônio Campos.
“Quando aceitei o nobre compromisso de ser ministra do TCU e lutar por uma sociedade mais justa, o fiz com a naturalidade de quem já cunhava sua vida pública com ideais vivos de igualdade e de cuidados com os desfavorecidos. E não haveria de ser diferente, senhoras e senhores, pois herdei de meu pai a paixão pela justiça e de minha mãe, a resiliência característica do nordestino para vê-la acontecer!”, destacou Ana Arraes em seu discurso.
Leia maisA ministra é filha do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes de Alencar e de Célia de Souza Leão Arraes de Alencar. Indicada pela Câmara dos Deputados, Ana Arraes chegou ao TCU em 2011. “Exerci todas as minhas atribuições invariavelmente buscando o bem comum, sob as asas da lei e da moralidade administrativa. Em cada julgamento como relatora ou em cada decisão já no nobre papel de presidente, pude contribuir para que esta Corte de Contas mantivesse o nível de excelência e o grau de confiabilidade que ostenta, há tempos, diante da população brasileira”, ressaltou.
Segunda mulher a presidir o TCU, Ana Arraes disse orgulhar-se do aumento da participação feminina em cargos gerenciais, durante sua gestão. “Ao proporcionar às mulheres a possibilidade de assumirem um número bem maior de posições de poder e de decisão no Tribunal, apenas descortinei, aos olhos de todos, a competência e o carisma com que podem, naturalmente, dividir responsabilidades, independentemente do gênero, em prol de um tribunal mais eficiente e humano. Somos testemunhas de que não me enganei”. A primeira mulher a presidir o tribunal foi a ministra Elvia Lordello Castello Branco, em 1994.
“A foto aposta nessa galeria não conta sua história, mas simboliza uma passagem marcante, uma trajetória de mulher forte que deixou um legado para a nossa Corte”, registrou o ministro Bruno Dantas, no exercício da presidência
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