O desembargador Bartolomeu Bueno, que também é poeta e compositor, criou um samba enredo – junto com Carlos Monteverde -, para concorrer ao samba enredo da Gigante do Samba em homenagem ao Maestro Forró no Carnaval de 2025.
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O desembargador Bartolomeu Bueno, que também é poeta e compositor, criou um samba enredo – junto com Carlos Monteverde -, para concorrer ao samba enredo da Gigante do Samba em homenagem ao Maestro Forró no Carnaval de 2025.
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Portal MaisPB
O ex-senador Cristovam Buarque apontou, na noite de ontem, erros que culminaram com a ascensão de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência da República em 2018. Durante entrevista no podcast Direto de Brasília, do jornalista Magno Martins, em parceria com a Rede Mais Rádios, Buarque fez uma autocrítica e disse que a esquerda errou ao se tornar “uma religião” no Brasil.
Entre os erros, Buarque cita o fato do PT não ter sabido lidar com essas falhas, como os casos de corrupção que vieram à tona principalmente durante os primeiros governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Tolerou o que acontecesse e os que roubaram não souberam se distanciar do roubo. Olha, quem roubou foi aquele ali e não o partido. A esquerda não soube se distanciar da corrupção”, criticou.
Leia maisO ex-ministro da Educação apontou a mistura de problemas morais com política. “Casamento gay, que eu pessoalmente defendo, direito da mulher ao aborto, tudo isso, não poderia ter sido misturado com política”, ponderou. Além disso, Buarque também vê atrasos na oposição no entendimento das mudanças sociais e até na geopolítica mundial.
“A gente continua achando que o problema é a disputa entre o patrão e o trabalhador; vê um país como a Rússia como socialistas e ficar contra os Estados Unidos, que não é socialista. A gente perdeu a noção e não ter sabido o papel da tecnologia criando coisas como o Uber, o PIX, achando que isso fosse dos outros. O governo Lula agora põe o PIX como uma das grandes coisas do Brasil, mas quem fez foi o presidente do Banco Central que ele criticava”, enfatizou.
Leia menosPor Aline Moura – Tribuna Online
Há bebidas que apenas passam pela garganta. E há aquelas que passam pela história. A Pitú é dessas – clara e intensa como o meio-dia de Vitória de Santo Antão, onde nasceu. É o fogo que o Nordeste aprendeu a domar, a energia engarrafada de um povo que resiste sorrindo.
O gosto do Brasil em outra língua
Eu era mais jovem quando viajei para a Argentina com dois amigos. Não esperava que o meu sotaque despertasse tanta curiosidade. “Brasil?”, perguntavam, e logo emendavam: “Seleção e caipirinha!”.
Leia maisPorém, o que mais me surpreendia era o detalhe: eles falavam “caipirinha com Pitú”, como quem cita algo muito especial. Fiquei emocionada. Lá, a milhares de quilômetros do Recife, descobri que a cachaça da minha terra já tinha atravessado fronteiras antes de mim.
Eu, que nunca fui de bebidas quentes – já me bastam os dois sóis do Recife e a perda da vesícula –, guardo um ritual simples para os dias frios da Várzea, onde moro: Pitú gelada, pura, com limão. Sem pressa, de gole em gole. Para mim, também é a chave que abre a roda de samba (ou da ciranda), ou bebida certa para as vitórias do Santa Cruz.
Sabe o Soju, bebida destilada tão comum entre as dorameiras do Brasil? Pois bem, acho a Pitú mais gostosa, além de ser a bala de prata da alegria.
Quando o orgulho veio de fora
Entre 2023 e 2024, participei de uma reunião com o então cônsul-geral britânico no Recife, Graham Tidey, um visionário e cidadão de Pernambuco. Entre conversas sobre economia e cultura, ele comentou com o então secretário Alberes Lopes que o gosto da nossa Pitú era melhor que o de bons uísques europeus.
Saí daquela sala sentindo o peso leve do orgulho. Durante anos, vi a cachaça ser tratada como bebida menor – coisa de boteco de esquina. Ouvir um diplomata inglês exaltá-la como joia foi como ver o mundo corrigindo um equívoco antigo. É no boteco e na mesa do trabalhador, aliás, que os melhores sabores são descobertos.
A nascente e o nome
A história da Pitú começa onde a cana encontra a água. Nos anos 1930, um riacho chamado Pitú cortava as terras férteis de Vitória de Santo Antão. O nome vinha do crustáceo abundante na região – símbolo de vida, movimento e resistência.
Foi ali que as famílias Ferrer de Morais e Cândido Carneiro decidiram transformar a cana em herança. O que começou artesanalmente virou império, mas sem pressa: a mesma água, o mesmo cuidado, o mesmo brilho dourado.
Quase um século depois, a empresa segue nas mãos das novas gerações, produzindo mais de 90 milhões de litros por ano. Cada garrafa carrega o cheiro da terra, o barulho dos engenhos e um tanto da luz que cobre os canaviais ao entardecer.
A excelência da Pitú não nasce por acaso. É cuidada, medida e sentida em cada etapa – da cana recém-cortada ao copo do consumidor. Nos laboratórios da fábrica, a ciência se alia à tradição: o aroma é avaliado com rigor no Laboratório de Análise Sensorial; no Central, os técnicos examinam cada detalhe físico e químico; e no de Produção, todos os insumos passam por controle minucioso antes do envase. Um ritual moderno que garante que cada garrafa conserve o mesmo sabor que atravessa gerações.
O sol engarrafado que ilumina a Europa
Na Alemanha, agora, a Pitú é vista como artigo de prestígio. Lá, ela divide espaço nas prateleiras com uísques e vodkas de renome. No exterior, o mercado alemão é o principal destino da bebida, responsável por quase todas as exportações da marca.
A parceria com uma empresa familiar de Berlim levou a cachaça pernambucana a ganhar corpo europeu – mesmo longe da cana, ela continua brasileira na alma.
Neste país europeu, a marca lançou a Caipirinha Pitú, pronta para beber, voltada especialmente aos jovens que buscam praticidade sem abrir mão do sabor. A campanha – leve, divertida e moderna – tem feito sucesso nas redes sociais, traduzindo em outra língua o mesmo espírito de espontaneidade e calor que nasceu em Vitória de Santo Antão.
Neste ano, as campanhas “Feel Pitú” e “líder do mercado europeu no segmento de cachaça” conquistaram o público jovem com humor e espontaneidade. O saxofonista André Schnura, que virou meme durante a Eurocopa de 2024, é um dos rostos da nova fase da marca. É o Brasil em ritmo de festa, mas sem caricatura.
Tradição que não se acomoda
A Pitú aprendeu a modernizar sem se perder. Do sabor puro da tradicional às versões mais sofisticadas, como a Premium e a Vitoriosa – homenagem à cidade natal –, ela continua fiel à sua origem e ostenta a liderança do mercado Norte e Nordeste.
Recentemente, a Pitú ampliou seu portfólio com novidades que unem tradição e frescor: o coquetel alcoólico Pitú Mel e Limão, de sabor marcante e tropical, e a linha Pitú Remix, que traz versões ice pensadas para um público mais jovem e urbano, com tom cosmopolita, sem trair suas raízes.
O ouro líquido do Nordeste
A Pitú é mais que cachaça. É metáfora engarrafada de um povo que aprendeu a destilar o próprio calor. É o líquido que carrega o som do frevo, o suor do canavial, a ternura da beira de rio. Tem gosto de festa, mas também de memória. Tem a força do interior e o frescor do litoral.
Por isso, quando alguém em outro país diz “caipirinha”, eu sorrio.
É como ouvir o Recife falar em outra língua.
O sol líquido de Pernambuco continua atravessando oceanos – e cada gole é um lembrete de quem somos.
PS: Beba com moderação!
Leia menosO prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, anunciou, hoje, Dia dos Professores, um pacote de ações que inclui o pagamento de um bônus de R$ 1 mil para cada educador, como forma de reconhecimento e respeito ao trabalho desenvolvido pelos profissionais. Além disso, a criação de um programa de intercâmbio com a Universidade de Coimbra e a quitação das parcelas em aberto do Programa de Bônus por Desempenho Educacional (Probon).
O programa inédito de intercâmbio com a Universidade de Coimbra, em Portugal, vai beneficiar professores e técnicos. Os selecionados receberão bolsas de estudo para passar dois meses em Coimbra, estudando na universidade e estagiando em escolas portuguesas. O convênio será assinado no dia 26 de novembro, em Coimbra, e o primeiro grupo embarcará no início do próximo ano.
Até o final do mês a Prefeitura fará o pagamento dos valores deixados em aberto pela gestão anterior, relativos ao ano de 2023, do Programa de Bônus por Desempenho Educacional (Probon). O benefício é destinado à concessão de premiação anual por resultados. “Educação é prioridade para nossa gestão e cuidar de quem se dedica a nossas crianças e adolescentes é um compromisso. Somos a primeira Rede de Ensino Municipal do Brasil que faz um convênio com a Universidade de Coimbra, uma das mais tradicionais universidades do mundo. Estamos abrindo fronteiras para o futuro da educação”, afirmou o prefeito.
O juiz Thiago Pacheco Cavalcanti, da Comarca de São Caetano, determinou a suspensão imediata da verba de representação paga ao presidente da Câmara de Vereadores do município, Abraão Gomes (UB), no valor de R$ 9.900,00. A decisão, proferida ontem, atendeu a uma ação movida pelo advogado André Tadeu, que questionou a legalidade do benefício criado pela Lei Municipal nº 791/2024. A decisão cabe recurso.
Na ação, o advogado lembrou que situação semelhante já havia sido julgada em 2017, quando a Justiça também suspendeu o pagamento da mesma verba. Apesar disso, em 2024, os vereadores aprovaram novamente a criação do benefício. “Hoje, o presidente da Câmara recebe R$ 9.900,00 de subsídio e mais R$ 9.900,00 de verba de representação, totalizando R$ 19.800,00 mensais. Essa verba tem natureza remuneratória e, portanto, é inconstitucional”, explicou André Tadeu.
Na decisão, o magistrado concedeu tutela de urgência determinando que a Câmara suspenda o pagamento no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00, a ser paga pessoalmente pelo chefe do Legislativo e pelo prefeito, Josafá Almeida (PRD). O juiz também ressaltou que a reincidência da prática legislativa reforça a violação aos princípios da moralidade e da legalidade administrativa. Confira abaixo a decisão na íntegra.
Em meio à crise interna que atinge o Solidariedade em João Pessoa, um grupo de suplentes de vereadores anunciou, ontem, o rompimento político com o deputado estadual e presidente estadual da legenda, Eduardo Carneiro, e declarou apoio ao prefeito Cícero Lucena (PP), contrariando a nova linha de oposição adotada pelo parlamentar. A decisão ocorre poucos dias após Eduardo Carneiro oficializar o rompimento com a gestão municipal, em razão da exoneração de indicados do partido em cargos da Prefeitura.
Entre os nomes, estão Dema Macedo, primeiro suplente do partido com quase 3 mil votos, e o radialista Jonildo Cavalcanti, também suplente e presidente do diretório municipal do Solidariedade na capital. “Não podemos entrar em uma disputa que não representa a vontade da maioria dos que estão na ponta, trabalhando nas comunidades. Cícero tem sido parceiro das bases e merece nosso apoio”, declarou Dema Macedo.
Em seu discurso na Tribuna da Câmara dos Vereadores de Arcoverde, ontem, a vereadora Célia Galindo comemorou o fim do conflito no Oriente Médio. Emocionada, a parlamentar afirmou que foi um dos dias mais felizes de sua vida. “A paz no Oriente Médio representa esperança, fé e amor entre os povos. Passei o dia acompanhando cada imagem, cada abraço, e me emocionei profundamente com o reencontro de famílias que esperaram por quase dois anos para se abraçar novamente”, disse. Confira no vídeo!
O secretário-executivo do CONIAPE, Raffiê Dellon, comemorou a aprovação pela Câmara de Vereadores de Caruaru, ontem, do Projeto de Lei 10.286/2025, de autoria do vereador Fagner Fernandes, que denomina de ‘Distrito Industrial Dorgival Melo’ o complexo de distritos industriais de Caruaru.
“A ideia surgiu lá atrás, onde externei aos familiares, empresários e amigos do homenageado, que o nosso Distrito, representante do nosso PIB, precisava de um nome à altura da nossa capacidade econômica. Sou muito grato a Fagner por ter aceitado de imediato a sugestão. Um reconhecimento em vida a um homem além do seu tempo, que é Dorgival”, comentou Raffiê.
Além do reconhecimento ao fundador da empresa Cardeal, Raffiê reiterou a necessidade de o poder público local organizar um evento e já divulgar uma estratégia de potencialização do primeiro emprego e da qualificação dos jovens em um espaço tão rico de possíveis possibilidades e crescimento profissional que é o agora Distrito Industrial Dorgival Melo.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou que não será preso caso seja condenado por Alexandre de Moraes pelo crime de coação no curso do processo. As informações são do portal Metrópoles.
O deputado foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que entendeu que as tratativas mantidas por Eduardo com o governo dos Estados Unidos em defesa da aplicação de sanções a autoridades brasileiras tinham como objetivo interferir no andamento da ação em que Jair Bolsonaro foi condenado por golpe de Estado.
Leia maisDe acordo com Eduardo Bolsonaro, a pena para coação no curso de processo não ultrapassa quatro anos de prisão. Pelo Código Penal Brasileiro, penas inferiores a esse período podem ser substituídas por penas restritivas de direitos.
“Ainda que eu seja condenado nesta várzea que chamam de Justiça, eu – pela lei – jamais iria para a cadeia, pois sou primário e a pena máxima para coação é de quatro anos de cadeia”, observou o deputado em suas redes sociais.
“Ou seja, seria – ou deveria ser – substituída obrigatoriamente por uma cesta básica ou prestação de serviços à comunidade. Num Estado Democrático de Direito, ninguém vai preso durante o processo se, ao final, ele não resultaria em cadeia”, afirmou.
Inelegibilidade
O deputado mora nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano e articulou junto à Casa Branca a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes e a cassação de vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Caso seja condenado pelo STF, Eduardo Bolsonaro ficará inelegível e não poderá disputar a Presidência da República em 2026.
Leia menosO Brasil dos próximos 20 anos não está sendo construído, alerta Cristovam Buarque
Por Larissa Rodrigues – repórter do Blog
Economista, professor, ex-governador do Distrito Federal e ex-ministro da Educação (entre 2003 e 2004), Cristovam Buarque (Cidadania) faz um alerta aos brasileiros: o país não está sendo preparado para o futuro. Na opinião dele, não há políticas para as próximas duas décadas.
Buarque foi o entrevistado de ontem do podcast Direto de Brasília, comandado pelo titular deste blog. O Brasil, neste momento da história, carece de coesão e medidas para as próximas gerações.
“Quem é que está imaginando, formulando, propondo o Brasil daqui a 20 anos? E 20 anos é daqui a pouco. Nós não estamos com coesão nenhuma. Essa é a tragédia e é isso que provoca todo esse desconforto, todo esse caos, todas essas vergonhas, inclusive. É a falta de um rumo”, lamentou o ex-ministro.
Leia maisA coesão a qual se refere Cristovam Buarque, ele explicou, não necessariamente significa que todos precisam concordar com todas as opiniões, mas é necessário que haja unidade para pensar o futuro.
“Quando eu digo coeso, eu não digo unitário. Nós brigamos, mas sabemos o que temos em comum”, destacou.
O ex-ministro pensa em encarar as urnas novamente em 2026, para voltar a contribuir com o país. Buarque tem 82 anos e está há sete sem mandato. Segundo ele, tem enfrentado pressões para buscar uma candidatura à Câmara Federal, mesmo sem concorrer a cargos eletivos desde 2018.
“Estou sendo muito pressionado por dois lados. Um lado é o meu partido, que é muito pequeno e precisa ter quadros, ter deputados federais, e eles acham que eu teria alguma chance aqui no Distrito Federal. E por mim mesmo, eu começo a ter uma certa pressão para ser candidato, a me animar, por uma cobrança”, declarou.
Pé-de-Meia – Ministro da Educação no primeiro governo Lula (2003 e 2004), Cristovam Buarque fez elogios ao Programa Pé-de-Meia, mas acusou o governo atual de levar 22 anos para colocá-lo em prática. Segundo ele, a medida foi apresentada por ele a Lula durante sua gestão. “O Pé-de-Meia é um programa do meu governo, chamado Poupança Escola. Mudou só o nome — e, depois de 22 anos de eu ter dado o programa para o presidente Lula. Quando eu era ministro, peguei o meu programa do Distrito Federal, igualzinho, e fiz um projeto de lei para o Lula mandar para o Congresso. Ele era o presidente. Quem pegou isso foi a Casa Civil e ficou 22 anos e não quiseram fazer. Eu não consigo entender por que os sucessivos governos do PT não quiseram implantar no Brasil inteiro esse programa. Não entendo”, observou.
Metanol – A Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) aprovou, por unanimidade, ontem (14), o substitutivo apresentado pelo deputado Diogo Moraes (PSDB) que endurece as leis estaduais contra a adulteração de bebidas alcoólicas por metanol. O texto foi elaborado após uma série de casos de intoxicação registrados no país e unifica oito projetos de lei sobre o tema, apresentados por cinco parlamentares: Antônio Coelho (UB), Romero Albuquerque (UB), João Paulo Costa (PCdoB), Luciano Duque (SD) e Socorro Pimentel (UB).
Nos bastidores – Ex-presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) tem atuado para que o Centrão mantenha os cargos-chave que possui no governo do presidente Lula (PT). Lira chegou a telefonar para a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), após a Caixa Econômica destituir dois nomes ligados ao Centrão que ocupavam postos no banco. As informações são da CNN. Na conversa, o deputado teria pedido cautela nas mudanças que estão por vir e argumentado que “algumas relações ainda podem ser reconstruídas” entre o governo e o Congresso.
Inacreditável 1 – O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), está incrédulo com a postura da governadora Raquel Lyra (PSD) em relação às obras do Aeroporto de Caruaru, no Agreste. Segundo o ministro, a decisão do Governo de Pernambuco de recusar recursos federais disponíveis e optar por contrair um empréstimo com juros para tocar o projeto representa uma escolha equivocada e prejudicial aos cofres públicos.
Inacreditável 2 – Silvinho lembrou que o Governo Federal estava pronto para executar 100% da obra, sem custo algum para o Estado. No entanto, a pedido da própria governadora — por se tratar de uma obra localizada em sua cidade natal —, foi firmada uma parceria em que cada ente destinaria R$ 75 milhões para a execução do aeroporto. “Infelizmente, o que vemos é uma decisão estreita da governadora. Abrir mão de R$ 150 milhões do Governo Federal para pegar empréstimo e bancar a obra do aeroporto é um erro, na minha avaliação. Esses recursos poderiam ser destinados a muitos municípios de Pernambuco que precisam de apoio financeiro do Estado.”
CURTAS
Combate ao feminicídio 1 – A Câmara Municipal do Recife passou a integrar oficialmente o movimento internacional Banco Vermelho, símbolo mundial de memória, denúncia e resistência contra o feminicídio. A instalação do banco, realizada ontem, é um marco histórico na luta pela igualdade de gênero e no enfrentamento à violência contra as mulheres.
Combate ao feminicídio 2 – O Banco Vermelho foi criado na Itália e difundido em diversos países. A iniciativa homenageia as vítimas de feminicídio e busca conscientizar a sociedade sobre a importância de combater todas as formas de violência de gênero.
Prefeito arrependido – Em entrevista ontem à Rádio Voluntários da Pátria, em Ouricuri (Sertão), o prefeito de Araripina, Evilásio Mateus, lamentou ter apoiado Raquel Lyra (PSDB) em 2022. Segundo o gestor, apesar de ter estado ao lado dela no pleito, sente-se hoje tratado como adversário. “Enquanto eu a apoiei, o ex-prefeito estava no grupo contrário. Agora, parece que os papéis se inverteram”, declarou.
Perguntar não ofende: Por qual motivo Raquel Lyra não quer dinheiro de Lula para fazer o aeroporto de Caruaru?
Leia menosAcabou há pouco, em Ouricuri, no Sertão do Araripe, a noite de autógrafos do meu livro “Os Leões do Norte”, pela editora Eu Escrevo. O encontro aconteceu no plenário da Câmara de Vereadores, com apoio do prefeito Victor Coelho (Republicanos).
Marcaram presença o vice-prefeito Assis Júnior (PT); o presidente da Câmara, Rogério da Aldeia (Republicanos); os vereadores Lenarte Carneiro (Republicanos) e Professora Williane (PT); os secretários Ana Maria (Saúde) e Joabe Santos (Educação); o procurador do município, Agripino Júnior; e o ex-vereador Chico Neto.
Amanhã estarei em Exu, terra de Luiz Gonzaga, para uma noite de autógrafos no Colégio Municipal Bárbara de Alencar, às 19h. Na quinta-feira, chego a Araripina, a capital do Araripe, em evento no auditório do Centro Tecnológico, às 19h, com apoio do prefeito Evilásio Mateus (PDT).
“Os Leões do Norte” reúne 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco (1930–2022), fruto de extensa pesquisa jornalística e historiográfica. A obra preserva a memória política e institucional do Estado e destaca Pernambuco como berço de grandes lideranças.
O projeto traz design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg, fomentando o debate sobre legados, contradições e impactos de gestão.
Leia menosO pernambucano Cristovam Buarque (Cidadania) tem uma militância de muitas décadas na área da educação. Ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) e ex-ministro da Educação no primeiro governo Lula, ele critica a falta de interesse dos brasileiros no assunto. Segundo ele, “não se acredita que a educação é o vetor do progresso e da comunicação”.
“O povo brasileiro não quer, os políticos não querem, não faz parte do imaginário brasileiro que pobres e ricos estudem na mesma escola. Inclusive, um pobre acredita que é capaz de ter um carro tão bom quanto um rico, mas não acredita que o filho dele pode ir a uma escola igual ao filho do rico. A escravidão ajudou nisso: durante 500 anos não era nem para haver escola para os escravos. Quando veio a urbanização, decidiu-se que não dava para negar escola para ninguém, então mantêm umas escolas tipo senzala para pobres e algumas escolas tipo casa-grande para ricos, como na obra de Gilberto Freyre. É lamentável”, disparou Cristovam, em entrevista ao podcast Direto de Brasília.
Leia maisEle lembrou da campanha presidencial em que foi candidato, em 2006, pouco após romper com o PT. Na época, ele ficou na quarta colocação e teve a educação como mote. “Fui o único candidato que fez um livrinho de programa de governo, com 45 temas, mas afirmando que a revolução era pela educação. Porque acho que é a educação que vai dar o eixo para resolver a violência, a corrupção, a dívida. Mas eu tinha 30 ou 40 segundos de propaganda eleitoral, eu tinha que falar uma coisa que marcasse. Se eu tivesse falado de tudo, ninguém nem lembrava que eu falei da educação. Essa convicção me deu uma marca”, contou o ex-ministro.
Cristovam ainda criticou a estruturação da educação brasileira. “Por que as universidades são federais e as escolas das crianças são municipais? Porque não há uma vontade nacional de que a gente seja campeão mundial de educação, que estejamos realmente entre os 10 melhores. Falta decisão política, mas é porque isso não está no imaginário do brasileiro. Não damos importância à educação de base para todos, com qualidade. Para mim, o grande erro da democracia, que levou à corrupção, ao descrédito, à falta de discernimento, é não termos dito que toda criança brasileira, ao nascer, tem o direito de ter uma escola de máxima qualidade. E a única saída é um esforço nacional de federalizar a educação de base”, concluiu Cristovam Buarque.
Leia menosEm meio ao processo de expulsão aberto pelo União Brasil, o ministro do Turismo, Celso Sabino, decidiu permanecer no governo Luiz Inácio Lula da Silva e tem se afastado das articulações da própria legenda contra o Planalto. O ministro — que foi um dos principais articuladores da sigla dentro da Esplanada — tenta manter-se como ponto de equilíbrio entre o partido e o governo, num movimento de resistência à determinação de desembarque.
— Acho bom o movimento do governo de reorganizar a base. O governo hoje é a noiva, está bem avaliado. Estou me defendendo no processo que abriram, sigo ao lado do presidente Lula, entregando os nossos projetos — afirmou Sabino. As informações são do jornal O GLOBO.
Leia maisO afastamento das conversas que buscam derrubar os vetos ambientais e tensionar a relação com o Planalto é interpretado como um gesto político. Desde que a Executiva do União Brasil decidiu, em 18 de setembro, que todos os filiados deixariam os cargos na Esplanada, Sabino vem postergando sua saída. Chegou a preparar uma carta de renúncia, mas recuou após pedido de Lula para que permanecesse no cargo durante a agenda da COP30 em Belém — decisão que irritou a cúpula do partido e levou à abertura do processo disciplinar.
— Acho que a decisão do partido foi açodada e apressada. A maior parte da bancada está comigo — disse nesta terça-feira.
As declarações foram dadas após agenda na Câmara dos Deputados.
O relator do caso, deputado Fábio Schiochet (SC), apresentou parecer por sua saída do partido. Após recomendar a expulsão, Sabino foi suspenso por 60 dias e agora tem este prazo para apresentar sua defesa.
Dirigentes ligados a António Rueda avaliam que a permanência de Sabino enfraquece a autoridade da direção e cria precedente para outros quadros descumprirem as decisões partidárias.
Nos bastidores, o Planalto decidiu não intervir diretamente no embate. A leitura é de que Sabino tem respaldo político no Pará e entregou resultados à frente do ministério — o que justifica mantê-lo até o fim da disputa interna. Pré-candidato ao Senado em 2026, ele vê na COP30 e no Círio de Nazaré vitrines essenciais para consolidar sua base eleitoral.
Em discurso ao lado de Lula em Belém, Sabino reforçou a aproximação com o presidente:
— Presidente Lula, o que nós fizemos juntos no Turismo nunca será esquecido. Nada, nenhum partido político, nenhum cargo e nenhuma ambição pessoal vai me afastar desse povo que eu amo e do Estado do Pará.
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