A 22ª segunda mudança no secretariado de Raquel Lyra (PSD), com a saída de Érika Lacet da Controladoria-Geral, hoje, marca também o encolhimento da participação de mulheres na lista de auxiliares diretos da primeira mulher eleita governadora de Pernambuco.
Ao assumir o cargo em 2023, Raquel prometeu protagonismo para as mulheres e nomeou 13 secretárias e 14 secretários. Dois anos e oito meses depois, das 30 secretarias atuais, apenas dez têm mulheres como titulares. Um encolhimento de 48% para 33% de participação feminina no primeiro escalão.
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A lista de exoneradas por Raquel Lyra é grande: Lucinha Mota (Secretaria de Justiça), Ivaneide Dantas (Secretaria de Educação), Carla Patrícia Cunha (Secretaria de Defesa Social), Carolina Cabral (Secretaria de Desenvolvimento Social), Regina Célia (Secretaria da Mulher), Ana Luiza Ferreira (Secretaria de Meio-Ambiente) e, agora, Érika Lacet (Controladoria-Geral do Estado).
Raquel já se disse várias vezes vítima de violência política por ser mulher. Alegou machismo estrutural dos representantes de outros poderes em entreveros ocorridos nos últimos dois anos. No entanto, em decisões que dependem apenas de sua caneta não faz valer aquilo que clama para si própria.
A governadora escolheu um homem, Renato Barbosa Cirne para substituir a secretária Érika na Controladoria. Assim como ocorreu em quase todos os casos anteriores, quando exonerou outras auxiliares.
Até mesmo quando poderia ser decisiva em aumentar o percentual feminino em cargos de liderança em outros poderes, a governadora achou melhor prestigiar homens. Nas escolhas do Procurador-Geral do Ministério Público e de Desembargador do Tribunal de Justiça, mesmo com nomes femininos nas listas tríplices, Raquel escolheu homens.
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