Prefeito solicita mais apoio à agricultura familiar de São José do Egito

O prefeito de São José do Egito, Fredson Brito, esteve reunido com o novo presidente do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Miguel Duque, acompanhado do ex-deputado Ricardo Teobaldo. Durante o encontro, o gestor apresentou demandas essenciais para fortalecer a agricultura familiar no município, especialmente no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e na ampliação da distribuição de sementes.

Fredson Brito destacou a importância de um maior suporte do IPA para garantir que mais agricultores de São José do Egito tenham acesso aos benefícios do PAA, programa que incentiva a produção rural e abastece instituições sociais com alimentos adquiridos diretamente dos produtores locais. Além disso, o prefeito solicitou um aumento na quantidade de sementes distribuídas, ampliando o alcance do programa e garantindo que mais famílias possam plantar e fortalecer a economia rural.

“Seguimos buscando apoio e investimentos para fortalecer a agricultura familiar, garantindo mais oportunidades para nossos produtores e impulsionando o desenvolvimento de São José do Egito. A parceria com o IPA é fundamental para ampliar o alcance do PAA e melhorar a distribuição de sementes para quem mais precisa”, destacou o prefeito.

Veja outras postagens

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), se reuniu, ontem, com a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), em um movimento que reforça sua articulação política no Estado. O encontro pode sinalizar uma adesão da gestora ao grupo do socialista, confirmando um distanciamento definitivo da governadora Raquel Lyra (PSD).

A reunião foi registrada nas redes sociais, onde Campos elogiou a petista. “Visita à amiga prefeita de Serra Talhada. Uma gestora muito competente que faz um grande trabalho. Muito obrigado pela recepção e carinho”, escreveu o prefeito em uma postagem no Instagram. As informações são do Blog da Folha.

Petrolina - O melhor São João do Brasil

O candidato a prefeito de Goiana Marcilio Regio (PP), com o suporte político do ex-prefeito e apoiador Eduardo Honório, ampliou sua aliança política. O vereador Doutor Wagner (Republicanos), deixou a base do candidato Eduardo Batista (Avante) e aderiu ao projeto de Marcilio. “Estou oficializando a minha vinda ao Grupo Azul. Não pulei de lado, sempre estive do lado certo. Estou do lado do povo”.

Doutor Wagner declarou, também, que, “como sempre fez”, estará junto dos goianenses para trazer o melhor para o município. “Junto com Eduardo Honório, com Marcílio e com Lícia, vamos transformar a Goiana no que vocês merecem”.

Marcilio agradeceu o apoio e disse que Doutor Wagner escolheu o lado certo. “Junto com Honório, com Licia, e com  todas as forças políticas que estão com a gente nessa caminhada, tenho certeza que Goiana vai ser um lugar melhor para se viver”, afirmou.

Dulino Sistema de ensino

No próximo dia 02 de abril, a Prefeitura do Brejo da Madre de Deus promoverá o II Simpósio Municipal do TEA, um evento voltado a mães e professores de crianças com autismo. O simpósio será realizado no auditório da Prefeitura, a partir das 8h da manhã.

A programação contará com palestras do psicólogo Ulisses Nunes, que abordará o tema “Modelação e Modelagem: princípios para aquisição de comportamentos funcionais”, a terapeuta Alexsandra Florêncio, que falará sobre “Estratégias para desenvolver a autonomia nas AVDs” (Atividades da vida diária), e o psicomotricista Jailson Aureliano, que trará a palestra “Economia de Fichas: Incentivando comportamentos positivos em crianças com autismo”.

O evento tem como objetivo fortalecer o conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), proporcionando informações essenciais para o acompanhamento e cuidado das crianças. As inscrições podem ser feitas através do link: https://encurtador.com.br/PQxnr.

Ipojuca No Grau

Hoje, a Compesa deu início a uma obra considerada histórica para a zona rural do município de São José do Egito: o abastecimento de água para os sítios Muquém e Papagaio. A iniciativa, aguardada há quase uma década pela população, finalmente sai do papel graças a uma parceria entre a Prefeitura, a Compesa e o Governo do Estado.

A obra, que era uma promessa de campanha do prefeito Fredson Brito, tem previsão de conclusão em aproximadamente 90 dias, garantindo o restabelecimento do fornecimento de água para dezenas de famílias da região. Para Fredson, este momento representa um compromisso cumprido e a virada de uma página de promessas não concretizadas no passado.

“Não é mais promessa. Foram quase 8 anos de espera. Hoje, estamos começando essa obra como deve ser: com planejamento, compromisso e respeito ao povo de Muquém e Papagaio. Nossa gestão trabalha para resolver os problemas e levar dignidade para quem mais precisa”, afirmou o prefeito.

Caruaru - IPTU 2025

O deputado federal Felipe Carreras (PSB) celebrou compromisso com o desenvolvimento de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, ao se comprometer a destinar recursos para impulsionar a infraestrutura do entorno do Açude da Manhosa.

O compromisso foi firmado após uma visita ao local, na última sexta-feira (28), na companhia do prefeito Helinho Aragão, que destacou a necessidade de investimentos para transformar a área em um espaço sustentável e de convivência para a população.

O objetivo é criar um ambiente que combine urbanização consciente, preservação ambiental e lazer para crianças e famílias, promovendo mais qualidade de vida, além de impulsionar o turismo e o comércio local. O projeto prevê a construção de parques, áreas de lazer, ciclovia, pista de corrida e caminhada, quiosques, quadras poliesportivas, bicicross, pistas de skate, espaços para pets, além de investimento em arborização e paisagismo.

“O prefeito Helinho me trouxe aqui para conhecer essa área tão importante para Santa Cruz do Capibaribe. Vi de perto o potencial desse espaço e me comprometo a buscar os recursos necessários para essa transformação, garantindo que a cidade receba uma obra que respeite o meio ambiente e ofereça mais estrutura e bem-estar para a população”, afirmou Felipe Carreras.

Camaragibe Cidade do Trabalho

Por Rodrigo Vilaça*

Extasiante, o malabarismo que fazia com as palavras. Estavam sempre prontas, desnudas. Alguns quase alcançavam o que de fato queriam dizer.

Com o tempo, foi parando de usá-las e, atentos, esperávamos, letra a letra, uma frase completa para nosso regozijo. Acabou entregando ao olhar a missão de dizer o que a caneta e a boca não falavam mais. Ficávamos nós, tentando compreender o que contavam, mas era impossível decifrar, diante de tamanho repertório. De novo, chegava fácil a saudade.

Sagaz, viu o mundo inteiro porque sua mente não teve fronteiras. Nunca duvidou de sua imponência, e foi a cabeceira em todas as mesas em que se sentou. Sentou em todas.

Sua Recife, o Brasil, a Academia Brasileira de Letras, o mundo – perdem originalidade, ousadia e, em alguma medida, desfaçatez. Perdem brilho.

Viveu amplamente, usufruiu e também pagou o preço de sua insubordinação pernambucana.

Contemple agora o silêncio bem-vindo e encontre os seus, apartados de você prematuramente. D. Evalda, Professor Vilaça, Maria do Carmo, Tom e Vytória passam a aproveitar de sua presença mais viva. Na matula, seu bolo de rolo. Enfim, o sossego.

Seja a paz que, mesmo sem destreza, sempre procurou.

Você é amado.

*Filho de Marcos Vilaça, imortal da ABL que faleceu no último sábado

Cabo de Santo Agostinho - IPTU 2025

EXCLUSIVO

Mais um escândalo em processo licitatório abala a gestão do novo secretário Gilson Monteiro, escolhido a dedo pela governadora Raquel Lyra (PSD) para cuidar das licitações da educação no Estado, após o anterior secretário sair mandando uma mensagem ao Blog, dizendo que “nunca cuidou da merenda escolar em Pernambuco”. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) mandou anular parte da licitação do Governo do Estado para contratação terceirizada de merendeiras das escolas estaduais. A decisão foi assinada pelo TCE na última sexta-feira (28).

O valor total da licitação, segundo o TCE, estava estimado em R$ 162 milhões. O TCE recebeu denúncia de uma das empresas participantes da licitação, referente ao lote 4 da disputa. A empresa acusou o Governo do Estado de favorecer a empresa declarada vencedora do lote 4, que, segundo a denunciante, se tratava de grupo econômico já envolvido em diversas irregularidades, inclusive o não pagamento de encargos trabalhistas para os empregados. Os auditores do TCE analisaram a licitação do Governo do Estado e concluíram pela procedência da cautelar.

“As alegações da peticionante que versam sobre o desvinculamento das decisões da pregoeira à regra editalícia, ferindo a isonomia do certame são procedentes. Sugere-se que a decisão da pregoeira seja reformada, já que não é possível habilitar a empresa sem ferir os princípios da isonomia, vinculação ao instrumento convocatório, transparência e legalidade”, apontaram os auditores do TCE. Segundo a decisão do TCE, uma das empresas teria sido supostamente favorecida pelo Estado, com prazos mais amplos que o previsto no edital. “O princípio da Legalidade: Ao se descumprir a regra do edital, concedendo prazos superiores ao estabelecido para comprovação de regularidade fiscal, fere-se o disposto no instrumento convocatório, ferindo a legislação vigente”, aponta o parecer técnico dos auditores do TCE, nos autos. O relator do processo no TCE, conselheiro Rodrigo Novaes, acatou o parecer técnico dos auditores e concedeu a medida cautelar.

“Foram identificados e apontados no Parecer Técnico diversas irregularidades no processo licitatório, que ferem vários princípios que norteiam as licitações públicas”, decidiu o conselheiro Rodrigo Novaes. A cautelar do TCE, ao final de decisão monocrática, foi para determinar “à Secretaria de Educação e Esportes que proceda à anulação da etapa de habilitação das empresas, exclusivamente em relação ao objeto licitado no LOTE 04, anulando todos os atos posteriores à essa etapa, e realizando nova etapa de habilitação, de acordo com as regras editalícias e da legislação vigente”. A decisão ainda será publicada no Diário Oficial.

O escândalo é mais um, em uma longa lista, para abalar a atual Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco. Como o Blog já denunciou, por exemplo, há problemas na aquisição do kit escolar e no fornecimento de merenda escolar. Sobre o kit, a governadora não conseguiu terminar a licitação e tentou culpar o TCE pelo atraso. “No ano de 2023, nós lançamos uma ata de registro de preços para a compra de material escolar, e deu tudo certo: compramos e entregamos o material no início das aulas para todos os estudantes. Este ano, lançamos a mesma ata, mas houve muitas discussões com o Tribunal de Contas, apesar de ela ser idêntica à do ano anterior”, disse Raquel Lyra, em entrevista ao Jornal do Commercio, em janeiro. Sobre a merenda, apesar de decorridos 27 meses de gestão estadual, Raquel Lyra não conseguiu terminar a licitação e está fazendo a compra de merenda por dispensa emergencial sem licitação. O secretário Gilson Monteiro foi convocado para prestar explicações na Assembleia Legislativa e deverá depor sobre os vários incidentes em 1° de abril.

Toritama - Prefeitura que faz

Por Adalbertovsky Ribeiro*

MONTANHAS DA JAQUEIRA – “Eu sou eu e minhas circunstâncias”, ensinou o filósofo espanhol Ortega y Gasset. Este pensamento é um coringa para inúmeras situações. “Uma anistia é uma anistia e suas circunstâncias, tia”. Exibia uma barba revolucionária e adorava o regime de Cuba. Esse “tio” defendia a luta armada e assalto a bancos para financiar a revolução “das massas”.

Essa geração da luta armada, das guerrilhas, foi anistiada em 1979.

E também os torturadores do aparelho repressor, em nome da conciliação nacional. A tortura é considerada um crime imprescritível e imperdoável. Este é o nó sempre questionado pelas esquerdas.

A anistia de 1979 aconteceu quando o regime emitia os suspiros de exaustão do autoritarismo, sob o clamor da sociedade, das lideranças políticas nacionais e até internacionais. Povo nas ruas só funciona sob o comando de lideranças. O pacote de abril de 1977 (senadores biônicos sem voto e propaganda eleitoral amordaçada) saiu pela culatra e o partido governista, a Arena, perdeu de goleada na eleição de 1978.

A expressão “anistia ampla, geral irrestrita” tem uma história. Significa que todas as galeras foram contempladas, quem cometeu crimes de sangue, sequestros, assaltos a bancos, exilados, torturadores, os sobreviventes das torturas, gregos e troianos.

O contexto político e econômico nos polos dinâmicos da Europa e Estados Unidos, durante a década de 1970, conspirava em favor dos movimentos democráticos na América Latina e no Brasil. Isto, noves fora Cuba, porque o fracasso da ideologia igualitária é mais uma das provas da irracionalidade dos comunistas. Anistiados de ontem contestam a preconizada anistia de agora.

Havia tiros, bombardeios, recessão, ditaduras e desemprego no meio do mundo. Eram as guerras de sempre. O hoje beatificado Dom Hélder Câmara combatia o bom combate. Não tinha medo de baionetas nem de assombração. Naquela época estava em plena forma física e metafísica para lutar pelas liberdades, anistia e democracia, democracia sem adjetivos e sem censura.

Aquela criatura miúda, de aparência física frágil, foi uma das grandes almas deste Brazil. Na cultura da Índia seria chamado de Mahatma (Grande Alma), Mahatma Helder. A anistia era uma flor em flor em botão. Com seus gestos teatrais, o Mahatma Helder disseminava o pólen das liberdades em suas peregrinações do mundo desenvolvido. Os críticos exploravam o lado vaidoso de Dom Helder. Diziam ser a humildade mais vaidosa do mundo.

Existem anistias e anistias. Os fregueses do Mensalão e do Petrolão já foram anistiados. O maior larápio da Guanabara, de uma cidade que chamam de maravilhosa, do Corcovado, condenado a mais de quatro séculos de cadeia por assaltar os trens pagadores dos Palácios, o bicho saiu da cadeia, foi anistiado.

Ao desfilar como herói numa viatura, no alto, sob as sirenes de um carro de bombeiro, é aplaudido como herói pelas multidões. Tudo indicado que será novamente candidato a governador, e vai ganhar. Deu um golpe de centenas e centenas de denários nos cofres públicos, mas não pode ser chamado de golpista.

*Periodista, escritor e quase poeta

Palmares - Outlet

O gestor governamental Ednaldo Moura toma posse, hoje, às 14h, como superintendente do Patrimônio da União em Pernambuco – SPU. Trata-se de um cargo da estrutura do Governo Federal, ligado ao Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos. Ednaldo foi indicado pelo deputado federal Felipe Carreras (PSB), após entendimentos com o prefeito João Campos (PSB).

A secretária Nacional do Patrimônio da União, Carolina Gabas Stuchi, participará da solenidade ao lado de João Campos, cuja gestão depende fundamentalmente de decisões da SPU, para consolidar projetos estratégicos que envolvem posse e uso de terrenos classificados como de Marinha.

Natural de Camaragibe, Ednaldo vem ocupando cargos nos governos do PSB desde a gestão Eduardo Campos. Nos últimos anos, foi secretário executivo nas secretarias de Educação do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife. “Recebo esta missão com alegria, porque é muito bom ser distinguido com uma prova de confiança deste tamanho, mas também com a convicção de que não recebi uma benesse. Ao contrário, fui gratificado com uma missão desafiadora”, disse o gestor.

Alepe endurece o jogo com Raquel

A governadora em exercício Priscila Krause (PSDB) fez uma tremenda descortesia com a Assembleia Legislativa ao nomear mais de 100 cargos comissionados na gestão de Fernando de Noronha sem sequer o nome do novo administrador ter sido sabatinado pela Comissão de Justiça da Casa.

O presidente da Comissão, Alberto Feitosa (PL), já deixou vazar que não vai pautar nem tão cedo a sabatina do advogado Virgílio Oliveira, indicado para o cargo pelo Avante. “Também não é dada como certa a sua aprovação quando vier a entrar em pauta”, disse, ontem, um parlamentar com bom trânsito entre todos os partidos no Legislativo.

Esta não será uma reação única e isolada da Alepe. Soube, ontem, que a bancada de oposição vai exigir que a governadora Raquel Lyra (PSD), que hoje volta das suas férias no Canadá, preste contas do primeiro empréstimo de R$ 3,4 bilhões que a Casa aprovou no ano passado. Do contrário, o novo pedido de autorização para um empréstimo de R$ 1,5 bilhão não será colocado em pauta.

“Precisamos saber para onde está indo tanto dinheiro”, disse o líder do PSB na Alepe, Sileno Guedes, para quem a governadora tem que elencar obra por obra, seus valores e estágios de andamento para que o Legislativo se convença de que a dinheirama está sendo bem empregada, com retornos vantajosos para o Estado.

Priscila enviou, no último dia 21, à Assembleia Legislativa, o novo pedido de autorização para contratar um empréstimo de R$ 1,5 bilhão, com garantia da União. Segundo a mensagem, o dinheiro será aplicado em obras no Estado. De acordo com o texto, o valor contratado será de R$ 1.513.205.279,42. Trata-se do limite autorizado pelo governo federal ao Estado para captação em 2025.

ESTRADAS E ÁGUA – Na mensagem, o Governo diz que o dinheiro será investido na recuperação da infraestrutura das rodovias, por meio do programa PE na Estrada. O texto enviado à Alepe também cita obras nos setores hídrico, urbano e rural, além de equipagem de unidades de saúde, segurança e educação. No projeto, o governo esclarece que o empréstimo será contratado junto a instituições financeiras nacionais, mas ainda não há definição sobre qual banco liberará o crédito, o que só deve ocorrer após a autorização da contratação por parte do Legislativo.

Com Dilma, não deu certo! – Quando esteve ameaçada de sofrer impeachment, a então presidente Dilma (PT) começou a fazer bondades com o chapéu alheio. Aos deputados, liberou emendas. Aos prefeitos, aumentou o Bolsa-Família, distribuiu ônibus, assinou convênios para cozinhas comunitárias e creches. Não escapou da degola. Pernambuco vive momento semelhante com Raquel Lyra, que transformou sua Assessoria Especial numa grande sinecura (emprego sem exigência de trabalho) e abriu os cofres para ônibus, cozinhas e creches. A tentativa é desesperadora para se salvar em 2026, quando disputa a reeleição contra João Campos (PSB).

A largada de João – Por falar em João Campos, a largada de sua pré-campanha ao Governo do Estado foi dada no último fim de semana, quando participou dos congressos estaduais do PSB em São Lourenço, englobando a Região Metropolitana, e em Afogados da Ingazeira, etapa de inclusão e mobilização do Sertão do Pajeú. Segundo as últimas pesquisas, se as eleições para governador de Pernambuco fossem hoje, o socialista frustraria o projeto de reeleição de Raquel com muito esforço. Abre uma frente de 40 pontos e aparece na dianteira em todas as regiões do Estado, inclusive no Agreste, região onde se insere a sua Caruaru.

A botija de Zeca – Tão logo foi eleito, o prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti (Podemos), jogou pedras no seu antecessor Wellington Maciel (MDB) pelo rombo no caixa municipal que herdou. Mas pelo tamanho da festa e a caríssima grade de artistas que está contratando para o São João, em anúncio no último fim de semana, os cofres da municipalidade não sangram. Dá a entender ao contrário, que estão abarrotados de dinheiro. A não ser que o prefeito tenha achado uma botija, com um “empurrãozinho” da governadora Raquel Lyra.

Sem tratamento diferenciado – O presidente da Amupe e do Podemos, Marcelo Gouveia, diz que nunca houve tratamento diferenciado a prefeitos por parte do Governo Raquel. “Tanto os prefeitos da situação quanto da oposição são atendidos da mesma forma e estão satisfeitos com esta postura adotada por ela”, diz. Para ele, os municípios têm a prioridade da governadora porque enfrentam muitas dificuldades. “A maioria gasta tudo que recebe da União, através do FPM. Na verdade, fui prefeito e nada sobra no final do mês”, acrescentou, referindo-se à sua passagem pela Prefeitura de Paudalho em dois mandatos.

CURTAS

BOTANDO A CARA – Mesmo sem se referir ao seu nome, candidato natural do PSB a governador em 2026, o prefeito do Recife, João Campos, disse, ontem, à Rádio Pajeú, tão logo desembarcou em Afogados da Ingazeira para o congresso estadual do PSB, que o partido terá “um projeto forte em 26”.

A DIFERENÇA – Na mesma entrevista, João também falou sobre a cooptação de prefeitos dos mais variados partidos, inclusive do PSB, pela governadora, nos últimos dias, com vistas a se fortalecer para a reeleição. “Eventuais movimentos de aliança sempre existiram. A diferença é quem faz política com o povo”, afirmou.

SEM CERTEZA – João, por fim, falou sobre a tese de dois palanques para Lula em Pernambuco nas eleições de 2026, conforme se especula com a ida de Raquel para o PSD, partido da base do Governo no Congresso. “O PSB estará com Lula em 2026. Quanto ao PSD, não sei se ele tem essa certeza”, afirmou.

Perguntar não ofende: Pernambuco já está vivendo a campanha antecipada de 2026?

Por Antônio Lavareda

Da CNN Brasil

No nosso segundo programa mensal, que vai ao ar sempre no último domingo de cada mês às 22h45, analiso os últimos fatos relativos à eleição de 2026, na companhia da jornalista Clarissa Oliveira.

Dois terços dos brasileiros, como se vê no primeiro gráfico acima, entrevistados pelo Ipespe, pouco antes do anúncio da decisão do STF acolhendo a denúncia da PGR e colocando Bolsonaro como réu no processo da “trama golpista”, acreditam que ele será condenado; apenas 29% disseram o contrário.

Uma eventual condenação não mudará sua situação legal do ponto de vista eleitoral, posto que o ex-presidente se encontrava inelegível por decisão do TSE desde junho de 2023, mas certamente consolidará a convicção em muitos dos seus eleitores de que é preciso pensar em alternativas.

O que os políticos aliados fazem há algum tempo. Pesquisa Atlas recente apontou um empate estatístico na opinião pública a respeito: 47,1% acham que Bolsonaro deve indicar outro nome, enquanto 45,9% querem que mantenha sua candidatura.

Entretanto, as coisas não são simples assim. O segundo gráfico do Ipespe mostra que 40% do total esperam que Bolsonaro venha a ser beneficiado por anistia ou revisão do processo, adquirindo, portanto, condições de estar presente na urna. Entre os bolsonaristas, chega a 70%.

Esses números sugerem as consequências da decisão do STF. Bolsonaro, réu e com ampla expectativa de condenação, assistirá insatisfeito uma maior movimentação dos pré-candidatos do seu campo para ocupar o espaço legalmente vago.

Em seu favor, ele pode contar com a garantia de um comparecimento expressivo dos seus seguidores às ruas, animados pela expectativa de que poderá concorrer. A partir das manifestações que começaram no Rio e chegarão a São Paulo, combinadas com a campanha da anistia no Congresso, ele constrangerá os nomes da direita que se arvoram em disputar seu espaço.

O governador Tarcísio, ciente disso, fez-se presente em Copacabana, e certamente não faltará aos próximos eventos, a despeito dos desgastes a que se expõe nas redes, buscando assumir a posição de sucessor “natural”, absolutamente “leal”, e melhor posicionado nas pesquisas que os familiares do ex-presidente.

No ranking de presidenciabilidade, Lula sai na frente, mas Tarcísio ganha no saldo

No pelotão da frente, na resposta à indagação se, independente do seu voto, o eleitor acha que “seria um bom presidente”, Lula marca 40%, seguido por Tarcísio, com 35%, Haddad com 33%, e Eduardo Bolsonaro, com 30%.

O presidente fica cinco pontos acima do governador de São Paulo, mas na resposta contrária (“não seria”) Tarcisio tem vantagem de dez pontos: é apontado por 47%, ao passo que Lula por 57%.

Ou seja, considerando-se os saldos (“seria” menos “não seria”) o governador obtém o menor saldo negativo do ranking (-12 pontos), enquanto o presidente viria em segundo com -17 pontos. Ele tem ainda um grau de desconhecimento de 15 pontos, maior como se vê na tabela (16% versus 1% de Lula).

Esse ranking é resultado de uma mesma pergunta (que pode ser vista abaixo do gráfico) repetida para cada um dos dez nomes testados. Simples, compreensível e direta.

Como variável, a “presidenciabilidade” tem um grande poder preditivo, sendo reconhecida na literatura de ciência politica como um forte indicador do apelo do candidato, porque consegue sintetizar variadas percepções de atributos dos nomes testados (competência, preparo, integridade, capacidade de articulação, entre outras), além do grau de conhecimento dos mesmos.

Nessa etapa, para projetar a força futura de uma eventual candidatura, é muito mais eficaz que as perguntas de intenção de voto necessariamente baseadas em listas arbitrárias.

Índice CNN: Lula aprovado por 41%; para o incumbente, o que vale mesmo é sua aprovação

Como comentei no artigo anterior, para o candidato em cargo executivo que concorre sentado na cadeira que estará em jogo, a variável chave é a “aprovação” do seu trabalho, do seu governo, mais que qualquer outro indicador, incluindo a “presidenciabilidade” ou “intenção de voto”, que nesse caso específico (incumbente) sempre estarão estreitamente relacionadas a ela.

O Índice CNN de março — média de todas as pesquisas realizadas — mostra a “aprovação” caindo dois pontos em relação a fevereiro, chegando a 41%, e a “desaprovação” oscilando um ponto para cima, atingindo 54%.

Com esses números, seria impossível ao presidente se reeleger, caso a eleição fosse disputada em breve, independente da força eleitoral que os possíveis adversários tenham no momento. Para ele se mostrar competitivo precisará reconquistar 45% de aprovação. E aproximar-se dos 50% para voltar a ser visto como favorito.

Abordei no programa de fevereiro as causas do mergulho da popularidade do presidente. Agora, cabe um exame atento da evolução dos “saldos”. Ele nos mostra que a queda vem tendo sua intensidade reduzida. Janeiro foi o momento da grande inflexão, quando ele passou de +1 para -6, ou seja, um movimento negativo de 7 pontos. Em fevereiro, a queda foi menor, de 4 pontos (-6 para -10); e em março o novo recuo do saldo é de 3 pontos (-10 para -13).

Agregando-se outras informações, é plausível supor que a imagem do governo esteja no momento “deixando de piorar” e que possa vir a recuperar adiante pelo menos alguns pontos dos que teve na primeira metade do governo.

Por que digo isso? Independente das pesquisas, minha longa experiência anterior como consultor de opinião pública e de comunicação de governos aconselha a não se desprezar a “vantagem do incumbente”, onde se inclui o controle da agenda, a iniciativa das políticas públicas, a capacidade de se articular com os outros poderes, e a propaganda governamental. Assim, embora a inflação dos alimentos continue a fustigá-lo, o governo começou a reagir.

Melhorou para o Planalto o volume de notícias positivas no confronto com as negativas. O farto noticiário sobre iniciativas como a isenção do Imposto de Renda para até R$ 5.000, a divulgação do consignado para os celetistas, a intensa movimentação na mídia do novo Ministro da Saúde preenchendo o vazio anterior nessa área, a abertura de mercados na viagem do presidente ao Japão e Vietnã em companhia dos chefes do Congresso, são alguns exemplos nítidos.

Some-se a isso o início de forte publicidade online e off-line das ações do Lula 3.

IDP: Ratinho, Caiado e Lula se destacam na batalha das redes

Dois governadores chegaram ao topo do Índice Datrix dos Presidenciáveis em março, e pelos mesmos motivos: Ratinho Jr., do Paraná (IDP +14,71), e Ronaldo Caiado, de Goiás (IDP +13,61).

Segundo João Paulo Castro, cientista de dados da Datrix, eles são muito bem avaliados em seus estados e ainda pouco presentes nas discussões sobre política nacional — o que significa menor exposição a críticas e ataques. Ao contrário do incumbente, que segue sendo, disparado, o nome mais comentado nas redes entre os concorrentes de 2026 (cerca de 80% do volume total analisado). Lula já esboçou reação no ambiente das redes, e agora aparece na terceira colocação, com +10,53.

Popularidade digital tem dinâmicas diferentes das avaliações de governo, porque os “defensores” conseguem gerar mais volume de postagens e amplificar os elementos positivos nos algoritmos das redes sociais. Os movimentos do presidente têm deixado o jogo menos negativo para ele, mas é preciso entender como — e se — isso pode virar capital eleitoral no ano que vem.

Ratinho Jr., Caiado e Lula assumiram as primeiras colocações também porque dois nomes de destaque saíram do IDP em março. O cantor Gusttavo Lima anunciou que não vai concorrer a nenhum cargo em 2026 e, ainda no fim de fevereiro, a Justiça Eleitoral determinou a inelegibilidade de Pablo Marçal por oito anos.

Por fim, como ressalta João Paulo Castro, Tarcísio, que vinha se destacando no ranking nos dois primeiros meses do ano, quando sua popularidade parecia imune aos ataques direcionados ao principal aliado, Jair Bolsonaro, viu nesse momento seu índice sofrer forte inflexão, recuando de +28,97 em fevereiro para -1,6 em março.

João Paulo Castro aponta que isso ocorreu muito por conta da maior visibilidade de sua aproximação com o ex-presidente, e também pelo grande volume de críticas nas redes às ações da Polícia Militar paulista.

A Datrix lembra que a performance digital dos potenciais candidatos é medida de forma original nesse Índice com notas que vão de -100 a + 100, combinando três grandes dimensões: engajamento nas redes próprias dos presidenciáveis, comentários em páginas da mídia, de influenciadores e de outros políticos, e a tonalidade das postagens numa escala de muito positiva a muito negativa.

Milhões de dados das mais importantes plataformas (X, Facebook, Instagram, Threads, Bluesky, YouTube, entre outras) são extraídos e analisados com Inteligência Artificial).

Você pode assistir a esse programa e ao anterior no site da CNN.

Falta um ano e seis meses para a eleição de 2026.

Do Correio Braziliense

As manifestações contra o projeto de lei que prevê anistia aos presos do 8 de janeiro reuniram 18,3 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, de acordo com levantamento realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP). O movimento foi organizado pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, e teve o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT).

No entanto, os números divulgados pela USP divergem do Instituto Datafolha, que apontou 30 mil pessoas na manifestação ocorrida neste domingo (30). Já a Polícia Militar do estado, em um post nas redes sociais, informou que foram 400 mil manifestantes.

O movimento na capital paulista ainda contou com o apoio do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e a presença dos parlamentares Guilherme Boulos (Psol-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara dos Deputados.

Os manifestantes fizeram uma caminhada a partir da Praça Oswaldo Cruz até o prédio onde funcionou a sede do Destacamento de Operações de Informações — Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), órgão de inteligência responsável pela repressão durante o período da ditadura militar. Os atos também fizeram memória ao golpe de 1964, que completa 51 anos nesta segunda-feira (31).

Durante o evento, Boulos disse que o ato conseguiu superar em tamanho o que foi organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no último dia 16 de março. “Se o público fosse medido pela PM lá do Rio, eles iam dar 1 milhão aqui”, ironizou.

Além de São Paulo, houve atos contra a anistia em pelo menos mais sete cidades no Brasil durante este domingo (30): Brasília, Fortaleza, São Luís, Belo Horizonte, Belém, Recife e Curitiba. De acordo com os organizadores, os movimentos devem continuar em outras cidades do país até esta terça-feira, dia 1º.