O prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino, está de volta ao município, onde já retorna à agenda de entregas à população. Hoje, faz o lançamento do Castramóvel, no Parque Euclides Dourado. O chefe do executivo garanhuense se encontrava em Brasília desde a segunda-feira, onde participou da XXIV Marcha dos Prefeitos e cumpriu intensa agenda na Câmara dos Deputados e em órgãos do Governo Federal, acompanhado do secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Econômico, Alexandre Marinho; o diretor de finanças, Paulo Catão; o assessor do deputado federal Felipe Carreras, Cayo Albino, e o assessor de comunicação, Thomas Ravelly.
Sivaldo Albino visitou o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, ao qual foi entregue um ofício com demandas do município. Pauta também para o Ministério das Cidades, onde foi recepcionado pelo chefe de gabinete, Sílvio Arthur, que representou o ministro Jader Fontenelle. Segundo Albino, os pedidos são para infraestrutura de Garanhuns.
Um dos pontos altos da agenda foi o encontro de prefeitos socialistas pernambucanos com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em uma agenda política, na Fundação João Mangabeira, instituto do PSB nacional.
Na agenda, alguns encontros importantes e produtivos, a exemplo do realizado pela AMUPE, no plenário principal do evento, na Câmara dos Deputados, que reuniu prefeitos e deputados estaduais e federais pernambucanos na capital federal. Em cada encontro, sempre a boa relação institucional e a busca por investimentos para o município.
Sivaldo Albino retorna a Garanhuns e inicia em abril nova agenda de entregas e inaugurações, a exemplo de novas creches, escolas e Unidades Básicas de Saúde.
O governo federal realizou o primeiro pagamento no ano das chamadas “emendas PIX” na última terça-feira (9). Ao todo, foram R$ 2,3 bilhões pagos para indicações feitas por parlamentares.
O valor corresponde a um terço de todas as emendas PIX destinadas neste ano. Esse foi o maior pagamento de emendas num único dia. Neste ano, até agora, o governo pagou 11,3 bilhões em emendas, sendo 3,4 bilhões em emendas PIX.
Emendas individuais de transferência especial, ou emendas PIX, foram criadas em 2019 e ficaram conhecidas assim pela dificuldade na fiscalização dos recursos, uma vez que os valores são transferidos por parlamentares diretamente para estados ou municípios sem a necessidade de apresentação de projeto, convênio ou justificativa – por isso, não há como fiscalizar qual função o dinheiro terá na ponta.
Além disso, as emendas são impositivas, ou seja, o governo é obrigado a pagar.
“Um problema fundamental das emendas PIX é o fato que o uso do recurso não precisa contribuir diretamente para o avanço de uma política nacional específica em uma área”, afirmou Marina Atoji, diretora da organização Transparência Brasil.
Desembarque do União e PP
O movimento do governo começou a acontecer uma semana antes, quando a federação partidária formada pelo União Brasil e pelo PP anunciou que filiados aos partidos deveriam deixar os cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No dia do anúncio do desembarque, o governo empenhou os R$ 2,3 bilhões que acabaram sendo pagos na semana seguinte.
A maior beneficiada com os repasses foi a federação formada pelo União e o PP. Juntos, os dois partidos tiveram R$ 509 milhões em emendas pagas. Foram R$ 278 milhões para o União Brasil e R$ 231 milhões para o PP.
O segundo partido mais beneficiado foi o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, com R$ 400 milhões, e em terceiro aparece o MDB, que compõem a base do governo, com R$ 317 milhões.
O Partido dos Trabalhadores, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, teve R$ 174 milhões em emendas pagas. O Psol foi o único partido com representação no Congresso que não teve emendas PIX pagas.
Parlamentares beneficiados
Ao todo, 429 parlamentares que fizeram indicações de emendas foram contemplados com a liberação do pagamento pelo governo.E o senador Lucas Barreto (PSD-AP) foi o parlamentar mais beneficiado no período. Ao todo, foram R$ 18,5 milhões para o estado do Amapá.
Em seguida, aparece o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), com R$ 18 milhões enviados para municípios do Rio Grande do Norte, seu estado de origem.
O terceiro parlamentar que mais recebeu emendas foi o deputado federal Alberto Mourão (MDB-SP), que teve R$ 17,8 milhões em emendas PIX pagas para municípios do estado de São Paulo.
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), juntos tiveram R$ 23 milhões pagos em emendas. Foram R$ 16,5 milhões para Alcolumbre e R$ 6,9 milhões para Motta.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cancelou a viagem que faria, hoje, à Brasília, a fim de articular a aprovação a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos réus condenados pela trama golpista.
A viagem estava prevista para as 16h30, mas o Palácio dos Bandeirantes anunciou no fim da manhã a mudança de planos, sem dizer o motivo do cancelamento. As informações são do portal G1.
Apesar da ausência de Tarcísio, líderes da oposição devem se reunir nesta semana para traçar estratégias e fazer a proposta avançar em meio a resistências por parte da cúpula do Congresso e do governo.
Valdemar Costa Neto, presidente do PL, se encontrou no sábado com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que teria sinalizado que vai apoiar a pauta. Também é esperada para os próximos dias uma reunião entre Valdemar e o presidente do Republicanos, Marcos Pereira.
Na última semana, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, afirmou que aguardava a ida de Tarcísio a Brasília para destravar a anistia e negociar a votação da proposta.
Bolsonaro foi condenado na última quinta-feira (11) a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por cinco crimes: organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio. Outros sete acusados também foram condenados pelo tribunal.
Tarcísio esteve em Brasília na semana retrasada. Lá, se reuniu com o senador Ciro Nogueira (PP) e com o presidente da Câmara, Hugo Motta. Voltou para São Paulo no dia seguinte e se reuniu com o pastor Silas Malafaia e com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, no Palácio dos Bandeirantes. O encontro começou por volta das 22h e terminou depois da meia-noite.
Antes disso, reuniu-se no Palácio dos Bandeirantes com Marcos Pereira, presidente do seu partido, o Republicanos. Tarcísio aguardou o fim do julgamento no STF para retornar à capital federal e retomar a articulação.
A proposta de anistia a Bolsonaro tem o apoio de siglas como o PL, o PP e a federação União Progressista. Como mostrou o blog, o governador também aposta no apoio do Podemos à pauta.
Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (13) apontou que 54% dos brasileiros são contra a aprovação no Congresso de uma anistia a Bolsonaro, enquanto 39% defendem a ideia.
Em entrevista para o Diário do Grande ABC, Tarcísio afirmou que a anistia é “remédio político e que garante pacificação” e vai trabalhar para que seja construída no Congresso Nacional. Também disse que, caso fosse eleito presidente em 2026, seu primeiro ato seria conceder indulto a Bolsonaro.
No ato de 7 de setembro na avenida Paulista, ele elevou o tom contra o STF, chamando o ministro Alexandre de Moraes de tirano, defendeu uma anistia ampla aos condenados pela trama golpista e que seria “fundamental” ter Bolsonaro na disputa de 2026.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, hoje, que o Governo Federal suspenda os repasses de todas as emendas parlamentares em que a Controladoria Geral da União (CGU) apontou “indícios de crimes”.
Dino também determinou que a Polícia Federal seja notificada sobre as conclusões da CGU para abrir novos inquéritos ou complementar investigações em curso.
Por ordem do ministro, a Controladoria Geral da União analisou a aplicação de emendas individuais destinadas a dez municípios em 2024 e apontou falhas em nove deles. Apenas São Paulo (SP) cumpriu os requisitos de rastreabilidade e transparência exigidos pelo STF, segundo a CGU.
A auditoria acusou irregularidades em Camaçari (BA), Carapicuíba (SP), Coração de Maria (BA), Iracema (RR), Macapá (AP), Rio de Janeiro (RJ), São João de Meriti (RJ), São Luiz do Anauá (RR) e Sena Madureira (AC). O Estadão pediu manifestação das prefeituras.
Os inquéritos continuarão tramitando sob supervisão do STF. Segundo ministro, o objetivo é “evitar qualquer embaraço indevido às prerrogativas parlamentares, seguindo-se o declínio às instâncias ordinárias quando for o caso e no momento adequado”.
Na mesma decisão, Dino mandou a CGU continuar as auditorias. Ele justificou que o trabalho é necessário para “separar o joio do trigo, evitar injustiças, possibilitar o exercício pleno do direito de defesa e aplicar as sanções cabíveis após o devido processo legal”.
A reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que investiga descontos ilegais em aposentadorias, marcada para hoje, foi cancelada. O encontro teria como destaque o depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”.
A decisão foi tomada após o investigado comunicar, por meio da defesa, que não iria comparecer à comissão para prestar depoimento. A informação foi divulgada em nota pela assessoria do presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG).
No início da manhã, a equipe jurídica do acusado afirmou ao blog da Camila Bomfim, que Antunes pretendia comparecer à oitiva, e que iria usar o depoimento para se defender das acusações. Mas, horas depois, ele desistiu do depoimento.
Antunes é considerado pela Polícia Federal como um dos articuladores do esquema que desviou bilhões de reais do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na última sexta-feira (12) a PF prendeu o operador por suspeita de pagamento de propina a servidores do órgão para obter ilegalmente dados de aposentados e pensionistas, repassar a entidades e, com isso, viabilizar os descontos ilegais.
Após a operação, o empresário foi convocado para depor na CPMI. Mas, ele seria ouvido na condição de investigado, e não tinha a obrigação de responder a todas as perguntas feitas pelos parlamentares, caso entenda que isso poderia incriminá-lo.
Anteriormente, a defesa já havia afirmado que o “Careca do INSS” não compareceria após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornar facultativa a ida dele ao colegiado.
Caberá ao presidente Lula (PT) assinar a ordem de cassação da medalha Ordem do Pacificador que Jair Bolsonaro (PL) exibiu a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante seu interrogatório no julgamento da trama golpista.
Isso ocorrerá se Bolsonaro perder posto e patente do Exército, punição aplicada a qualquer militar que tenha condenação superior a mais de dois anos de prisão. Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos de cadeia pelo STF. As informações são do blog do Octávio Guedes.
A cassação da medalha é prevista no artigo 10 do decreto 4.207 de abril de 2002, assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Lula não tem outra opção caso Bolsonaro seja considerado indigno do oficialato pelo Superior Tribunal Militar (STM).
A medalha do Pacificador é uma das mais altas honrarias do Exército. Como o blog revelou, Bolsonaro a conseguiu por uma manobra do pai de Mauro Cid, o general Lourena Cid, para se livrar de um processo de racismo movido pela cantora Preta Gil. O ex-presidente estava sendo processado por racismo por ofensas contra a artista durante uma entrevista na TV.
Em 2013, Bolsonaro pediu a Lourena Cid que usasse seu prestígio junto ao comandante do Exército da época, general Enzo, para que recebesse a medalha por ter salvado um soldado negro na década de 1970. Bolsonaro sempre alegou que o salvamento de um negro provava que ele não era racista. O fato é que, se Bolsonaro se omitisse no salvamento de um comandado durante um treinamento, ele teria cometido crime.
Lourena era chefe de gabinete do comandante do Exército, general Enzo, que abriu uma sindicância para comprovar a veracidade da história. O general Enzo, no entanto, era contra a mistura das questões militares com a política e não quis dar a medalha. A história mudou quando o general Villas Boas assumiu o comando. Ele concedeu a graça destinada a pessoas que tenham se distinguido por “atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com risco de vida”.
Ou seja: Lula pode fazer cumprir um decreto assinado por Fernando Henrique, após Bolsonaro ser condenado num processo relatado por ministro nomeado por Michel Temer (MDB), o que só fez porque Dilma Rousseff sofreu impeachment.
Detalhe: Bolsonaro votou pela deposição da então presidente e dedicou seu voto a um torturador da ditadura militar, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.
O prefeito do Ipojuca, Carlos Santana, promoveu o primeiro Mutirão da Saúde, realizado na Policlínica de Camela. A ação integra o programa municipal “Saúde em Dia”, que será expandido para todos os distritos do município, oferecendo atendimento especializado, exames, vacinação, além de serviços multiprofissionais gratuitos à população. As atividades aconteceram durante todo o dia do sábado (13).
Durante o evento, Santana destacou a importância da iniciativa para garantir mais dignidade aos ipojucanos. “O primeiro mutirão foi um sucesso. Vimos nos olhos das pessoas a satisfação de serem atendidas com respeito e cuidado. Esse é o nosso compromisso: levar saúde de qualidade para perto de quem mais precisa e zerar as filas de espera”, afirmou o prefeito.
O mutirão contou com atendimentos em especialidades como psiquiatria, neurologia, pediatria, cardiologia, ortopedia e neuropediatria, além de consultas odontológicas, acompanhamento nutricional, exames laboratoriais, vacinação e serviços de ultrassonografia. Também foram oferecidos atendimentos na unidade móvel, com clínicos gerais e realização de testes rápidos.
O lançamento de “Os Leões do Norte”, hoje, em Sertânia, vai se transformar numa grande homenagem ao filho mais ilustre da terra: o ex-governador Etelvino Lins, que esteve à frente dos destinos de Pernambuco no período de 1952 e 1955, com uma obra marcada por grandes projetos para o Sertão. Ele é um dos personagens do livro. Foi um homem público de firme caráter, conforme definiu em discurso no Senado o saudoso Marco Maciel.
O lançamento de hoje está marcado para as 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio da prefeita Pollyana Abreu (PSD) e de todos os vereadores. Coube a Junhão Lins (PSD), sobrinho-neto de Etelvino, tomar a iniciativa da homenagem. Etelvino honrou Sertânia, era uma das paixões da sua vida, o Sertão e sua gente.
Advogado por formação, Etelvino ingressou na vida pública no final da década de 1930, quando o ex-governador Carlos de Lima Cavalcanti, também personagem do livro, o nomeou para promotor de justiça em Goiana e Caruaru. Em 1937, foi escolhido como secretário de Governo e, em seguida, secretário de Segurança Pública.
Foi nomeado interventor em 1945, senador Constituinte em 1946, até chegar ao Governo de Pernambuco em 1952 pelo voto. Agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal durante o mandato, Etelvino foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União pelo presidente Café Filho, após deixar o Governo de Pernambuco.
A partir de 1963, dedicou-se exclusivamente ao Tribunal de Contas da União, assumindo a presidência da corte em 1965, quatro anos antes de pedir a aposentadoria. Etelvino é o autor da lei que fornecia transporte gratuito aos eleitores da zona rural no dia das eleições. Na vida pessoal, Etelvino casou-se com Djanira Falcão em 1933 e teve oito filhos. Ele morreu no Rio de Janeiro, vítima de um aneurisma cerebral, em 1980.
“Os Leões do Norte” é resultado de uma extensa pesquisa jornalística e historiográfica, envolvendo 22 minibiografias de ex-governadores de Pernambuco, que exerceram mandatos entre 1930 e 2022. Trata-se de uma contribuição essencial para a preservação da memória política e institucional do Estado, destacando o papel de Pernambuco como berço de lideranças que marcaram a história nacional.
O livro ainda conta com design gráfico, capa e caricaturas de Samuca Andrade, além de ilustrações de Greg. “Os Leões do Norte” homenageia os líderes que ocuparam o Palácio do Campo das Princesas e também promove o debate sobre seus legados, suas contradições e o impacto de suas gestões.
A prisão de um ex-presidente da República é um fato que transcende a figura do indivíduo. Não se trata apenas de uma biografia marcada por processos ou sentenças, mas de um acontecimento que projeta sua sombra sobre a imagem internacional do país e sobre a própria confiança interna nas instituições. É inevitável que a detenção de quem já exerceu o mais alto cargo da nação se converta em símbolo, seja para demonstrar força da lei, seja para expor as fragilidades do sistema judicial.
Há quem sustente que a prisão de um presidente seria demonstração de maturidade democrática. A narrativa é sedutora: ninguém estaria acima da lei. Contudo, na prática, essa leitura é simplista. O que deveria ser um gesto de afirmação do Estado de Direito frequentemente se transforma em espetáculo, com efeitos danosos para a percepção externa do país e para a coesão interna. Não se trata de blindar ex-presidentes de sua responsabilidade jurídica, mas de reconhecer que, quando o processo é malconduzido, a justiça deixa de cumprir sua função e se converte em injustiça.
O Brasil já viveu esse dilema. Luiz Inácio Lula da Silva permaneceu mais de 500 dias encarcerado. Sua liberdade foi restabelecida não porque tivesse sido absolvido, mas porque o Supremo Tribunal Federal reconheceu que seu julgamento não havia respeitado os ritos e garantias processuais devidos. A anulação não apaga a suspeita de erros, mas evidencia que a pressa ou a contaminação política nos julgamentos corroem o sentido de justiça. A consequência foi paradoxal: Lula, depois de preso, voltou a se candidatar e reassumiu a Presidência, com as cicatrizes de um processo falho marcando não apenas sua trajetória, mas a credibilidade das instituições que o julgaram.
Hoje, assiste-se a fenômeno semelhante com Jair Bolsonaro e integrantes de seu núcleo político. Independentemente das convicções individuais sobre sua conduta, a questão que se coloca é se os julgamentos têm obedecido à técnica, à legalidade e às garantias constitucionais. Quando o Judiciário parece ceder ao clamor político ou midiático, instala-se a percepção de politização da Justiça e isso é corrosivo. Não há democracia sólida onde as cortes se transformam em arenas de disputa ideológica.
A justiça malfeita, ainda que movida pela intenção de punir culpados, é sempre uma injustiça. Quando se atropelam prazos, quando se flexibilizam regras probatórias, quando se confundem instâncias, o resultado é a fragilização da própria ideia de imparcialidade. É esse o ponto crucial: não se discute se ex-presidentes podem ou não ser responsabilizados. Devem sê-lo, quando há provas robustas e julgamento regular. O que está em jogo é a forma. Sem ritos e sem respeito à lei, o que se produz é instabilidade, não justiça.
É necessário compreender que a democracia se apoia em instituições sólidas, capazes de julgar até os mais poderosos sem se contaminar por paixões políticas. Se o processo contra Lula mostrou a falência de uma operação judicial que confundiu justiça com militância, o processo contra Bolsonaro e aliados expõe risco semelhante. A história não perdoa esses desvios: a posteridade não verá líderes condenados ou libertos, mas países que falharam em aplicar justiça de modo equilibrado.
A prisão de um presidente da República, quando não amparada por um processo exemplar, arranha a imagem do país perante o mundo. O que poderia ser visto como prova de responsabilidade institucional converte-se em evidência de instabilidade. A democracia não se mede pela quantidade de presidentes encarcerados, mas pela capacidade de julgar com serenidade, sem ceder a pressões, e de aplicar a lei de modo igualitário. É essa a medida da maturidade democrática.
Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, presta depoimento, hoje, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, do Congresso Nacional, que investiga descontos ilegais em aposentadorias. Ele é considerado pelos investigadores um dos articuladores do esquema que desviou bilhões de reais do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
A informação foi confirmada pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), e pela defesa de Antunes. Anteriormente, a defesa havia afirmado que o “Careca do INSS” não compareceria após o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), facultar a ida ao colegiado. As informações são do portal G1.
O empresário foi convocado na condição de investigado e não terá obrigação de responder a todas as perguntas feitas pelos parlamentares, caso entenda que isso poderá incriminá-lo. Foram 14 pedidos de convocação para ouvi-lo.
“Estamos em contato com a defesa do suspeito e ele confirmou que deseja ir à CPMI para apresentar a versão que ele tem de todo esse escândalo, de todos os fatos que estão sendo divulgados”, afirmou Viana.
Sem citar nomes, o presidente da CPMI afirmou ainda que está em contato também com “outros envolvidos no recebimento do dinheiro, que também estão se predispondo a ir à CPMI”.
Manifestantes bloquearam, na manhã de hoje, os dois sentidos da BR-408, nas proximidades do distrito de Matriz da Luz, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. Pneus foram queimados na pista, impedindo a passagem de veículos.
O grupo cobra melhorias na rodovia, que apresenta buracos em vários trechos, além de reclamar da demora no transporte público. Os manifestantes também direcionaram críticas à governadora Raquel Lyra, pedindo providências para resolver os problemas relatados.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada para acompanhar a ocorrência e orientar o tráfego na região. Ainda não há previsão de liberação da via.
Dedico este lindo artigo ao meu colega Machado de Assis, o mais bom e mais melhor escritor do Brazil S.A.
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Dizer que a aldeia global está em guerra, que o Reino de Pindorama está em guerra, é pleonasmo, erisipela na pele. O genial escritor Machado de Assis preconizava a filosofia de vida do humanitismo e prescrevia o Emplastro Braz Cubas como um medicamento sublime capaz de aliviar a “melancólica humanidade” adâmica.
A aldeia global padece de erisipela ideológica no coração. Está com os nervos à flor da pele. Sente dores de cabeça. Tem miopia nos olhos. Espinhela caída. Mau olhado. Dor de dente. Nó nas tripas. Arritmia. Catarata. Osteoporose nos ossos. Sangria desatada. O reino de Pindorama herdou as lombrigas de Jeca Tatu, frieiras, as cicatrizes dos povos escravizados. O mandonismo dos escravocratas. A alienação das sinhazinhas. Nóis sofre.
Help! Chamem o doutor. A UTI móvel. A benzedeira. As rezadeiras. As macumbeiras. Os alquimistas. As mães de santo. Os padrastos de santo. A emergência. Os plantonistas. O cardiologista. O anestesista. O carro de bombeiro. O psiquiatra. O mundo precisa de camisas de força.
Verifiquem as CNTPs – Condições Naturais de Temperatura e Pressão do paciente. Analisem os glóbulos vermelhos. Os glóbulos brancos, os glóbulos azuis. O oxigênio é azul. O céu é azul da cor do oxigênio. A vida planetária é filha das algas azuis. A humanidade é blue. Está escrito no meu livro Planeta Micróbio.
O ativista cristão e conservador Charlie Kirk (a mídia prefere chamá-lo de ultradireitista) foi fuzilado durante palestra no Estado de Utah, nos Estados Unidos. O presidente Donald Tramp acusou a extrema esquerda. A mídia domesticada da ultraesquerda acusou Tramp de fomentar o ódio, de ser responsável pela morte de Charlie. O nome disso é fanatismo.
O galegão escapou de dois atentados e agora é acusado de espalhar o ódio. That’s incredible. Acuse os outros daquilo que você é, ensina o decálogo comunista de Lênin.
A infecção dos glóbulos ultra vermelhos é generalizada, mas o pulso ainda pulsa. Tum-tum-tum! Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus, rogai por nós que recorremos a vós! Carlo Acutis, santo millennial das nuvens da Internet, ouvi as nossas preces!
MaCDonald Tramp mandou dedetizar a fauna ultra vermelha nos mares do Caribe. Faz parte da diplomacia do big stick, o grande porrete. Cercado de armas por todos os mares, o ditador narcoterrorista da Venezuela pediu arrego à ONU. Está sendo asfixiado e vai ser expulso do poder do cartel. A mundiça vermelha tropical silencia.
Aquela peste é uma lombriga em forma de gente. Mantem-se no poder desde 2013 às custas de corrupção, fraude e terrorismo. Cuba está na fila. A fila vai andar. A ditadura já resultou em mais de 6 milhões de refugiados nas fronteiras. A Venezuela está sendo vermifugada, assim feito os caninos, felinos e suínos, com licença dos queridos bichanos.
*Periodista, escritor e quase poeta
**Os artigos publicados nesta área não refletem necessariamente a opinião do Blog.
Quando Miguel Arraes (PSB) perdeu a eleição para Jarbas Vasconcelos em 98, por uma avalanche acima de 1 milhão de votos, disse, humildemente, num programa de rádio que não se elegeu por falta de votos. E que seu papel, em obediência ao recado das urnas, seria fazer oposição.
Se Bolsonaro tivesse seguido essa mesma cartilha, passando a atuar na contestação ao Governo Lula, não estaria hoje punido com 27 anos e três meses de prisão, conforme sentenciou a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal na última quinta-feira. Fez besteira, foi muito mal orientado, não soube controlar o ímpeto nem administrar as loucuras dos filhos e dos seus aliados da direita radical e alucinada.
Vivemos num País democrático, onde prevalece a vontade do eleitor na urna. Tudo além disso é esquizofrenia. Não se pode ganhar todas, seja no esporte, na vida, na política, em qualquer disputa. As derrotas ensinam lições valiosas. Vitorioso não é o que vence, mas o que se levanta diante de uma derrota. Não sabe Bolsonaro que a vitória mais difícil é saber perder.
Quem perde e não desanima, e mais do que isso, não perde a garra e o entusiasmo, é o verdadeiro vitorioso, porque possui, em seu íntimo, a coragem e a dignidade que, um dia, a levará à vitória. Na vida de um vitorioso em qualquer campo, sobretudo na política, também há derrotas. A diferença é que, enquanto os campeões crescem nas derrotas, os perdedores se acomodam nas vitórias.
No caso de Bolsonaro, não ocorreu acomodação, mas um surto de loucura. Quis tomar o poder pela força, com uma turma que até ameaçou matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Tem um provérbio japonês que Bolsonaro e os condenados pelo STF por tentativa de golpe desconhecem ou ignoram: “Pouco se aprende com a vitória, mas muito com a derrota”. Bolsonaro preferiu o embate imbecil a superar a derrota, que é o maior desafio dos humanos. Deixar a derrota remoer e alimentar o instinto colérico é a pior maneira de se dar a volta por cima.
LULA CHAMA TRUMP DE DESONESTO – Em artigo, ontem, no jornal norte-americano New York Times, o presidente Lula radicalizou no enfrentamento ao presidente Donald Trump. O chamou de desonesto. Ao citar a regulamentação das redes sociais, o presidente brasileiro diz ser “desonesto” falar desse tema como se fosse uma censura. “A internet não pode ser uma terra de ilegalidade, onde os pedófilos e abusadores têm liberdade para atacar nossas crianças e adolescentes”, escreveu. O jornal New York Times é um dos mais detestados por Trump, que critica a publicação com muita frequência.
O abre alas de Porto para João – Rompido com a governadora Raquel Lyra (PSD), o presidente da Assembleia Legislativa, Álvaro Porto (PSDB), se transformou no principal cabo eleitoral na pré-campanha do prefeito do Recife, João Campos (PSB), a governador. “A esperança dos pernambucanos é João”, disse, ontem, durante a Missa do Vaqueiro de Canhotinho, no Agreste, que atraiu mais de cinco mil pessoas. João posou montado num cavalo ao lado de Porto e saiu de lá impressionado com a receptividade. “Por onde passa, impressiona como João chama atenção”, completou Porto.
Campanha antecipada – Na caminhada que fez na cavalgada de Canhotinho, João adotou um corpo a corpo com os eleitores, posou para fotos, gravou vídeos, concedeu entrevistas e, em seguida, já montado num possante cavalo da fazenda com Álvaro Porto, percorreu seis quilômetros entre o distrito de Olho D’água e o centro da cidade, onde foi celebrada uma missa. Antes de Canhotinho, o pré-candidato esteve em São Bento do Una, Agrestina, Panelas e Altinho, em visita a prefeitos e correligionários. Na comitiva em Canhotinho se integraram o ministro Silvio Filho (Portos) e o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (UB), ambos de olho numa das vagas ao Senado na chapa de João.
Tesão de noivo – Num café da manhã na casa do ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), sábado passado, João Campos (PSB) revelou enorme disposição para entrar na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas nas eleições do próximo ano. Mostrou números de pesquisas nas quais bate a governadora Raquel Lyra (PSD) em todas as regiões do Estado. Também falou da sua estratégia eleitoral e estimulou Queiroz a disputar um mandato de deputado estadual. Saiu de lá convencido de que Queiroz, aos 83 anos, está com tesão de noivo para voltar a Alepe.
Candidatos à revelia de Raquel – O fator Rodrigo Pinheiro (PSDB), prefeito de Caruaru, também entrou no cardápio da conversa de João Campos com José Queiroz, com a participação do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, filho do ex-prefeito, e do ex-senador Douglas Cintra. O que vazou da conversa foi um fato curioso e ao mesmo tempo intrigante: Rodrigo já escolheu os seus candidatos a deputado federal e estadual, à revelia da governadora, que vai apoiar candidatos mais próximos ao seu grupo de confiança e relação mais estreita na capital do Agreste.
CURTAS
ETELVINO LINS – O lançamento de “Os Leões do Norte”, hoje, em Sertânia, vai se transformar numa grande homenagem ao filho mais ilustre da terra: o ex-governador Etelvino Lins, que esteve à frente dos destinos de Pernambuco no período de 1952 e 1955, com uma obra marcada por grandes projetos para o Sertão. Ele é um dos personagens do livro. Foi um homem público de firme caráter, conforme definiu em discurso no Senado o saudoso Marco Maciel.
EM TABIRA – Em Sertânia, o lançamento está marcado para às 19 horas, na Câmara de Vereadores, com apoio da Casa e da prefeita Pollyana Abreu (PSD). Amanhã, já estarei em Tabira, para lançar na Câmara de Vereadores, às 19 horas, com apoio do prefeito Flávio Marques (PT) e da Câmara Municipal.
NO CABO – Na sexta-feira, será a vez de fazer uma manhã de autógrafos e uma palestra no Cabo, atendendo a convite do prefeito Lula Cabral (SD). Está marcada para o Centro Administrativo da Prefeitura, com a presença, inclusive, de várias turmas de estudantes, já que a obra se destina às novas gerações.
Perguntar não ofende: Como Trump reagirá ao artigo de Lula no New York Times?