Moro confia na improcedência de ação por ‘brincadeira infeliz’
DIÁRIO DO PODER
O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) manifestou sua confiança de que Estou confiante de que, com a apresentação das provas, “tudo será considerado improcedente” no processo a que responde no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta “calúnia”, quando, em tom de brincadeira, durante uma festa junina em junho de 2022, falou em “comprar um habeas corpus” do ministro do STF Gilmar Mendes, conforme vídeo que viralizou. O próprio Moro já se desculpou pela brincadeira que ele reconhece ter sido “infeliz”.
Ex-titular da 13ª Vara Criminal de Curitiba durante a Operação Lava Jato, que encantou o Brasil, Moro lidera as pesquisas para governador do Paraná, em 2026.
Leia maisA Procuradoria Geral da República, que é chefiada por Paulo Gonet, ex-sócio de Gilmar Mendes e por ele indicado ao cargo, ofereceu denúncia contra o senador pedindo pena de quatro anos de prisão, além da perda do mandato, muito embora na ocasião ele nem sequer tivesse sido eleito. A eleição ocorreria apenas em outubro.
A declaração do senador sobre esse processo ocorreu durante entrevista ao podcast “Direto de Brasília” a ser exibida a partir das 18h, no canal do Youtube do blog do jornalista Magno Martins e da Folha de Pernambuco, além de uma rede de emissoras.
Atualmente, a Primeira Turma julga um recurso do senador contra a decisão do Supremo que o tornou réu, em junho de 2024. Quatro ministros já votaram no sentido de manter esta condição (Carmen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin), faltando apenas o voto de Luiz Fux, que tem até esta sexta-feira (10) para apresentar seu posicionamento.
“Houve uma denúncia que foi recebida pelo Supremo. Apresentamos embargos de declaração, porque havia uma série de omissões em relação ao acórdão”, explicou Moro. “Estou confiante de que, durante esse processo, com a apresentação das provas, vai tudo ser considerado improcedente. Porque é um absurdo. Era uma festa junina, antes de eu ter o mandato, e houve uma brincadeira infeliz. Obviamente que não estou acusando o ministro Gilmar Mendes de vender sentença numa festa junina. Explicamos isso, mas o STF entendeu de receber a denúncia”, afirmou.
“O mais surpreendente é que foi antes da minha eleição, então nem era competência do Supremo porque eu não era senador. E não divulguei nem gravei esse vídeo, quem divulgou aquilo, em abril de 2023, foram perfis vinculados à esquerda, querendo gerar animosidade do STF em relação a mim. Quem divulgou na verdade foram apoiadores do governo Lula, então se alguém tem que ser punido por isso é esse pessoal. O vídeo só foi divulgado em abril de 2023, e três dias depois estava denunciado pelo procurador-geral anterior (Augusto Aras). É uma tentativa de atacar meu mandato, de me atacar, esperamos que o STF tenha serenidade de julgar conforme a lei, as provas. Mas não vou me intimidar com isso”, completou.
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