Cumprindo uma de suas missões, que é fomentar a inovação e o empreendedorismo no meio acadêmico, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife firmou um Acordo de Cooperação com a Federação das Empresas Juniores de Pernambuco (Fejepe). O objetivo é criar oportunidades para o fortalecimento e desenvolvimento das Empresas Juniores, estimulando que, ainda na universidade, os alunos desenvolvam o interesse e se capacitem na arte de empreender.
Caberá à Secretaria a concepção e implementação de iniciativas e projetos relativos ao empreendedorismo e inovação desenvolvidos para as instituições de ensino e, ainda, promover a interlocução da Fejepe com atores do ecossistema de Ciência, Tecnologia e Inovação da cidade do Recife. Essa interlocução tem como propósito posicionar o Movimento Empresa Júnior recifense como um protagonista dessas bandeiras.
Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Rafael Figueiredo, apoiar iniciativas de jovens acadêmicos é primordial para o processo de transformação social que o Recife vivencia. “Estamos focados em, por meio da tecnologia e da inovação, promover ambientes de negócios que gerem emprego e renda. Neste contexto, apoiar os jovens universitários no propósito de empreender é ainda mais gratificante”, ressalta Rafael.
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A secretária de Esportes de Pernambuco, Ivete Lacerda, visitou a sede da Associação Beneficente Esportiva Criança Cidadã (ABECC), no Recife, onde acompanhou o Arraiá promovido pela entidade e conheceu de perto o projeto social que beneficia cerca de 150 jovens de comunidades carentes. A iniciativa oferece atividades esportivas, como taekwondo, judô e karatê, além de reforço em português e matemática, e acompanhamento nutricional e psicológico.
“É uma grande satisfação conhecer esse projeto social maravilhoso promovido pela ABECC, que utiliza o esporte para transformar a vida de inúmeras famílias. Todos os envolvidos estão de parabéns”, afirmou Ivete Lacerda. Durante a visita, a secretária também dialogou com a equipe da associação sobre possíveis parcerias com o Governo do Estado.
A coordenadora geral da ABECC, Thais Nery, destacou a importância da presença da gestora e o impacto do projeto. “Sabemos que, mesmo com a agenda extensa, a secretária Ivete fez questão de prestigiar nossa festividade e conhecer mais sobre o trabalho social realizado pela ABECC, que, além de promover a inclusão social, tornou-se um celeiro de atletas que se destacam em competições regionais, nacionais e internacionais”, ressaltou.
O deputado federal Pedro Campos (PSB) deu início, na quarta-feira (18), a um giro por diversas regiões do interior de Pernambuco para acompanhar os festejos juninos e realizar entregas de equipamentos viabilizados por seu mandato. A agenda inclui visitas às cidades de Petrolina, Araripina, Bodocó, Parnamirim, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada e Triunfo. “Vamos acompanhar os festejos, realizar entregas e conversar com a nossa gente, para levar a Brasília às demandas do povo pernambucano. A gente faz da escuta popular o norte do nosso trabalho”, afirmou o parlamentar.
A primeira parada foi em Petrolina, no Sertão do São Francisco, onde Pedro acompanhou os festejos juninos ao lado do prefeito Simão Durando, do vice-prefeito Ricardo Coelho e do deputado estadual Antônio Coelho. Ele elogiou a estrutura do evento: “O São João de Petrolina se consolidou como um grande evento em nosso estado, atraindo turistas de todo o país e impulsionando a economia local. Em nome de Simão, parabenizo todo time da prefeitura pela entrega e pela realização dessa grande festa.”
Em seguida, o deputado segue para Araripina, no Sertão do Araripe, onde visitará poços artesianos e entregará kits de irrigação. “Já destinamos R$ 1,5 milhão em emendas para a cidade e seguiremos atuando para fortalecer a região”, destacou. No Sertão Central, Pedro passará por Bodocó e Parnamirim, e concluirá a agenda no Sertão do Pajeú, com visitas a Afogados da Ingazeira, Serra Talhada e Triunfo. Nesta última, fará a entrega de uma retroescavadeira para beneficiar agricultores locais.
Ainda em relação à corrida para o Senado, cujos números do Opinião foram revelados em postagem à meia-noite, o instituto testou também a possibilidade de a governadora Raquel Lyra (PSD) disputar uma vaga na chamada Casa Alta e não à reeleição. Os números mais uma vez não são nada favoráveis à gestora. Dos entrevistados, mais da metade, exatos 50,4%, disseram que não votariam nela.
Apenas 14,9% afirmaram que votariam com certeza e 30,9% disseram que poderiam votar. Por região, a Metropolitana é a pior para governadora: 60,7% disseram que não votariam nela. Em seguida, vem a Zona da Mata: 49% não votariam. No São Francisco, 45,9% afirmaram que não votariam. Já no Sertão, são 43,6% dos que não votariam e no Agreste 38,9%.
Depois de ter deixado consolidar a percepção majoritária que a vê como “antipática”, Raquel corre um risco maior agora. Pondo o rolo compressor do governo para constranger adversários, perseguir funcionários que não rezam na sua cartilha e retaliar prefeitos que resistem em se transferir para o seu partido, a governadora assiste aos poucos a disseminar-se no Estado a convicção de que ela é “malvada”.
Isso é muito delicado, como sabem seus marqueteiros. “Raquel malvada” é um registro que pesará demasiado na imagem da candidata e lhe cobrará um preço alto em 2026.
Durante o terceiro debate do Processo de Eleições Diretas (PED-2025) do PT, realizado na noite passada (19) na Câmara Municipal de Serra Talhada, o deputado federal Carlos Veras (PT), candidato à presidência estadual da sigla, destacou a importância de fortalecer a militância e as estruturas de base do partido. “Quero ser presidente estadual do PT para dar continuidade a esse trabalho de organização do nosso partido, com planejamento e interiorização, apoiando as direções municipais e promovendo ações regionalizadas”, afirmou.
Veras defendeu a integração entre mandatos legislativos e executivos do PT em Pernambuco, visando à troca de experiências e à unificação das forças partidárias. “A gente precisa fazer com que o nosso partido continue sendo forte, ativo, popular e enraizado na classe trabalhadora e nos movimentos sociais”, declarou, ao convocar a militância a participar do processo eleitoral interno marcado para 6 de julho.
No Sextou de hoje, o forrozeiro poeta Luiz Wilson, sertanejo de Sertânia, mas atuando em São Paulo há 40 anos, fala da sua carreira artística, dos seus sucessos e do seu novo CD, com destaque para ‘Entrei no seu canal’, música com a participação de Caju e Castanha.
Recentemente, Luiz lançou o CD “Luiz Wilson, o forrozeiro poeta”, com 14 sucessos de sua autoria, entre eles “O queijo e a goiabada”, “Entrei no seu canal”, “Baião para dois”, “Querendo te querer” e “A tampa e a panela”.
Seu programa na Itapuama 92,7 FM, em Arcoverde, é uma viagem nos valores mais elevados do Sertão e de sua gente. Também poeta-repentista, escreveu, recentemente, um cordel para Silvio Santos, contando em versos a história do “Homem do baú”, um dos maiores comunicadores de massa do País, que Deus levou em agosto do ano passado aos 93 anos.
Luiz Wilson tem uma história marcada pela versatilidade profissional. É cantor, palestrante, poeta, cordelista, radialista e microempresário. Sua trajetória é marcada por inúmeros desafios, dentre eles, o de conciliar a agitada rotina do comércio paulista, onde atuou por muitos anos como vendedor, e a carreira artística na cultura popular.
Na música, é cantor de forró pé-de-serra há mais de 25 anos e tem 12 álbuns lançados. Na poesia, é cordelista e autor de diversos folhetos de literatura de cordel. No rádio, é apresentador de programas que promovem a cultura sertaneja, tanto na Itapuama FM quanto na rádio Imprensa FM.
O Sextou vai ao ar amanhã, das 18 às 19 horas, pela Rede Nordeste de Rádio, formada por mais de 40 emissoras em Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia, tendo como cabeça de rede a Rádio Folha 96,7 FM, no Recife. Se você deseja ouvir pela internet, clique no link do Frente a Frente em destaque acima ou baixe o aplicativo da Rede Nordeste na play store.
Com ministérios na Esplanada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PSD e o PP já indicaram parte dos nomes para compor a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para apurar os descontos indevidos no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Juntas, as legendas possuem quatro pastas no governo.
No Senado, o PP indicou Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Esperidião Amin (PP-SC), conhecidos pelas atuações contra o governo petista. Na Câmara, a legenda ainda não definiu os nomes para indicar, mas deve ter quatro vagas, sendo duas titulares e duas suplentes.
O PSD indicou os deputados Sidney Leite (AM), como titular, e Carlos Sampaio (SP), como suplente. Ex-tucano, Sampaio possui histórico de antipetismo na política, enquanto Leite é autor de um projeto que proíbe os descontos do INSS. As informações são do R7.
A presidência da comissão deve ficar com o líder do PSD no Senado, Omar Aziz (AM). E a relatoria, inicialmente pleiteada pelo PL, deve ficar com algum deputado de um partido de centro.
CPMI do INSS Na terça-feira (17), o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP), leu o pedido da comissão, oficializando a criação do colegiado.
A CPMI será composta por 15 deputados, 15 senadores e os respectivos suplentes. O início efetivo das investigações deve ficar para o segundo semestre, e as investigações devem durar 180 dias.
Uma investigação da Polícia Federal apontou irregularidades que somam ao menos R$ 6,3 bilhões nos descontos associativos em benefícios do INSS entre 2019 e 2024. Os desvios tiveram aumento expressivo a partir de 2023.
A suspeita é de que as ações tenham sido feitas a partir de contratações fraudulentas com entidades, que descontavam valores na folha de pagamentos de aposentados e pensionistas de forma irregular.
Parlamentares querem, agora, uma apuração do caso pelo Congresso. Entre as prerrogativas concedidas a parlamentares, está a possibilidade de convocação e pedidos de informações, o que poderá levar a novos desdobramentos.
O governo defende que as apurações fiquem ao nível de investigações formais, como da PF e CGU (Controladoria-Geral da União).
Pernambuco entra neste fim de semana no auge da sua maior manifestação cultural do ano: o ciclo junino. São milhares de turistas circulando pelo Estado, dezenas de polos de festa espalhados da capital ao interior, trânsito caótico, pouco efetivo policial e, como sempre, um aumento previsível nas ocorrências policiais.
Em meio a esse cenário de tensão e alerta máximo para as forças de segurança, uma informação inusitada chama atenção e gera indignação até nos bastidores da própria Secretaria de Defesa Social: a secretária executiva em exercício, a delegada federal Mariana Cavalcanti, que deveria estar à frente da coordenação estratégica de todas as ações de policiamento, simplesmente está de férias.
Pior: embarcou para o Rio de Janeiro, onde participa, neste fim de semana, para participar da Maratona do Rio. A decisão, vista como no mínimo irresponsável por servidores da própria pasta, acontece num momento sensível. A titular da secretaria executiva – responsável direta pelos bons resultados alcançados na segurança nos últimos seis meses – foi afastada recentemente, segundo informações de fontes internas, justamente por conduzir a gestão com pulso firme e por não ceder a pressões políticas.
Nos corredores do poder, o que se diz é que a sua postura “linha dura” não agradou a determinados setores da chefia da polícia.
A situação chegou a um nível tão inspirador de desespero que, na última reunião do programa Juntos por Pernambuco, com a cúpula da segurança na SEPLAG, diante dos números cada vez mais preocupantes da violência, a secretária em exercício, sem muitas alternativas técnicas à mão, resolveu recorrer ao plano B da gestão pública: a fé. Pediu a todos para “rezar”. Só não especificou se era para São João, São Pedro ou, quem sabe, para o santo das causas impossíveis.
O fato é que, com a ausência da titular e agora com a gestora interina literalmente fora do Estado em meio ao maior desafio operacional do ano, a sensação que fica é de abandono. Policiais de todas as unidades estão em regime de sobreaviso, com escalas extraordinárias, enquanto a chefe da segurança estadual cruza quilômetros de asfalto carioca.
A pergunta que ecoa nos bastidores é direta e incômoda: quem está correndo pela segurança de Pernambuco?
Enquanto a governadora Raquel Lira tenta vender a imagem de redução de índices criminais – fruto, aliás, de uma gestão que agora foi afastada – a realidade nas ruas é bem diferente. Delegacias lotadas, ocorrências em série e um sistema de segurança que, sem comando efetivo, parece operar no piloto automático.
O cidadão que se cuide. Porque, ao que tudo indica, a prioridade da cúpula da segurança pública do Estado de Pernambuco no momento… é baixar o pace na maratona da orla do Rio ao invés de baixar os índices de criminalidade.
Atual campeão da Libertadores, o Botafogo se agigantou diante do vencedor da Champions League. Derrotou o poderoso PSG por 1 a 0 com um golpe fatal no Rose Bowl e, além de encaminhar vaga às oitavas de final do Mundial de Clubes, quebrou um tabu de quase 13 anos sem vitórias sul-americanas sobre europeus no torneio — o último resultado positivo havia sido Corinthians 1 x 0 Chelsea em 2012.
Iluminado, Igor Jesus nocauteou os franceses ao marcar o único gol do jogo, ainda no 1º tempo, após brilhante passe de Savarino. Meu fogão teve uma defesa aguerrida e organizada até o apito final.
O resultado deixou a estrela solitária com seis pontos, na liderança isolada do Grupo B.
Michelle Bolsonaro parece estar em toda parte. O rosto da presidente do PL Mulher se confunde com o perfil do partido, dentro e fora das redes sociais.
No Encontro Nacional de Mandatárias, que aconteceu no início do mês num centro de convenções em Brasília, Michelle lançou o livro “Edificando a Nação: Sobre Bases e Valores”, em que apresentou suas diretrizes para a atuação feminina na vida pública.
No evento, mobilizou a sua base e reuniu mil participantes, entre senadoras, deputadas, prefeitas e vereadoras. As informações são da Folha de S. Paulo.
Há três anos, ela deixou de atuar no assistencialismo, como fez no governo do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e, pouco a pouco, entrou de vez na política institucional.
Cotada para ser candidata à Presidência no ano que vem, Michelle usa agora o PL Mulher para consolidar sua liderança, provocando um racha entre os bolsonaristas.
“A gente percebe que Michelle trouxe uma identidade para o partido”, diz a deputada estadual Dani Alonso, vice-presidente do PL Mulher no estado de São Paulo.
Alonso afirma que a ex-primeira-dama pensou um plano de reestruturação da sigla, apostando em uma série de estratégias: a promoção de eventos para angariar mais filiadas, o uso intensivo das redes sociais, a criação de diretórios municipais e a realização de viagens para nacionalizar a causa do partido, que é a criação de uma representação política para as mulheres conservadoras.
A ex-primeira-dama assumiu o cargo em março de 2023, indicada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e obteve um orçamento de R$ 860 mil por mês.
Em 2023 e 2024, o número de filiadas do PL Mulher cresceu 14%, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Atualmente, tem 995 mandatárias, como são chamadas as filiadas que ocupam algum cargo político.
Como primeira-dama, Michelle escolheu ajudar pessoas com deficiência. Na posse de Bolsonaro, usou a língua de sinais em seu pronunciamento e, nos quatro anos em que esteve no Planalto, desenvolveu programas para esse público, como o Projeto Sinais e o LibrasGov.
Em geral manteve-se discreta e avessa à imprensa. Evangélica, sempre é vista em cultos e tem conhecida proximidade com lideranças religiosas.
Na visão de Alonso, a popularidade de Michelle começou a se formar nas eleições presidenciais de 2022, quando a então primeira-dama passou a discursar nos palanques para tentar diminuir a rejeição de Bolsonaro entre as mulheres.
Já à frente do PL Mulher, transformou o batom em um símbolo da campanha pela anistia aos participantes do ataque golpista do 8 de Janeiro.
Com a inelegibilidade de Bolsonaro, seu nome passou a ser especulado para disputar as eleições presidenciais.
“É preciso reconhecer o carisma da Michelle. A primeira vez que ela falou, em ambiente político, eu estava lá, testemunhei, foi no Rio de Janeiro e foi uma surpresa para todos”, lembra a deputada federal Bia Kicis (PL).
“À medida que o trabalho aparece, o nome dela vai ficando mais forte. Ninguém tem dúvida que é um dos nomes mais fortes da política nacional.”
Com Bolsonaro inelegível, as projeções mais recentes do Datafolha mostram que, no primeiro turno, Michelle, somando 26% das intenções de voto, é o nome que mais se aproxima de Lula, líder nas pesquisas, com a marca de 37%. No segundo turno, a ex-primeira dama perderia para Lula por uma margem estreita —46% ante 42%.
Mesmo com o crescente apelo popular, Michelle está longe de ser unanimidade na base bolsonarista.
Em maio, o UOL publicou uma troca de mensagens em que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Fabio Wajngarten, assessor do ex-presidente, criticavam Michelle.
Cid chegou a escrever, ironicamente, que preferiria Lula como candidato à Presidência. Wajngarten, por seu turno, afirmou não apoiar a mulher de Bolsonaro e disse que os filhos também não a aprovavam.
Em demonstração de força política, Michelle, descontente com as mensagens, mandou demitir Wajngarten do PL.
A ala feminina do partido tenta minimizar a divisão interna. “Nem Cristo agradou a todos”, diz Alonso.
“Michelle é um rosto novo na política. Agora as pessoas vão enxergar uma nova Michelle. Críticas todo mundo vai sofrer, mas a rejeição ao nome dela é baixa”, afirma Kicis. De todo modo, as restrições a Michelle dentro do partido continuam.
Existe a avaliação de que o aumento na popularidade da ex-primeira-dama corresponde a um projeto de poder de Valdemar. Segundo esse raciocínio, o presidente do PL viu em Michelle uma figura tutelável, passível de ser influenciada por ele.
Nesse sentido, há um incômodo com a quantidade de dinheiro investido na liderança feminina. Em contraste, dizem integrantes da sigla, Eduardo Bolsonaro (PL) não recebeu o mesmo investimento da diretoria do partido.
Michelle, em suma, é vista por esses integrantes como uma política inexperiente e uma pessoa de temperamento instável e difícil de lidar, porque não aceita ser contrariada, o que não é compatível com a realidade da vida pública.
Em um passado remoto, o próprio Bolsonaro pensava assim. Há dois anos, disse que sua mulher precisava de “algo mais” para ser candidata.
O tempo passou, Michelle tornou-se uma líder e a posição de Bolsonaro sobre Michelle muda a cada entrevista, mantendo o discurso oficial de que é candidato em 2026. Por vezes, sinaliza que sua mulher pode ocupar uma vaga no Senado. Valdemar, que sempre a elogiou, afirmou que a decisão final sobre a candidatura de Michelle será do ex-mandatário.
Para Paulo Henrique Cassimiro, professor de ciências políticas da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), Michelle desempenha um papel central no eleitorado de Bolsonaro, porque é a única pessoa de sua família que é de fato evangélica.
Nesse aspecto, Cassimiro destaca o poder de oratória dela, com intervenções típicas de lideranças religiosas, e a capacidade de organização institucional da direita, para garantir sua ascensão política. “A esquerda tem dificuldade de lidar com a mulher além do próprio empoderamento”, diz. “A direita fala para a mulher que é mãe, mas trabalha, cuida da casa, trata a mulher como fenômeno social complexo.”
Quatro novas ações de execução fiscal foram protocoladas nesta semana contra o ex-prefeito de São José do Egito, Evandro Valadares, e ex-integrantes de sua gestão. As ações, que tramitam na Comarca do município, buscam o ressarcimento de valores aos cofres públicos referentes a débitos apurados entre os anos de 2021 e 2024.
Além de Evandro Valadares, também são alvos das ações a ex-secretária de Ação Social Isabele Valadares (filha do ex-gestor), o ex-secretário de Saúde Paulo Jucá (genro) e a ex-secretária de Administração Luísa Baixinha (prima).
De acordo com as informações obtidas pelo blog do Nill Júnior com exclusividade, a juíza responsável pelos casos já expediu mandados de execução e penhora, que poderão ser efetivados caso os valores cobrados não sejam quitados dentro do prazo legal.
Os processos têm como base relatórios técnicos, documentos administrativos e pareceres jurídicos que apontam prejuízos ao erário durante a última gestão municipal. As ações são públicas e podem ser consultadas no sistema do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
O prefeito do Recife, João Campos (PSB), que assumiu a presidência nacional do Partido Socialista Brasileiro no início do mês, admitiu o interesse em firmar uma federação com vários partidos. Após participar de reunião com o presidente do Cidadania, Conte Bittencourt, em Brasília, João deixou claro que existe convergência entre as duas legendas.
Em evento de comemoração dos 65 anos da CDL Recife, Campos ressaltou que, apesar da aproximação entre os líderes, a decisão final não dependerá de decisões isoladas, mas dos colegiados dos dois partidos.
“É uma conversa de aproximação partidária, entendendo os desafios que os partidos têm e com muita esperança de poder construir politicamente próximo. Não tenho nenhuma dúvida que, independente da forma como se poderá se dar ou não, há um interesse de se estar caminhando junto”, afirmou o gestor.
João Campos também falou sobre a possibilidade de formar uma aliança do mesmo tipo com o Partido Democrático Trabalhista (PDT). De acordo com ele, o PSB já aprovou internamente a negociação com o partido presidido por Carlos Lupi e tem interesse em formar uma federação com três partidos ou mais.
“A gente já aprovou duas vezes na executiva a possibilidade desse diálogo, isso já foi tratado no partido, foi aprovado ainda sobre a liderança do presidente Carlos Siqueira, e as primeiras conversas foram conduzidas inclusive por ele. Agora o nosso interesse do PSB sempre foi de conversar, dialogar e tentar um arranjo que fortaleça, não apenas os partidos, mas uma posição de campo político que a gente acha que é importante”, pontou.
Dissidências Questionado sobre a saída de prefeitos pernambucanos do PSB para o partido da governadora Raquel Lyra, o PSD, João Campos tratou com naturalidade a troca partidária. O gestor recifense aproveitou para mandar um recado indireto ao grupo político do PSD, afirmando que a sigla socialista tem força orgânica e não “artificial”.
“Não tem fidelidade partidária de cargo majoritário, então, entra um de um lado, sai do outro e por aí vai. O importante é ter convicção na caminhada e ter a certeza da força, é, que o nosso partido tem, não de forma artificial, mas principalmente de forma orgânica”, enfatizou Campos.