Por Larissa Rodrigues
Repórter do blog
Professores da rede estadual lotam, neste momento, as galerias da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O objetivo é pressionar a Casa para votar o projeto de reajuste da categoria.
A matéria entrou na ordem do dia de ontem (3), mas não houve quórum para a votação por causa da estratégia da bancada governista de esvaziar as sessões no plenário.
Em protesto na frente da Casa, na tarde desta quarta-feira (4), os professores afirmaram que não têm nada a ver com o conflito entre a Alepe e o Governo do Estado.

Nas galerias, os professores chamaram os nomes, um por um, dos deputados ausentes e gritaram, unidos, que eles faltaram.
Plenário esvaziado
Mais uma vez, o plenário da Alepe não contou com a presença da maioria dos deputados da base da governadora Raquel Lyra (PSD). Havia 20 parlamentares presentes, a maioria da oposição. Para votar o reajuste dos professores, são necessários 25 deputados. Entre os considerados da base de Raquel, só estavam presentes João Paulo (PT) e Rosa Amorim (PT).
Deputados se pronunciam

Presidente da Comissão de Educação da Alepe, o deputado Renato Antunes (PL) tem criticado a manobra governista de esvaziamento e reiterou que o reajuste dos professores já foi aprovado no colegiado.
“Se houver greve, quem vai sofrer é a educação. Então, eu lamento, mais uma vez, a falta de quórum hoje”, destacou o parlamentar. “Lamento a gente não votar, até porque estamos nas vésperas de período junino, os deputados trabalham no interior, visitam as bases, e corre o risco de, semana que vem, mesmo com pauta destravada, a gente não garantir o quórum”, completou Antunes.
A deputada Dani Portela (Psol) também se pronunciou. “Esse projeto foi objeto de luta, mesas de negociação, a governadora mandou em regime de urgência e ontem não foi votado por falta de quórum. Os deputados governistas garantiram que hoje haveria quórum, mas, quando chegamos, hoje, nos deparamos com o esvaziamento. É preciso que os professores cobrem da governadora Raquel Lyra (PSD) que esse projeto seja votado”, lamentou.
“Isso é um desrespeito não só com os professores, mas com toda a sociedade pernambucana. O que adianta a governadora mandar o projeto e ligar para os deputados não comparecerem para votar?”, questionou a deputada Gleide Ângelo.
Únicos governistas presentes, o deputado João Paulo (PT) e a deputada Rosa Amorim (PT) reforçaram o compromisso com os professores. João Paulo ressaltou que existe a antecipação da eleição de 2026, mas considerou que o movimento não vem do Palácio do Campo das Princesas, e sim dos aliados do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Já Rosa Amorim cobrou dos colegas que compareçam à Casa para votar o reajuste dos professores.
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