O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebra nesta segunda-feira (27) o seu aniversário de 80 anos. Na certidão de nascimento, no entanto, a data é outra: 6 de outubro de 1945. A história por trás da confusão foi contada em uma série de tweets, postados em 2023, pelo perfil oficial do Instituto Lula.
Natural da cidade de Caetés, no interior de Pernambuco, o presidenciável foi o sétimo dos oito filhos da família. Com poucos recursos financeiros, só conseguiu ser registrado anos depois, junto a outros irmãos. Com muitas certidões de nascimento a serem feitas ao mesmo tempo, a escrivã teria se confundido e anotado a data errada na declaração.
2. @LulaOficial tem duas datas de aniversário: 06/10 e 27/10. Como só foi registrado anos depois de seu nascimento, a escrivã se confundiu com as datas e registrou o nascimento do pequeno Luiz Inácio como sendo dia 6 de outubro. pic.twitter.com/RSx3a10CsX
Nas comemorações de 2021, José Ferreira Silva — mais conhecido como Frei Chico — também deu seu relato sobre a divergência de datas. Em uma entrevista à organização, o irmão de Lula explicou os contratempos para se obter uma certidão na região em que viveram durante a década de 40, quando o presidente nasceu.
“Havia muita dificuldade no Nordeste para registro de nascimento. As pessoas que nasciam na roça dificilmente iam à cidade tirar registro. Nascia-se de uma maneira ainda com parteira. E, quando muito, iam batizar, tiravam um tal de batistério. Lá se registrava na igreja”, explica.
Frei Chico destacou ainda que só foi foi possível formalizar todos os familiares, inclusive a própria mãe, com a ida para São Paulo em 1952. “Quando nós viemos para São Paulo, eu acho que, dos meus irmãos, quem tinha registro talvez fosse o Vavá, o Jaime. A minha mãe não tinha. Eu não vi ele nascer e não lembro de ele ter nascido. Mas, pelo que o pessoal fala, foi 27 de outubro.”
O empresário João Carlos Paes Mendonça, presidente do Grupo JCPM, concedeu entrevista exclusiva ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, nesta segunda-feira (27), na qual falou sobre a trajetória de 90 anos do grupo empresarial, detalhou as necessidades estruturais para impulsionar o crescimento do Nordeste e analisou o atual cenário político, tanto em Pernambuco quanto no âmbito federal.
90 anos: o sucesso do grupo JCPM
O empresário, de 87 anos, afirmou que a longevidade do grupo JCPM no Nordeste, resistindo a diferentes cenários políticos e econômicos, se baseia fundamentalmente no trabalho e em um rígido código de conduta. “O segredo é trabalho. Você tem que ter um comportamento ético muito forte para atingir os objetivos”, afirmou Paes Mendonça, ressaltando o valor da conduta nos negócios.
A trajetória do grupo, que hoje se destaca em diversos segmentos, começou de forma humilde em 1935. “Começamos no povoado da Serra do Machado, numa pequena mercearia. Fomos saindo da Serra do Machado para Ribeirão, de lá para Aracaju, depois Recife”, detalhou.
A chegada à capital pernambucana, um marco na história da companhia, ocorreu em 1966 com a inauguração da primeira unidade de supermercados do grupo na cidade.
A história pessoal de João Carlos Paes Mendonça é intrinsecamente ligada à construção do conglomerado. “Comecei a trabalhar muito novo, com 9 anos de idade junto com meu pai. Com 13 anos eu já era metido a comprador, e com 18 anos eu já era gerente geral da empresa e meu pai era o Big Boss, o chefão”, contou, complementando que, “com 20 anos já fui sócio do meu pai, daí nós fomos crescendo e chegamos no Recife.”
Questionado sobre como a empresa conseguiu se manter forte e sólida no Nordeste, enfrentando presidentes dos vários tipos, Paes Mendonça voltou a enfatizar a dedicação contínua e a importância dos relacionamentos. “Tenho 87 anos de idade, não é brincadeira, é um trabalho muito grande que a gente realizou, sempre foi muito trabalho, ética, relacionamento com as pessoas, comunidade, com os clientes”, salientou, frisando os elementos que considera cruciais.
Foto: Jailton Jr./JC Imagem
Desenvolvimento do Nordeste
Paes Mendonça expressou otimismo cauteloso com o cenário econômico atual, e manifestou preocupações com a perspectiva fiscal e a falta de planejamento de longo prazo no país. O empresário reconheceu o cenário positivo para a economia e geração de empregos em 2025, mas alertou para as incertezas futuras.
“Não sei se 2026 como vamos crescer, porque esse ano já está com um problema fiscal muito forte, o governo gasta muito porque está toda hora apresentando projetos para angariar mais simpatia,” afirmou.
Outro obstáculo apontado por ele foi a burocracia. “É uma má vontade para aprovar um projeto, é um negócio que passa anos e anos, é um atraso”, lamentou o empresário, comparando o desenvolvimento de diferentes regiões do país, citando São Paulo como exemplo.
“São Paulo é uma maravilha, você vibra com São Paulo, tem estradas em todo lugar, tem 8 ou 10 vias importantíssimas. Pernambuco não tem nada. A última estrada foi feita por Jarbas Vasconcelos, a BR-232… Agora é que estão saindo algumas estradas depois de tantos e tantos anos, mas a própria 232 não tinha nem manutenção”, pontuou.
Paes Mendonça defendeu que a região priorize investimentos estruturais para o crescimento sustentável. “A gente precisa repensar o Nordeste. Aqui ficamos felizes da vida quando recebemos qualquer coisa do governo, mas não temos infraestrutura. Precisamos no Nordeste de infraestrutura e não tanto incentivo para atrair as indústrias. Precisamos de mercado de consumo para que empresas tenham condição de se instalar e que as pessoas tenham poder de compra”, analisou.
Necessidade de infraestrutura
Ao discutir o futuro econômico da região, o empresário abordou a necessidade de direcionar os recursos federais e da Reforma Tributária prioritariamente para a infraestrutura, um fator crucial para a retomada da liderança de Pernambuco.
O foco dos investimentos, segundo ele, deve ser claro: “O que é que se tem que fazer com esse dinheiro? Estradas, água, portos, aeroportos, criar polos industriais”, exemplificou. “O que não pode é dar a mamata que todo mundo quer. Se não tiver infraestrutura, que nós não temos, outros estados têm… Precisamos realmente cuidar fortemente da infraestrutura.”
O empresário novamente citou a burocracia como grande entrave para o desenvolvimento de projetos essenciais, mencionando como exemplo o Arco Metropolitano. Em contraste com a lentidão dos projetos públicos, Paes Mendonça destacou iniciativas privadas que conseguiram transformar o cenário urbano. “Precisamos de pragmatismo para Pernambuco sair do estado em que está, voltar a ser Leão do Norte, Recife voltar a ser a capital do Nordeste. Precisamos trabalhar para isso”, defendeu.
Política precisa atrair novos nomes
O presidente do Grupo JCPM manifestou esperança nos novos rostos da política, mas fez um alerta sobre a dificuldade de atrair talentos para a vida pública. Ele, que acompanhou a trajetória de muitos políticos famosos ao longo de sua vida, disse que atualmente existe uma nova geração promissora. “Temos esses jovens muito bons, temos esperança que eles realmente cresçam”, observou.
No entanto, o problema central, segundo ele, é a dificuldade de trazer ainda mais novas lideranças para o sistema. Sobre isso, ele criticou o modelo de sucessão política vigente.
“O problema é que as pessoas não querem entrar na política, o que hoje se vê é de pai para filho, de mãe para filho. Precisamos criar uma nova frente de jovens que saiam da universidade, do meio empresarial, para se tornar políticos de maneira diferente. Queremos que Pernambuco assuma papel de liderança”, analisou.
Questionado sobre como observa o trabalho de duas lideranças pernambucanas atuais, a governadora Raquel Lyra (PSD) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), ele disse torcer pelo sucesso dos gestores. “Essas duas pessoas estão trabalhando para crescer na política, torcemos para que eles façam um bom trabalho, que resolvam os problemas das pessoas, e não dos políticos”, declarou.
Compromisso social
Ainda na entrevista, João Carlos Paes Mendonça também destacou os projetos sociais desenvolvidos e mantidos pelo Grupo JCPM. Um dos projetos do grupo, a Fundação Pedro Paes Mendonça, beneficia cerca de 2 mil pessoas com ações contínuas nas áreas de educação, saúde, cultura, juventude, cidadania e sustentabilidade para moradores da Serra do Machado, cidade natal do fundador, e de povoados vizinhos.
Segundo Paes Mendonça, a estrutura possui recursos aplicados e garantidos até 2035, assegurando que o trabalho não pare e que a próxima geração da família continue a missão.
Outro projeto do grupo, o Instituto JCPM, sediado no Recife, foca no apoio a jovens de 14 a 24 anos da rede pública, visando o desenvolvimento para a universidade ou empreendedorismo. Atende a cerca de 9 mil jovens por ano em quatro capitais do Nordeste, com foco na preparação para o mercado de trabalho.
Em 2024, o projeto recebeu investimento de R$ 18 milhões. “Não temos incentivo fiscal, não aproveitamos lei nenhuma para esse trabalho. Tiramos do nosso, com muito prazer”, explicou João Carlos.
Ao explicar os trabalhos, o empresário fez questão de traçar uma distinção entre os termos “responsabilidade social” e “compromisso social”. Segundo ele, a responsabilidade social é algo que o empresário “tem que cumprir, é o dever”, um patamar de obrigação. Já o compromisso social transcende o dever legal ou moral, sendo uma ação voluntária. “Compromisso social você faz se você quiser”.
Para o presidente do Grupo JCPM, os projetos se enquadram como um genuíno compromisso, impulsionado por valores pessoais: “É gostar de gente, respeitar as pessoas e ter coração”.
Futuro do grupo
O presidente do Grupo JCPM encerrou a entrevista projetando o futuro da organização. O empresário reafirmou o compromisso de conduzir o grupo rumo ao centenário sem abrir mão dos princípios éticos que marcaram sua trajetória.
Segundo ele, o foco não está apenas no crescimento financeiro, mas na solidez moral e na qualidade do trabalho desenvolvido. “O objetivo não é ganhar dinheiro de qualquer maneira. Queremos ser bons, e não grandes — mas se pudermos ser grandes e bons, melhor ainda”, declarou.
Segundo ele, a sustentação do Grupo JCPM para a próxima década passa pela conscientização interna. O presidente afirmou que o quadro de colaboradores está alinhado com o padrão ético, os valores, a responsabilidade e o compromisso social defendidos pela organização.
Visivelmente emocionado, o empresário expressou seu profundo vínculo com a região. Paes Mendonça recordou os títulos de cidadania que possui em diversos estados, mas resumiu sua identidade: “Sou pernambucano, sergipano, sou Nordeste. Nós precisamos cuidar do Nordeste, nos unir”.
A entrevista foi finalizada com uma declaração de gratidão: “Um profundo agradecimento ao povo pernambucano”, disse João Carlos Paes Mendonça.
A cantora Vanessa Rios, ex-vocalista da banda de forró Capim Com Mel, morreu aos 42 anos, em Recife, em Pernambuco. A informação foi divulgada no perfil oficial da banda nas redes sociais ontem (26).
“Em nome da família Capim Com Mel, agradecemos pelo profissionalismo, dedicação e legado deixado. Descanse em paz, Vanessa Rios!”, escreveram em uma publicação nos stories do Instagram. As informações são da CNN Brasil.
À CNN Brasil, o assessor de imprensa da artista disse que ela “vinha travando uma batalha contra um câncer pulmonar que descobriu em 2023”. Nos últimos anos, ela se afastou dos palcos para tratar a doença.
Vanessa também atuou como cantora da banda Kitara. Com a morte dela, o grupo a homenageou nas redes sociais. “Você foi uma verdadeira campeã nessa vida”, dizia a legenda de uma publicação no Instagram.
Nas redes sociais, a cantora acumulava mais de 675 mil seguidores. Ela costumava compartilhar shows que fazia, rotina de beleza e eventos sociais com família ou amigos. A vocalista deixou uma filha de 16 anos, os pais e irmãs.
O velório de Vanessa ocorrerá no Memorial Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, a partir das 16h de hoje (27). Aberta ao público, a cerimônia será encerrada na terça-feira (28), às 16h.
O governador em exercício, Ricardo Paes Barreto, entregou, nesta segunda-feira (27), uma casa que foi restaurada na Comunidade do Bode, no Recife, através do Programa Morar Bem – Reforma no Lar. Na agenda, o magistrado também teve a oportunidade de conhecer de perto a iniciativa do Governo do Estado que custeia reparos no valor de até R$ 18 mil em imóveis de famílias de baixa renda. Outras 166 residências estão em fase de finalização e entrega na comunidade visitada.
Presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, o desembargador assumiu, interinamente, o Governo do Estado no último dia 24. Desde então, vem utilizando sua capacidade de diálogo e sua experiência como gestor também no Poder Executivo.
“É o Estado atuando na área social, melhorando a qualidade de vida da população e entregando sem ônus e sem custo nenhum para as pessoas que merecem o mínimo de dignidade. Ficamos todos muito felizes em poder encontrar uma pessoa muito querida, muito emocionada em receber a sua casa completamente reformada e em condições de ter dignidade com suas filhas, com suas netas”, destacou o governador em exercício, Ricardo Paes Barreto.
As casas reformadas ficam na Rua Eurico Vitrúvio. A residência de Maria Rosângela Martins teve a fachada, quartos e banheiro recuperados. A beneficiária que reside no local há 36 anos celebrou emocionada a entrega de sua casa. “Não tenho nem como explicar o tamanho da minha felicidade. Porque agora eu tenho uma casa digna. Quando o pessoal passou fazendo o cadastro, eu não acreditei. Hoje estou aqui com a minha casa, que está muito bonita. Minha neta falou que era um palácio. E aqui viverei feliz”, afirmou.
Executado pela secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, a modalidade Reforma no Lar, do Programa Morar Bem, já conta com 2.600 imóveis atendidos e mais 10 mil previstos para a segunda etapa, se tornando um marco para a política habitacional de Pernambuco. A secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes, detalhou a importância do programa para garantir mais qualidade de vida aos pernambucanos.
“Estar aqui hoje é ver o propósito para o qual o Governo do Estado está trabalhando: pelas pessoas. Por aquelas que antes estavam esquecidas, invisibilizadas, e que hoje são alcançadas pela política habitacional do Programa Morar Bem. Aqui no Bode, a gente já entregou títulos de regularização fundiária, está realizando melhorias habitacionais, e em outros locais já entregamos casas, retiramos famílias de áreas de risco e as colocamos em moradias novas. São várias frentes de uma política habitacional séria e comprometida”, ressaltou.
O Prefeito do Recife, João Campos (PSB), cumpre agenda amanhã (28), participando de uma reunião conjunta promovida pela Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE) e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE). O encontro ocorrerá a partir das 12h30, na sede do Sinduscon-PE, na Ilha do Leite.
Durante o momento, João Campos detalhará as principais ações e estratégias que serão implementadas no setor habitacional da cidade em seu segundo mandato, reforçando o compromisso de desenvolver projetos estruturantes e ampliar o diálogo com os representantes da construção civil na capital.
O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e a Federação Nacional dos Metroferroviários (Fenametro) divulgaram uma nota pública cobrando investimentos imediatos e responsabilizando o governo federal pelo “colapso” do Metrô do Recife, após o incêndio de um trem no último sábado (25). As entidades afirmam que o sistema vive um estado de abandono e que o risco à vida de usuários e trabalhadores “aumenta a cada dia”.
Segundo o texto, o episódio “quase se transformou em tragédia”, mas foi controlado graças à ação rápida dos metroviários. O sindicato e a federação dizem ter reiterado alertas ao Ministério das Cidades, sem retorno efetivo, e culpam o presidente Lula, o ministro Jader Filho (Cidades) e o ministro Rui Costa (Casa Civil) pela falta de medidas concretas.
As entidades também rejeitam a privatização do sistema, chamando a proposta de “crime contra o transporte público”, e criticam a governadora Raquel Lyra (PSDB) por apoiar a concessão. “O povo de Pernambuco exige investimentos e compromisso com um transporte público de qualidade. Antes que uma tragédia irreversível aconteça, é preciso agir já”, afirma o documento assinado por Luiz Soares de Oliveira, presidente do Sindmetro-PE e da Fenametro.
Leilão em 2026
O leilão do Metrô do Recife está previsto para o primeiro semestre de 2026, com o repasse inicial da gestão ao Governo de Pernambuco. O Ministério das Cidades afirma que a entrada de um operador privado busca oferecer melhor qualidade, segurança e regularidade, sem alterar a tarifa atual.
Em 18 de outubro, Raquel Lyra se reuniu na China com representantes da China Railway Rolling Stock Corporation Sifang (CRRC), maior fabricante mundial de equipamentos ferroviários. A governadora afirmou que o metrô é prioridade desde 2023 e que os estudos de concessão estão sendo concluídos pelo BNDES, com o objetivo de modernizar o sistema.
Representantes da CRRC devem realizar uma visita técnica a Pernambuco em novembro para avaliar possíveis parcerias. Já o Sindmetro-PE e a Fenametro defendem que a recuperação do sistema deve ocorrer com recursos públicos e gestão estatal, sem repasse à iniciativa privada.
Leia nota na íntegra:
NOTA PÚBLICA DO SINDMETRO-PE E DA FENAMETRO
PELO FIM DO ABANDONO DO METRÔ DO RECIFE! CONTRA A PRIVATIZAÇÃO! POR INVESTIMENTOS URGENTES NO SISTEMA!
O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (SINDMETRO-PE) e a Federação Nacional dos Metroferroviários (FENAMETRO) vêm a público manifestar profunda indignação diante do estado de colapso em que se encontra o Metrô do Recife, fruto de anos de abandono, falta de investimento e descaso do Governo Federal com o transporte público sobre trilhos.
Mesmo após reiterados alertas, ofícios e reuniões com o ministro das Cidades, Jader Filho, e com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nenhuma medida efetiva foi adotada para recuperar o sistema. O metrô agoniza, e o risco à vida de trabalhadores e usuários aumenta a cada dia.
Na tarde deste 25 de outubro de 2025, esse descaso quase se transformou em tragédia: a rede aérea cedeu e uma composição pegou fogo durante a operação. Graças à competência, ao profissionalismo e à coragem dos metroviários e metroviárias, não houve vítimas. Mas o episódio deixa evidente o que o SINDMETRO-PE e a FENAMETRO vêm denunciando há meses: o sistema está à beira do colapso total.
Enquanto o metrô se deteriora, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, insiste, com o apoio da governadora Raquel Lyra, na política de privatização, mantendo a CBTU e a Trensurb no Programa Nacional de Desestatização (PND).
Essa política é um crime contra o povo trabalhador e contra o transporte público! Privatizar significa aumentar tarifas, piorar o serviço, reduzir a oferta e destruir empregos. O metrô é um serviço essencial que deve permanecer público, estatal e sob controle social, a serviço da população — e não do lucro de empresários.
As entidades afirmam, com toda a firmeza:
• O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Jader Filho (Cidades) e o ministro Rui Costa (Casa Civil) são responsáveis diretos pela situação crítica do Metrô do Recife.
• A governadora Raquel Lyra, ao apoiar a concessão e a privatização, se alia à destruição de um patrimônio público construído com o esforço do povo pernambucano.
• O povo de Pernambuco exige investimentos imediatos, transparência e compromisso com o transporte público de qualidade.
Chega de abandono, chega de promessas! O que está em jogo é a vida dos usuários e dos trabalhadores do metrô. Antes que uma tragédia irreversível aconteça, é preciso agir já!
Dizemos NÃO à privatização! Pela retirada imediata da CBTU e da Trensurb do PND! Por investimentos urgentes na recuperação e modernização do Metrô do Recife!
Luiz Soares de Oliveira Presidente do SINDMETRO-PE e da FENAMETRO
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), é o convidado do meu podcast em parceria com a Folha de Pernambuco, o Direto de Brasília, de amanhã (28). No programa, ele deve comentar suas ideias para o Nordeste e os projetos que têm para o combate à seca na região.
Caiado também deve falar sobre a sua agenda rumo a 2026, o cenário da direita e como posiciona o seu campo político frente às disputas presidenciais, sua estratégia para recrutar apoios, além do papel das pautas de segurança pública e agronegócio.
Médico ortopedista formado pela Escola de Medicina e Cirurgia/RJ, Caiado é natural de Anápolis (GO) e vem de uma família tradicional de produtores rurais. Foi deputado federal por vários mandatos, senador da República e, desde 2019, exerce o cargo de governador de Goiás — sendo reeleito em 2022 no primeiro turno.
Nos últimos meses, Caiado tem sinalizado sua candidatura à Presidência em 2026 e defende que a direita apresente mais de um nome para o enfrentamento com o campo progressista. Ele se posicionou independentemente de Jair Bolsonaro, dizendo que manterá sua postulação mesmo com o ex-presidente na disputa.
O Direto de Brasília vai ao ar das 18h às 19h, com transmissão pelo YouTube da Folha de Pernambuco e do meu blog, e também em cerca de 165 emissoras de rádio no Nordeste. Retransmitem o programa pela Gazeta News (Grupo Collor) em Alagoas; pela Rede Mais Rádios, com 25 emissoras na Paraíba; pela Mais-TV, sob o comando do jornalista Heron Cid; ainda pela Rede ANC, no Ceará, com mais de 50 emissoras; e pela LW TV, de Arcoverde.
Os parceiros neste projeto são: Grupo Ferreira de Santa Cruz do Capibaribe, Autoviação Progresso, Grupo Antonio Ferreira Souza, Água Santa Joana, Faculdade Vale do Pajeú e o grupo Grau Técnico.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera eventuais cenários de primeiro turno para as eleições de 2026, de acordo com levantamento divulgado pelo instituto Paraná Pesquisas nesta segunda-feira (27).
Ao lado do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, na semana passada, o chefe do Executivo afirmou que pretende disputar um quarto mandato à Presidência da República. As informações são da CNN Brasil.
A pesquisa ouviu 2.020 pessoas em todo o país entre os dias 21 e 24 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
No primeiro cenário testado, Lula tem 37,0% das intenções de voto, contra 31,0% do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em seguida, surgem o ex-presidenciável Ciro Gomes (PSDB), com 7,5%, e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), que marca 6,0%.
Por fim, os governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), pontuam 4,7% e 3,2%, respectivamente. Votos em branco, nulos e nenhum somam 5,8%. Outros 4,8% não souberam ou não opinaram.
Bolsonaro está inelegível devido a duas condenações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), além da condenação no STF (Supremo Tribunal Federal) por participação em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
No segundo quadro, Lula tem 37,3%, ante 28,0% da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL). A seguir, Ratinho Jr. assinala 8,5%, e Ciro Gomes, 8,2%.
Ronaldo Caiado marca 4,2%, e Romeu Zema, 2,0%. Branco, nulos e nenhum são 6,2%, enquanto 5,5% não souberam ou não opinaram.
Na terceira simulação, Lula pontua 37,4%, contra 22,3% do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Na sequência, aparecem Ciro Gomes, que tem 9,0%, e Ratinho Jr., com 8,1%.
Romeu Zema assinala 5,7%, e Ronaldo Caiado, 4,1%. Branco, nulos e nenhum totalizam 7,6%. Outros 5,8% não souberam ou não opinaram.
No último panorama avaliado, Lula desponta com 37,6%, ante 19,2% do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ao mesmo tempo, Ratinho Jr. tem 9,6%, e Ciro Gomes, 8,9%.
Romeu Zema marca 6,2%, e Ronaldo Caiado, 4,8%. Branco, nulos e nenhum correspondem a 7,7%, enquanto 5,9% não souberam ou não opinaram.
Joel Madeira Barroso (PSB) foi eleito prefeito de Santa Quitéria (CE) — município localizado a cerca de 220 quilômetros da capital Fortaleza — em eleição suplementar realizada ontem (26).
Joel, de 34 anos, é filho de José Braga Barrozo (PSB), o Braguinha, que chegou a ser reeleito no pleito municipal de 2024, mas acabou preso pela PF (Polícia Federal) momentos antes da cerimônia de recondução ao cargo em 1º de janeiro deste ano. Ele é investigado por envolvimento com o crime organizado. As informações são da CNN Brasil.
Na ocasião, o vice-prefeito eleito da cidade, Gardel Padeiro (PP), também foi impedido de tomar posse. Com isso, o então vereador Joel Barroso — que venceu a disputa pela presidência da Câmara Municipal — assumiu interinamente o comando da prefeitura.
Em julho, o TRE-CE (Tribunal Regional Eleitoral do Ceará) estabeleceu, por unanimidade, a cassação dos mandatos de Braguinha e de seu vice por abuso de poder político e econômico. À época, os magistrados determinaram ainda a realização de nova eleição, ocorrida ontem.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não só fracassou na tentativa de promover a intervenção do governo norte-americando para livrar da prisão o seu pai, Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente concluiu que seu filho, na verdade, tem passado informações distorcidas — quando não falsas — sobre suas tratativas com autoridades trumpistas dos EUA.
A certeza de Bolsonaro de que Eduardo lhe escondeu a mudança de posição de Trump sobre o governo brasileiro veio quando ele soube das declarações do presidente dos EUA com o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) logo após o encontro dos dois, ontem (26) em Kuala Lumpur, na Malásia,.
Lula e Trump participam da cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático). Sorridente frente ao colega brasileiro, o presidente dos EUA disse ser “uma grande honra” estar com Lula e arrematou: “Acho que eles [o Brasil e o governo] estão indo muito bem até onde sei. Podemos fazer bons acordos para ambos os países. Acho que nós faremos acordos. Conversamos e acho que teremos um bom relacionamento.”
Para desagrado de Bolsonaro, a conversa entre os dois foi classificada como alegre e descontraída. E Trump ainda anunciou que pretende visitar o Brasil. Ficou no ar até mesmo a possibilidade de comparecer à COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) no estado do Pará.
Bolsonaro esperava que Trump fizesse menção sobre a necessidade de liberação do ex-presidente pela Justiça brasileira. Bolsonaro está em prisão domiciliar. Eduardo havia lhe dito que Trump poderia criticar a prisão, mas o presidente dos EUA não fez qualquer menção.
Desconfiado de Eduardo, Bolsonaro já havia enviado a Washington, nos EUA, seu outro filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Além de convencer o irmão a parar de atacar aliados estratégicos da direita, como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), Flávio foi encarregado de traçar um quadro sobre a veracidade dos informes de Eduardo. O filho Zero Três do ex-presidente tem dito que Donald Trump continua engajado no projeto de ataques contra o Brasil.
Flávio não trouxe informações peremptórias, mas disse ao pai não estar seguro de que o presidente norte-americano continuasse disposto a sustentar uma briga com o governo brasileiro.
Na verdade, Trump já vinha dando sinais à imprensa dos EUA de que estava mudando de posição sobre o Brasil. O presidente dos EUA tem dito que, mais do que a política, seu interesse está voltado para os negócios com outros países.
A China impôs limitações à transferência de tecnologia sobre terras raras para os norte-americanos, e o Brasil detém a segunda maior reserva desses minerais no planeta. Também tem interesse em destravar a atuação das chamadas big techs no Brasil.
Trump desviou o foco da questão política no Brasil para temas comerciais, e Eduardo não deixou isso claro para o pai.
Além disso, o ex-presidente considera que está ficando “cara, tanto financeiramente como politicamente” a permanência de Eduardo nos EUA.
Cara, financeiramente, porque, segundo bolsonaristas, o filho continua pedindo dinheiro ao clã para permanecer naquele país. E cara, politicamente, porque, desde que Eduardo se estabeleceu nos EUA, a popularidade do pai só fez cair, enquanto a de Lula subiu. E os aliados já começam a se afastar da família.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (27) na Malásia que Donald Trump se comprometeu a negociar rapidamente um acordo com o Brasil sobre as tarifas de 50% impostas pelos EUA a produtos brasileiros. “Ele [Trump] garantiu que vamos ter um acordo. E acho que será mais rápido do que muita gente pensa”, disse o presidente durante uma coletiva de imprensa.
Lula afirmou que Brasil e EUA devem participar de novas rodadas de negociações sobre as tarifas “nas próximas semanas” em Washington. “Estou convencido de que, em poucos dias, teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil, para que a vida siga boa e alegre, do jeito que dizia Gonzaguinha em sua música”, disse o brasileiro. As declarações foram feitas um dia após Lula se encontrar com Trump na Malásia.
Na reunião com Trump, o brasileiro disse ter pedido ao americano “a suspensão da taxação e revisão das punições aos nossos ministros”, referindo-se a sanções aplicadas pelos EUA a magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) e autoridades de seu governo.
O brasileiro voltou a chamar as sanções de “infundadas e baseadas em informações erradas”. Lula disse que Trump “ficou surpreso” ao ouvir que as sanções americanas haviam atingido até a filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT).
Padilha foi sancionado em agosto por ter participado da elaboração do programa Mais Médicos. Segundo o governo americano, o programa consistiu em um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”, em referência à participação de médicos cubanos no programa entre 2013 e 2018. O ministro, sua esposa e filha tiveram os vistos americanos cancelados.
Já oito magistrados do STF — entre os quais o ministro Alexandre de Moraes — foram sancionados com base na Lei Magnitsky, criada para punir estrangeiros que os EUA consideram autores de graves violações de direitos humanos.
Na entrevista coletiva, Lula disse que questões políticas entre Brasil e Estados Unidos — incluindo as sanções aos ministros — serão tratadas apenas por ele e por Trump, ao passo que assessores dos dois governos negociarão temas comerciais, como as tarifas a produtos brasileiros.
Lula disse ainda ter defendido na reunião com Trump a legitimidade do julgamento no STF que condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por golpe de Estado e outros crimes. O americano já fez várias críticas ao julgamento e o usou como um dos argumentos para aplicar as tarifas de 50% contra o Brasil.
“Eu disse que foi um julgamento muito sério, com provas contundentes”, afirmou Lula. Referindo-se a Bolsonaro, Lula disse que Trump sabe que “rei morto, rei posto”. “Bolsonaro faz parte do passado da política brasileira. Eu disse [a Trump]: com três reuniões que você fizer comigo, vai perceber que Bolsonaro não era nada”, disse o petista.
Lula disse que a reunião com Trump foi importante para que pudessem se conhecer pessoalmente. “Quando você se conhece [por intermédio] das pessoas que falam, é mais difícil. Tem que sentir, pegar na mão, olhar, ver a reação da pessoa. Acho que houve sinceridade na nossa relação”, afirmou.
O encontro ocorrido no domingo foi a primeira reunião formal entre os dois, que mantinham relação distante desde o início do governo Trump.
A situação se agravou em julho, quando Washington anunciou o tarifaço contra o Brasil. Mas o diálogo melhorou a partir de setembro, quando ambos tiveram breve contato durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o que abriu as negociações para o encontro bilateral.
Numa rápida conversa com jornalistas antes do início da reunião, Trump disse ser “uma honra estar com o presidente do Brasil”. “Acredito que seremos capazes de fazer ótimos acordos para os dois países”, disse ele.
Após o encontro, o perfil da Casa Branca no X publicou uma foto dos dois presidentes se cumprimentando e a seguinte fala de Trump: “Acho que seremos capazes de fechar alguns bons acordos para ambos os países… Sempre tivemos um bom relacionamento e acredito que isso continuará.”
Também depois do encontro, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Rosa, disse que a questão de Bolsonaro não foi discutida diretamente e que Trump não mencionou o aliado na conversa.
Petrolina se destacou no estudo Desafios da Gestão Municipal (DGM) como a melhor cidade do Nordeste e a primeira colocada de Pernambuco entre as 100 maiores cidades do Brasil, alcançando a 49ª posição no ranking nacional. O levantamento, que tem Maringá (PR) no topo da lista, avalia o desempenho dos municípios brasileiros com base no Índice DGM (IDGM), um indicador composto por 15 variáveis que medem resultados em quatro áreas fundamentais para a qualidade de vida: educação, saúde, segurança e saneamento/sustentabilidade.
Segundo o estudo, as cem cidades analisadas representam quase metade do PIB brasileiro e reúnem 38,6% da população do país, o equivalente a 78,3 milhões de habitantes em 2022. Elas concentram 44,2% do PIB nacional, somando R$ 4 trilhões em 2021 (último dado disponível), e têm um PIB per capita 12,5% superior à média nacional, de R$ 47,5 mil. Juntas, também respondem por 52,3% dos empregos formais do Brasil, o que corresponde a 27,6 milhões de postos de trabalho em 2022.
Além do bom desempenho de Petrolina, os maiores avanços no ranking do IDGM 2024 foram registrados em São José dos Pinhais (PR), que subiu 42 posições; Cascavel (PR), com alta de 37; e Vitória da Conquista (BA), que ganhou 26 colocações. Já as maiores quedas ficaram com Carapicuíba (SP), que perdeu 37 posições; Uberaba (MG), com recuo de 23; e Bauru (SP), que caiu 20.
Entre as capitais, Florianópolis (SC) perdeu 14 posições, embora mantenha bons indicadores de renda, qualidade de vida e baixo desemprego. O destaque positivo foi o Rio de Janeiro (RJ), que subiu 12 colocações em relação ao levantamento anterior, divulgado em 2021.
Dedico este artigo ao meu colega o lindo poeta Gonçalves Dias, autor do poema Os Tamoios
MONTANHAS DA JAQUEIRA – Os tambores de guerra ressoam em todos os ares, nos mares, hangares, em todos os lugares nesta terra de palmeiras onde cantava o sabiá e hoje canta o carcará. O cowboy MaCDonald Tramp declarou guerra contra as tribos de peles vermelhas das Américas Latinas. Do lado de baixo e do lado de cima do pescoço do Equador, tudo é canela.
Está em curso a guerra planetária contra a cultura Woke-globalista, de controle social das esquerdas. Na versão negativa, Woke seria a teia de aranha das esquerdas que englobam a ideologia de gênero, luta de classes, abortismo, contestação dos tradicionais valores sociais. Em síntese, seria o remake da revolução gramsciana, de infiltração nas instituições para miná-las por dentro.
As teias de aranha são inocentes ou são perversas. As aranhas caranguejeiras socialistas são aparentemente inofensivas, mais infiltram seus venenos nas veias e nas artérias das instituições para obter resultados pecaminosas. A CIA e a Usaid são teias de aranha caranguejeiras. Foram utilizadas nas eleições de 2002 para inocular venenos monetários, financiar entidades de esquerdas e detonar movimentos conservadores. O fio de uma teia de aranha é mais resistente que as fibras óticas dos super homens nas mesmas espessuras.
Os adeptos das teias de aranha caranguejeiras e similares estão do lado errado da história.
Vocês estão sabendo que o cowboy MaCDonald acionou as teias de aranha da CIA para desestabilizar aquele ditador infame da Venezuela. Caranguejeiras, viúvas-negras, armadeiras, os insetos estão em campo para capturar o macro inseto satânico do Caribe. As aranhas da CIA patrulham as águas do Caribe com bombardeiros B-52, submarino nuclear e caças de guerra F-35. Sem lenço e sem celular para não ser localizado, o ditador está refugiado nas cavernas de Caracas. Impossível resistir ao cerco. Será capturado e arrancado do poder pelos fios do bigode, assim feito Sadam Hussein foi preso num buraco do tatu em Bagdá, 2003.
O escritor Oscar Wilde dizia de si mesmo sobre sua condição sexual homo: era o amor que não ousava dizer o próprio nome. O comunismo é o regime que não ousa dizer o próprio nome. A começar pela extinga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. A ilha-presídio é chamada República de Cuba; República Popular Democrática da Coreia; República da Nicarágua; República da China “dois sistemas, um só governo”. A ditadura terrorista da Venezuela comete a blasfêmia de se proclamar bolivariana.
Depois de ser desmontada a ditadura da Venezuela e entregue o poder a Edmundo Gonzalez. outras teias de aranha irão desmoronar na América Latina. O ditador facínora será uma viúva-negra desfalecida. A travessia está sendo longa. Mas será vitoriosa.
Faltando 11 meses para as eleições, a composição da chapa da governadora Raquel Lyra (PSD), que vai à reeleição, é uma tremenda incógnita. Não há um só nome especulado para disputar as duas vagas para o Senado. Há dúvidas, inclusive, se Priscila Krause (PSD) se manterá na vice, porque, segundo analistas, não teria muito a somar.
Nos bastidores, o único nome com densidade eleitoral para encarar o Senado, o presidente estadual do PP, líder da federação PP-União Brasil, Eduardo da Fonte, no cenário que enxerga 2026 hoje, não estaria disposto a integrar a chapa da governadora para tentar uma das vagas na chamada Casa Alta.
Estaria mais inclinado a disputar a reeleição para a Câmara ou, quem sabe, discutir sua participação na chapa do pré-candidato a governador pelo PSB, João Campos. Isso dependeria das acomodações no plano nacional e no caso de Pernambuco num quadro no qual a governadora não reaja, tornando-se presa fácil para a vitória das oposições.
Se Dudu, como é mais conhecido o líder da federação progressista, não tiver apetite para entrar na chapa de Raquel, poucas alternativas restarão para a governadora. Fala-se em três nomes dispostos ao sacrifício na chapa oficial: o atual senador Fernando Dueire (MDB), o ex-senador Armando Monteiro Neto (Podemos) e o deputado federal Mendonça Filho.
Dueire hoje é lanterninha nas pesquisas. Aparece apenas com percentuais entre 1% e 3%, segundo o instituto Opinião. Armando, embora tenha feito um excelente mandato no Senado, está fora da mídia e não teria aptidão, enquanto Mendonça está filiado ao União Brasil, já fechado com a candidatura de João.
Falam também na alternativa Miguel Coelho (UB), caso este venha a sobrar na chapa de João. Interlocutores do ex-prefeito de Petrolina, entretanto, garantem que, a esta altura, fazer a travessia para o lado de Raquel, hoje extremamente fragilizada, seria um erro primário, até porque o grupo Coelho tem um pé atrás com a governadora, em razão das tratativas frustradas no pós eleição de 2022.
Em Petrolina, os Coelho transferiram mais de 80 mil votos para Raquel na disputa no segundo turno contra Marília, mas a governadora nunca reconheceu a força do grupo. Pelo contrário, acha que saiu dos 6 mil votos que teve no primeiro turno para 86 mil no segundo por mérito próprio.
DISPUTADÍSSIMA – Já na chapa de João Campos, pelo menos três candidatos estão na disputa pelas duas vagas ao Senado: Humberto Costa (PT), Miguel Coelho (UB) e Sílvio Costa Filho (Republicanos). Se Eduardo da Fonte (PP) romper com Raquel, a disputa se acirra ainda mais, com quatro nomes para duas vagas. Alguém vai sobrar, o que pode provocar uma tremenda dor de cabeça em João, que terá que ser bastante habilidoso para não sofrer um baque.
Maçaranduba do tempo – O deputado Eduardo da Fonte é uma espécie de noiva extremamente cobiçada nas eleições que se aproximam. Na condição de presidente do PP, controla a segunda maior bancada na Assembleia Legislativa, tem um exército de prefeitos e vereadores, além do maior tempo na propaganda eleitoral no rádio e na TV. Mais do que isso, a maior fatia do fundo eleitoral em razão da federação PP e União Brasil. Dudu é uma águia. Quando provocado sobre o Senado, diz que está assuntando a Maçaranduba do tempo, como diria o ex-governador Joaquim Francisco.
Senador ou vice? – Já o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, também é visto como um potencial candidato a fechar a chapa de João Campos como vice, embora esteja em plena campanha para o Senado. Miguel é o legítimo representante do Sertão numa eventual disputa para o Senado. Se vier a entrar na chapa e se eleger, sucederá ao pai Fernando Bezerra Coelho, que eleito lá atrás levou à frente o legado do tio, o ex-senador e ex-governador Nilo de Souza Coelho. Tudo que Petrolina tem hoje deve ao saudoso Nilo e ao clã Coelho.
Comércio equilibrado – Após o bem-sucedido encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que o comércio global seja equilibrado, sem que nenhum país tenha déficit “exorbitante” com outros países. O petista disse que o Brasil quer fazer negócio com todos e rechaçou a tentativa de se criar novas disputas globais ancoradas por grandes potências como China e Estados Unidos. “Está aqui meu ministro da agricultura [Carlos Fávaro]. Ele é fanático para vender os produtos agrícolas brasileiros. E eu falo para ele que precisa parar de falar só em vender e precisa falar em comprar, porque as pessoas também querem vender para o Brasil. E a política justa é aquela que todo mundo está satisfeito”, afirmou.
Paes cumpre extensa agenda – Governador de Pernambuco na interinidade, o presidente do Tribunal de Justiça, Ricardo Paes Barreto, assumiu na sexta-feira e já no sábado fez uma visita às obras da PE-061, no trecho entre o final da via e a entrada do distrito de Santo Amaro, em Sirinhaém. Em seguida, vistoriou as obras de intervenções na PE-060, também nas proximidades do município de Sirinhaém. Depois, fez uma vistoria às obras da PE-073, em Rio Formoso. “Assumir o Governo é uma responsabilidade muito grande. Inicio uma agenda visitando cidades onde o Governo do Estado realizou investimentos para melhorar a vida da população. Recebo com muita honra essa missão e pretendo cumpri-la sem nenhuma mudança, seguindo a linha exemplar da governadora Raquel Lyra”, disse Paes, ao tomar posse.
CURTAS
ÁGUAS BELAS – Retomo amanhã, às 19 horas, por Águas Belas, a agenda de palestras e lançamentos do meu livro “Os Leões do Norte”, editora Eu Escrevo. O evento está marcado para o colégio Nicolau Siqueira, com apoio do prefeito Elton Martins.
AGENDA – Além de Águas Belas, que saiu na frente na minha incursão pelo Agreste Meridional, até sexta-feira estarei em Capoeiras, Caetés, Angelim, Brejão e Garanhuns. Podem ser incluídos ainda Bom Conselho e Itaiba. “Os Leões do Norte” traz a miniobigrafia de 22 governadores de Pernambuco, um século de história, de 1930, com Carlos de Lima Cavalcanti, a 2022, com Paulo Câmara.
CAIADO – No meu podcast Direto de Brasília, uma parceria com a Folha de Pernambuco, entrevisto amanhã o primeiro presidenciável na corrida ao Palácio do Planalto em 2026: o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil. Na pauta, a crise nacional e suas propostas para o Nordeste.
Perguntar não ofende: Se não reagir nas pesquisa, Raquel vai conseguir montar sua chapa à reeleição?
Fabiano Silva dos Santos foi o presidente dos Correios até julho. Sua credencial: membro do Grupo Prerrogativas. A empresa registrou R$ 4,4 bilhões de prejuízo no 1º semestre provocando sua demissão.
Mesmo assim, poucas semanas depois circulou a notícia de que ele estaria sendo sondado para assumir o comando da Invepar, uma concessionária que tem 75,6% do seu capital nas mãos de fundos de pensão estatais. O sindicato da estatal, Sintect-RJ, fez uma representação ao MPF pedindo uma investigação de sua gestão por improbidade administrativa.
Ainda estão traumatizados com o buraco deixado pelo Governo Dilma em seu fundo de pensão, Postalis. Reação tardia, mas positiva. Afinal, ninguém no governo parece preocupado em destrinchar as causas desse desastre. A ministra (Esther) Dweck diz que prejuízos das estatais serão cobertos por receitas futuras (nem Poliana faria melhor). Já para o Ministro Haddad a culpa é sempre dos outros.
Para salvar os Correios, o governo anunciou um empréstimo de R$ 20 bilhões com garantia do Tesouro (ainda em negociação). Na realidade, la garantia somos nosotros, porque a chance desta dívida ser quitada é nenhuma. Apesar dessa crise toda, a imprensa divulgou que o entorno do presidente cogitava oferecer a (Davi) Alcolumbre cargos na empresa em troca de apoio ao escolhido de Lula para o STF.
Correios é um caso extremo, mas não é exceção. Mesmo sendo previsível a deterioração das finanças das estatais em mais um governo PT, os valores atuais chocam e a trajetória é explosiva. O conjunto de estatais acumulou um prejuízo de R$ 8,3 bilhões até agosto deste ano, tendo partido de superávit de R$ 6 bilhões em 2022.
A Lei das Estatais, de 2016, impôs requisitos mínimos para funções executivas nessas empresas, aliando competência para o cargo aos critérios políticos. Funcionou tão bem que foi suspensa por liminar do ministro (Ricardo) Lewandowski, aliado histórico de Lula, quando ainda estava no STF. Enquanto a liminar vigorou dezenas de postos foram preenchidos.
A preocupação com a qualidade dos serviços prestados pelas empresas públicas não existe. A marca Correios foi destruída, nem valor para privatizar sobrou. Este loteamento de cargos vale também para outras funções públicas.
A ministra Gleisi vai conduzindo exonerações em postos de comandos “estratégicos”, do FNDE ao Iphan, porque “é natural que fique no governo quem seja a favor da reeleição de Lula”. Sem pudor algum, o líder do PT na Câmara emendou que “ninguém quer ficar sem dinheiro em ano eleitoral”.
E eu que achava que ainda estávamos em 2025? Para os amigos de fé, a camaradagem já começou.
Um navio de guerra americano chegou neste domingo (26) a Trinidad e Tobago, pequeno arquipélago localizado em frente à costa da Venezuela, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensifica sua pressão sobre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
O destróier USS Gravely foi visto na manhã de domingo no litoral da capital, Port of Spain, segundo jornalistas da AFP. A chegada do navio e de uma unidade de fuzileiros navais para realizar exercícios conjuntos com o exército local havia sido anunciada na quinta-feira pelo governo de Trinidad e Tobago, país de língua inglesa com 1,4 milhão de habitantes. O destróier permanecerá atracado na capital até quinta-feira.
Desde agosto, Washington tem enviado navios de guerra ao Caribe e conduz ataques aéreos contra embarcações de supostos narcotraficantes.
Os Estados Unidos também anunciaram a intenção de enviar à região o porta-aviões Gerald R. Ford, o maior do mundo, um reforço significativo da presença militar americana no Caribe. Na sexta-feira, Maduro classificou a movimentação como uma tentativa de “inventar uma nova guerra”.
Trump acusa o presidente venezuelano de chefiar redes de tráfico de drogas, algo que Maduro nega categoricamente. O líder venezuelano afirma que Washington usa o narcotráfico como pretexto para tentar impor uma mudança de regime e se apropriar das vastas reservas de petróleo do país.
“Entre dois muros”
Em Port of Spain, parte da população aprova a presença americana próxima às costas venezuelanas. “Há um bom motivo para trazerem o navio de guerra. É para ajudar a limpar os problemas de drogas que há no território venezuelano”, disse Lisa, moradora de 52 anos. “É por uma boa causa, muita gente será ‘libertada da opressão’ e do ‘crime’”, acrescentou.
Outros moradores, porém, expressaram preocupação com a possibilidade de uma intervenção militar. “Se acontecer algo entre Venezuela e Estados Unidos, podemos acabar levando golpes”, teme Daniel Holder, de 64 anos. “As pessoas não percebem o quão sério é isso agora, mas coisas podem acontecer aqui.”
A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, é uma aliada de Trump e, desde que assumiu o cargo em maio, tem adotado um discurso duro contra a imigração e a criminalidade venezuelana no país.
Caracas acusa seu governo de agir em favor dos interesses de Washington. Persad-Bissessar “convida os Estados Unidos” quando “deveria se manter neutra” e deixar que os dois países resolvam suas diferenças “em vez de tentar se colocar no meio”, lamentou Holder, comparando a situação a “estar entre dois muros”.
Segundo dados do governo americano, os ataques realizados desde agosto deixaram 43 mortos em dez bombardeios contra supostas embarcações de tráfico em águas internacionais do Caribe e do oceano Pacífico.
Famílias trinitárias afirmam que dois cidadãos locais morreram nestes bombardeios em meados de outubro, mas as autoridades não confirmaram as mortes. Especialistas questionam a legalidade das operações.
“Não precisamos de todos esses assassinatos e bombardeios, só precisamos de paz… e de Deus”, disse Rhonda Williams, recepcionista de 38 anos.
Para o venezuelano Ali Ascanio, que vive há oito anos em Trinidad e Tobago, a chegada do destróier “é alarmante, porque sabemos que é um sinal de guerra”, mas ele espera que a pressão de Washington leve Maduro a “sair logo”.
Há imagens que não precisam de legenda, apenas de coragem para encará-las. A promptografia que circula nas redes sociais, contrapondo o prato farto de um presidiário ao lanche miserável de uma criança em uma escola pública, não é apenas chocante. É simbólica. É cruel. É o retrato nu de um país que perdeu o juízo moral sobre suas prioridades.
Não se trata de negar direitos a quem cumpre pena, trata-se de questionar a lógica perversa de um Estado que alimenta mais quem transgrediu do que quem ainda sonha. Enquanto o cárcere garante três refeições diárias completas, as escolas, especialmente nas periferias, servem suco artificial e bolachas secas como se isso fosse suficiente para uma infância em formação. Não é. Nunca foi.
Essa desigualdade revela uma escolha: o abandono da infância como projeto de nação. O Brasil, em sua indiferença institucional, trata as crianças como uma estatística futura da marginalidade, ao invés de reconhecê-las como sementes de um país possível. O que alimentamos hoje, com comida ou com descaso, define o que colheremos amanhã.
A sociedade que se mobiliza para garantir os direitos humanos dos presos, e que bom que esses direitos existam, permanece muda diante da fome emocional, física e simbólica das crianças em nossas escolas públicas. O direito à dignidade não pode ser seletivo. Se um preso tem direito a arroz, feijão, carne, ovo, fruta, por que uma criança não?
Onde estão os que se dizem defensores dos direitos? Onde estão as ONGs? Onde estão os gestores públicos, os secretários de educação, os prefeitos, os governadores? Onde está o clamor do Congresso diante da dieta infantil que mais parece ração do que refeição?
O que se vê é um Estado que não investe em educação porque tem medo de cidadãos conscientes. Prefere formar delinquentes para depois alimentá-los com dignidade no sistema penal. É mais fácil controlar do que educar. É mais lucrativo punir do que prevenir.
Mas há uma escolha moral diante de nós: ou alimentamos a infância com dignidade, ou estaremos alimentando a violência com descaso.
Uma criança que se sente esquecida pelo Estado cresce com a certeza de que o crime é o único caminho que oferece acolhimento, ainda que distorcido. Não é uma questão de opinião, é uma questão de justiça social.
Estamos falhando. Como nação. Como sociedade. Como humanos.
E enquanto o prato de um presidiário continuar mais nutritivo que o de uma criança inocente, não poderemos nos chamar de civilizados. Teremos, no máximo, erguido uma prisão chamada Brasil.
*Jornalista, poeta, escritor e membro da Academia Pernambucana de Letras