Pesquisa do Instituto Ipespe, patrocinada pela Febraban e publicada na manhã de hoje por O Poder, registra que 38% dos brasileiros entrevistados acham que o país piorou entre abril e junho. Em contraposicão, 33% acham que o Brasil melhorou e para 29% continuou igual. O humor do país com a economia continua negativo.
Segundo o sociólogo Antônio Lavareda, do Ipespe, as notícias sobre o cenário econômico nacional destacaram a taxa Selic em 15%, maior nível desde 2006. O crédito registrou encarecimento e a alta da energia elétrica e o aumento dos custos com habitação contribuem para o quadro negativo. As informações são do Jornal O Poder.
Leia mais“Além disso, foram anunciados diversos ajustes tributários, incluindo mudanças no IOF, no Imposto de Renda sobre investimentos, novas taxas sobre apostas e a redução de benefícios fiscais. Esse conjunto de fatores afetou o humor da população, com discreto recuo nas opiniões positivas sobre o país”, diz Lavareda.

E o futuro?
O denominado ‘Radar Febraban’ detectou que as expectativas, apesar de tudo, continuam positivas. Lavareda afirma que para o restante de 2025, 40% apostam em melhora e 27% em estabilidade. O quadro é semelhante ao levantamento trimestral anterior, (melhorar: 45%; continuar como está: 23%).
Cerca de um terço (32%) preveem piora no próximo semestre, uma variação dentro dos limites da margem de erro em relação a março (30%). “Note-se que a expectativa positiva recua mas, com a proximidade do segundo semestre do ano, aumenta sobretudo a perspectiva de que o país ficará igual”, afirma Antônio Lavareda.

Percepção de alta dos preços recua
Mas continua alta. Nesta edição do Radar Febraban/ Ipespe, 83% dos entrevistados afirmam que os preços aumentaram muito ou aumentaram nos últimos seis meses. Esse resultado representa um recuo de seis pontos em relação a março e interrompe a linha ascendente registrada desde dezembro de 2023.
Embora ainda muito elevada, essa percepção vai ao encontro do último Boletim Focus, que indica melhora das expectativas do mercado financeiro em relação à inflação em 2025. Aqueles que percebem estabilidade nos preços representam 11%, enquanto 5% acreditam que os preços diminuíram nos últimos seis meses.
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