O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado e candidato à reeleição, afirmou, hoje, que a Casa não pode ser “palco de revanchismo” e que é preciso pacificar as relações com os poderes Judiciário e Executivo.
Pacheco deu as declarações ao conceder entrevista ao “Estúdio i”, da GloboNews. A votação está marcada para amanhã. Ele foi questionado sobre as críticas que tem recebido de colegas de partido diante da avaliação de que o ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) exerce forte influência sobre o próprio Pacheco.
“Tenho consideração pelo senador Davi Alcolumbre, e ele integra esse grupo – junto com tantos outros senadores e senadoras – que busca ter no Senado Federal um Senado que não seja palco de revanchismo e retaliação a outros poderes, mas, ao contrário, um palco de construção positiva com Executivo e Judiciário, num momento em que temos oportunidade para isso”, afirmou Pacheco.
Na sequência, Pacheco comentou os pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) apresentados em 2022 por aliados do então presidente Jair Bolsonaro e disse ser preciso “pacificar as relações” com o Judiciário e com o Executivo.
Antes da decisão do ministro Alexandre de Moraes de declarar a perda do mandato de Carla Zambelli (PL-SP), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), havia prometido a integrantes da Corte que a própria Casa resolveria a questão e cassaria a parlamentar.
A promessa foi feita em conversas privadas com os ministros, e foi o que levou Motta a pautar, na última terça-feira, a cassação de Zambelli junto com a de Glauber Braga (PSOL-RJ), após uma manobra na Comissão de Constituição e Justiça resultar na aprovação do parecer pelo fim do mandato da parlamentar. As informações são do blog de Malu Gaspar para o jornal O GLOBO.
Ainda assim, fracassou. Na votação que acabou ocorrendo na quarta-feira (10), apenas 227 deputados votaram pela cassação, trinta a menos que o necessário para ejetá-la da Câmara. Conforme informou O GLOBO, faltaram à sessão para não ter que cassar Zambelli 69 deputados do PP, União Brasil, Republicanos, PSD e MDB, partidos que costumam garantir apoio à Motta.
O resultado foi considerado “inaceitável” pelos ministros, que no dia seguinte impuseram uma segunda humilhação a Motta. Moraes anulou a decisão dos deputados e declarou a perda do mandato de Zambelli, ao concluir que a votação dos deputados foi marcada por “evidente inconstitucionalidade” e “desrespeito aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade”, além de “flagrante desvio de finalidade”.
Isso porque a Constituição afirma categoricamente que o deputado com condenação criminal em sentença transitada em julgado (ou seja, quando não cabem mais recursos) perderá o mandato. É justamente o caso de Zambelli.
“O Hugo não entrega absolutamente nada a ninguém e não tem o termômetro da Casa”, diz um aliado do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), reproduzindo o sentimento que tomou conta ao mesmo tempo do Centrão e do Supremo. “Ele assegurou ao Supremo que Zambelli estava cassada. Ele simplesmente não sabe o rumo que a turma está tomando.”
O próprio Lira tem chamado de “esculhambação” a conturbada gestão de seu sucessor.
Fuga Em junho, Zambelli comunicou a sua fuga do Brasil, em uma tentativa de evitar o cumprimento da pena de 10 anos de prisão imposta – por unanimidade – pela Primeira Turma do Supremo por envolvimento numa invasão hacker do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
No início de junho, embarcou para Roma, onde se julgava “intocável” por também ter cidadania italiana, mas acabou presa.
Extradição Para o Ministério Público italiano, a extradição de Zambelli preenche todos os requisitos exigidos pela legislação – e a parlamentar, agora cassada, não é alvo de perseguição política nem sofreu cerceamento à defesa no processo que resultou na sua condenação no STF.
Na avaliação do procurador Erminio Carmelo Amelio, Zambelli, de forma livre, consciente e voluntária, ordenou a invasão dos sistemas do CNJ por meio do planejamento, contratação e gestão operacional de uma pessoa, o hacker Walter Delgatti Neto, que possuía as habilidades técnicas e os meios necessários para executar o plano, com a intenção de alterar informações.
Zambelli também já foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal a cinco anos e três meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal no episódio em que a deputada perseguiu com uma arma em punho um homem em São Paulo na véspera do segundo turno da eleição de 2022.
O novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), desembargador Fernando Cerqueira, terá o desafio de conduzir o tribunal nas próximas eleições, em 2026. O magistrado foi empossado ontem (11) para o biênio 2025-2027 em sessão solene na sede do TRE-PE, com a presença de familiares, amigos e autoridades, como a governadora Raquel Lyra (PSD), o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Ricardo Paes Barreto.
O desembargador ingressou no TRE-PE em outubro de 2024, atuando como vice-presidente e também como corregedor eleitoral. Exerceu vários cargos desde que entrou na magistratura em 1982, sendo presidente do TJPE de 2020 a 2022.
Fernando Cerqueira afirmou que haverá um grande trabalho em todo o estado para as eleições do próximo ano. Segundo o presidente, o maior desafio será realizar todo o pleito sem nenhum problema.
“Eu acredito que não vamos ter problemas, porque o nível dos nossos políticos é muito alto. Pernambuco dá um exemplo disso em todos os momentos. Todos os nossos dirigentes e representantes são pessoas de altíssimo nível e, consequentemente, nós vamos manter esse nível. Isso vai nos fortalecer para realizar o trabalho em 2026 e chegar no final do ano com o resultado para a sociedade.”
Durante o discurso, o presidente teceu considerações sobre a admiração pelo Judiciário e a gestão eleitoral. Ele também destacou a importância da urna eletrônica e do sistema informatizado de votação.
“O Brasil se orgulha do processo eleitoral e de suas instituições. A conquista brasileira de um processo eleitoral idôneo e inquestionável se reflete nas últimas eleições de 2024, com a votação e apuração. O resultado final divulgado até às 20h do mesmo dia de forma inquestionável é um exemplo para a democracia e para o mundo”, destacou.
Cerimônia O desembargador Humberto Costa Vasconcelos Júnior discursou em nome dos membros da corte do TRE-PE e elogiou a trajetória do novo presidente. “Na vida familiar, na vida social, cívica, cidadão, sempre foi e é uma referência para todos nós. Estudante disciplinado, trabalhador incansável e dedicado. Compromissos cumpridos de forma completa e consciência tranquila, tanto é verdade que por onde Fernando passou presidiu, orientou, acolheu, transformou, construiu, formou e incluiu.”
A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), Ingrid Zanella, pontuou que o TRE-PE sempre foi um espaço de compromisso democrático, de segurança jurídica.
“O desembargador Fernando Cerqueira assume a presidência desta corte em um período sensível em que o país se prepara para as nossas eleições gerais em 2026, quando os cidadãos e cidadãs de todas as regiões do Brasil deverão fazer a sua escolha de forma livre, consciente e independente.”
Nelson Batista da Silva Norberto, filho de Cerqueira, discursou em nome da família. “Ele é um verdadeiro lorde. Sempre muito simpático, sorridente e amável. Abraço que envolve e verdadeiramente cura, que o faz gratuitamente, empatia pura. Quem já lhe abraçou sabe do que estou falando, um abraço especial de pai”, destacou.
Durante a sessão foi feita a entrega da Medalha do Mérito Eleitoral Frei Caneca, Cl
asse Ouro, ao desembargador Carlos Prudêncio, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Prudêncio é considerado o inventor da urna eletrônica e pioneiro do sistema informatizado de votação.
Presentes Além de Fernando Cerqueira, Raquel Lyra, João Campos, Ricardo Paes Barreto, Humberto Costa Vasconcelos Júnior e Ingrid Zanella compuseram a mesa de honra a vice-governadora Priscila Krause (PSD); o senador Fernando Dueire (MDB); o vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), desembargador Eduardo Pugliesi, representando o presidente do TRT-6, desembargador Ruy Salathiel; a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Maria Marluce Caldas; e o presidente eleito do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), conselheiro Carlos Neves.
Também estiveram na mesa o presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, desembargador federal Roberto Machado; o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul e presidente do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais do Brasil, desembargador Carlos Eduardo Contar; o defensor Público-Geral do Estado de Pernambuco, Henrique Seixas; o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), José Paulo Xavier; o titular da Paróquia de São Pedro no município de Tamandaré, padre Arlindo Laurindo de Matos Júnior; a procuradora-geral do Estado de Pernambuco, Bianca Teixeira; o procurador regional eleitoral auxiliar, Wellington Cabral Saraiva, entre outras autoridades.
A Neoenergia Pernambuco vai investir cerca de R$ 1,6 bilhão no estado. Os investimentos, concentrados em infraestrutura, serão executados ao longo de 2026. O número é o maior dos últimos seis anos e integra um pacote de R$ 6,1 bilhões que serão executados no estado até 2029.
Em balanço para a imprensa, nesta quinta-feira (11), o diretor-presidente da Neoenergia Pernambuco, Saulo Cabral, revelou ver com otimismo as ações para 2026. Ainda de acordo com ele, a renovação da concessão por mais 30 anos ajudará na atração de novos investimentos. As informações são da Folha de Pernambuco.
“(A renovação) traz para o investidor segurança e previsibilidade. (Também) gera mais empregos e faz com que a gente consiga atingir cada vez mais uma qualidade de fornecimento de energia em um padrão adequado”, disse.
O superintendente de operações da empresa, Leonardo Moura, explicou os investimentos que serão realizados nos próximos cinco anos serão 50% maiores em comparação com os últimos cinco anos.
Ele relatou, ainda, um dos desafios para executar os investimentos é a capacitação de mão de obra. “(O desafio) é preparar a mão de obra para executar esses investimentos. A gente precisa ter equipes para realizar (as obras)”, disse. Moura explicou que a Neonergia vem intensificando investimentos na formação de mão de obra.
Noronha Verde Um dos principais projetos executados pela Neoenergia é a descarbonização do arquipélago de Fernando de Noronha. Com um investimento de cerca de R$ 350 milhões, a proposta é instalar 30 mil placas solares e baterias que armazenarão a energia excedente. “Essas baterias vão ter total autonomia para suprir a carga da ilha durante o período da noite”, garantiu.
O projeto de descarbonização começou em novembro deste ano e prevê que a primeira fase estará entregue até maio de 2026. Espera-se também que, até setembro de 2027, 84% da planta seja executada.
Leonardo Moura informou que o projeto de descarbonização da ilha prevê o fim da entrada de carros movidos a combustíveis fósseis e que novos poderão entrar apenas se forem elétricos. A promessa é que isso ocorra até 2030. “Em Noronha, temos 12 carregadores elétricos também para estimular”, disse o superintendente.
Recife Antigo Ainda durante o encontro, a Neoenergia comentou os planos para montagem da rede elétrica subterrânea no bairro do Recife Antigo. “Esse projeto está em fase de conclusão para seguir com as liberações ambientais”, relatou o superintendente da empresa.
Ele detalhou que, ao final das obras, a extensão da rede será de 43 quilômetros, correspondendo a quase 50% da ilha. Inicialmente, as obras ocorrerão em duas ruas: Rua da Guia e a Rua da Hora.
Novas estruturas A Neoenergia informou, ainda, melhorias na infraestrutura, como a ampliação de redes elétricas e subestações, tanto novas quanto ampliadas. Houve a entrega de 12 novas subestações e a ampliação de outras 15. A empresa afirmou que está nos últimos preparativos para a mudança da atual sede, na Soledade, para a nova no bairro do Bongi. A previsão da conclusão das obras é dezembro de 2026.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) analisa nesta sexta-feira, 12, das 11h às 18h, em sessão virtual extraordinária, se referenda a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Na quinta, Moraes derrubou a decisão da Câmara dos Deputados, que se recusou a cassar a parlamentar, condenada pelo STF e presa na Itália, mantendo-a no cargo. O magistrado também determinou que o presidente da Casa, Hugo Motta, efetive a posse do suplente no prazo máximo de 48 horas, conforme prevê o regimento. As informações são da Revista Veja.
Carla Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e 200 dias-multa — o valor do dia-multa equivalente a 10 salários-mínimos nacionais — pelos crimes de falsidade ideológica e invasão de dispositivo informático qualificada pelo prejuízo econômico. A Corte também determinou a perda do mandato. Antes do fim da possibilidade de recursos, Zambelli fugiu do país. Atualmente ela está na Itália, em prisão preventiva, e aguarda a decisão daquele país sobre sua extradição.
A decisão “A deliberação da Câmara dos Deputados, que rejeitou a perda do mandato parlamentar de Carla Zambelli ocorreu em clara violação ao artigo 55, III e VI, da Constituição Federal (“Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado”), pois a sentenciada foi condenada por este STF, e com trânsito em julgado em 7/6/2025 conforme certidão elaborada pela Secretaria Judiciária desta Suprema Corte”, escreveu Moraes na decisão.
“Trata-se de ato nulo, por evidente inconstitucionalidade, presentes tanto o desrespeito aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, quanto flagrante desvio de finalidade”, continuou o o ministro. Ele acrescentou que é o Judiciário quem determina a perda de mandato de parlamentar condenado criminalmente com trânsito em julgado. Ao Parlamento, portanto, resta apenas a missão homologatória da decisão.
“Na presente hipótese, em respeito à Constituição Federal, é o Poder Judiciário quem determina a perda do mandato parlamentar condenado criminalmente com trânsito em julgado, cabendo à Mesa da Câmara dos Deputados, nos termos do §3º do artigo 55 da Constituição Federal, tão somente declarar a perda do mandato, ou seja, editar ato administrativo vinculado”, completou Moraes.
O Congresso Nacional viveu 48 horas de tensão absoluta, marcando o que o jornalista veterano Ricardo Noblat classificou como o ponto mais baixo do legislativo brasileiro desde a redemocratização de 1985. Em uma edição do programa Noblat Blá Blá, os jornalistas detalharam uma sequência de eventos que incluiu a expulsão física de um deputado, a censura à imprensa e manobras para salvar mandatos de parlamentares condenados.
O “espetáculo” de violência e censura
A normalidade foi rompida quando o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), em ato de protesto, ocupou a cadeira da presidência da Câmara. A resposta da presidência da Casa, comandada por Hugo Motta, foi descrita como desproporcional e autoritária – muito diferente do caso de agosto, quando a extrema-direita sequestrou a mesa e paralisou a pauta Legislativa.
Antes de ordenar a remoção física do deputado, houve uma determinação inédita: a retirada da imprensa do plenário e a suspensão da transmissão da TV Câmara, impedindo o registro oficial das cenas de violência que se seguiriam.
Hugo Motta: O alvo de todas as críticas
A figura central da crise é o atual presidente da Câmara, Hugo Motta. Classificado por Ricardo Noblat como uma figura “minúscula” e politicamente dependente de seu antecessor, Arthur Lira, Motta foi duramente criticado por sua incapacidade de liderança e por permitir o uso da violência dentro da Casa.
Curiosamente, Motta conseguiu desagradar a gregos e troianos. Além das críticas da oposição e da imprensa, ele foi alvo de ataques virulentos da extrema-direita. Eduardo Bolsonaro, em vídeo exibido durante o programa, não poupou ofensas ao presidente da Câmara, chamando-o de “bonequinha de Alexandre de Moraes” e proferindo xingamentos de baixo calão contra diversas autoridades.
A “salvação” de Carla Zambelli e a anistia velada
Enquanto o plenário virava palco de batalha, articulações nos bastidores garantiram vitórias para a ala bolsonarista. O destaque foi a manutenção do mandato da deputada Carla Zambelli, apesar de condenações prévias pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Mesmo considerada foragida e estando em Roma, na Itália, aliados celebraram a decisão da Câmara de não cassar seu mandato – decisão já anulada pelo Supremo.
“O inacreditável aconteceu. Carla Zambelli não foi cassada… Um recado claríssimo pro Supremo Tribunal Federal que esta Câmara aqui não aceita esse tipo de cassação”, comemorou um aliado em vídeo, ao lado de parlamentares em festa.
Além disso, o Congresso aprovou um projeto de lei que reduz drasticamente as penas para envolvidos em atos golpistas, uma medida vista por Ricardo Noblat como uma forma de “contemplar Bolsonaro” e seus seguidores.
O pior Congresso da história?
Para Ricardo Noblat, os eventos de dezembro de 2025 simbolizam a degradação final do parlamento. Ele argumenta que o Congresso atual se tornou independente do voto popular, sustentando-se através do controle do Orçamento (o chamado “orçamento secreto” ou emendas impositivas) para comprar apoio político sem a necessidade de legitimidade eleitoral real.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi avisado por senadores do PSD e do MDB que o PL da Anistia deve ser aprovado pelo Senado Federal. As informações são da CNN.
O petista conversou com parlamentares das duas siglas, que traçaram um cenário favorável à aprovação da proposta, apesar da previsão de placar apertado.
Segundo relatos feitos à CNN, o presidente indicou que atuará até a próxima semana pelo adiamento ou derrubada da votação da iniciativa.
Lula tem apostado na pressão popular, tanto nas ruas como na internet, contra a proposta. A esquerda convocou uma manifestação neste final de semana.
Além disso, o petista acredita na possibilidade de adiamento na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o que levaria a proposição a ser analisada em plenário apenas no ano que vem.
Na Casa Legislativa, um grupo moderado também discute a alteração do texto, como o benefício da anistia a crimes comuns, o que poderia levar o texto novamente à Câmara dos Deputados.
A proposta atual reduz o período para progressão de pena para crimes ambientais, coação em processo e incêndio doloso, por exemplo, que não têm relação com os atos criminosos de 8 de Janeiro.
Em entrevista, na quinta-feira (11), Lula admitiu que pode vetar trechos da proposta, sobretudo pontos que podem beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Hoje, o STF (Supremo Tribunal Federal) tem opiniões antagônicas sobre a proposta, mas a maioria considera que a medida afronta o Poder Judiciário.
A governadora Raquel Lyra (PSD) segue cooptando ex-prefeitos com cargos em comissão no Governo do Estado. Já tem praticamente um batalhão de ex-prefeitos e ex-candidatos em cargos comissionados, visando a eleição de 2026. Desta vez, o nomeado foi Romero Leal Ferreira, ex-prefeito de Vertentes.
No ano de 2004, Romero ingressou na política e se elegeu prefeito. Foi reeleito em 2008, 2016 e 2020. Há três meses, recebeu a governadora com festa, em sua casa em Vertentes. “Hoje foi um dia histórico para Vertentes e todo o Agreste. Tivemos a honra de receber em nossa terra a governadora Raquel Lyra”, disse na ocasião.
Romero declarou no Instagram que recebeu de Raquel a “missão” de ser candidato a deputado estadual.
O STF (Supremo Tribunal Federal) avalia transferir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o 19º Batalhão da Polícia Militar, apelidado de Papudinha.
A mudança passou a ser defendida, inclusive, por aliados e familiares do dirigente da direita devido ao cenário improvável de prisão domiciliar ainda neste ano. As informações são da CNN.
Bolsonaro tem reclamado da permanência na Superintendência da PF (Polícia Federal) do Distrito Federal, onde está preso desde 22 de novembro.
Além de o espaço ser pequeno – de apenas doze metros quadrados –, o ex-presidente alega falta de equipe médica para uma eventual emergência.
A Papudinha, além de ser maior, com cerca de sessenta metros quadrados, possui equipe médica própria do sistema carcerário do Distrito Federal em caso de emergência.
O local é o mesmo onde cumpre pena o ex-ministro Anderson Torres. O espaço conta com cozinha, quintal, banheiro, sala, quarto, lavanderia, além de ventilador e televisão.
Na Polícia Federal, Bolsonaro tem reclamado do barulho de um gerador e também da solidão.
Segundo relatos feitos à CNN, o ministro Alexandre de Moraes considera a possibilidade, mas avalia que uma eventual transferência deve ocorrer apenas após a perícia médica do ex-presidente.
A defesa alega que Bolsonaro precisa passar por uma intervenção cirúrgica por causa de uma crise permanente de soluços. Como os exames apresentados à Suprema Corte são antigos, Moraes determinou uma nova avaliação médica do ex-presidente.
A Papudinha é apelidada de “Tremembé de Brasília”, por causa de presos famosos. Já passaram pela carceragem José Dirceu, Valdemar Costa Neto, Marcos Valério e Paulo Maluf, por exemplo.
No Brasil, é extensa a lista de jornalistas que não se limitaram a transformar fatos em notícias, extrapolaram a linha invisível e eternizaram fatos, transformando-os em histórias. Também é longa a lista de jornalistas biógrafos. Ruy Castro e Fernando Morais são grandes ícones neste grupo.
Magno Martins, jornalista egresso do Pajeú, meu conterrâneo de Afogados da Ingazeira, desde cedo integra as duas listagens. Usando armas utilizadas na Administração Estratégica, mergulha em cenários distintos e complexos e deles retira dados e fatos, transformando-os em ricas, úteis e confiáveis informações.
Consta em seu currículo a atuação exitosa nos principais jornais do Brasil, a fundação e condução das atividades do seu blog, a participação em publicações periódicas, apresentação de programa radiofônico na Rede Nordeste de Rádio, além entrevistas para plataformas virtuais, sem esquecer a publicação de mais de uma dezena de livros sobre diversificados assuntos.
Neste ano, com uma precisão cirúrgica e extrema capacidade de síntese, nos presenteia com “Os Leões do Norte”, obra que apresenta a biografia de vinte e dois ex-governadores de Pernambuco. Este livro, em formato inovador e extremamente criativo, numa linguagem leve, apresenta dados relacionados com origem, formação, padrinhos e afilhados políticos, erros, acertos, vitórias, derrotas, estilo de gestão, família, etc, de cada personalidade abordada na obra.
Ao produzir esta relíquia, o jornalista assume o papel do Hermeto Pascoal do jornalismo brasileiro. Igual ao multi-instrumentalista alagoano, Magno Martins prova que é possível tocar todos os instrumentos disponíveis e ir além, liberalmente criando novos instrumentos, no caso o estilo de biógrafo por atacado.
Isso mesmo: numa única obra, nos traz com riqueza de detalhes dados biográficos de mais de duas dezenas de autoridades. É um livro sobre histórias que merecidamente já está na história como uma obra útil para esta e futuras gerações.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), avalia que Pernambuco vive um momento de virada política e econômica, impulsionado pela perspectiva de uma vitória do prefeito do Recife, João Campos (PSB), ao Governo do Estado, e pela continuidade do presidente Lula (PT) no comando do País.
Em entrevista à Folha, o ministro destacou que o sentimento predominante entre os pernambucanos é de expectativa pela retomada do desenvolvimento, um cenário que, segundo ele, se fortalece à medida que pesquisas mostram o socialista ampliando vantagem sobre a governadora Raquel Lyra (PSDB).
Para Silvio, o desempenho de João tem raízes na gestão considerada positiva à frente da capital e na frustração de parte da população com o atual governo estadual. “Eu sinto que há, na minha avaliação em relação ao governo Raquel, uma frustração de expectativas por parte dos pernambucanos. E o que a gente percebe, onde eu tenho andado em Pernambuco, é um sentimento de apoio ao nosso pré-candidato a governador, João Campos. João Campos é um jovem sério, preparado, que tem espírito público, está fazendo uma grande gestão à frente da Prefeitura do Recife. E eu penso que ele reúne todas as condições para ser governador de Pernambuco, para liderar um novo ciclo, para tentar unir Pernambuco, fazer a boa política juntando as pessoas. Ele e Lula juntos vão bombar Pernambucano”, disse.
O ministro também aposta na sinergia entre um eventual governo João Campos e um quarto mandato de Lula, capaz de restituir ao estado o protagonismo vivido na era Eduardo Campos. “Pernambuco pode voltar a ser referência nacional em desenvolvimento”, disse.
O ministro também celebrou o avanço de sua pré-candidatura ao Senado em 2026. Apesar do cenário competitivo, Silvio afirma estar “muito feliz” com as manifestações de apoio e agradeceu publicamente a confiança do presidente Lula, que, segundo ele, já sinalizou respaldo à sua candidatura ao lado do senador Humberto Costa (PT). O ministro reforçou ter consciência de que ainda é pouco conhecido no estado, mas disse sentir-se preparado para disputar a vaga. “Conheço Pernambuco na palma da mão e me sinto pronto para fazer um grande mandato no Senado”, afirmou, frisando que não pretende transformar o cargo em trampolim político.
Silvio ainda detalhou sua agenda em São Paulo, onde anunciou investimentos de R$ 2,5 bilhões no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O pacote inclui melhorias na pista, no pátio, na sinalização e na segurança operacional, além da modernização do terminal de passageiros. O ministro destacou a importância estratégica do aeroporto, que deve encerrar o ano com mais de 45 milhões de passageiros e concentra mais de 60% das chegadas internacionais ao Brasil. “A aviação precisa estar preparada para o crescimento do país, e Guarulhos é peça-chave nesse processo”, ressaltou.
Saiu ontem mais uma pesquisa, desta vez Big Data-CNN, apontando o prefeito do Recife e pré-candidato do PSB a governador, João Campos, mantendo uma dianteira de 30 pontos ante a governadora Raquel Lyra (PSD), candidata à reeleição. Os números ratificam outros levantamentos e confirmam um cenário sem novidades em termos de reação por parte da governadora.
E olha que Raquel tem investido maciçamente em propaganda na TV, no rádio e nos veículos on-lines! E, incrivelmente, não sai do mesmo estágio nas pesquisas desde que completou o primeiro ano de gestão. E não reage apenas eleitoralmente, nas sondagens de intenção de voto. Igualmente, permanece com baixos índices de avaliação positiva do seu governo.
Marqueteiros tarimbados costumam dizer que gestores que não conseguem avançar na aprovação popular, permanecendo abaixo de 60% de ótimo e bom, dificilmente logram êxito na reeleição. Raquel está fechando o seu terceiro ano e, se a eleição fosse hoje, levaria uma surra eleitoral de João acima de 1 milhão de votos, com uma discrepância acentuada na Região Metropolitana.
Eleição nenhuma se decide na véspera, depende do seu curso. A própria governadora não iria nem ao segundo turno, mas a fatalidade da morte do marido no dia da eleição, ao raiar do sol, gerou um impacto tão grande entre os pernambucanos que a colocou no segundo turno. Foi eleita, sem dúvida, pela comoção popular, da mesma forma como se deu com Paulo Câmara, içado pela morte de Eduardo Campos.
Os cenários de hoje, entretanto, são de extrema dificuldade para a governadora. Há um sentimento por parte da população de que faz um governo pífio, tanto pelo seu estilo arredio e autoritário quanto pela falta de uma equipe competente. Governa devagar, quase parando. Não há excelência em absolutamente nada, em nenhum dos setores, principalmente na saúde, que está um caos, a começar pelo Hospital da Restauração, incluindo todas as unidades regionais de emergência, como o de Arcoverde, que agoniza.
Há tempo ainda para ela dar a volta por cima e se firmar, convencendo a população do que prega as suas peças de campanha, que “vendem” um Pernambuco de mudanças? Tudo leva a crer que não. As eleições serão em outubro, daqui a dez meses, com um janeiro de férias, um fevereiro de carnaval e um março que antecede a pré-campanha.
QUASE METADE REJEITA – Outro dado preocupante para a governadora: sua rejeição continua altíssima. Pela pesquisa do Big Data, é campeão. Quase metade dos pernambucanos não votariam nela de jeito nenhum, exatamente 46%, enquanto a rejeição a João Campos é de 28%. O maior percentual dos eleitores desapontados com Raquel se concentra na Região Metropolitana, onde o prefeito se situa com percentuais de intenção de voto acima de 75% e ela abaixo de 20%.
Apoiadores de Carla Zambelli – Dos 25 deputados que integram a bancada federal, quatro votaram contra a cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP): Clarissa Tércio (PP), Coronel Meira (PL), Fernando Rodolfo (PL) e o Pastor Eurico (PL). Se ausentaram Eriberto Medeiros (PSB), Guilherme Uchoa (PSB) e Mendonça Filho (União Brasil). O Partido Progressista (PP) se dividiu na votação, sendo Clarissa Tércio a única da legenda a votar contra. Todos os parlamentares do Partido Liberal (PL) também rejeitaram o pedido de cassação.
Mega escândalo – Uma suspeita de fraude que pode chegar a R$ 22 milhões em contratos de compra de gêneros alimentícios no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) foi alvo, ontem, da operação Cátedra, deflagrada em conjunto pela Polícia Federal e a Controladoria Geral da União. Ao todo, 12 mandados de busca e apreensão foram cumpridos por cerca de 60 policiais federais em Abreu e Lima, Barreiros, Bezerros, Escada, Paulista, Recife, São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão. As ordens foram expedidas pela 13ª Vara da Justiça Federal. De acordo com a PF, as apurações identificaram vícios nos processos licitatórios, indícios de contrafação de documentos, ligação entre empresas concorrentes e o uso da conta de uma terceira pessoa para repasses de valores de um fornecedor a servidores da autarquia.
Esquerda nas ruas – O PT (Partido dos Trabalhadores) e os movimentos sociais Frente Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular convocaram, ontem, manifestações contra o projeto de lei que diminui a pena dos condenados por tentativa de golpe, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ato está marcado para o próximo domingo com concentração principal no Masp, em São Paulo, a partir das 14h. A mobilização também se opõe à PEC do marco temporal para a demarcação de terras indígenas, aprovada pelo Senado na terça-feira passada. Até ontem, os locais confirmados eram apenas São Paulo e Uberlândia.
Uma nova era – Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos), disse não ter dúvida de que a reeleição do presidente Lula (PT) com a chegada de João Campos (PSB) ao Palácio do Campo das Princesas levará o Estado a entrar numa nova era de desenvolvimento, diferente do que vive hoje. “Pernambuco vai voltar aos tempos do saudoso Eduardo Campos, um dos maiores benfeitores do Estado”, disse, adiantando que Lula tem sinalizado também apoio para ele ao Senado. “Lula tem me dito que quer ver João governador e eu senador. Isso me honra bastante”, afirmou.
CURTAS
ARCO METROPOLITANO – O ministro dos Transportes, Renan Filho, participa, hoje, do ato que marca o início da construção do Arco Metropolitano, obra estruturante que deve aliviar o trânsito no Grande Recife e alavancar a economia de Pernambuco, segundo anunciou, ontem, a governadora Raquel Lyra (PSD). O evento está marcado para o canteiro de obras, no quilômetro 27, da BR-232, em Moreno.
INVESTIMENTOS – Nas obras do Arco Metropolitano serão investidos R$ 632 milhões, em 25,32 quilômetros de extensão. O trecho deve facilitar a circulação viária da Região Metropolitana do Recife e desafogar a BR-101. “Acho razoável a gente prever um novo ciclo de crescimento, muito semelhante ao que ocorreu após a duplicação do BR-232”, disse o secretário de Desenvolvimento, Guilherme Cavalcanti.
RENÚNCIA – O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Bolsonaro, renunciou ao mandato para disputar uma vaga no Senado por Santa Catarina. “Vou para Santa Catarina para cobrir um chamado que não poderia realizar aqui, pois fiz uma escolha sempre guiada pelo meu coração, uma que me levou a um Estado que sempre amei e fez parte da minha vida. Não é uma fuga, é a continuidade de uma luta”, declarou.
Perguntar não ofende: A governadora ainda reage nas pesquisas?
Carlos Bolsonaro, que renunciou ao cargo de vereador do Rio de Janeiro na quinta-feira (11), atuará como conselheiro do senador Flávio Bolsonaro durante sua campanha à Presidência da República. Apesar de não participar integralmente da campanha, Carlos manterá contato próximo com o irmão, com quem conversa diariamente por telefone.
Segundo Bergamasco, “Carlos Bolsonaro terá o papel de conselheiro, porque está absolutamente focado em sua própria campanha, que disputará como senador pelo estado de Santa Catarina. Não irá participar inteiramente da campanha [de Flávio], mas, fica como consultor, já que conversam todos os dias por telefone, são dois irmãos que se dão muito bem”. As informações são da CNN.
Histórico de atuação em campanhas Carlos Bolsonaro já possui experiência em campanhas eleitorais da família. Em 2018, ele foi considerado o “01” da campanha que elegeu Jair Bolsonaro. Na eleição de 2022, embora tenha participado, sua atuação foi menos intensa, uma vez que a campanha já contava com estrutura do PL e apoio de outros partidos do Centrão.
A escolha de Santa Catarina para a candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado se deve a impossibilidades políticas no Rio de Janeiro, onde seu irmão Flávio já ocupa uma cadeira no Senado e onde as alianças políticas seguem outra configuração.