Do Blog do Roberto Almeida
Em menos de oito dias três episódios envolvendo a Polícia Militar de Pernambuco arranharam a imagem da corporação. Sábado passado, quando os torcedores do Náutico entraram em campo, nos Aflitos, para comemorar a vitória contra o Brusque e o acesso, foram espancados sem nenhuma justificativa.
Vídeos na internet mostraram a truculência dos fardados. Inclusive um senhor de meia idade, servidor público, aparece todo ensanguentado, resultado dos abusos cometidos pela polícia. Ele desabafou dizendo não ter feito nada, estava com a família no estádio e apanhou sem razão. Disse que respeita a corporação e lamentou que homens a serviço do estado cometam abusos como os que foram vistos no Estádio Eládio de Barros.
Leia maisQuatro dias depois um Policial Militar foi acusado de estuprar uma mulher de 48 anos, depois de uma blitz na área do posto do Cabo de Santo Agostinho. O subtenente envolvido no caso está preso e sob investigação. Outros dois PMs que estavam no local podem ter sido coniventes. Isso ainda está sendo apurado.
Enfim, chegamos na sexta-feira, no Marco Zero do Recife. Músicos que participavam de um festival foram abordados de forma agressiva pelos laranjinhas, recrutas da Polícia Militar. A produtora do evento tentou conversar, se identificou como advogada e foi desrespeitada em suas prerrogativas profissionais e como mulher. Chegaram a arrancar o telefone celular das mãos da mulher, na maior brutalidade.
Todas essas ocorrências merecem uma resposta firme da governadora Raquel Lyra, que demorou a se pronunciar sobre a denúncia do estupro e ainda não disse uma palavra sobre as cenas dos Aflitos e tampouco a respeito do episódio desta sexta. Ela está no exterior e o estado está sendo comandado pela vice, Priscila Krause.
Com uma polícia dessa, Raquel nem precisa de oposição.
A PM mete medo. Nas redes sociais, explodem os comentários contra o comportamento da polícia e poucos ousam defender soldados, cabos, sargentos e tenentes, até porque é difícil contestar fotos e vídeos que documentaram os momentos de barbárie.
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